Predefinição:Info/Oceano O mar Negro, originalmente chamado Ponto Euxino, é um mar interior situado entre a Europa, a Anatólia e o Cáucaso, ligado ao oceano Atlântico através dos mares Mediterrâneo e Egeu e por diversos estreitos. O Bósforo o liga ao mar de Mármara, e o estreito de Dardanelos o conecta à região do Egeu. Estas águas separam o Leste da Europa da Ásia ocidental. O mar Negro também liga o mar de Azov ao estreito de Kerch.
O mar Negro tem uma área de 436 400 quilômetros quadrados,[1] uma profundidade máxima de 2 206 metros,[2] e um volume de 547 000 quilômetros cúbicos.[3] Forma-se numa depressão elíptica de orientação leste-oeste, situada entre a Bulgária, a Geórgia, a Romênia, a Rússia, a Turquia e a Ucrânia,[4] e é limitado pelos montes Pônticos, ao sul, e pelo Cáucaso a leste. Sua maior extensão leste-oeste é de cerca de 1 175 km.
A origem do Mar Negro é tema de debates entre diversos especialistas. Há indícios de que já experimentou recuos e avanços ao longo das eras geológicas, particularmente em épocas mais recentes durante a Era do gelo. Há uma teoria sobre um Dilúvio do Mar Negro, que pode ser a origem das crenças sobre um dilúvio divino e a dispersão dos Indo-europeus da região.[carece de fontes]
O mar Negro apresenta um balanço hídrico positivo, que resulta num fluxo de 300 km³ de água por ano através dos estreitos do Bósforo e de Dardanelos para o mar Egeu, parte do Mediterrâneo. As águas mediterrâneas fluem para dentro do mar Negro como parte de um deslocamento hídrico de duas mãos; a água do mar Negro é mais fria e menos salgada e portanto flutua sobre as águas mais quentes e salgadas que vêm do Mediterrâneo. O mar Negro também recebe água doce dos diversos sistemas fluviais da Eurásia situados ao seu norte, dos quais o Don, o Dnieper e o Danúbio são os mais significantes.[carece de fontes]
O nome "mar negro" se dá devido à presença de grande quantidade de sais minerais que dão uma coloração escura. Foi conhecido pelos gregos como Ponto Euxino, e pelos turcos e turcomanos como Karadeniz.[5]
Cidades importantes
Entre as cidades importantes situadas em sua costa estão, em ordem alfabética, com suas respectivas populações entre parênteses:
- Batumi (121 806)
- Burgas (229 250)
- Constância (306 000, com uma área metropolitana de 550 000)
- Giresun (90 034)
- Istambul (11 372 613)
- Kerch (158 165)
- Quérson (358 000)
- Mangalia (41 153)
- Năvodari (34 669)
- Novorossiysk (281 400)
- Odessa (1 001 000)
- Ordu (190 143)
- Poti (47 149)
- Rize (91 901)
- Samsun (439 000)
- Sevastopol (379 200)
- Sochi (328 809)
- Sukhumi (43 700)
- Trebizonda (275 137)
- Varna (357 752)
- Yalta (80 552)
- Zonguldak (104 276).
Ecologia
O mar Negro sustenta um ecossistema marinho ativo e dinâmico, dominado por espécies adaptadas a condições salobras e nutritivas. Como em todas as cadeias alimentares marinhas, o mar apresenta uma série de níveis tróficos, com algas autotróficas, incluindo diatomáceas e dinoflagelados, atuando como produtores primários. Os sistemas fluviais que partem da Eurásia e Europa Central introduzem grandes volumes de sedimentos e nutrientes dissolvidos no mar Negro, mas a distribuição desses nutrientes é controlada pelo grau de estratificação fisioquímico, que é, por sua vez, definido pelo desenvolvimento fisiográfico sazonal.[6]
Durante o inverno, fortes ventos promovem inversões e afloramentos de nutrientes, enquanto as altas temperaturas do verão resultam em uma estratificação vertical marcante e uma rasa camada quente dissolvida.[7] O comprimento do dia e a intensidade de insolação também controlam a extensão da zona fótica. A produtividade na subsuperfície é limitada pela disponibilidade de nutrientes, e as águas profundas anóxicas agem como um dissipador para o nitrato reduzido, em forma de amônia. A zona bêntica também exerce um importante papel no ciclo de nutrientes do mar Negro, enquanto organismos quimiossintetizantes e vias geoquímicas anóxicas reciclam nutrientes que podem chegar à zona fótica, aumentando a produtividade.[8]
Ver também
Referências
- ↑ Área de superfície—«Black Sea Geography». University of Delaware College of Marine Studies. 2003. Consultado em 2 de dezembro de 2006
- ↑ Profundidade máxima—«Europa - Gateway of the European Union Website». Environment and Enlargement - The Black Sea: Facts and Figures
- ↑ «Unexpected changes in the oxic/anoxic interface in the Black Sea». Nature Publishing Group. 30 de março de 1989. Consultado em 2 de dezembro de 2006
- ↑ Socio-economic indicators for the countries of the Black Sea basin. (2001). In UNEP/GRID-Arendal Maps and Graphics Library (visitado em 2-12-2006, em http://maps.grida.no/go/graphic/sosio_economic_indicators_for_the_countries_of_the_black_sea_basin_giwa Arquivado em 10 de fevereiro de 2011, no Wayback Machine.).
- ↑ carlos_admin (14 de agosto de 2017). «A origem do nome dos Mares e Oceanos». Águas do Algarve (em português). Consultado em 12 de abril de 2022
- ↑ Oguz, T., H. W. Ducklow; et al. (1999). «A physical-biochemical model of plankton productivity and nitrogen cycling in the Black Sea» (PDF) 4 ed. Deep Sea Research Part I:. 46: 597–636. Bibcode:1999DSRI...46..597O. doi:10.1016/S0967-0637(98)00074-0. Consultado em 14 de fevereiro de 2015. Arquivado do original (PDF) em 26 de abril de 2012
- ↑ Oguz, T. and A. Merico (2006). «Factors controlling the summer Emiliania huxleyi bloom in the Black Sea: A modeling study» (PDF) 3–4 ed. Journal of Marine Systems. 59: 173–188. Bibcode:2006JMS....59..173O. doi:10.1016/j.jmarsys.2005.08.002. Consultado em 14 de fevereiro de 2015. Arquivado do original (PDF) em 26 de abril de 2012
- ↑ Friedrich, J., C. Dinkel; et al. (2002). «Benthic Nutrient Cycling and Diagenetic Pathways in the North-western Black Sea» 3 ed. Estuarine, Coastal and Shelf Science. 54: 369–383. Bibcode:2002ECSS...54..369F. doi:10.1006/ecss.2000.0653
Ligações externas
- «Monitoramento espacial da costa e das águas do mar Negro» (em English). - BlackSea-online.com
- Centro para a Arqueologia do Mar Negro
- Mar Negro- National Geographic Society