Este artigo não cita fontes confiáveis. (Junho de 2022) |
Memorial de Aires | |||||
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Primeira edição de Memorial de Aires | |||||
Autor(es) | Machado de Assis | ||||
Idioma | português | ||||
País | Brasil | ||||
Gênero | romance | ||||
Linha temporal | Século XIX | ||||
Lançamento | 1908 | ||||
Cronologia | |||||
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Memorial de Aires é o último romance escrito por Machado de Assis, publicado no mesmo ano de sua morte, 1908. Está organizado como uma série de entradas em um diário e, como Memórias Póstumas de Brás Cubas, não tem um enredo único, mas compõe-se de vários episódios e anedotas que se interpermeiam.
Aires era um conselheiro que sempre acompanhou Machado em suas histórias, geralmente como um amigo dos personagens. Reportava à figura do próprio Machado. Nesta obra, idolatra uma mulher, D. Carmo, que possivelmente possa ser inspirada em Carolina Augusta Xavier de Novais, o que é sugerido talvez pela coincidência dos nomes Aguiar e Assis, D. Carmo e Carolina, e também pelo fato do casal não ter filhos. Diz-se que se trata de obra machadiana de maior de caráter autobiográfico.
Trecho:
9 de janeiro
Ora bem, faz hoje um ano que voltei definitivamente da Europa. O que me lembrou esta data foi, estando a beber café, o pregão de um vendedor de vassouras e espanadores: "Vai vassouras! vai espanadores!" Costumo ouvi-lo outras manhãs, mas desta vez trouxe-me à memória o dia do desembarque, quando cheguei aposentado à minha terra, ao meu Catete, à minha língua. Era o mesmo que ouvi há um ano, em 1887, e talvez fosse a mesma boca.
- Retirado de:
Assis, Machado de. Memorial de Aires.
Características da Obra
Memorial de Aires, o último livro escrito por Machado de Assis, é uma possível continuação do livro Esaú e Jacó, pois o personagem Aires participa da história, anotando em seu caderno, tudo que se passa em sua vida, dando continuidade em Memorial de Aires em que o próprio personagem relata seu dia-a-dia em um caderno.