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Eliseu Padilha

Eliseu Padilha
48º Ministro-Chefe da Casa Civil do Brasil
Período 12 de maio de 2016
até 1° de janeiro de 2019
Presidente Michel Temer
Antecessor(a) Eva Chiavon (interina)
Sucessor(a) Onyx Lorenzoni
Ministro do Trabalho do Brasil (interino)
Período 5 de julho
até 9 de julho de 2018
Presidente Michel Temer
Antecessor(a) Helton Yomura
Sucessor(a) Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello
3º Ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil do Brasil
Período 1º de janeiro de 2015
até 1º de dezembro de 2015
Presidente Dilma Rousseff
Antecessor(a) Moreira Franco
Sucessor(a) Guilherme Walder Mora Ramalho (interino)
94.º Ministro dos Transportes do Brasil
Período 22 de maio de 1997
a 14 de novembro de 2001
Presidente Fernando Henrique Cardoso
Antecessor(a) Alcides Saldanha
Sucessor(a) João Henrique de Almeida Sousa
(interino Alderico Lima)
Deputado Federal pelo Rio Grande do Sul
Período 1º- 1º de fevereiro de 1995
até 1º de fevereiro de 1999
2º- 1º de fevereiro de 2003
até 1º de fevereiro de 2011
3º- 23 de agosto de 2011
até 1º de janeiro de 2015
Prefeito de Tramandaí
Período 1º de janeiro de 1989
até 1º de janeiro de 1993
Antecessor(a) Elói Braz Sessim
Sucessor(a) Edegar Munari Rapach
Dados pessoais
Nascimento 23 de dezembro de 1945 (78 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Canela, Rio Grande do Sul
Nacionalidade Brasileiro
Prêmio(s) Predefinição:ExpEsc
Partido MDB (1966–1979)
MDB (1980–presente)
Ocupação Advogado e político

Eliseu Lemos Padilha GCMDGCMTGVGOMM (Canela, 23 de dezembro de 1945) é um advogado e político brasileiro filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Foi Ministro-Chefe da Casa Civil do Brasil, sendo considerado peça-chave na articulação política do governo de Michel Temer.[1][2]

De 1997 a 2001, no governo de Fernando Henrique Cardoso, foi o Ministro dos Transportes e, em 2015, no segundo governo de Dilma Rousseff, foi o Ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República.

Carreira política

Formado em direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), foi prefeito de Tramandaí, de 1989 a 1992. Foi deputado federal de 1995 a 2011. Em 2007, sucedeu o então ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, na presidência da Fundação Ulysses Guimarães,[3] cargo que ocupou até janeiro de 2015. Nas eleições de 2010, ficou como primeiro suplente e retornou ao cargo em 2013, com a nomeação do deputado Mendes Ribeiro Filho para o Ministério da Agricultura. Permaneceu no cargo até janeiro de 2015. Ocupou o Ministério dos Transportes no governo Fernando Henrique Cardoso, de 1997 a 2001. Em 1998, como ministro, foi admitido por FHC à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[4]

Secretaria de Aviação Civil

Em dezembro de 2014 foi anunciado oficialmente Ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República para o segundo mandato do Governo Dilma Rousseff.[5]

Em 1 de dezembro de 2015, protocolou seu pedido de demissão, em atitude rara na história da República.[6] A saída do ministro ocorreu um dia antes do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha ter acatado o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Padilha alegou "razões pessoais" em seu pedido. Algumas fontes na mídia afirmaram, contudo, que o motivo seria o fato de ter sido negada a sua indicação de um técnico concursado para uma diretoria da ANAC, devido a uma articulação política do partido do governo.[7][8]

Governo Temer

Ver artigo principal: Governo Michel Temer

Ministro-chefe da Casa Civil

Foi nomeado ministro da Casa Civil no Governo Michel Temer.[9] Padilha assumiu o cargo em contexto da crise econômica de 2014 que, segundo Padilha, era a pior da história do Brasil. Durante sua estadia frente à Casa Civil, Padilha defendeu reformas propostas pelo governo Temer, como a PEC do Teto dos Gastos Públicos e a reforma da Previdência, que o governo não conseguiu aprovar.[10]

Ministro do Trabalho

Foi nomeado interinamente ministro do Trabalho em 5 de julho de 2018, cargo que ocupou até o dia 9 de julho, sendo sucedido por Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello.[11][12] Ele acumulou as funções de ministro da Casa Civil e de ministro do trabalho durante esse breve período.[11]

Controvérsias

Operação Lava Jato

Em setembro de 2016, Padilha foi acusado pelo ex-ministro da Advocacia-Geral da União Fábio Medina Osório, demitido, de querer abafar a Operação Lava Jato, o que negou.[13] Mesmo assim, senadores protocolaram uma representação na Procuradoria-Geral da República contra ele e a nova ministra da AGU, Grace Maria Fernandes Mendonça, para apurar o caso.[14]

Em dezembro de 2016, em acordo de delação premiada, Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, citou, durante a Operação Lava Jato, 45 vezes o ministro.[15] Segundo o delator, o próprio presidente Michel Temer incumbiu Padilha de operacionalizar pagamentos de campanha. O ministro, diz o ex-executivo, cuidou da distribuição de 4 milhões de reais do total de 10 milhões de reais solicitados por Temer à empreiteira. Na delação, Cláudio Melo Filho afirmou: "Foi ele [Padilha] o representante escolhido por Michel Temer –fato que demonstrava a confiança entre os dois–, que recebeu e endereçou os pagamentos realizados a pretexto de campanha solicitadas por Michel Temer. Este fato deixa claro seu peso político, principalmente quando observado pela ótica do valor do pagamento realizado, na ordem de R$ 4 milhões". Ao se referir ao ministro Padilha, Melo Filho afirmou que o hoje ministro "atua como verdadeiro preposto de Michel Temer e deixa claro que muitas vezes fala em seu nome",[15] e que ele "concentra as arrecadações financeiras desse núcleo político do PMDB para posteriores repasses internos".[15] Padilha nega qualquer irregularidade na relação com a empreiteira.[15]

Denunciado pela Procuradoria-Geral da República

Em 15 março de 2017, após a homologação de diversas delações premiadas, a Procuradoria Geral da República denunciou diversos políticos por envolvimento em corrupção, entre eles Eliseu Padilha. A repercussão de tal denuncia criou um cenário difícil para o governo.[16] O então procurador-geral da república, Rodrigo Janot, pediu a retirada do sigilo da documentação que havia sido entregue nesta terça ao STF, sob o argumento de que é necessário promover transparência e atender ao interesse público, o pedido foi acolhido. Documentos liberados pelo Supremo Tribunal Federal citam Padilha, ele é suposto como responsável pela distribuição de R$ 4 milhões repassados pela Odebrecht à campanha de Temer. Em delação premiada, o ex-assessor de Michel Temer, José Yunes disse foi orientado por Padilha a receber "documentos" em seu escritório e que, no mesmo dia acertado por ele, o lobista Lúcio Funaro foi ao local e lhe entregou um pacote. Além disto, em gravação, Padilha diz que aceitou o nome de Ricardo Barros como ministro da Saúde em troca de apoio do Partido Progressista nas votações do Congresso Nacional.[16][17][18]

Venda de bois piratas

José Padilha possui 5 fazendas que estão dentro do território do Parque Estadual Serra Ricardo Franco. A Fazenda Cachoeira desmatou 755 hectares e as fazendas Paredão I e II desmataram 4.123 hectares. Já a Fazenda Palmital e o Sítio Minas Gerais não foram apurados. As fazendas ficaram conhecidas após venda de gado pirata para a JBS em 2014, que ia contra a TAC da Carne, assinada pela empresa em 2010. O governo tentou blindá-lo,[19] mas teve seus bens embargados em 2016.[20] Boa parte do desmatamento aconteceu logo após a criação do parque, em 1994.[21]

Referências

  1. «Eliseu Padilha é o novo ministro da Casa Civil». Casa Civil. Consultado em 9 de julho de 2016 
  2. «Eliseu Padilha». Revista Época. 18 de julho de 2017 
  3. «Eliseu Padilha 07/2007 A 01/2015». www.fundacaoulysses.org.br. Fundação Ulysses Guimarães. Consultado em 19 de dezembro de 2018 
  4. Predefinição:Citar lei
  5. «Dilma anuncia 13 novos nomes da reforma ministerial». Correio do Povo. 23 de dezembro de 2014 
  6. Matoso, Filipe (7 de dezembro de 2015). «Casa Civil confirma pedido de demissão de Eliseu Padilha». G1 
  7. Mosquéra, Júlio (5 de dezembro de 2015). «Eliseu Padilha deixa o cargo de ministro da Secretaria de Aviação Civil». Jornal da Globo 
  8. «Ministro Eliseu Padilha pede demissão e aumenta tensão entre PT e PMDB». Diário do Nordeste. 4 de dezembro de 2015. Consultado em 21 de novembro de 2017 
  9. «Eliseu Padilha (PMDB), ministro da Casa Civil do governo Temer». G1. 12 de maio de 2016. Consultado em 21 de novembro de 2017 
  10. Minas, Estado de; Minas, Estado de (1 de outubro de 2016). «Eliseu Padilha diz que Brasil vive pior crise econômica da história». Estado de Minas. Consultado em 26 de janeiro de 2020 
  11. 11,0 11,1 Matoso, Filipe; Mazui, Guilherme (5 de julho de 2018). «'Diário Oficial' publica em edição extra nomeação de Eliseu Padilha como ministro interino do Trabalho». G1. Consultado em 19 de dezembro de 2018 
  12. «Temer escolhe advogado como novo ministro do Trabalho». O Globo (em português). 9 de julho de 2018. Consultado em 26 de janeiro de 2020 
  13. «Eliseu Padilha nega que o governo esteja tentando obstruir a Lava Jato». Jornal do Brasil. 12 de setembro de 2016. Consultado em 21 de novembro de 2017 
  14. «Senadores protocolam representação contra Eliseu Padilha e Grace Maria». Jornal do Brasil. 13 de setembro de 2016. Consultado em 21 de novembro de 2017 
  15. 15,0 15,1 15,2 15,3 Casado, Letícia; Valente, Rubens; Mattoso, Camila; Álvares, Débora (10 de dezembro de 2016). «Nome de Temer é citado 43 vezes em delação de executivo da Odebrecht». Folha de S.Paulo 
  16. 16,0 16,1 «Da Lava Jato à grilagem: veja as principais polêmicas envolvendo Eliseu Padilha». UOL. 24 de fevereiro de 2017 
  17. Costa, Fabiano; Ramalho, Renan (14 de março de 2017). «Janot pede ao STF 83 inquéritos para investigar políticos citados por delatores». G1. Consultado em 21 de novembro de 2017 
  18. «Nova 'lista do Janot': veja o que disseram políticos alvos de pedidos de inquérito». G1. 14 de março de 2017. Consultado em 21 de novembro de 2017 
  19. Cauê Ameni (5 de junho de 2017). «Documentos mostram que Eliseu Padilha vendeu gado ilegal à JBS» (em português). De Olho nos Ruralistas. Consultado em 15 de maio de 2022. Cópia arquivada em 15 de maio de 2022 
  20. Breno Pires e Rafael Moraes Moura (5 de dezembro de 2016). «Juiz manda bloquear R$ 38 mi de Padilha e sócios por crime ambiental - Política» (em português). Estadão. Consultado em 15 de maio de 2022. Cópia arquivada em 15 de maio de 2022 
  21. «Greenpeace mostra como Eliseu Padilha forneceu carne de áreas desmatadas para JBS, Marfrig e Minerva» (em português). De Olho nos Ruralistas. 30 de junho de 2020. Consultado em 15 de maio de 2022. Cópia arquivada em 15 de maio de 2022 

Ligações externas

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