Erro de script: Nenhum módulo desse tipo "Infobox". O Farol da Barra, ou Farol de Santo Antônio,[1] localiza-se na antiga ponta do Padrão, atual Ponta de Santo Antônio, em Salvador, no litoral do estado da Bahia, no Brasil. Foi o segundo sistema de sinalização náutica a entrar em operação no Brasil, após o farol do antigo Palácio de Friburgo no Recife.[2]
A torre atual, de 1839, é troncônica em alvenaria com lanterna e galeria, tem 22 metros de altura e foi pintada com bandas pretas e brancas. O farol está construído no interior do Forte de Santo Antônio da Barra.[3]
História
No século XVII, o porto de Salvador era um dos mais movimentados e importantes do continente, e era preciso auxiliar as embarcações que chegavam à Baía de Todos-os-Santos traficando escravos negros ou em busca de pau-brasil e outras madeiras-de-lei, açúcar, algodão, tabaco e outros itens para abastecer o mercado consumidor europeu.
No fim desse século, após o trágico naufrágio do Galeão Santíssimo Sacramento, capitania da frota da Companhia Geral do Comércio do Brasil, num banco de areia frente à foz do rio Vermelho, a 5 de maio de 1668, o Forte de Santo Antônio da Barra foi reedificado a partir de 1696, durante o Governo Geral de João de Lencastre (1694-1702), vindo a receber um farol — um torreão quadrangular encimado por uma lanterna de bronze envidraçada, alimentada a óleo de baleia —, o segundo existente no Brasil e em todo o Continente (1698), antecedido somente pelo farol do antigo Palácio de Friburgo (1642) no Recife.[4] Passou então a ser chamado de Vigia da Barra ou de Farol da Barra.
O diário de bordo do corsário inglês William Dampier, em 1699, relata: "A entrada da Baía de Todos os Santos é defendida pelo imponente Forte de Santo Antônio, cujos lampiões acesos e suspensos para orientação dos navios, vimos de noite."
O Decreto Regencial de 6 de julho de 1832 determinou a instalação de um farol mais moderno, fabricado na Inglaterra, em substituição ao antigo. Ao término das obras, inauguradas em 2 de dezembro de 1839, o novo equipamento de luz catóptrico erguia-se sobre uma torre troncônica de alvenaria, com alcance de dezoito milhas náuticas com tempo claro.
Em 1937, o antigo sistema "Barbier" (incandescente a querosene) de iluminação foi substituído por luz elétrica, comemorando-se o primeiro centenário do farol a 2 de Dezembro de 1939. Atualmente o farol encontra-se consagrado como um dos ícones da capital baiana, inspirando artistas e poetas.
Ver também
Referências
- ↑ «Farol de Santo Antonio - BA». Diretoria de Hidrografia e Navegação. Marinha do Brasil. Consultado em 6 de janeiro de 2010
- ↑ Folha de São Paulo. «Marinha faz pintura sem autorização em farol histórico na Bahia». Consultado em 12 de junho de 2022
- ↑ ROWLETT, Russ (6 de fevereiro de 2009). «Lighthouses of Brazil: Bahia». The Lighthouse Directory (em inglês). University of North Carolina at Chapel Hill. Consultado em 22 de abril de 2010
- ↑ Erro de citação: Marca
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Bibliografia
- PRADO, Roberto Coutinho do (Capitão-de-Fragata). Faróis Brasileiros. Revista Correio Filatélico. a. 19, set./out. 1995, n° 156. p. 36-40.
- SIQUEIRA, Ricardo. Fortes e Faróis. Rio de Janeiro: R. Siqueira, 1997. 192p. il. ISBN 8590025810
Ligações externas
- «Informações do tombamento». no Arquivo Noronha Santos/IPHAN.
- «Farol e Forte de Santo Antonio da Barra (BA)». no sítio da eleição das 7 Maravilhas do Brasil.
- Panorama interativo de 360 graus do Farol da Barra ao fim da tarde.
- Um Farol, 365 Clicks, no Acervo Fotográfico com 365 fotos do Farol da Barra
- Museu Náutico da Bahia
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