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Himno Nacional Argentino

Predefinição:Cultura da Argentina Predefinição:Info/Hino

Vicente López y Planes, poeta da letra do hino nacional argentino.
Blas Parera, compositor da música do hino nacional argentino.

O Himno Nacional Argentino (hino nacional argentino) foi denominado originalmente Marcha patriótica, depois Canción patriótica nacional e posteriormente "Canción patriótica. Uma cópia publicada em 1847 a chamou de Himno Nacional Argentino", nome conservado até hoje. Em algumas publicações estrangeiras, o hino é chamado de "¡Oíd Mortales!" ("Ouvi, mortais!"), as primeiras palavras da canção. A forma de execução e o texto estão estabelecidas no decreto 10.302 de 1944. Aprovado pela Assembléia Geral Constituinte em 11 de Maio de 1813, foi composta por Vicente López y Planes e sua música por Blas Parera. Predefinição:Titulo em itálico

Em 1900, durante a presidência de Julio Argentino Roca, foi sancionado o decreto segundo o qual só são cantadas a primeira e a última estrofes e o refrão nas festas oficiais, colégios e escolas, com a intenção de manter a harmonia e a convivência com os espanhóis residentes no país.

História

Em 26 de Maio de 1812, apresentou-se na Casa de Comédia da cidade de Buenos Aires a peça teatral El 25 de Mayo, de Luis Ambrosio Morante, baseada na Revolução de Maio de 1810, a qual terminava com um hino cantado pelos atores. Um dos espectadores, o portenho Vicente López y Planes, sentiu-se inspirado e nessa mesma noite escreveu a primeira estrofe de um hino para relembrar a peça de Morante,[1][2] cuja música era de Blas Parera.

No dia 11 de Maio de 1813, a Assembléia Geral Constituinte o aprovou como "Marcha Patriótica". No dia seguinte, a Assembléia pediu a Parera encarrega-se de compor com urgência uma nova música. Alguns autores dizem que ele aceitou, mas passados vários dias não apresentou nenhum resultado. Finalmente negou-se a compor, alegando que a letra era ofensiva à Espanha e que ele temia as represálias do Governo Real. Foi preso pelo governo argentino e obrigado a compor sob pena de fuzilamento. Em uma só noite ele terminou a partitura (simplesmente copiou a música que havia composto para a peça teatral um ano antes). Foi libertado e no primeiro barco do dia 25 de Maio, abandonou para sempre a Argentina, vivendo vários anos no Rio de Janeiro (Brasil) e finalmente em Espanha, onde morreu.

Esta teoria sobre as razões da partida de Parera tem sido também refutada. O musicólogo Carlos Vega opina que: meses antes da partida, o governo argentino – o qual estava em guerra – exigiu a todos os espanhóis residentes, juramento de fidelidade à pátria nativa (Argentina) e morrer por sua independência total, legalizando sobra adesão mediante do documento de cidadania. Poderia ser que a adoção da nacionalidade argentina haveria sido uma imposição, demasiando dura para o idioma catalão, e acaso a causa de seu estranhamento súbito.

Estima-se que a obra foi apresentada no mesmo dia 25 de Maio de 1813, já que no dia 28 desse mesmo mês, se cantou durante uma função patriótica efetuada durante a noite, no teatro. Logo se a conheceria como “Canção Patriótica Nacional” e mais tarde simplesmente como “Canção Patriótica”. Mas em uma cópia publicada em 1847, aparece titulada como “El Himno Nacional Argentino”, nome usado até hoje.

A letra era marcadamente independentista e “antiespanhola”, como correspondia ao quotidiano da época. Até um verso do hino fazia refências à Marte, deus romano da guerra.

Tempo mais tarde, a “Assembléia do ano XIII” pede uma reforma na letra, para que o hino não quebrasse mais acordos com as novas oportunidades: Inglaterra se opunha vigorosamente a todo resto da autonomia das colônias da Espanha, sua aliada na guerra contra Napoleão Bonaparte. O embaixador britânico Lord Strangford, faz conhecer do governo de Buenos Aires, este era altamente fundamental para a declaração da independência prematura.

Desaparecem então os versos que anunciam: « Se levanta a fazer da Terra / uma nova e gloriosa Nação ». Mudanças aparecem, influenciadas por conceitos monarcas, quando os poderes competiam nas candidaturas dos príncipes europeus para governar a Argentina.

Há então uma percepção muito forte sobre o verso « Vede em trono à nobre igualdade » , afrancesamento relacionado com o propósito de coroar o Duque de Orleans (alguns outros autores falam que os orleanistas não estavam a favor da « nobre igualdade » da Revolução Francesa, ou ao contrário, que eram partidários do Antigo Regime). Os versos « E sobre as asas da glória eleva o povo, / ao trono digno a sua grande majestade », desapareceram na versão definitiva. E os versos « Já seu trono digníssimo abriram, / as Províncias Unidas do Sul. / E os livres do mundo respondem: / "Ao grande povo argentino, saúde!" » permaneceram.

Em 1860, o hino passou por outra modificação, encomendada pelo músico Juan Pedro Esnaola, que realizou uma versão orquestrada mais rica no ponto de vista harmônico.

Tendo por hino nacional, a Canção Patriótica de López; através de um largo período da nacionalidade, foi interpretado de acordo com o texto original; mas uma vez desaparecido na fúria do conflito contra a Espanha, em vésperas de um acertamento político com Espanha, devido a numerosas criticas por parte de representantes diplomáticos espanhóis, a canção nacional sofreu em seu enunciado uma modificação de forma que, o relativo a aquela parte que poderia temer um conceito pejorativo para outros países.

Marcha Patriótica

A versão original de Marcha Patriótica de 1860

Em espanhol Em português
Oíd, mortales, el grito sagrado:

"¡Libertad! ¡Libertad! ¡Libertad!"
Oíd el ruido de rotas cadenas,
Ved en trono a la noble igualdad.
Se levanta a la faz de la Tierra
una nueva y gloriosa Nación,
coronada su sien de laureles,
y a sus plantas rendido un león.

Ouvi, mortais, o grito sagrado:

"Liberdade! Liberdade! Liberdade!"
Ouvi o ruído de quebradas correntes,
vede em trono à nobre igualdade.
Se levanta à face da Terra
uma nova e gloriosa Nação,
coroada sua fronte de lauréis,
e a seus pés, rendido, um leão.

Sean eternos los laureles,

que supimos conseguir.
Coronados de gloria vivamos...
¡o juremos con gloria morir!

Sejam eternos os lauréis,

que soubemos conseguir.
Coroados de glória vivamos...
ou juremos com glória morrer!

De los nuevos campeones los rostros

Marte mismo parece animar
la grandeza se anida en sus pechos:
a su marcha todo hacen temblar.
Se conmueven del Inca las tumbas,
y en sus huesos revive el ardor,
lo que va renovando a sus hijos
de la Patria el antiguo esplendor.

Dos novos campeões os rostos

Marte mesmo parece animar
a grandeza se aninha em seus peitos:
à sua marcha tudo fazem tremer.
Se comovem do Inca as tumbas,
e em seus ossos revive o ardor,
o que vai renovando a seus filhos
da Pátria, o antigo esplendor.

Sean eternos los laureles,

que supimos conseguir.
Coronados de gloria vivamos...
¡o juremos con gloria morir!

Pero sierras y muros se sienten
retumbar con horrible fragor:
todo el país se conturba por gritos
de venganza, de guerra y furor.
En los fieros tiranos la envidia
escupió su pestífera hiel;
su estandarte sangriento levantan
provocando a la lid más cruel.

Sejam eternos os lauréis,

que soubemos conseguir.
Coroados de glória vivamos...
ou juremos com glória morrer!

Mas serras e muros se sentem
retumbar com horrível fragor:
todo o país se conturba por gritos
de vingança, de guerra e furor.
Nos bravios tiranos a inveja
cuspiu seu pestilento fel;
seu estandarte sangrento levantam
provocando à lide mais cruel.

Sean eternos los laureles,

que supimos conseguir.
Coronados de gloria vivamos...
¡o juremos con gloria morir!

¿No los véis sobre México y Quito
arrojarse con saña tenaz
y cuál lloran, bañados en sangre,
Potosí, Cochabamba y La Paz?
¿No los véis sobre el triste Caracas
luto y llantos y muerte esparcir?
¿No los véis devorando cual fieras
todo pueblo que logran rendir?

Sejam eternos os lauréis,

que soubemos conseguir.
Coroados de glória vivamos...
ou juremos com glória morrer!

Não os vedes sobre México e Quito
arrojar-se com sanha tenaz
e como choram, banhadas em sangue,
Potosí, Cochabamba e La Paz?
Não os vedes sobre a triste Caracas
luto e prantos e morte espargir?
Não os vedes devorando qual feras
todo povo que logram render?

Sean eternos los laureles,

que supimos conseguir.
Coronados de gloria vivamos...
¡o juremos con gloria morir!

A vosotros se atreve, argentinos,
el orgullo del vil invasor;
vuestros campos ya pisa contando
tantas glorias hollar vencedor.
Más los bravos, que unidos juraron
su feliz libertad sostener,
a estos tigres sedientos de sangre
fuertes pechos sabrán oponer.

Sejam eternos os lauréis,

que soubemos conseguir.
Coroados de glória vivamos...
ou juremos com glória morrer!

A vós se atreve, argentinos,
o orgulho do vil invasor;
vossos campos já pisa contando
tantas glórias humilhar, vencedor.
Mas os bravos, que unidos juraram
sua feliz liberdade sustentar,
a estes tigres sedentos de sangue
fortes peitos saberão opôr.

Sean eternos los laureles,

que supimos conseguir.
Coronados de gloria vivamos...
¡o juremos con gloria morir!

El valiente argentino a las armas
corre ardiendo con brío y valor,
el clarín de la guerra, cual trueno,
en los campos del Sud resonó.
Buenos Aires se opone a la frente
de los pueblos de la ínclita unión,
y con brazos robustos desgarran
al ibérico altivo león.

Sejam eternos os lauréis,

que soubemos conseguir.
Coroados de glória vivamos...
ou juremos com glória morrer!

O valente argentino às armas
corre ardendo com brio e valor,
o clarim da guerra, qual trovão,
nos campos do Sul ressoou.
Buenos Aires se opõe à frente
dos povos da ínclita união,
e com braços robustos desgarram
ao ibérico altivo leão.

Sean eternos los laureles,

que supimos conseguir.
Coronados de gloria vivamos...
¡o juremos con gloria morir!

San José, San Lorenzo, Suipacha,
ambas Piedras, Salta y Tucumán,
La Colonia y las mismas murallas
del tirano en la Banda Oriental.
Son letreros eternos que dicen:
aquí el brazo argentino triunfó,
aquí el fiero opresor de la Patria
su cerviz orgullosa dobló.

Sejam eternos os lauréis,

que soubemos conseguir.
Coroados de glória vivamos...
ou juremos com glória morrer!

São José, São Lourenço, Suipacha,
ambas Piedras, Salta e Tucumã,
La Colonia e as mesmas muralhas
do tirano na Banda Oriental.
São letreiros eternos que dizem:
aqui o braço argentino triunfou,
aqui o feroz opressor da Pátria
sua cerviz orgulhosa dobrou.

Sean eternos los laureles,

que supimos conseguir.
Coronados de gloria vivamos...
¡o juremos con gloria morir!

La victoria al guerrero argentino
con sus alas brillante cubrió,
y azorado a su vista el tirano
con infamia a la fuga se dio.
Sus banderas, sus armas se rinden
por trofeos a la libertad,
y sobre alas de gloria alza el pueblo
trono digno a su gran majestad.

Sejam eternos os lauréis,

que soubemos conseguir.
Coroados de glória vivamos...
ou juremos com glória morrer!

A vitória ao guerreiro argentino
com suas asas brilhante cobriu,
e ao vê-la, irritado, o tirano
com infâmia à fuga se entregou.
Suas bandeiras, suas armas se rendem
por troféus à liberdade,
e sobre asas de glória alça o povo
trono digno à sua grande majestade.

Sean eternos los laureles,

que supimos conseguir.
Coronados de gloria vivamos...
¡o juremos con gloria morir!

Desde un polo hasta el otro resuena
de la fama el sonoro clarín,
y de América el nombre enseñando
les repite: "¡Mortales, oíd!:
ya su trono dignísimo abrieron
las Provincias Unidas del Sud".
Y los libres del mundo responden:
"Al gran pueblo argentino, ¡salud!

Sejam eternos os lauréis,

que soubemos conseguir.
Coroados de glória vivamos...
ou juremos com glória morrer!

Desde um pólo até o outro ressoa
da fama o sonoro clarim,
e da América o nome ensinando
repete-lhes: “Mortais, ouvi!:
Já seu trono digníssimo abriram
as Províncias Unidas Do Sul".
E os livres do mundo respondem:
“Ao grande povo argentino, saúde!”

Sean eternos los laureles,

que supimos conseguir.
Coronados de gloria vivamos...
¡o juremos con gloria morir!

Sejam eternos os lauréis,

que soubemos conseguir.
Coroados de glória vivamos...
ou juremos com glória morrer!

Alteração da letra

Durante a segunda Presidência do general Julio Argentino Roca , em 30 de Março de 1900 um decreto referendado com a confirmação do Presidente da Nação e dos ministros Luis Maria Campos, Emilio Civit, Martín Rivadavia, Felipe Yofre, José Maria Rosa e Martín García Merou dispunha que:

« Sem produzir alterações no texto do Hino Nacional Argentino, tem nas estrofes que respondem perfeitamente ao conceito que universalmente tem as nações respeito de seus hinos em tempo de paz e que harmonizam com a tranqüilidade e a dignidade de milhares de espanhóis que compartilham nossa existência, as que podem e devem preferir-se para ser cantadas nas festividades oficiais, por quanto respeitem as tradições e a lei sem ofensa a ninguém, o Presidente Da República em acordo com os Ministros decreta: [Artigo 1º] Nas festas oficias ou públicas, assim como nos colégios, só cantarão a primeira e a última estrofe e o refrão da Canção Nacional sancionada pela Assembléia Geral Nacional em 11 de Maio de 1813. »

Desapareceram assim as marciais referentes a argentinos e a espanhóis.

Himno Nacional Argentino

Em espanhol


Oíd, mortales, el grito sagrado:
"¡Libertad! ¡Libertad! ¡Libertad!"
Oíd el ruido de rotas cadenas,
ved en trono a la noble igualdad.

Ya su trono dignísimo abrieron
las Provincias Unidas del Sud.
Y los libres del mundo responden:
"Al gran pueblo argentino, ¡salud!”

Sean eternos los laureles,
que supimos conseguir.
Coronados de gloria vivamos...
¡o juremos con gloria morir!

Em português


Ouvi, mortais, o grito sagrado:
"Liberdade! Liberdade! Liberdade!"
Ouvi o ruído de quebradas correntes,
vede em trono à nobre igualdade.

Já seu trono digníssimo abriram
as Províncias Unidas Do Sul.
E os livres do mundo respondem:
“Ao grande povo argentino, saúde!”

Sejam eternos os lauréis,
que soubemos conseguir
Coroados de glória vivamos...
ou juremos com glória morrer!

Como é cantado o hino nacional argentino

A primeira estrofe, todos os seus versos são cantados uma vez; A segunda estrofe, os dois primeiros versos não se repetem, os dois últimos versos ( Y los libres del mundo responden: / “Al gran pueblo argentino, ¡Salud!” ) se repetem três vezes; e o refrão, o primeiro verso não se repete, o segundo verso ( que supimos conseguir. ) é repetido duas vezes, o verso final ( ¡o juremos con gloria morir! ) é cantado três vezes.

Ver também

Referências

Ligações externas

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