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Reconstrução dos Estados Unidos

No topo, a cidade de Richmond, na Virgínia. Nas outras imagens afro-americanos votando pela primeira vez em 1867 e a queima de um prédio público em Memphis, Tennessee durante as revoltas de 1866.

A Reconstrução dos Estados Unidos foi um período da história dos Estados Unidos que se iniciou após o término da Guerra de Secessão, em 1865, e se estendeu até o ano de 1877. O período é marcado pelo retorno gradual dos estados que haviam se separado do país e formado os Estados Confederados da América, do status dos líderes da antiga Confederação, e pelo início do processo de integração dos ex-escravos afro-americanos.

Visão geral

O governo dos Estados Unidos à época era dominado pelo Partido Republicano. Líderes republicanos concordavam que remanescentes do poder político dos antigos senhores de escravos, bem como o nacionalismo confederado, teriam que ser suprimidos. Republicanos moderados, liderados pelos Presidentes Abraham Lincoln e Andrew Johnson, sugeriram a unificação do país o mais rapidamente possível. Porém, republicanos extremistas queriam ações severas contra os Estados que compunham a antiga Confederação.

Em 1866, Johnson rompeu com os republicanos, e aliou-se com o Partido Democrata, que se opunham à igualdade entre brancos e afro-americanos e à abolição do trabalho escravo. Nas eleições de 1866 da Câmara dos Representantes, os republicanos radicais obtiveram posições suficientes para anular vetos do Presidente Jonhson, e até mesmo para iniciar um processo de impeachment. O processo foi aprovado na Câmara dos Representantes mediante votação, mas Johnson permaneceu no cargo após votação no Senado, por apenas um único voto, embora possuísse pouco poder político em assuntos ligados à Reconstrução.[1]

Durante a Reconstrução, os estados que haviam formado os Estados Confederados da América foram ocupadas por tropas militares dos Estados Unidos. Enquanto isto, os republicanos radicais instituíram diversas medidas que desagradaram a população de tais estados, como permitindo que afro-americano votassem em eleições, colocando negros em posições de poder e removendo o poder de voto de cerca de 15 mil brancos, antigos soldados ou oficiais confederados. Gradualmente, os radicais foram substituídos por republicanos mais moderados, que se esforçaram para modernizar os estados ocupados.

Em 1876, o republicano Rutherford B. Hayes venceu as eleições presidenciais americanas, em uma eleição controversa. Enquanto isto, os democratas haviam assumido o poder de todos os estados que formavam a antiga Confederação. Tais democratas concordaram em aceitar os resultados da eleição, caso as tropas federais que ocupavam tais estados, fossem removidas da região. Como muitos já consideravam o nacionalismo confederado e o trabalho escravo como destruídos no país, Hayes concordou, e removeu as tropas em 1877, dando fim à Reconstrução.

A Reconstrução deixou profundas feridas nas relações entre o antigo Sul e Norte americano, que durariam aproximadamente um século. No cenário político do país, os democratas teriam amplo domínio político do Sul, enquanto o Norte seria dominado pelos republicanos. Este cenário permaneceu praticamente intacto até à Grande Depressão da década de 1930, e mudaria profundamente somente a partir da década de 1960.

Referências

  1. Fellman (2003) pp. 301–310; Foner (1988) capítulo 6, «The Making of Radical Reconstruction». Trefousse (1968) y Hyman (1967) «Radical Republicans». Benedict (1974) argumenta que os republicanos-radicais eram conservadores sobre muitas outras questiões, mais próprias de outros âmbitos, como o social ou o económico.

Ver também

Ligações externas

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Predefinição:Guerra Civil Americana

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