Pena Branca & Xavantinho | |
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Pena branca e xavantinho.gif | |
Informação geral | |
Nascimento | 4 de setembro de 1939[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] (Pena Branca) 26 de dezembro de 1942[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] (Xavantinho) |
Local de nascimento | Igarapava, SP (Pena Branca) Cruzeiro dos Peixotos, Uberlândia, MG (Xavantinho) |
Origem | Uberlândia, MG |
País | Brasil |
Morte | 8 de fevereiro de 2010 (70 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] (Pena Branca) 8 de outubro de 1999 (56 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] (Xavantinho) |
Local de morte | São Paulo, SP |
Gênero(s) | Sertanejo Caipira |
Período em atividade | 1962 - 1999 |
Gravadora(s) | Universal Music |
Integrantes | José Ramiro Silva (Pena Branca) Ranulfo Ramiro da Silva (Xavantinho) |
Pena Branca & Xavantinho foi uma dupla de cantores de música caipira formada por José Ramiro Sobrinho (Igarapava, 4 de setembro de 1939 — São Paulo, 8 de fevereiro de 2010), o Pena Branca, e Ranulfo Ramiro da Silva (Cruzeiro dos Peixotos, 26 de dezembro de 1942 — São Paulo, 8 de outubro de 1999), o Xavantinho.[1]
Fizeram muito sucesso com a canção "O cio da terra", de Chico Buarque e Milton Nascimento, com participação especial do próprio Milton Nascimento.
Durante a carreira, gravaram com nomes como Milton Nascimento, Rolando Boldrin, Fagner e Almir Sater, entre outros.[2]
História
Os irmãos José Ramiro Sobrinho, o Pena Branca (Igarapava, 4 de setembro de 1939 — São Paulo, 8 de fevereiro de 2010) e Ranulfo Ramiro da Silva, o Xavantinho (Cruzeiro dos Peixotos, 26 de dezembro de 1942 — São Paulo, 8 de outubro de 1999) viveram boa parte da infância na zona rural de Uberlândia.[3] Desde pequenos trabalharam na roça com os pais e mais cinco irmãos. José Ramiro aprende a tocar viola de cravelha (de 12 cordas) e Ranulfo, violão. Apresentam-se nas folias de reis, quermesses, bailes e mutirões.[3] Em 1958, começaram a cantar, apresentando-se em uma rádio de Uberlândia. Em 1961, participam do programa do Coronel Hipopota, na Rádio Educadora de Uberlândia, que os apresenta ao público como Peroba e Jatobá. Depois, a dupla adota o nome artístico Barcelo e Barcelinho e, em seguida, Xavante e Xavantinho, inspirada nas aulas de história do primário. Em 1964, viajam pelo interior de Goiás com o sanfoneiro Pinaji, integrando, por um breve período, o Trio Pena Branca.[3] Em 1968, mudaram-se para São Paulo para tentar a vida artística.[2][4][5]
Classificam-se em quarto lugar em um festival promovido pela Rádio Cometa, o que rende a eles a gravação de um compacto, a canção “Saudade” (Xavantinho, 1971). Ao constatarem a existência de outro cantor de pseudônimo Xavante, mudam o nome da dupla para Pena Branca e Xavantinho. Em 1975, ingressam na orquestra Coração de Viola, em Guarulhos, onde Inezita Barroso ouve-os cantar e incentiva-os a seguir a carreira. No mesmo ano, são contratados para se apresentar nos fins de semana na basílica de Aparecida do Norte.[3]
Em 1980, inscreveram-se no "Festival MPB Shell", da TV Globo, com o pagode caipira "Que terreiro é esse?", de Xavantinho, que foi classificada para a final.[2] No mesmo ano, a dupla lançou o seu primeiro LP: "Velha morada" (Warner), com destaque para "Cio da terra" (Milton Nascimento e Chico Buarque), "Calix Bento", além de "Velha morada".[2]
A dupla participou, em 1981, do programa Som Brasil, na TV Globo, apresentado por Rolando Boldrin[3], com quem atuaram depois em shows pelo Brasil.
Em 1982, lançaram o LP "Uma dupla brasileira", produzido por Boldrin[3], com os destaques "Memória de carreiro" (Juraíldes da Cruz) e "Rama da mandioquinha" (Elpídio dos Santos).
Em 1987, lançaram o LP "O cio da terra" (Continental), com participação de Milton Nascimento, Marcus Viana e Tavinho Moura, destacando-se "Vaca Estrela e boi Fubá" (Patativa de Assaré) e "Cuitelinho" (folclore recolhido por Paulo Vanzolini). Ele alcança a maior vendagem até então, 300 mil cópias, e torna a dupla conhecida nacionalmente, alcançando o público adepto da MPB.[3]
Em 1988, lançaram o LP "Canto violeiro" (Continental), com participação de Fagner, Tião Carreiro, Almir Sater e outros, contendo "Mulheres da terra" (Xavantinho e Moniz).
Ganharam, em 1990, o Prêmio Sharp de Melhor Música com "Casa de barro", de Xavantinho e Moniz e Melhor Disco, com "Cantado do mundo afora".[2][4][5]
Em 1992, o disco "Ao Vivo em Tatuí", gravado ao vivo entre os dias 21 e 23 de setembro de 1992, no Teatro do Conservatório de Tatuí com Ricardo Teixeira (Kuarup)[6] recebeu o Prêmio Sharp de Melhor Disco[2] e o Prêmio APCA - Associação Paulista de Crítico de Artes.[3]
Gravaram, em 1993, "Violas e canções" (Velas), destacando-se "Viola quebrada" (Mário de Andrade). Nesse ano, os shows da dupla estenderam-se aos Estados Unidos da América.[2][4][5]
Lançaram ainda "Ribeirão encheu" (Velas), em 1995, com "Luar do sertão" (João Pernambuco e Catullo da Paixão Cearense) e "Pingo d'água" (Velas), em 1996, com "Tristeza do jeca" (Angelino de Oliveira) e "Flor do cafezal" (Luís Carlos Paraná).
O último trabalho da dupla, Coração Matuto (1998) traz “Planeta Água” (de Guilherme Arantes), “Lambada de Serpente” (Djavan), “Morro Velho” (Milton Nascimento) e “Carreiro Velho” e “Estrada”, últimas composições de Xavantinho.[3]
A dupla encerrou sua carreira em 8 de outubro de 1999 com a morte de Xavantinho aos 56 anos.[4][5] Pena Branca continuou em carreira solo, até falecer em 8 de fevereiro de 2010, aos 70 anos, vítima de infarto.[2][7][4]
Discografia[2]
- Velha morada (1980)
- Uma dupla brasileira (1982)
- Cio da terra (1987)
- Canto violeiro (1988)
- Cantadô do mundo afora (1990)
- Ao vivo em Tatuí - com Renato Teixeira (1992)
- Violas e canções (1993)
- Pena Branca & Xavantinho (1994)
- Ribeirão encheu (1995)
- Coração matuto (1998)
Ver também
Referências
- ↑ «Pena Branca & Xavantinho - Recanto Caipira». www.recantocaipira.com.br. Consultado em 17 de maio de 2022
- ↑ 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 2,8 «Cantor sertanejo Pena Branca morre aos 70 anos». Terra (em português). Consultado em 15 de fevereiro de 2022
- ↑ 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 3,5 3,6 3,7 3,8 Cultural, Instituto Itaú. «Pena Branca e Xavantinho». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 15 de fevereiro de 2022
- ↑ 4,0 4,1 4,2 4,3 4,4 «G1 > Música - NOTÍCIAS - Corpo de Pena Branca é velado em cemitério de São Paulo». g1.globo.com. Consultado em 15 de fevereiro de 2022
- ↑ 5,0 5,1 5,2 5,3 «G1 > Edição São Paulo - NOTÍCIAS - Pena Branca será enterrado na tarde desta terça na Zona Norte de SP». g1.globo.com. Consultado em 15 de fevereiro de 2022
- ↑ «CD obra-prima de Renato Teixeira, Pena Branca e Xavantinho completa 30 anos - CartaCapital». www.cartacapital.com.br. Consultado em 15 de fevereiro de 2022
- ↑ Morre o cantor Pena Branca