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Galo Anônimo

Galo AnônimoPredefinição:Harvref (em latim: Gallus Anonymus; em polonês: Gall Anonim) - "o Anônimo Gaulês"; século XIXII) foi o autor de Cronicae et gesta ducum sive principum Polonorum (Crônicas e Feitos dos Duques ou Príncipes dos Poloneses, escrito em latim, ca. 1115). Ele é considerado o primeiro historiador da Polônia.

Nacionalidade

Monumento em homenagem a Gall Anonim, Breslávia, Polônia.

A nacionalidade de Galo é desconhecida. A cultura tradicional tem assumido ser ela francesa (daí "Galo"), porém, desde quando o Professor Tadeusz Jasiński da Universidade de Poznań, em uma entrevista para o jornal polonês, Gazeta Wyborcza, levantou a hipótese de que ele era um monge beneditino de Veneza, a ideia ganhou grande aceitação.

Uma conclusão anterior semelhante foi feita na década de 1960 pela Professora Danuta Borawska.[1] Ela também mencionou que Anônimo pode ter sido originário de Le Mans e concluiu que Galo Anônimo foi provavelmente um monge do Monastério de Santo Egídio, em Lido, Veneza, Itália e o Professor Marian Plezia mais tarde concordou com ela.[2] [3]

O estilo literário de Gallus lembra o de Edberto de Lavardin, por este motivo pensa-se que Gallus deve ter sido educado em Le Mans ou, de acordo com Zathey,[4] em Chartres ou Bec-Hellouin na Normandia. Danuta Borawska suspeita[5] que o clericus de penna vivens ("clérigo da pena viva") pode também ter escrito o Gesta Hungarorum (Feitos dos Húngaros) ou Translatio Sti Nicolai.

Segundo Jasiński, ele chegou à Polônia pela Via Egnácia atravessando os países de línguas eslavas de "Epiro, Trácia, Dalmácia, Croácia, Ístria". Jasiński encontrou mais de cem semelhanças quando comparou a Crônica com o Translatio Sti Nicolai. Ele concluiu que Gallus tinha um conhecimento nativo da língua italiana e eslovena, como muitos do clero veneziano daquele tempo.

Anonymus cursus velox está também de acordo com a origem veneziana. Feliks Pohorecki formulou, em 1930, a hipótese de que, se alguém encontra um autor usando cursus spondiacus simultaneamente com cursus velox, este fato poderá identificar Anônimof. O latinista sueco Tore Janson encontrou cursus spondiacus na escola de Edberto de Lavardin, e o autor escreveu na Tradução sobre uma estadia em Tours e a celebração de uma missa em Lido.

"Não há razão, portanto, para duvidar de que Gallus Anonymous (o Gaulês Anônimo) tenha sido o Monachus Littorensis (o Monge do Litoral)".[6]

A influência de Gallus

Gallus influenciou todo o curso seguinte da História da Polônia, devido a sua versão sobre os primeiros fatos históricos poloneses enfatizados pelas autoridades dos governantes serem inferiores a de Deus, como aquela expressa pela voz da assembléia de pessoas (como no provérbio latino, "Vox populi, vox Dei" — "A voz do povo é a voz de Deus"). Isto reforçou as tradições polonesas de eleições e sua tendência a desobedecer às autoridades indesejadas. O conceito, através das Crônicas de Wincenty Kadłubek e dos Sermões de Stanisław de Skarbimierz, contribuíram para o desenvolvimento da única "Liberdade dourada", que iria caracterizar a República das Duas Nações, cujos reis eram eleitos e obrigados a obedecer o Sejm (parlamento).

Notas

  1. Danuta Borawska, Mała Historia Literatury Polskiej (Uma Breve História da Literatura Polonesa), Varsóvia, Polish Scientific Publishers PWN, 2005, pp. 52-53.
  2. Marian Plezia, "Nowe studia nad Gallem-Anonimem" ("Novos Estudos sobre Galo Anônimo") em Mente et litteris. O kulturze i społeczeństwie wieków średnich (Mente et litteris: Sobre a Cultura e Sociedade da Idade Média), Poznań, 1984, pp. 111-20.
  3. Anonim tzw. Gall, Kronika polska (Anônimo, chamado o Gaulês, A Crônica Polonesa), editado por Marian Plezia, traduzido por Roman Grodecki, Breslávia, 1996.
  4. J. Zathey, "W jakich szkołach uczył się Gall Anonim?" ("What Schools Did Gallus Anonimus Attend?"), Sprawozdania Polskiej Akademii Umiejętności (Atas da Academia Polonesa de Ensino), 1952, z. 7-10, p. 555.
  5. Danuta Borawska, "Gallus Anonim czy Italus Anonim?" ("Gallus Anonimus ou Italus Anonimus?"), Przegląd Historyczny (Historical Review), 1965.
  6. Tomasz Jasiński, "Foi Gallus Anonymous Monachus Littorensis?" Resumos, Kwartalnik Historyczny (Historical Quarterly), CXII, 2005, 3. (abstract 1 Arquivado em 26 de setembro de 2007, no Wayback Machine., abstract 2 Arquivado em 27 de abril de 2007, no Wayback Machine.)

Bibliografia

  • Margulies, Marcos (1971). Os judeus na história da Rússia. [S.l.]: Edições Bloch 
  • Gallus Anonymus: Chronik und Taten der Herzöge und Fürsten von Polen. Tradução, introdução e comentários de Josef Bujnoch. Graz u.a., Styria 1978; ISBN 3-222-10554-5
  • Gesta Principum Polonorum: The Deeds of the Princes of the Poles, por Gallus Anonymus, Gallus, Paul W. Knoll, Frank Schaer, [1]

Ligações externas

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