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Centro de Preparação de Oficiais da Reserva

Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) são unidades de ensino do Exército Brasileiro responsáveis pela formação básica, moral, física e técnico-profissional do oficial subalterno da "2ª Classe da reserva"[1].

História

Os CPOR nasceram por inspiração do então capitão Luís de Araújo Correia Lima, para suprir o Exército de oficiais subalternos. Ele observou que, após a Primeira Guerra Mundial, havia uma grande carência nos quadros de oficiais dos postos de primeiro e segundo tenente nos quadros daquela corporação.

As ideias de Correia Lima levaram à criação do primeiro CPOR na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal, em 1927, o qual começou a funcionar em no ano seguinte. Como o resultado alcançado foi considerado altamente positivo, o então Ministro da Guerra o Ministro da Guerra general-de-divisão Nestor Sezefredo dos Passos autorizou o comandante da 2ª Região Militar autorizou o general-de-divisão Hastimphilo de Moura a abertura de outro centro semelhante em São Paulo e, em seguida em Porto Alegre. Mais tarde, novos centros foram abertos em Belo Horizonte e Recife, tendo sido instalados NPOR em outras quarenta e nove cidades, que funcionam em conjunto com unidades operacionais.

Objetivos

Os CPOR, através de seus Cursos de Formação de Oficiais da Reserva (CFOR) formam aspirantes-a-oficial, habilitando-os ao desempenho de funções de comando das frações elementares da tropa, como seções, pelotões e companhias compondo, ao término do curso, o Corpo de Oficiais da Reserva do Exército (CORE). Um CPOR oferece cursos nas seguintes especialidades:

Os cursos têm objetivos específicos, dentro do plano educacional do exército, de formação de quadros voltados para suprir a força com elementos não permanentes, mas capacitados a cumprir adequadamente suas tarefas durante o período em que estiverem servindo. Além disso, esses quadros estarão aptos a compor uma reserva para a eventualidade de uma situação de guerra ou convocação extraordinária. Muitos oficiais oriundos de suas fileiras tiveram relevante participação no efetivo da Força Expedicionária Brasileira.

Além dos CPOR, o Exército conta com diversos Núcleos de Preparação de Oficiais da Reserva (NPOR) a estes subordinados, mas incorporados a unidades de tropa regulares. Diferentemente dos CPOR, que contam dois ou mais cursos das referidas especialidades, os NPOR formam aspirantes para apenas uma especialidade, geralmente a mesma da unidade militar à qual está incorporado[2].

Ingresso

Aqueles que desejam se candidatar a uma das vagas dos CPOR/NPOR deve atender às seguintes exigências:

  • Ser brasileiro nato;
  • Ser solteiro;
  • Apresentar-se para o Serviço Militar Inicial (no ano em que completa dezoito anos) como voluntário para servir no CPOR/NPOR;
  • Ter alcançado ou completado o terceiro ano do ensino médio.

Para ingressar no CPOR/NPOR o voluntário deve superar testes escritos de conhecimentos ao nível secundário, testes de aptidão física, exames médicos oftalmológicos e uma avaliação psicológica. Somente os candidatos mais bem qualificados são matriculados como alunos.

Láureas Militares

Em 27 de janeiro de 1955, pelo decreto N° 36.825, o Presidente da República criou o estandarte-distintivo para os Centros de Preparação de Oficiais da Reserva, sendo este confeccionado na cor azul celeste, com o símbolo do Exército nas suas cores e metais, de dimensões iguais à um terço da altura da talha. Abaixo do símbolo, as iniciais CPOR e, abaixo deste, a cidade sede, em caracteres dourados, possuindo também uma franja em ouro em toda sua volta e um laço militar das cores nacionais com o dístico CPOR-XX (onde "XX" é a sigla da cidade-sede).

Os primeiros colocados nos cursos dos CPOR/NPOR têm direito a uma medalha especial, a Medalha Correia Lima, que homenageia o Patrono da Reserva.

Informações

No ano de 1990, formou-se uma das mais ilustres turmas de oficiais da reserva, pelo NPOR do extinto 28º Batalhão de Infantaria Blindado, comandada pelo então capitão Chiavegatto, contando com futuras figuras de destaque na sociedade brasileira. Inicialmente oferecido como curso opcional para o serviço militar obrigatório, tornou-se algo cobiçado por jovens como uma forma de diferenciação profissional no futuro. A turma daquele ano contou com formandos tais como José Capriolli (presidente da Azul Linhas Aéreas), Alexandre Nogueira (da IntertechRail), Guilherme Piereck (Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID), dentre outras figuras importantes.

Ver também

Referências

  1. «Serviço Militar». Exército Brasileiro. Consultado em 19 de novembro de 2021 
  2. «NPOR/CPOR por Região Militar» (PDF). Exército Brasileiro. Consultado em 19 de novembro de 2021 

Ligações externas

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