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Laje (Bahia)

Laje
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Laje
Bandeira
Brasão de armas de Laje
Brasão de armas
Hino
Gentílico lajista
Localização
Localização de Laje na Bahia
Localização de Laje na Bahia
Laje está localizado em: Brasil
Laje
Localização de Laje no Brasil
Mapa de Laje
Coordenadas 13° 10' 55" S 39° 25' 30" O
País Brasil
Unidade federativa Bahia
Municípios limítrofes Mutuípe, Ubaíra, Santo Antonio de Jesus, Aratuípe, Amargosa, Valença, Jiquiriçá e São Miguel das Matas
Distância até a capital aproximadamente 226 ou 135 (via ferry boat) km
História
Fundação 20 de julho de 1905 (119 anos)
Administração
Prefeito(a) Binho de Mota (PSD, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 498,089 km²
População total (IBGE/2018[2]) 23 638 hab.
Densidade 47,5 hab./km²
Clima Não disponível
Altitude 190 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,586 baixo
PIB (IBGE/2016[4]) R$ 228 387 mil
PIB per capita (IBGE/2016[4]) R$ 9 471,91

Laje é um município brasileiro do estado da Bahia. Localiza-se à latitude 13º10'56" sul e à longitude 39º25'30" oeste, com altitude de 190 metros. Sua população estimada em 2018 era de 23 638 habitantes, distribuídos em 498 089 km² de área.

História

De acordo com a tradição popular, uma enchente, desviando o curso do rio Jiquiriçá, provocou uma enorme destruição de um povoamento localizado à margem direita. Após o fato, os habitantes do local edificaram uma capela em louvor a Nossa Senhora das Dores em um ponto à margem esquerda e abaixo da cachoeira do Estouro, ficando protegidos de surpresas e rigores das enchentes periódicas. Por conta da existência de enormes lajedos, nas proximidades, o povoado foi denominado de Nova Laje. Município criado com o território do distrito de Nova Laje, desmembrado de Aratuípe e recebendo a denominação de Vila de Laje, por Lei Estadual de 20.07.1905. A sede foi elevada à categoria de cidade através Decreto Lei Estadual de 30.03.1938. E seu primeiro prefeito foi o senhor Leonel de Caldas Brito.

Jequiriçá fez parte do movimento colonizador do século XVII, 1668 quando os bandeirantes foram pelo Rio Jaguaripe em direção a Ilhéus. Na mesma data Paulo de Argollo estabeleceu-se com Bernardo Ribeiro obtendo a sesmaria. As matas de vinhático do Jequiriçá eram onhecidas por Senhor do Bonfim das Velhas, depois Velhas e citadas em várias Cartas Régias no Brasil Colonial. Suas terras foram descobertas e conquistadas pelo bandeirante Aguiar Banige, no século XVIII. (Dicionário Geográfico e Histórico da Bahia/ Borges de Barros). A reguesia de Santo Antonio do Jiquiriçá foi criada, ainda no século XVIII, conforme registrou o vigário Felix Gonçalves da Silva, em 1757. Estando a maior parte das terras cobertas por florestas que abrigavam várias aldeias de índios pertencentes aos grupos Tupiniquin e Tupinaé. Todo o Recôncavo é demarcado por rios perenes: Paraguaçu, Serigi, Jaguaripe, Da Dona, Jiquiriçá, Una...

A importância desses rios é a fixação do homem, facilitando sua vida. Citando o Jiquiriça os povoados e vilas que ai se formaram não foi diferente do que aconteceu no Paraguaçu, Jaguaripe, dentre outros. As culturas da cana-de-açúcar, da mandioca e a utilização das matas foram o sustentáculo da alimentação e da riqueza no período colonial.

Já se plantava cana-de-açúcar no primeiro quartel do século XIX, nas terras tipo “salão”, diferentes do massapé do restante Recôncavo Baiano. A Cidade de Laje situase a sudeste do Recôncavo Baiano. “Mem de Sá o conquistador do Recôncavo” (Wanderley Pinho, p.37). O povoamento dos colonos portugueses no Recôncavo foi lento devido a resistência dos índios sendo apenas vencida com o terceiro Governador-Geral Mem de Sá que derrubou esta resistência exterminando grandes aldeamentos. Assim é que os índios Paiaiás permaneceram

hostis no Vale do Paraguaçu incendiando fazendas e engenhocas até a segunda metade do século XVII. Em 1854, já há registro do funcionamento de onze engenhos e engenhocas com produção considerável de arrobas de açúcar. 1° engenho – pertencente a Francisco Chagas Guimarães que trabalhava com roda d’água e plantava 50 tarefas de terras. Possuía 16 escravos, 4 empregados livres e 2 cavalos.

Produzia duas mil arrobas de açúcar. 2º engenho – propriedade do Padre Antonio Porfiro de Barros, com roda d’água plantando 30 tarefas de terras e não possuía escravos; tinha 10 empregados livres, 6 cavalos, 8 bois. Produzia mil e duzentas arrobas de açúcar. 3° engenho – propriedade de Cipriano Francisco de Oliveira, com água plantando 40 tarefas de terras e possuía 14 escravos, 4 libertos, 10 bois, 8 cavalos.

Economia

A economia de Laje é basicamente agrícola, com produção expressiva de produtos derivados da mandioca. Sua pecuária diversificada, conta com criações de bovinos, suínos, asininos e muares. Sua rede hoteleira possui 44 leitos. No ano de 2001 o município registrou 3607 consumidores de energia elétrica com um consumo de 4806mwh. Segundo dados da SEI/IBGE, o PIB do município par 2003 foi de R$ 48.647.352,00 e a estrutura setorial está distribuída da seguinte forma: 36,03% para agropecuária, 5,26% para indústria e 58,71% para serviços.

Referências

  1. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. «estimativa_ibge_2018.xls». agenciadenoticias.ibge.gov.br. Consultado em 2 de maio 2019 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 7 de agosto de 2013 
  4. 4,0 4,1 «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2010 à 2016». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 2 de maio 2019 

Ligações externas

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