𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

Inezita Barroso

Inezita Barroso
OMC
Inezita Barroso em 1956
Informação geral
Nome completo Ignez Madalena Aranha de Lima
Nascimento 4 de março de 1925[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Local de nascimento São Paulo, São Paulo
País Brasil
Morte 8 de março de 2015 (90 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Local de morte São Paulo, São Paulo
Nacionalidade brasileira
Gênero(s) sertanejo
Ocupação(ões) cantora
Cônjuge Adolfo Cabral Barroso (1947-2006)
Instrumento(s) voz, viola, violão
Período em atividade 1951Predefinição:Nota de rodapé - 2015
Outras ocupações atriz, bibliotecária, folclorista, professora, apresentadora
Página oficial www.inezitabarroso.com.br

Inezita Barroso, nome artístico de Ignez Magdalena Aranha de Lima (São Paulo, 4 de março de 1925[1] — São Paulo, 8 de março de 2015),[2] foi uma cantora, atriz, instrumentista, bibliotecária,[1][3] folclorista, professora, apresentadora de rádio e televisão brasileira.

Ganhou o título de doutora honoris causa em folclore e arte digital pela Universidade de Lisboa e atuou também em espetáculos, álbuns, cinema, teatro e produzindo espetáculos musicais de renome nacional e internacional. Adotou o sobrenome Barroso ao se casar, em 1947, aos 22 anos, com o advogado cearense Adolfo Cabral Barroso, com quem teve uma filha, Marta.[4]

Biografia

Nascida numa família abastada,[5] apaixonada pela cultura e principalmente pela música brasileira, Inezita começou a cantar e tocar violão e viola aos sete anos de idade. Estudou piano no conservatório. Foi aluna da primeira turma da graduação em Biblioteconomia da Universidade de São Paulo (USP).[1] Graduou-se em 1947, antes de se tornar cantora profissional.[6]

Carreira artística

Em 1950, Inezita ingressou na Rádio Bandeirantes e apresentava-se em recitais no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), Cultura Artística e Colombo. No mesmo ano gravou a célebre interpretação da música Moda da Pinga, de Ochelsis Laureano e Raul Torres.

Em 1954 gravou os sambas Ronda, de Paulo Vanzolini e Estatutos da Gafieira, de Billy Blanco. Foi premiada com o Troféu Roquette-Pinto de melhor cantora de música popular brasileira[7] e o prêmio Guarani, como melhor cantora em disco.

Na década de 1950 se dedicou também a carreira de atriz, atuando nos filmes Ângela (1950), O Craque (1953), Destino em Apuros (1953), É Proibido Beijar (1954) e Carnaval em Lá Maior (1955). Recebeu o prêmio Saci de melhor atriz por sua atuação em Mulher de Verdade (1953).[7]

Inezita ultrapassou a marca de cinquenta anos de carreira e de oitenta discos gravados, entre 78 rpm, vinil e CDs. Apresentou por 35 anos, de 1980 até a sua morte em 2015, o programa Viola, Minha Viola, dedicado à música caipira e transmitido pela TV Cultura. Apresentou também, no SBT, um programa musical que levava seu nome e era exibido aos domingos pela manhã.

Além da carreira artística, desde a década de 1980, Inezita Barroso dedicou-se também a dar aulas de folclore. Lecionava nas faculdades Unifai e Unicapital, onde recebeu o título de doutora Honoris Causa em Folclore Brasileiro.[8]

Ao contrário do que o público costuma esperar da artista, Inezita Barroso trabalhou em interpretações de autores mais atuais da MPB, de outras vertentes que não apenas a caipira/sertaneja.[9]

Em 2003 foi condecorada pelo governo do estado de São Paulo com a medalha de mérito "Ordem do Ipiranga", recebendo o título de "comendadora da música folclórica brasileira".[10]

No programa Roda Viva, da TV Cultura, que contou com a presença da cantora como principal entrevistada, em 2004, Inezita Barroso afirmou ser favorável à propagação e troca eletrônica de canções. Afirmava que o uso de canções em formatos digitais em computadores e dispositivos portáteis podia facilitar o acesso dos jovens à cultura e fazia dura crítica à indústria fonográfica, afirmando que a pirataria sempre existiu.[11]

Em novembro de 2014 foi eleita para a Academia Paulista de Letras, ocupando o lugar da folclorista Ruth Guimarães, falecida em maio daquele ano.[12]

Legado

Em 2017 foi tema da 36ª edição da série Ocupação, realizada pelo Itaú Cultural, em São Paulo. A exposição Ocupação Inezita Barroso permaneceu em cartaz de 27 de setembro à 05 de novembro.[13] Em fevereiro de 2019 foi lançado o documentário Inezita, que falou sobre o pioneirismo de Inezita na música sertaneja, com depoimentos de José Hamilton Ribeiro, Irmãs Galvão, Eva Wilma, entre outros, e que foi exibido pela primeira vez em TV aberta no dia 4 de março de 2020, às 22h45.[14][15][16][17]

Morte

Em 19 de fevereiro de 2015, Inezita foi internada no Hospital Sírio Libanês, em decorrência de uma insuficiência respiratória. Faleceu na noite de 8 de março, quatro dias após completar 90 anos. O velório foi realizado no Palácio 9 de Julho, em São Paulo. Seu corpo foi enterrado no Cemitério Gethsemani.[18][19]

Filmografia

Televisão

Ano Título Emissora
1954 Afro TV Tupi[20]
1954-1962 Vamos Falar de Brasil Record TV[20]
1969 Música Brasileira TV Cultura
1987 Inezita SBT [21]
1980-2014 Viola, Minha Viola TV Cultura

Cinema

Ano Título Papel
1951 Ângela Vanjú[22]
1953 O Craque [23]
Destino em Apuros [23]
1954 É Proibido Beijar Suzy[22]
Mulher de Verdade Amélia[24]
1955 Carnaval em Lá Maior Ela Mesma[24]
1959 O Preço da Vitória [25]
1970 Isto é São Paulo [25]
1978 Desejo Violento [25]

Discografia

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira[26]

talvez você goste