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Luís de Araújo Correia Lima

Luís de Araújo Correia Lima

Luís de Araújo Correia Lima (Porto Alegre, 4 de novembro de 1891Curitiba, 5 de setembro de 1930) foi um militar brasileiro. Idealizador dos Centros de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) do Exército Brasileiro, ele é reconhecido como o Patrono da Reserva.

Biografia

Descendente de família de militares, Correia Lima nasceu em Porto Alegre no dia 4 de novembro de 1891, filho mais velho do general-de-divisão Gonçalo Correia Lima e de Ana Correia Lima. Em 26 de setembro de 1907, sentou praça, como soldado, no extinto 17º Batalhão de Infantaria, sediado em Porto Alegre, onde prestou concurso para a Escola Militar. Aluno aplicado, permanentemente figurou entre os primeiros classificados nos cursos das Escolas Militares que freqüentou:

  • Escola Militar de Porto Alegre - Curso Fundamental
  • Escola Militar do Realengo - Curso de Artilharia
  • Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e Escola de Estado–Maior

Em 1916, contraiu matrimônio com dona Marina de Sousa e Melo, advindo dessa união, cinco filhos, dos quais os dois mais velhos seguiram a carreira militar.

Em sua carreira militar destacam-se:

  • As atividades de vigilância do litoral e da costa brasileia, na região de Rio Grande, durante a Primeira Grande Guerra (com o 17º Grupo de Artilharia);
  • Foi instrutor da Escola Militar do Realengo, durante a missão indígena;
  • Combateu os revoltosos de 1924, com o 1º Grupo de Artilharia Pesada;
  • Idealizou os Centros de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) sendo o primeiro comandante do primeiro CPOR brasileiro, no Rio de Janeiro.

Patrono da Reserva

As leituras e estudos sobre os acontecimentos da Primeira Guerra Mundial, especialmente quanto aos mecanismo de recrutamento e recompletamento de claros nas fileiras dos exércitos europeus, se constituíram na fonte de inspiração para criação, no Brasil, dos CPOR, que se tornaram o ideal de sua vida, pelo qual trabalhou desde jovem, ainda como tenente.

Teve de lutar contra inércia e a incompreensão, que existiam não somente no meio civil, mas também no meio militar, onde colocavam em dúvida a sua honestidade de seu propósito e, até mesmo, o acusavam de querer reorganizar a extinta Guarda Nacional.

Mas seus ideais se impuseram e, em 22 de abril de 1927, foi criado o primeiro Centro de Preparação de Oficiais da Reserva brasileiro, o do Rio de Janeiro, comandado pelo próprio Correia Lima, então capitão. O CPOR do Rio começou a funcionar efetivamente no ano seguinte, servindo de modelo para a criação de outros CPOR em outras capitais, bem como dos futuros Núcleos de Preparação de Oficiais da Reserva (NPOR).

Correia Lima não viu sua obra completada. Servia como major, promovido por merecimento, em Curitiba, comandando o 1º Grupo do 9º Regimento de Artilharia Montada, quando irrompeu a Revolução de 1930. Foi atacado, de surpresa, em seu quartel, e assassinado no dia 5 de setembro de 1930. No dia 13 de outubro de 1930 foi promovido post-mortem a tenente-coronel, por ato de bravura.

Homenagens

  • Os ideais e o esforço de Correia Lima para formar os alicerces da reserva militar brasileira fizeram com que fosse declarado o "Patrono da Reserva".
  • A medalha "Correia Lima" premia os alunos dos CPOR e NPOR que terminam o curso em primeiro lugar e sem ter qualquer punição disciplinar.
  • Uma herma em sua homenagem se ergue na Avenida Pedro II, obra executada no Arsenal de Guerra.

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