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O Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA) é uma prova gratuita e voluntária servindo para conceder periodicamente "certificados de conclusão de ensino fundamental", e de "certificados de conclusão de ensino médio" para quem não teve oportunidade de concluir os estudos na idade escolar adequada para jovens e adultos residentes em liberdade no Brasil, no Exterior e para detentos. As provas são aplicadas no mesmo dia (manhã e tarde), podendo participar qualquer brasileiro que tenha 15 anos ou mais de idade até a data da realização das provas para o ensino fundamental, e ter 18 anos ou mais até a data da realização da prova para o ensino médio.
Qualquer um pode participar do exame do ENCCEJA, podendo estudar sozinho, com o apoio de um amigo ou através de escolas de supletivo públicas ou privadas. Sob o reconhecimento do Ministério da Educação em todo o território nacional, o exame é feito pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) desde 2002, utilizando escolas públicas para o ENCCEJA Nacional, utilizando os consulados apenas para o ENCCEJA Exterior.
Constitui uma aferição de competências, habilidades e saberes adquiridos no processo escolar ou nos processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nos movimentos sociais, organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais, entre outros.
O exame do ENCCEJA é composto de quatro provas, nas quais é necessário obter 100 pontos por matéria no mínimo para conseguir a certificação parcial por matéria. Caso consiga a pontuação mínima em todas as 4 provas, inclusive na redação que é de, no mínimo, 5,0 pontos, obtém-se a certificação do ensino médio. Como as provas do ENCCEJA são avaliadas baseando-se no método de avaliação TRI [Teoria de Resposta ao Item], método também utilizado no ENEM, não é interessante, ou seja, a quantidade de questões acertadas não é o primeiro critério levado em consideração. Isto é, não se avalia o candidato do ENCCEJA pela quantidade de questões acertadas, mas sim, pelo que ele demonstrou saber ao responder questões de dificuldades diferentes (se ele demonstrar dominar os assuntos mínimos suficientes para o acúmulo de 100 pontos ou mais). Um exemplo para entender melhor isso seria; um indivíduo responde de forma errada uma questão fácil em comparação a outra questão.
Ex; Questão 01, Calcule o valor de 4*4 e assinale abaixo sua resposta.
A) 1.6
B) 16
C) 7.6
D) 50
Ex; Questão 02, Calcule o valor de 45,7/7 e assinale abaixo sua resposta.
A) 85
B) 6.5285714
C) 449
D) 59,7
Digamos que o candidato marque dizendo que a resposta é a: D) 50 [INCORRETO]. Não é 50 mas sim 16; e na outra questão o mesmo candidato responde a uma questão diferente corretamente. Ex; 45,7/7, a resposta é a: B) 6.5285714. [CORRETO].
A questão que o candidato acertou é relativamente mais difícil que a questão anterior, no entanto, não é lógico ele ter errado a 'mais fácil' e acertado a 'mais difícil'. Na questão anterior é exigido o conhecimento de realizar cálculos de multiplicação, cujo conhecimento exigido é base para a resolução de questões de divisão, potenciação, radiciação e etc. Ou seja, prova-se que o candidato não soube responder nenhuma das questões pois não domina o conhecimento, sendo assim, prova-se que ele apenas chutou a segunda questão. No exame do ENCCEJA ou ENEM este método de avaliação é chamado de Teoria de Resposta ao Item, abreviado na sigla TRI. Não se leva em consideração a quantidade de questões que determinado candidato acertou, mas sim a dificuldade das questões o indivíduo acertou. Em palavras mais simples, não adianta acertar as mais difíceis e errar uma fácil pois apenas prova-se não ter conhecimento sobre nenhuma das questões.
No Brasil, com a instituição do novo ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), desde 2017 o ENCCEJA Nacional passou a ser realizado visando à certificação do ensino médio nacional e exterior, pois o Enem desde então se destina somente a aprovação para o ensino superior.
À parte, para quem não tem certificação de conclusão do ensino médio, basta se inscrever todo ano normalmente para ENCCEJA e na ficha de inscrição pela internet marcar que deseja o certificado de conclusão do ensino médio, lembrando que o ENCCEJA é gratuito. Assim, a prova será utilizada para obter esta certificação mesmo que não tenha frequentado uma escola.
Os dois tipos de exames, o ENCCEJA Nacional para o ensino fundamental e do ensino médio nacional ou ENCCEJA Exterior para o ensino médio fora do Brasil, podem ser feitos mais de uma vez caso o candidato não consiga de uma vez eliminar todas as matérias no mesmo ano; podendo, nos anos seguintes, só fazer as matérias em que não atingir a pontuação mínima.
No ano em que conseguir completar todas as pontuações mínimas, basta se dirigir a Secretaria da Educação do seu Estado, ou ao consulado brasileiro no país onde estiver, e solicitar a emissão do certificado de conclusão do ensino correspondente, fundamental e/ou médio obtidos. Algumas Secretarias da Educação de alguns Estados mais informatizados estão emitindo o certificado de conclusão automaticamente e enviando para a Diretoria de Ensino mais próxima e, por sua vez, esta última direciona para a própria escola onde os candidatos fizeram as provas.
O exame do ENCCEJA é constituído de provas estruturadas da seguinte forma:
Para o Ensino Fundamental:
- Prova 1 - Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Artes e Educação Física;
- Prova 2 - Matemática;
- Prova 3 - História e Geografia;
- Prova 4 - Ciências Naturais;
- Redação.
O exame do Enem ou Encceja exterior para o ensino médio constitui-se de provas estruturadas de maneira semelhante:
- Prova 1 - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
- Prova 2 - Matemática e suas Tecnologias;
- Prova 3 - Ciências Humanas e suas Tecnologias;
- Prova 4 - Ciências da Natureza e suas Tecnologias;
- Redação.
Essas áreas do conhecimento foram estabelecidas a partir do currículo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN's). O ENCCEJA acontece normalmente uma vez por ano, assim como o ENEM.
Ano | |||||||
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Encceja nacional - Exame para Certificação do Ensino Fundamental | |||||||
Inscrição | Provas | Gabarito | Resultado | Inscritos / Para certificação | Habilitados / Porcentagem | Questões / Por Prova | |
2022 | 24/05-ter até 04/06-sáb | 28/08-dom | - | - | 120 / 30 | ||
2021 | - | - | 120 / 30 | ||||
2020 | - | - | 120 / 30 | ||||
2019 | - | - | 120 / 30 | ||||
2018 | - | - | 120 / 30 | ||||
2017 | - | - | 120 / 30 | ||||
2016 | - | - | 120 / 30 | ||||
2015 | - | - | 120 / 30 | ||||
2014 | 13/3-qui até 31/3-seg | 1o./6-dom | - | - | 112.557 | - | 120 / 30 |
2013 | 16/01-qua até 22/02-qui | 14/04dom | 23/04-ter | 30/04-ter | 104.663 | não divulgado | 120 / 30 |
2012 | - | - | - | - | (não houve) | - | - |
2011 | - | - | - | - | - | - | - |
2010 | - | - | - | - | 671.213 | - | - |
2009 | - | - | - | - | - | - | - |
2008 | - | - | - | - | 846.142 | - | - |
2007 | - | - | - | - | 317.152 | - | - |
2006 | - | - | - | - | 86.845 | - | - |
2005 | - | - | - | - | 38.391 | - | - |
2004 | - | - | - | - | (só aplicado no Japão) | - | - |
2003 | - | - | - | - | (não aplicado no Brasil) | - | - |
2002 | 13/3 até 31/08 | 3/11-dom,
10/11-dom, 17/11-dom e 24/11-dom |
5/11-ter,
12/11-ter, 19/11-ter e 26/11-ter |
- | 14.195 | - | - |
O ENCCEJA Nacional normalmente é aplicado em escolas públicas de todo o Brasil.
Ano | |||||||||||
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Encceja exterior - Exame Fora do Brasil para Certificação do Ensino Fundamental e do Ensino Médio | |||||||||||
Inscrição | Provas do Ensino Fundamental | Provas do Ensino Médio | Gabarito | Resultado | Inscritos no Ensino Fundamental / Por país | Inscritos no Ensino Médio / Por país | Habilitados no Ensino Fundamental / Porcentagem | Habilitados no Ensino Médio / Porcentagem | Questões / Por Prova | Países participantes | |
2014 | 13/3-qui até 31/3-seg | Japão 31/5-sáb e demais 7/6-sáb | Japão 1/6-dom e demais 8/6-dom | - | - | - | total 2.268 | - | - | 120 / 30 | Japão (Ota, Hamamatsu e Nagoia), Bélgica (Bruxelas), Estados Unidos (Boston e San Francisco), Portugal (Lisboa) e Guiana Francesa (Caiena) |
2013 | - | - | - | - | - | - | total 1.554 | - | - | 120 / 30 | - |
2012 | - | - | - | - | (não houve) | - | - | - | - | - | - |
2011 | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - | Japão (Tóquio, Nagoia e Hamamatsu) |
2010 | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - |
2009 | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - |
2008 | - | 27/9 e 28/9 | - | - | - | - | total 2.438 / 2.373 no Japão e 65 na Suíça | - | - | - | Japão e Suíça |
2007 | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - | 7 cidades japonesas e Suíça (Zurique) |
2006 | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - |
2005 | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - |
2004 | - | - | - | - | (só aplicado no Japão) | - | - | - | - | - | Japão |
2003 | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - |
2002 | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - |
O ENCCEJA Exterior normalmente é aplicado nos consulados dos países participantes.
Ano | ||||||||
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Encceja prisional ou PPL - Exame Nacional para Certificação do Ensino Fundamental para Detentos Privados de Liberdade | ||||||||
Inscrição | Provas | Gabarito | Resultado | Inscritos / Para certificação | Habilitados / Porcentagem | Questões / Por Prova | Número de unidades prisionais participantes / Estados participantes | |
2014 | (aguardando Edital específico) | - | - | - | - | - | - | - |
2013 | 11/03-qua até 12/04-qui | 14/05-dom | 16/05-ter | 10/07-qua | 870-RR, 986-MS | não divulgado | 120 / 30 | 5 / X RR 32 / X-MS |
2012 | - | - | - | - | - | - | - | - |
2011 | - | - | - | - | 561-MS | - | - | 24 / X-MS |
2010 | - | - | - | - | - | - | - | - |
2009 | - | - | - | - | - | - | - | - |
2008 | - | - | - | - | - | - | - | 103/144 SP |
O ENCCEJA Prisional, ou ENCCEJA PPL, normalmente é aplicado dentro do próprio complexo penitenciário e seu acompanhamento fica a cargo do responsável pedagógico do presídio.
De 2002 até 2010 a Fundação Cesgranrio venceu a licitação para aplicação das provas do ENCCEJA, e de 2011 a 2013 esta foi aplicada pelo Cespe/UnB também por contratação sob licitação do INEP, utilizado escolas e universidades públicas e privadas contratadas em todo Brasil.
A seguir segue uma tabela que elucida melhor o universo do nível de ensino dos brasileiros com base nos dados do Censo Demográfico - Resultados Gerais da Amostra, feitos a cada 10 anos pelo IBGE:
Ano | Grau de ensino dos brasileiros pelo Censo Demográfico (estatísticas mais detalhadas feitas a cada 10 anos) | ||||||||||||
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População Geral | Analfabetos
(10 anos ou mais) |
Infantil | Fundamental | Médio | Superior | ||||||||
Quantidade | sem
instrução |
Quantidade | Incompleto | Quantidade | Incompleto | Quantidade | Incompleto | Quantidade | Incompleto | Quantidade | Concluído | Quantidade | |
2010 | 190,7 milhões | 9% | 4,7 milhões | - | - | 41,2% | 21,6 milhões | 17,4% | 9,1 milhões | 23,9% | 12,5 milhões | 7.9% | 4,1 milhões |
2000 | 169,7 milhões | 12,8% | 7,5 milhões | - | - | 52,3% | 30,8 milhões | 15,4% | 9 milhões | 15% | 8,8 milhões | 4,4% | 2,5 milhões |
Ver também
- Provinha Brasil
- Avaliação Nacional da Educação Básica (ANEB)
- Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc)
- Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
- Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade)
- Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP)