Insolação | |
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Paciente a ser arrefecido com borrifos de água, um dos tratamentos possíveis para insolação | |
Sinónimos | Golpe de calor |
Especialidade | Medicina de emergência |
Sintomas | Temperatura corporal elevada, pele vermelha, seca ou húmida, dores de cabeça, tonturas, confusão, náuseas[1] |
Complicações | Crises epilépticas, rabdomiólise, insuficiência renal[2] |
Tipos | Clássica, exercional (induzida por exercício)[2] |
Causas | Temperatura externa elevada, esforço físico[2][3] |
Fatores de risco | Extremos etários, ondas de calor, elevada humidade, alguns medicamentos, doenças cardiovasculares, doenças da pele[2] |
Método de diagnóstico | Baseado nos sintomas[2] |
Condições semelhantes | Síndrome neuroléptica maligna, malária, meningite[2] |
Tratamento | Arrefecimento rápido, cuidados de apoio[3] |
Prognóstico | Risco de morte: <5% (induzida por exercício), até 65% (não induzida por exercício)[2] |
Mortes | > 600 por ano (EUA)[3] |
Classificação e recursos externos | |
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Insolação ou golpe de calor é um tipo grave de doença por calor que resulta numa temperatura corporal superior a 40 ºC e estado de confusão.[3] Entre outros possíveis sintomas estão pele vermelha, seca ou húmida, dores de cabeça e tonturas.[1] A condição pode ser de início súbito ou gradual.[2] Entre as possíveis complicações estão crises epilépticas, rabdomiólise ou insuficiência renal.[2]
A insolação é causada pela presença de temperaturas externas elevadas ou exaustão física.[2][3] Entre os fatores de risco estão a ocorrência de ondas de calor, ambientes de elevada humidade, alguns medicamentos como os diuréticos, betabloqueadores, consumo de álcool, doenças cardiovasculares ou algumas doenças da pele.[2] Os casos que não estão associados a exaustão física geralmente ocorrem em pessoas em extremos etários ou com problemas de saúde crónicos.[2] O diagnóstico baseia-se na avaliação dos sintomas.[2] A insolação é um tipo de hipertermia.[2] É diferente de uma febre, em que o aumento do ponto de regulação da temperatura é fisiológico.[2]
Entre as medidas de prevenção estão a ingestão de líquidos na quantidade recomendada e em evitar a exposição ao calor excessivo.[4] A condição é uma emergência médica que requer transporte imediato para o hospital.[5] O tratamento consiste no rápido arrefecimento do corpo e em cuidados de apoio.[3] Os métodos de arrefecimento recomendados incluem borrifar a pessoa com água fresca e colocá-la sob uma ventoinha, colocar a pessoa em água gelada ou administrar fluídos frios por via intravenosa.[3] Em caso de emergência, até ser transportada para o hospital recomenda-se que vítima seja deitada em local arejado e à sombra, com cabeça elevada e roupa desapertada, e colocadas compressas frias na cabeça. Se a vítima estiver consciente pode ser dada a beber águas fresca; se estiver inconsciente deve ser colocada na posição lateral de segurança.[5] Embora dispor acumuladores térmicos à volta da pessoa possa ser razoável, não é uma medida que seja recomendada por rotina.[3]
Nos Estados Unidos, a insolação é a causa de 600 mortes por ano.[3] Entre 1995 e 2015 a frequência de casos tem vindo a aumentar.[2] Em pessoas com insolação induzida por exercício físico, o risco de morte é inferior a 5%, enquanto nos casos em que não é induzida por exercício o risco de morte pode chegar aos 65%.[2]
Referências
- ↑ 1,0 1,1 «Warning Signs and Symptoms of Heat-Related Illness». www.cdc.gov (em English). Consultado em 17 de julho de 2017. Cópia arquivada em 13 de julho de 2017
- ↑ 2,00 2,01 2,02 2,03 2,04 2,05 2,06 2,07 2,08 2,09 2,10 2,11 2,12 2,13 2,14 2,15 2,16 Leon, LR; Bouchama, A (abril de 2015). «Heat stroke.». Comprehensive Physiology. 5 (2): 611–47. PMID 25880507. doi:10.1002/cphy.c140017
- ↑ 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 3,5 3,6 3,7 3,8 Gaudio, FG; Grissom, CK (abril de 2016). «Cooling Methods in Heat Stroke.». The Journal of Emergency Medicine. 50 (4): 607–16. PMID 26525947. doi:10.1016/j.jemermed.2015.09.014
- ↑ «Tips for Preventing Heat-Related Illness|Extreme Heat». www.cdc.gov (em English). 19 de junho de 2017. Consultado em 17 de julho de 2017. Cópia arquivada em 29 de julho de 2017
- ↑ 5,0 5,1 «Golpe de calor». Serviço Nacional de Saúde. Consultado em 2 de maio de 2019