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Edward Said

Edward Said
Edward Said (esquerda) com Daniel Barenboim, em 2002.
Nome completo Edward Wadie Said
Nascimento 1 de novembro de 1935[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Jerusalém, Palestina Britânica, Predefinição:Country data GBR Império Britânico (hoje Predefinição:Country data Israel/Predefinição:Country data Palestina)
Morte 25 de setembro de 2003 (67 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Nova Iorque, EUA
Residência Jerusalém, Palestina Britânica
Alexandria, Egito Britânico
Massachusetts, EUA
Connecticut, EUA
Nova Iorque, EUA
Nacionalidade Predefinição:Country data Palestine palestina
Cônjuge Mariam Cortas (1970-2003, 2 filhos)
Ocupação Intelectuais palestinos, crítico literário e activista político e social
Prémios Prémio Princesa das Astúrias da Concórdia
Movimento literário Pós-colonialismo
Magnum opus Orientalismo
Foto de Edward Said em cartaz afixado no Muro da Cisjordânia

Edward Wadie Said (árabe:إدوارد سعيد; Jerusalém, 1 de Novembro de 1935Nova Iorque, 25 de Setembro de 2003) foi um professor, crítico literário e activista político palestino-estadunidense.

Docente de literatura na Universidade de Columbia, foi um dos fundadores do campo acadêmico de estudos pós-coloniais. Também foi um dos pricipais intelectuais da causa palestina e de outras questões do mundo árabe de um modo geral.

Sua obra mais importante é Predefinição:Ill, publicada em 1978 e traduzida em 36 línguas,[1] que é considerada como um dos textos fundadores dos estudos pós-coloniais.[2]

Biografia

Edward Said e sua irmã, no Egito, 1940.

Edward Said nasceu em Jerusalém, cidade que na época integrava o Mandato Britânico da Palestina, no seio de uma família cristã de classe alta. O seu pai tinha emigrado para os Estados Unidos antes da Primeira Guerra Mundial e regressou à Palestina como cristão e cidadão americano, desagradando-lhe as suas raízes árabes.

Edward cresceu entre Jerusalém e na cidade egípcia do Cairo. Em Jerusalém Ocidental frequentou o colégio anglicano St. Georges Academy e depois o Victoria College no Cairo, onde a família se fixou em 1947. Por insistência do pai, Said foi enviado para a escola Mount Hermon no Massachusetts, Estados Unidos, em 1951.

Estudou na Universidade de Princeton e depois na Universidade de Harvard, onde concluiu o seu doutoramento. Em 1963 ingressou como docente na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, onde ensinou durante as quatro décadas seguintes Inglês e Literatura Comparada. Foi também professor nas universidades de Harvard, Johns Hopkins e Yale.

Em 1970 casou com Mariam Cortas, com quem teve um filho e uma filha.

Apaixonado pela música clássica, Edward fundou com o seu amigo israelita Daniel Barenboim em 1999 a West-Eastern Divan Orchestra, cujo objectivo é unir na mesma orquestra jovens músicos de Israel e dos países árabes.

Edward Said faleceu aos 67 anos após uma batalha de dez anos contra a leucemia e está sepultado no Líbano, terra de origem de sua família por parte de mãe.

Envolvimento na causa palestiniana

Em 1977 Said foi eleito membro do Conselho Nacional Palestiniano, o parlamento da Palestina no exílio. Inicialmente partidário da criação de dois estados como forma de solucionar o conflito israelo-árabe, tendo votado nesse sentido num encontro da OLP em 1988 em Alger, Said acabaria por considerar mais oportuna a criação de um único estado binacional que englobasse Israel, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, no qual os judeus e os árabes gozassem dos mesmos direitos.

Em 1991 ele demitiu-se do Conselho Nacional Palestiniano em protesto pelo apoio de Yasser Arafat a Saddam Hussein durante a guerra do Golfo. Foi um grande crítico da actuação de Arafat durante as negociações que conduziram aos Acordo de Paz de Oslo, que na sua opinião não favoreciam o retorno dos refugiados palestinianos aos locais que habitavam antes da guerra de 1967.

Em 2002 Edward Said, junto como Haidar Abdel-Shafi, Ibrahim Dakkak e Mustafa Barghouti, participou na criação da Iniciativa Nacional Palestina (ou Al-Mubadara), numa tentativa de criar uma terceira força política palestiniana que se afirmasse como alternativa à Autoridade Nacional Palestiniana e ao Hamas.

Livros

Orientalismo – a Invenção do Oriente pelo Ocidente

Em 1978 Edward Said publicou a sua obra mais conhecida, Orientalismo, na qual analisa a visão ocidental do mundo "oriental", mais concretamente do mundo árabe. Segundo o autor, o Ocidente criou uma visão distorcida do Oriente como o "Outro", numa tentativa de diferenciação que servia os interesses do colonialismo. Na construção do argumento central do livro Said analisou uma série de discursos literários, políticos e culturais que iam desde textos das Cruzadas ou de Shakespeare, nos quais encontrou um denominador comum: a representação dos habitantes do mundo oriental como bárbaros.

Além de Orientalismo e Cultura e Imperialismo, Edward Said tem outros três livros traduzidos para o português: Cultura e Política (Boitempo, 2003), Reflexão sobre o Exílio e Outros Ensaios (Companhia das Letras, 2003), Elaborações Musicais (Imago, 1991) e Estilo tardio (Companhia das Letras, 2009).

Referências

  1. No Brasil, Orientalismo - o Oriente como invenção do Ocidente. Trad. Rosaura Eichenberg. Coleção Companhia de Bolso. São Paulo:Companhia das Letras, 2007.
  2. Robert Young, White Mythologies: Writing History and the West (New York et Londres, Routledge, 1990), ISBN 0-415-05372-2.

Ligações externas

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