João Alberto Souza | |
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João Alberto Souza | |
Governador do Maranhão | |
Período | 1990-1991 |
Antecessor(a) | Epitácio Cafeteira |
Sucessor(a) | Edison Lobão |
Vice-governador do Maranhão | |
Período | 1987-1990 2009-2011 |
Antecessor(a) | João Rodolfo Luís Carlos Porto |
Sucessor(a) | José de Ribamar Fiquene Washington Oliveira |
Deputado federal pelo Maranhão | |
Período | 1979-1987 1995-1999 |
Senador pelo Maranhão | |
Período | 1999-2007 2011-2019 |
Deputado estadual pelo Maranhão | |
Período | 1971-1975 |
Prefeito de Bacabal | |
Período | 1989 (primeiro semestre) |
Antecessor(a) | Raimunda Ramos Loiola |
Sucessor(a) | Jurandir Ferro do Lago |
Dados pessoais | |
Nascimento | 1 de outubro de 1935 (89 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] São Vicente Ferrer, MA |
Cônjuge | Maria Santos Sousa |
Partido | ARENA (1970-1979) PDS (1980-1985) PFL (1985-1994) MDB (1994-presente) |
Profissão | economista |
João Alberto Souza (nome civil: João Alberto de Souza), ou apenas João Alberto, (São Vicente Ferrer, MA, 1º de outubro de 1935) é um economista e político brasileiro natural do Maranhão, estado que representou no Congresso Nacional[1][2] e onde foi governador.[3]
Dados biográficos
Filho de Manoel Campos Souza e Dayse Novaes Linhares. Economista formado pela Universidade Candido Mendes em 1966, ingressou na ARENA e nesta legenda foi eleito deputado estadual em 1970 e durante a maior parte da década em questão foi vice-presidente do diretório estadual.[3]Predefinição:Nota de rodapé Candidato a deputado federal, amargou uma suplência em 1974, mas foi eleito em 1978 e 1982 conquistando este último mandato via PDS, a legenda que passou a sustentar o Regime Militar de 1964 após o fim do bipartidarismo graças à reforma política empreendida pelo governo do presidente João Figueiredo.[4] Durante sua estadia em Brasília, votou a favor da Emenda Dante de Oliveira em 1984 e foi eleitor de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 1985, mesmo ano em que ingressou no PFL.[5][6][1][7][8]
Em 1986 foi eleito vice-governador na chapa de Epitácio Cafeteira,[5] mas enfrentou uma grande controvérsia no exercício do cargo ao eleger-se prefeito de Bacabal em 1988.[6] Tudo porque, ao invés de renunciar, João Alberto Souza adotou uma "solução intermediária" ao pedir licença da vice-governadoria para assumir a prefeitura de Bacabal, cidade a qual administrou no primeiro semestre de 1989. Findo este prazo, Souza renunciou à prefeitura e reassumiu o mandato de vice-governador. Quando Epitácio Cafeteira renunciou ao Palácio dos Leões para eleger-se senador em 1990 o governo foi entregue a João Alberto Souza, mas este foi destituído do cargo pela Assembleia Legislativa do Maranhão cujo presidente, Ivar Saldanha, foi empossado governador.[9] Em meio à conflagração instaurada, João Alberto cercou o Palácio dos Leões ordenando o uso de força letal contra invasores e ele próprio permaneceu no gabinete armado com um revólver à espera de um confronto que não houve.[10] Tal impasse foi solucionado pelo Tribunal de Justiça do Maranhão, mediante uma liminar em favor de João Alberto Souza, governador até a posse de Edison Lobão a 15 de março de 1991.[11]
Fato ruidoso durante sua gestão à frente do Poder Executivo estadual foi a "Operação Tigre", deflagrada para combater o crime na região de Imperatriz.[12] Nela, muitos indivíduos com ficha criminal foram mortos, contudo houve queixas relacionadas à morte de pessoas meramente investigadas ou mesmo sem antecedentes penais. Acossado por críticas, o governo João Alberto negou todas as acusações a respeito de tal operação.[12] Em 1992 perdeu a eleição para prefeito de São Luís, em segundo turno, para Conceição Andrade, do PSB.[6]
Após migrar para o PMDB elegeu-se deputado federal em 1994, entretanto licenciou-se do mandato para assumir a Secretaria de Governo a convite da governadora Roseana Sarney.[1]Predefinição:Nota de rodapé Quanto Roseana Sarney foi reeleita em 1998, João Alberto Souza conquistou um mandato de senador.[5][6][2] Sempre em aliança com o clã de José Sarney, foi derrotado como candidato a vice-governador na chapa de Roseana Sarney em 2006, no entanto ambos assumiram o poder quando o Tribunal Superior Eleitoral cassou os mandatos de Jackson Lago e Luís Carlos Porto.[13][14]Predefinição:Nota de rodapé Eleito senador pela segunda vez em 2010, presidiu o Conselho de Ética do Senado Federal, embora em determinado momento licenciou-se para assumir o cargo de secretario de Programas Especiais no quarto governo Roseana Sarney.[15][16]Predefinição:Nota de rodapé
Em novembro de 2015 votou contra a prisão de Delcídio Amaral.[17] Em 2017 arquivou pedido de cassação por quebra de decoro contra Aécio Neves, que havia sido afastado do mandato por decisão do Supremo Tribunal Federal.[18] Em outubro de 2017 votou a favor da manutenção do mandato do senador Aécio Neves, derrubando decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal no processo onde ele foi acusado de corrupção e obstrução da justiça por solicitar dois milhões de reais ao empresário Joesley Batista.[19][20]
Pai do psicólogo e também político, João Marcelo Souza,[21] deixou a vida política ao final do mandato, embora tenha disputado e perdido a eleição para vereador em Bacabal no ano de 2020.
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado João Alberto Souza». Consultado em 16 de março de 2019
- ↑ 2,0 2,1 BRASIL. Senado Federal. «Biografia do senador João Alberto Souza». Consultado em 16 de março de 2019
- ↑ 3,0 3,1 «CPDOC – FGV: biografia de João Alberto Souza». Consultado em 16 de março de 2019
- ↑ BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 6.767 de 20/12/1979». Consultado em 16 de março de 2019
- ↑ 5,0 5,1 5,2 «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 16 de março de 2019
- ↑ 6,0 6,1 6,2 6,3 «Banco de dados do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão». Consultado em 16 de março de 2019
- ↑ A nação frustrada! Apesar da maioria de 298 votos, faltaram 22 para aprovar diretas (online). Folha de S.Paulo, São Paulo (SP), 26/04/1984. Capa. Página visitada em 16 de março de 2019.
- ↑ Sai de São Paulo o voto para a vitória da Aliança (online). Folha de S.Paulo, São Paulo (SP), 16/01/1985. Primeiro caderno, p. 06. Página visitada em 16 de março de 2019.
- ↑ Justiça mantém mandato de governador do MA (online). Folha de S.Paulo, São Paulo (SP), 19/06/1990. Política, p. A-5. Página visitada em 16 de março de 2019.
- ↑ «Relator acha inútil chamar Malan agora (online). Folha de S.Paulo, São Paulo (SP), 23/04/1999. Brasil, p. 1-8». Consultado em 16 de março de 2019
- ↑ Justiça garante cargo ao governador do MA (online). O Estado de S. Paulo, São Paulo (SP), 19/06/1990. Geral, p. 06. Página visitada em 16 de março de 2019.
- ↑ 12,0 12,1 «Cotado para "xerife", senador diz que fez governo "90% honesto" (Último Segundo - IG)». Consultado em 17 de março de 2019
- ↑ «TSE nega recursos e confirma cassação do governador do Maranhão (g1.com)». Consultado em 16 de março de 2019
- ↑ TSE manda Lago deixar governo do Maranhão Folha de S.Paulo (online), 17/04/2009. Página visitada em 16 de março de 2019
- ↑ «João Alberto é eleito presidente do Conselho de Ética do Senado (g1.com)». Consultado em 16 de março de 2019
- ↑ «Senador João Alberto se licencia, e 15º suplente toma posse (g1.com)». Consultado em 16 de março de 2019
- ↑ MATTOS, Marcela; BORGES, Laryssa. «Confira quais senadores votaram para livrar Delcídio da cadeia». VEJA.com (em português)
- ↑ «Alberto arquiva representação contra Aécio Neves no Conselho de Ética (Agência Senado)». Senado. 23 de junho de 2017. Consultado em 16 de outubro de 2017
- ↑ «Veja como votou cada senador na sessão que derrubou afastamento de Aécio (g1.com)». Consultado em 16 de março de 2019
- ↑ RICHTER, André (2 de junho de 2017). «Janot denuncia Aécio Neves ao STF por corrupção e obstrução da Justiça». Agência Brasil (em português). Consultado em 28 de dezembro de 2017
- ↑ BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado João Marcelo Souza». Consultado em 16 de março de 2019