Onomatopeia ou mimologia[1] (termo da língua grega antiga que significava "criar um nome", "fazer um nome"), é uma figura de linguagem na qual se reproduz um som por meio de fonemas.[2] A forma adjetiva é onomatopeico ou onomatopaico. Ruídos, gritos, sons de animais (inclusive alguns sons humanos), sons da natureza, barulho de máquinas, o timbre da voz humana fazem parte do universo das onomatopeias. Por exemplo, para os índios tupis tak e tatak significam dar estalo ou bater e tek é o som de algo quebrando.
Geralmente, as onomatopeias são usadas em histórias de quadrinhos. Muitas dessas onomatopeias são derivadas de verbos da língua inglesa.[3][2][4]
Em japonês, as onomatopeias são divididas em giseigos (擬声語?), que imitam vozes, gigongos (擬音語?), que imitam sons e gijogos, que expressam emoções. Nos mangás (quadrinhos japoneses), elas fazem parte da arte.[5][2] No Brasil, as editoras brasileiras deixam as onomatopeias em hiragana ou katakana e, no rodapé da página, colocam legendas com a tradução.[6] Nos Estados Unidos, a Shonen Jump local adapta essas onomatopeias.[7]
Exemplos
Onomatopeia na música
Exemplos
Também na música existem figuras ou trechos chamadas onomatopeia, que imitam o som de fenómenos fora da música. Exemplos:
- Johann Sebastian Bach: O grito do galo na Paixão segundo São Mateus (com as palavras "krähete der Hahn")
- Johann Sebastian Bach: O rasgar da cortina do templo e o terremoto na hora da morte de Jesus na Paixão Segundo São Mateus
- Heinrich Ignaz von Biber: A battaglia (música largamente onomatopaica)
- João Gilberto: O Pato (canção onde se faz referência ao grasnar do pato "Quém! Quém!")
- Elba Ramalho: Os batimentos do coração em Bate Coração.
Referências
- ↑ «Onomatopeias em língua portuguesa». 27 mar. 2019
- ↑ 2,0 2,1 2,2 André Campos de Carvalho (2018). «Onomatopeia - O som que se vê». Editora Escala. Conhecimento Prático Língua Portuguesa (68)
- ↑ Nadilson Manoel da Silva. Annablume, ed. Fantasias e cotidiano nas histórias em quadrinhos. 2004. [S.l.: s.n.] 46 páginas. ISBN 85-7419-299-6
- ↑ Rentroia Iannone, Leila; Iannone, Roberto Antônio (1994). «A linguagem dos quadrinhos». O mundo das histórias em quadrinhos. [S.l.]: Editora Moderna. pp. 74–75. ISBN 8516010082
- ↑ Sônia Maria Bibe Luyten. «Onomatopéia e mímesis no mangá». dezembro–fevereiro de 2001–2002. Revista USP
- ↑ Sônia Maria Bibe Luyten. hedra, ed. Cultura pop japonesa. 2005. [S.l.: s.n.] 88 páginas. ISBN 9788587328892
- ↑ Alexandre Nagado (7 de agosto de 2002). «Shonen Jump começa sua invasão». Omelete. Consultado em 1 de junho de 2010