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Givanildo Oliveira

Predefinição:Info/Treinador Givanildo José de Oliveira (Olinda, 8 de agosto de 1948) é um ex-técnico e ex-futebolista brasileiro que atuava como volante.

Está no topo da lista de treinadores com títulos estaduais na carreira: são 19 troféus por 10 times em 6 estados diferentes.[1][2][3] Também conquistou 4 títulos de caráter nacional e duas copas regionais. É o treinador brasileiro com mais títulos estaduais no século XXI (9) e em mais times diferentes (8), empatado, no primeiro caso, apenas com Vanderlei Luxemburgo.[4]

Quando jogador foi pentacampeão pernambucano pelo Santa Cruz, de 1969 a 1973, jogando como ponta-esquerda, e ainda seria bicampeão, em 1978 e 1979.[5] Além disso, é o recordista de partidas pelo Tricolor, com 599 jogos disputados, entre 1969 e 1979.[6] Pelo Sport foi tricampeão do estado: 1980, 1981 e 1982; pelo Corinthians foi vice-campeão brasileiro em 1976 e campeão Paulista em 1977; pelo Fluminense foi campeão Carioca em 1980.[7] Ao lado de Quarentinha, Jorge Henrique e Durval, possui o recorde de estaduais como jogador: doze.[8] Do conjunto, foi Giva o que conquistou a marca em menos tempo: 14 anos. Somando as funções de jogador e treinador possui 31 títulos estaduais, recorde absoluto. Seu talento e sucesso lhe rendeu o apelido de "Rei de Pernambuco".

Foi o primeiro a jogar pela Seleção Brasileira atuando em clube do Nordeste.[9] Em 2019, recebeu o Título de Cidadão do Recife.[10]

Carreira

Como jogador

Começou no Santa Cruz, pelo qual foi pentacampeão pernambucano (1969–1973) e depois bicampeão (1978–1979). Foi um dos principais jogadores do Corinthians na conquista do Campeonato Paulista de 1977, tendo sido vice-campeão brasileiro com o mesmo em 1976, sendo titular na semifinal, contra o Fluminense, partida que ficou marcada pela "Invasão Corintiana" em pleno Maracanã, e na final, contra o Internacional. Jogou também no próprio Fluminense (campeão carioca em 1980), se transferindo para o Sport, em que foi tricampeão pernambucano (1980–1982). Tendo como referencial sua carreira foi pentacampeão pernambucano duas vezes: 1969 a 1973 e 1978 a 1982; como ganhou o Paulistão de 1977 e o Cariocão de 1980, formou-se um hepta pessoal de estaduais: 1977 a 1982, com duas conquistas em 1980. Disputou 13 partidas pela Seleção Brasileira, tendo participado do Torneio Bicentenário, em 1976, e das Eliminatórias para a Copa de 1978.[8]

Como técnico

Comandou diversas equipes do norte-nordeste do país, com repetidas passagens por Sport, Santa Cruz e Paysandu.

Ganhou 19 estaduais,[8] sendo estes: 8 Paraenses (5 pelo Paysandu e 3 pelo Remo), 5 Pernambucanos (4 pelo Sport e 1 pelo Santa Cruz), 2 Cearenses (Ceará e Fortaleza: um cada), 2 Alagoanos (CRB e CSA: um cada), 1 Baiano (EC Bahia) e 1 Mineiro (América-MG). Formou as seguintes sequências de estaduais: 1986/87 (bi); 1990 a 1994 (hepta; dois títulos cada em 1992 e 1994); 2000 a 2002 (tri); 2004/05 (bi); 2016 a 2018 (tri). Por um mesmo estado, venceu consecutivamente em Pernambuco (1991/92) e Pará (1992 a 1994; 2000 a 2002), sendo bi pelo Sport (1991/92), bi pelo Remo (1993/94) e tri pelo Paysandu (2000 a 2002). Este último foi o time com que ganhou mais campeonatos estaduais (5) e títulos no geral (8). Além do nível estadual, foi campeão regional em 1994 (Copa do Nordeste, pelo Sport) e 2002 (Copa Norte, pelo Paysandu), e nacional em 1997 (Série B, pelo América-MG), 2001 (Série B, pelo Paysandu), 2002 (Copas dos Campeões, pelo Paysandu) e 2009 (Série C, pelo América-MG), somando 25 títulos oficias na carreira de treinador.

Realizou, também, grandes trabalhos que renderam muitos acessos em competições brasileiras.[11]

Foi bicampeão paraense em 1993 e 1994, pelo Remo. Estas foram as primeiras conquistas do histórico pentacampeonato conquistado pelo Leão Azul na década de 1990.

Atuou no Santa Cruz, em que mantém a marca histórica de 45 jogos de invencibilidade no Estádio do Arruda.

Givanildo conquistou a temporada de 1997 do Campeonato Brasileiro da Série B, comandando o América-MG.

Conquistou, em 2002, pelo Paysandu, a Tríplice Coroa , constituída pelo Campeonato Paraense, Copa Norte e Copa dos Campeões. Esta última credenciou o Papão à Copa Libertadores da América de 2003, feito inédito até hoje entre times da Região Norte.

Retornou ao América-MG em abril de 2009 para vencer o Campeonato Brasileiro da Série C, o segundo título nacional do América até então.

Foi contratado pelo Sport em novembro de 2009 para tentar levar o clube de volta à Série A do Campeonato Brasileiro.[12][13] Saiu do Leão em 25 de maio de 2010[14], não sem antes levar o time ao título de pentacampeão pernambucano.

Acertou sua quarta ida ao Santa Cruz em 2010[15], para a disputa da Campeonato Brasileiro da Série D.

Foi anunciado novamente como técnico da Ponte Preta, após 17 anos, devido à demissão de Jorginho, para disputar o Campeonato Brasileiro da Série B.

Substituiu Paulo Comelli, no Remo, para o restante do Campeonato Paraense de 2011.

Givanildo foi contratado novamente pelo América-MG em agosto de 2011[16]. O ponto marcante foi o jogo de estreia em que o Coelho bateu o Fluminense por 3 a 0, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro da Série A.[17]

Comandou o Paysandu na Série C[18] , em 2012 e, no dia 2 de junho de 2013, foi anunciado para sua sétima passagem como técnico do Papão.[19] Seu mau desempenho com a equipe provocou sua demissão em 28 de julho de 2013.

Foi contratado pelo Treze Futebol Clube. em 05 de maio de 2014.

Sua quarta passagem pelo América-MG ocorreu em 17 de setembro de 2014.[20] O técnico brilhou ao comandar a reação do time, até então lanterna da série B, após perder 21 pontos no STJD. Sob o comando de Givanildo, o América engrenou na competição e chegou a brigar pelo acesso na última rodada. O bom trabalho garantiu a ele a renovação do vinculo com o Coelho para a temporada 2015.

O seu trabalho no primeiro semestre de 2015 pelo América foi fraco, em grande parte porque a diretoria do Clube impôs a utilização majoritária de jogadores da base americana. Porém, para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série B, Givanildo trabalhou com novos jogadores contratados e obteve uma boa sequencia, coroada novamente pelo acesso ao Campeonato Brasileiro da Série A.

A renovação do contrato com o Coelho foi feita para a temporada 2016.[21] As mudanças bastante consideráveis em relação ao time da temporada anterior provocaram grandes dificuldades para obter uma classificação às semifinais do estadual. Entretanto, Givanildo levou o América a vencer o cruzeiro no jogo de ida por 2 a 0, na Arena Independência, segurando um empate sem gols no jogo de volta no Mineirão. Veio a finalíssima em que o time bateu o Atlético por 2 a 1 no jogo de ida, também na Arena Independência e empatou o jogo de volta por 1 a 1, calando os quase 50 mil atleticanos no Mineirão. Givanildo ficou consagrado junto da torcida americana, que, em festa, tomou conta das ruas de Belo Horizonte 15 anos depois do estadual de 2001.

A temporada do Campeonato Brasileiro da Série A prometia ser brilhante também em 2016, no entanto, em cinco jogos, ele obteve dois empates e três derrotas, um inicio irregular que levou o clube a anunciar o desligamento do treinador no dia 2 de junho. Curioso é notar que o seu desempenho como técnico do América-MG entre setembro de 2014 e junho de 2016 foi muito expressivo, com um aproveitamento de 60% dos pontos disputados. Foram 89 partidas, com 43 vitórias, 26 empates e 20 derrotas.

Givanildo Oliveira é considerado o treinador mais vitorioso da história do América-MG, conquistando dois títulos nacionais, o Campeonato Brasileiro da Série B de 1997 e a Série C de 2009, além do título mineiro de 2016.

Assumiu o Náutico no dia 5 de setembro de 2016, na Série B do Campeonato Brasileiro.[22] Após quase conseguir o tão sonhado acesso, deixou o clube no dia 2 de dezembro. Pelo Timbu foram 15 jogos com nove vitórias, dois empates e quatro derrotas.[23]

Foi contratado pelo Ceará em fevereiro de 2017, após a demissão de Gilmar Dal Pozzo do Alvinegro,[24] sendo campeão estadual pela oitava vez no século XXI, ultrapassando em títulos, na época, Vanderlei Luxemburgo (voltaria a empatar no mês seguinte), Muricy Ramalho e Maurício Simões.[25]

Sua sexta passagem pelo Santa Cruz, onde é um dos maiores ídolos do clube como jogador e técnico, começou no dia 2 de julho de 2017, mas se encerrou com apenas duas vitórias, três empates e seis derrotas.[26]

Em 27 de fevereiro de 2018, o Remo anunciou Givanildo Oliveira para seu quinto comando da equipe, com grandes objetivos no Paraense e na Série C.[27] Com o 45° título Paraense da equipe, no início de abril, o técnico pernambucano se isolou, na época, como recordista nacional de estaduais no século XXI: 9.[1] No geral ele continua como recordista isolado, sendo este seu título estadual número 19.[3] Maurício Simões e Vanderlei Luxemburgo, com 14 taças, aparecem em segundo na lista.[28]

Sua quinta passagem pelo América-MG começou no dia 11 de novembro de 2018, para as últimas cinco rodadas da Série A, tendo a missão de livrar o time do rebaixamento.[29] A reestreia de Givanildo aconteceu na derrota por 2 a 0 contra o Internacional.[30] As derrotas para Palmeiras e Fluminense (ambas fora de casa; rodadas 36 e 38), em que pese as vitórias contra Santos e Bahia (ambas na Arena Independência; rodadas 35 e 37), decretaram o rebaixamento do Coelho.[31]

Em fevereiro de 2021 chegou a acertar com o América-RJ, mas um caso de Covid-19 na família o fez mudar de planos.[32] Ainda em 2021, teve breve passagem como diretor técnico do Santa Cruz.[33][34]

Acessos

É considerado "O Rei do acesso", por ter comandado várias equipes a subir de divisão:
(Sublinhado, casos de acesso com título)

  • Para a Série A com o América-MG (1997)
  • Para a Série A com o Paysandu (2001)
  • Para a Série A com o Santa Cruz (2005)
  • Para a Série A com o Sport (2006)
  • Para a Série B com o América-MG (2009)
  • Para a Série A com o América-MG (2015)

Estatísticas como técnico

Equipe Estatísticas
J V E D % Vit
América Mineiro (1997-1998) 71 35 21 15 59,15%
Paysandu (2000-2002) - - - - -
Atlético-PR (2006) 12 4 2 6 38,88%
América Mineiro (2009) 14 9 2 3 69,05%
América Mineiro (2011–2012) 61 28 13 20 53,00%
Paysandu (2012) 6 0 5 1 38,88%
ABC (2012–2013) 28 7 5 6 48%
Paysandu (2013) 9 1 2 6 18,51%
Treze (2014) 16 4 7 5 39,58%
América Mineiro (2014-2016) 89 43 26 20 58,05%
Náutico (2016) 15 9 2 4 64,44%
Ceará (2017) 18 9 6 3 61,11%
Santa Cruz (2017) 11 2 3 6 27,27%
Remo (2018) 14 8 1 5 59,52%
América Mineiro (2018–2019) 23 9 5 9 46,38%

Títulos

Como técnico

Clube do Remo
Ceará
América-MG
Vitória
Santa Cruz
Fortaleza
Paysandu
Sport
CSA
CRB

Como jogador

Sport
Fluminense
Corinthians
Santa Cruz

Referências

  1. 1,0 1,1 Thiago Benevenutte (10 de abril de 2018). «Givanildo se isola de novo como maior campeão estadual no século; Mano é tetra». GloboEsporte.com. Consultado em 15 de outubro de 2019 
  2. Caballero, Miguel (15 de maio de 2016). «Givanildo Oliveira, o decano dos treinadores da Série A do Brasileiro». O Globo. Consultado em 9 de maio de 2017 
  3. 3,0 3,1 «Tri de Cuca, 'rei dos estaduais' e mais, confira os técnicos campeões da década de MG - Futebol Interior» (em português). Consultado em 22 de janeiro de 2022 
  4. «Rodolfo Rodrigues - Quem são os técnicos com mais títulos estaduais no século XXI». www.uol.com.br (em português). Consultado em 14 de janeiro de 2021 
  5. Ivan Drummond (22 de fevereiro de 2019). «O dia em que Givanildo parou Pelé». Superesportes. Consultado em 26 de junho de 2020 
  6. «Os recordistas de jogos nos grandes clubes do Nordeste, de 300 a 700». Cassio Zirpoli. 14 de outubro de 2019 
  7. «Givanildo - Que fim levou?». Terceiro Tempo. Consultado em 9 de janeiro de 2021 
  8. 8,0 8,1 8,2 Serra, Elton. «Sem Nutella: Givanildo é o técnico mais raiz do Brasil | Blogs». ESPN (em português). Consultado em 9 de novembro de 2021 
  9. Brayan, Rafael (29 de março de 2019). «Givanildo afirma que preconceito o impediu de comandar equipes da elite». Torcedores (em português). Consultado em 24 de janeiro de 2022 
  10. Redação Superesportes/Diario de Pernambuco (30 de setembro de 2019). «'Rei do Acesso', Givanildo Oliveira recebe título de cidadão recifense nesta segunda». Superesportes (em português). Consultado em 24 de janeiro de 2022 
  11. «Givanildo comemora título, mas alerta o torcedor: "A Série C é diferente"». GloboEsporte.com. 8 de abril de 2018. Consultado em 15 de outubro de 2019 
  12. «Sport anuncia Givanildo Oliveira». GloboEsporte.com. 10 de novembro de 2009. Consultado em 15 de outubro de 2019 
  13. «Givanildo Oliveira é o novo técnico do Sport». NE10. 10 de novembro de 2009. Consultado em 15 de outubro de 2019 
  14. «Givanildo Oliveira deixa o comando do Sport e presidente culpa o time». GloboEsporte.com. 26 de maio de 2010. Consultado em 15 de outubro de 2019 
  15. «Givanildo Oliveira está de volta ao Comando Técnico do Santa Cruz». 20 de julho de 2010. Consultado em 15 de outubro de 2019 
  16. «Givanildo de Oliveira acerta retorno e é o novo técnico do América-MG». GloboEsporte.com. 1 de agosto de 2011. Consultado em 15 de outubro de 2019 
  17. Na reestreia de Givanildo, América reage e goleia o Fluminense por 3 a 0 Superesportes
  18. «Paysandu anuncia Givanildo Oliveira como novo treinador». Terra. 7 de agosto de 2012. Consultado em 15 de outubro de 2019 
  19. Givanildo Oliveira é o treinador do Papão.
  20. Rafael Arruda (17 de setembro de 2014). «América acerta retorno de Givanildo Oliveira». Superesportes. Consultado em 15 de outubro de 2019 
  21. «América Mineiro renova contrato com o técnico Givanildo Oliveira». Imirante. 5 de dezembro de 2018. Consultado em 15 de outubro de 2019 
  22. «Náutico anuncia Givanildo Oliveira como seu novo treinador». LANCE!. 5 de setembro de 2016. Consultado em 15 de outubro de 2019 
  23. «Givanildo deixa o comando do Náutico após não conseguir o acesso». Gazeta Esportiva. 2 de dezembro de 2016. Consultado em 15 de outubro de 2019 
  24. «Givanildo Oliveira é anunciado como novo técnico do Ceará para 2017». GloboEsporte.com. 17 de fevereiro de 2017. Consultado em 15 de outubro de 2019 
  25. «Givanildo vira líder, e Geninho cresce entre maiores campeões estaduais do século». Globo Esporte. 8 de maio de 2017. Consultado em 2 de fevereiro de 2019 
  26. Daniel Lima (26 de agosto de 2017). «Givanildo não resiste à sequência negativa e é demitido no Santa». Folha de Pernambuco. Consultado em 15 de outubro de 2019 
  27. Gustavo Pêna (27 de fevereiro de 2018). «Givanildo Oliveira, de 69 anos, é o novo técnico do Clube do Remo». GloboEsporte.com. Consultado em 15 de outubro de 2019 
  28. Aguiar, Vítor; Mendes, Yago (20 de maio de 2021). «De títulos, eles entendem...». Diario de Pernambuco. Consultado em 22 de janeiro de 2022 
  29. «América-MG anuncia Givanildo Oliveira como novo técnico do clube». GloboEsporte.com. 11 de novembro de 2018. Consultado em 15 de outubro de 2019 
  30. «Damião e Edenílson brilham, Inter vence e afunda mais o América-MG na estreia de Givanildo». GloboEsporte.com. 15 de novembro de 2018. Consultado em 15 de outubro de 2019 
  31. «Sport, América-MG, Vitória e Paraná são rebaixados para a Série B». Confederação Brasileira de Futebol. 2 de dezembro de 2018. Consultado em 15 de outubro de 2019 
  32. UOL (2 de fevereiro de 2021). «Após casos de covid-19 na família, Givanildo diz que não treinará mais o America». UOL. Consultado em 1 de março de 2021 
  33. Ricardo, Alexandre (9 de junho de 2021). «Sem clube desde 2019, Givanildo Oliveira acerta com o Santa Cruz para ser novo diretor técnico». globoesporte (em português). Consultado em 22 de janeiro de 2022 
  34. Saboya, Davi; Feitosa, Túlio (28 de setembro de 2021). «Santa Cruz oficializa saídas de Roberto Fernandes, Givanildo e Fabiano Melo». JC (em português). Consultado em 22 de janeiro de 2022 

Ligações externas

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