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Raduan Nassar

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Raduan Nassar em foto de Antonio Cruz/Agência Brasil, 2016
Nascimento 27 de novembro de 1935 (88 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Pindorama, São Paulo
Nacionalidade  Brasileiro
Alma mater Universidade de São Paulo
Ocupação Escritor, jornalista, agricultor
Prêmios Prêmio Jabuti (1976), (1998)

Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (1972)
Prêmio Camões (2016)

Género literário Romance, conto, novela
Magnum opus Lavoura Arcaica

Raduan Nassar (Pindorama, 27 de novembro de 1935) é um escritor brasileiro galardoado com o Prêmio Camões em 2016.[1]

Na adolescência foi para São Paulo com a família onde cursou direito e filosofia na Universidade de São Paulo (USP). Estreou na literatura no ano de 1975, com o romance Lavoura Arcaica. Em 1978 foi publicada a novela Um Copo de Cólera, que fora escrita em 1970. Em 1997 foi publicada a obra Menina a caminho, reunindo seus contos dos anos 1960 e 1970.[2]

Com apenas três livros publicados é considerado pela crítica como um grande escritor e comparado a nomes consagrados da literatura brasileira, como Clarice Lispector e Guimarães Rosa. Tudo isso graças à extraordinária qualidade de sua linguagem e força poética da sua prosa. Cultuado por um pequeno círculo de leitores, Raduan tornou-se mais conhecido pelo público em geral com as versões cinematográficas de Um copo de cólera e Lavoura arcaica.

Após a sua estreia na literatura, deixou de escrever em 1984, e mudou-se para seu sítio em sua cidade natal. Atualmente mora na cidade de Buri, no interior de São Paulo. Em 2010, anunciou a doação de uma fazenda de 643 hectares em Buri para a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A fazenda Lagoa do Sino tornou-se sede do quarto campus da UFSCar, inaugurada em março de 2014.

Biografia

Raduan Nassar nasceu em Pindorama, cidade do interior do Estado de São Paulo, filho de imigrantes libaneses, João Nassar e Chafika Cassis. Seus pais haviam se casado em 1919 na aldeia de Ibl al-Saqi (Marjeyoun), no sul do Líbano e em 1920 emigraram para o Brasil. Seu pai junta-se a parentes que já estavam aqui e se inicia no ramo do comércio, no interior do Estado do Rio de Janeiro. Em 1921 mudam-se para a cidade de Itajobi, no Estado de São Paulo.

Mudaram-se, em 1923, para Pindorama, cidade vizinha de Itajobi, e lá seu pai abre uma venda, que posteriormente seria transformada em uma loja de tecidos, a Casa Nassar.

Pelas mãos da parteira Rosa Conca, na casa da família em Pindorama (esquina da Rua Quinze de Novembro com Primeiro de Maio), nasceu Raduan, sétimo filho de João e Chafika. Antes, nasceram Violeta, Rosa, Norma, Uydad, Raja e Rames; depois viriam Rauf, Leila e Diva — todos ainda vivos.

Em 1943 iniciou os estudos no Grupo Escolar de Pindorama. Expansivo e de ótima memória, Raduan foi frequentemente chamado para recitar poesias nas datas comemorativas, mesmo com sua dificuldade em pronunciar corretamente o "r" fraco. Segundo ele, neste ano tem "uma das melhores alegrias da infância" de que se lembra, ao ganhar um casal de galinhas-de-angola do pai.

Tornou-se coroinha em 1946, após dois anos do início de sua fase de fervor religioso que o levava a ir à missa todos os dias para comungar. Neste ano, sentado na varanda de sua casa, livra-se definitivamente do "trauma" do "r" fraco, ao tentar decorar o Hino à Bandeira (cantando inúmeras vezes o verso "Salve lindo pendão da esperança").

No ano seguinte iniciou o curso ginasial na vizinha cidade de Catanduva e começa a trabalhar com o pai. Para facilitar a ida dos filhos à escola, João Nassar muda-se com a família para Catanduva em 1949. Nesta época Raduan tem uma coleção de pombas — que foram citadas em seu romance Lavoura Arcaica — que acabará deixando em Pindorama quando da mudança.

Em 1950, durante uma aula na quarta série do ginásio, Raduan sofreu a primeira de sete convulsões que sofreria nos dois dias seguintes. Por diagnóstico alarmista e incorreto de um médico — que chegou a mandar isolar sua casa — seus pais decidiram levá-lo para São Paulo em um avião-ambulância. Lá é tratado por um neurologista, tendo retornado da crise com amnésia parcial e passa a ter um comportamento introvertido. Debilitado, não consegue concluir o ano letivo.

No ano seguinte reiniciou seus estudos, tendo como professora de português sua irmã Rosa. Orientado por ela, começa a ler clássicos brasileiros como parte do currículo escolar. Com sua assistência também, faz consideráveis progressos no aprendizado da língua, em âmbito familiar.

Em 1952 inicio o curso científico em Catanduva, ao mesmo tempo em que começa a criar peixes em um tanque que ele mesmo constrói no quintal de casa.

Buscando facilitar a vida escolar dos filhos, João Nassar resolveu transferir-se para São Paulo, em 1953. A família instalou-se no bairro de Pinheiros, zona oeste da capital paulista, na Rua Teodoro Sampaio, 2 173. Lá João Nassar abriu um armarinho, o Bazar 13, que anos depois viria a se tornar uma empresa comercial de expressão naquela cidade. Raduan trabalha ao lado do pai durante o dia e conclui o segundo ano do científico no curso noturno do Instituto de Educação Fernão Dias Pais, situado também em Pinheiros.

No ano seguinte trocou o curso científico pelo clássico, voltado a Ciências Humanas, e concluiu o colegial na mesma escola.

Em 1955 ingressou ao mesmo tempo na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco e no curso de Letras Clássicas da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP). No segundo semestre abandonou o curso de Letras. No curso noturno de Direito, conhece Hamilton Trevisan, procedente de Sorocaba, e com aspirações literárias. No segundo ano, Trevisan apresenta Nassar a Modesto Carone, outro sorocabano que acabara de ingressar na Faculdade de Direito. Modesto também tinha projetos definidos no terreno da literatura. Como Raduan já começasse a manifestar suas primeiras preocupações nesta área, as conversas entre os três passam a ser dominadas por temas literários.

Em 1957, Raduan ingressou no curso de Filosofia da USP, o sexto irmão a frequentá-la. Na Faculdade de Direito conheceu José Carlos Abbate, um paulistano que acabaria se tornando um de seus melhores interlocutores. Inseparável, o grupo de quatro amigos começou a se encontrar regularmente na Biblioteca Mário de Andrade e na biblioteca da Faculdade de Direito, onde discutia autores e obras e fez boa parte de suas leituras. Tornaram-se comuns noitadas em salões de sinuca e bares do centro velho da cidade.

No ano de 1958, Raduan praticamente interrompe o curso de Filosofia, restringindo sua frequência a uma única disciplina (Sociologia). No ano seguinte, decidido a dedicar-se integralmente à literatura, abandona o curso de Direito (estava no último ano) e atende só com trabalhos ao curso de Estética na Faculdade de Filosofia.

Falece João Nassar, em 1960, após oito anos de enfermidade. No ano seguinte, Raduan desliga-se dos negócios da família. Escreve o conto "Menina a caminho". Viaja para Matane, no Quebeque, onde viviam duas tias, irmãs de seu pai. De lá, segue como imigrante para os Estados Unidos, onde permanece por apenas dois meses.

De volta ao Brasil, em 1962, retoma o curso de Filosofia. Reaproxima-se dos irmãos, com quem passa a ter ótimo diálogo, embora lhes fale de seus projetos literários.

Concluído o curso de Filosofia, em 1963, no ano seguinte viaja para Lüneburg, interior da Alemanha Ocidental, a fim de estudar alemão. Através de cartas de amigos e de familiares, toma conhecimento do golpe militar de 1964. Comunica ao Departamento de Pedagogia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP a sua decisão de não assumir a assistência da cadeira de Psicologia Educacional no campus de São José do Rio Preto daquela instituição. Ao mesmo tempo, abandona o curso de alemão e decide voltar ao Brasil. Antes disso vai ao Líbano e conhece a aldeia de seus pais.

Começa, em 1965, na Chácara Tapiti, em Cotia, São Paulo, a se dedicar à criação de coelhos. Ernst Weber, que mais tarde dedicar-se-ia, como ele, ao jornalismo, era seu sócio. No ano seguinte Raduan passa a presidir a Associação Brasileira de Criadores de Coelho, ocasião em que promove uma concorrida exposição de coelhos e pássaros no Parque da Água Branca. Continua, no entanto, a se encontrar com o grupo de amigos da Faculdade de Direito, na casa de Hamilton Trevisan, onde discutem política e literatura.

Em mutação constante, encerrou a criação de coelhos e funda, com os irmãos, em 1967, o Jornal do Bairro, contando com a participação ativa de José Carlos Abbate, que era o redator-chefe da publicação, e de Ernst Weber, então iniciando sua carreira no jornalismo. Apesar de regional, o jornal dedicava parte de seu espaço a textos referentes à política nacional e internacional.

O escritor fez, em 1968, as primeiras anotações para o futuro romance Lavoura arcaica. Dois anos depois, escreve a primeira versão da novela Um copo de cólera e os contos "O ventre seco" e "Hoje de madrugada".

Em 1971 morreu sua mãe, Chafika, segundo ele "criadora de mão cheia" de galinhas e perus. Dela lhe veio o gosto pela criação de animais. Apesar de não ter fé religiosa, participou em 1972 da leitura comentada que a família faz do Novo Testamento. As reuniões semanais para este fim se entenderam ao longo de quase todo o ano. Ao mesmo tempo, retomou as leituras do Velho Testamento e do Alcorão (esta iniciada em 1968). A preocupação com temas religiosos iria mais tarde se refletir de modo acentuado em Lavoura arcaica. Escreveu "Aí pelas três da tarde", que saiu como matéria no Jornal do Bairro e anos depois foi republicado como conto em outros veículos.

Em 1973 conheceu a professora Heidrun Brückner, do Departamento de Línguas Germânicas da USP, que viria a se tornar sua mulher.

Em abril do ano seguinte, por discordar da mudança editorial no Jornal de Bairro, deixou a direção do semanário, que atingiu 160 mil exemplares por edição. Sem alternativa imediata, começou a escrever Lavoura arcaica, trabalhando dez horas por dia, até concluí-lo, em outubro. Seu irmão Raja, formado em direito e licenciado em filosofia, foi o primeiro leitor dos originais. À revelia de Raduan, Raja tirou duas cópias do romance e decidiu passá-las para amigos. Uma dessas cópias acabou chegando às mãos de Dante Moreira Leite, ex-professor de Raduan na Faculdade de Filosofia, que encaminhou os originais à Livraria José Olympio Editora, do Rio de Janeiro.

Em 1975, com a ajuda financeira do autor, a José Olympio publicou Lavoura arcaica.

O livro ganhou, em 1976, o prêmio Coelho Neto para romance, da Academia Brasileira de Letras, cuja comissão julgadora tinha como relator o crítico e ensaísta Alceu Amoroso Lima (Tristão de Athayde). Recebe, ainda, o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro (na categoria de Revelação de Autor) e Menção Honrosa e também Revelação de Autor da Associação Paulista de Críticos de Arte — APCA.

Em 1978 a Livraria Cultura Editoria, de São Paulo, publicou Um copo de cólera. A novela recebeu o prêmio Ficção da APCA.

Em 1982 saiu a edição espanhola de Lavoura arcaica, pela editora Alfaguara, de Madri. Saiu a segunda edição do mesmo pela Nova Fronteira, do Rio de Janeiro.

A Editora Gallimard, da França, lançou Lavoura arcaica e Um copo de cólera num só volume, em 1984. A segunda edição de Um copo de cólera é publicada em São Paulo pela Editora Brasiliense (a 3ª edição sairia em 1985 e a 4ª, em 1987). Raduan compra a Fazenda Lagoa do Sino, em Buri, sudeste do Estado de São Paulo e passa a se dedicar integralmente à produção rural. Morre o amigo Hamilton Trevisan, cujo livro de contos, O bonde da filosofia, seria publicado em março de 1985 pela Global Editora, de São Paulo. Numa entrevista ao "Folhetim", suplemento do jornal Folha de S.Paulo, Raduan deixa claro que abandonou a literatura: no mesmo número, o jornal publicou o conto "O ventre seco".

Em 1987 a editora Suhrkamp lançou o livro Lateinamerikaner über Europa, uma coletânea de ensaios e depoimentos de escritores latino-americanos sobre a Europa, organizada por Curt Meyer-Clason, que inclui "A corrente do esforço humano", de Raduan Nassar.

A revista espanhola El Paseante publicou, em 1988, os contos "Aí pelas três da tarde" e "O ventre seco" (o primeiro seria publicado ainda na Folha de S.Paulo, em 1989, e o segundo, também neste ano, no Jornal do Brasil).

Saiu a terceira edição de Lavoura arcaica, em 1989, pela Companhia das Letras, de São Paulo, hoje na trigésima reimpressão.

Em 1991 a Suhrkamp, de Frankfurt, publicou a edição alemã de Um copo de cólera. A segunda edição saiu no mesmo ano.

1992 marcou a quinta edição de Um copo de cólera, pela Companhia das Letras, de São Paulo, hoje em sua segunda reimpressão.

Comemorando os 500 títulos da Companhia das Letras, editou-se não comercialmente Menina a caminho.

Prêmio Camões

Em maio de 2016, o Prêmio Camões, instituído pelos governos do Brasil e de Portugal e tido como o mais importante prêmio literário da língua portuguesa, foi atribuído pelo juri a Raduan Nassar.[1]

Em fevereiro de 2017, durante cerimônia de entrega do prêmio, o escritor confessou, em seu discurso, ter "dificuldade para entender o Prêmio Camões, ainda que concedido pelo voto unânime do júri"; agradeceu a Portugal pelo prêmio e, em seguida, fez de sua fala um manifesto contra o governo de Michel Temer (iniciado em agosto de 2016), acusando-o de repressor - "contra o trabalhador, contra aposentadorias criteriosas, contra universidades federais de ensino gratuito, contra a diplomacia ativa e altiva de Celso Amorim" - e de ser "atrelado ao neoliberalismo com sua escandalosa concentração da riqueza, o que vem desgraçando os pobres do mundo inteiro".[3] Em resposta, o ministro da Cultura do Brasil, Roberto Freire, abandonou o discurso preparado para a ocasião e passou a rebater as críticas do escritor, ao som de aplausos, vaias e gritos de "fora, Temer". O ministro disse que Raduan recebia o prêmio, apesar de ser adversário do governo, e que "quem dá prêmio a adversário político não é a ditadura". Diante da declaração do ministro, escritores presentes ao evento lembraram que o Prêmio Camões 2016 foi concedido em maio daquele ano. "É preciso ressaltar que ele aceitou o prêmio em maio do ano passado, quando o governo ainda era o de Dilma Rousseff”, destacou Milton Hatoum, autor do premiado romance Dois irmãos. [4][5]

Obras do autor

Editadas em livro

Em periódicos nacionais e estrangeiros

Traduções

Para o inglês
  • Ancient Tillage (Lavoura arcaica), tradução de Karen Sotelino, Londres, Penguin Contemporary Classics, 2016
  • A Cup of Rage (Um copo de cólera), tradução de Stefan Tobler, Londres, Penguin Contemporary Classics, 2016
Para o espanhol
  • Labor arcaica (Lavoura arcaica), tradução de Mario Melino, Madri, Alfaguara, 1982
  • Labor arcaica (Lavoura arcaica), tradução de Mario Melino, Madri, Punto de Lectura, 2005
  • Niña en camino (Menina a caminho), tradução de Romeo Tello G, Cidade do México, Universidad Nacional Autónoma de México, 2009
  • Un vaso de coléra (Um copo de cólera), tradução de Juan Pablo Villalobos, Cidade do México, Editorial Sexto Piso, 2016
  • Labranza arcaica (Lavoura arcaica), tradução de Juan Pablo Villalobos, Cidade do México, Editorial Sexto Piso, 2018
Para o alemão
  • Nachahmung und Eigenwert (A corrente do esforço humano), ensaio, tradução de Ray-Güde Mertin. In —, Meyer-Clason, Curt (org.). Lateinamerikaner über Europa, Colônia, Suhrkamp, 1987
  • Ein Glas Wut (Um copo de cólera), tradução de Ray-Güde Mertin, Frankfurt, Suhrkamp, 1991
  • Das Brot des Patriarchen (Lavoura Arcaica), tradução de Berthold Zilly, Frankfurt, Suhrkamp, 2004.
Para o francês
  • Un verre de colère [suivi de] La maison de la mémoire (Um copo de cólera seguido de Lavoura arcaica). Tradução de Alice Raillard, Paris, Gallimard, 1985
  • Chemins (A menina a caminho), tradução de Henri Raillard, Paris, Gallimard, 2005
  • Un verre de colère (Um copo de cólera), tradução de Alice Raillard, Paris, Gallimard, 2017
Para o italiano
  • Un bicchiere di rabbia (Um copo de cólera), tradução de Amina Di Munno, Turim, Einaudi, 2002
  • Un bicchiere di rabbia (Um copo de cólera), tradução de Amina Di Munno, Roma, Sur, 2018
Para o português
  • Um copo de cólera, Lisboa, Relógio d'Água, 1998
  • Lavoura Arcaica, Lisboa, Relógio d'Água, 1999
  • Menina a caminho, Lisboa, Cotovia, 2000
  • Um copo de cólera, Lisboa, Penguin Random House Grupo Editorial, 2016
  • Lavoura Arcaica, Lisboa, Penguin Random House Grupo Editorial, 2016
  • Menina a caminho, Lisboa, Penguin Random House Grupo Editorial, 2017
Para o croata
  • Drevni rad (Lavoura arcaica), tradução de Tanja Tarbuk, Zagreb, Fraktura, 1989

Versões cinamatográficas

Prêmios

Lavoura Arcaica

Um Copo de Cólera

Menina a caminho e Outros textos

Conjunto da obra

Referências

Macedo, Dimas. "A Ficção de Raduan Nassar", in Ossos do Ofício. Fortaleza: Editora Oficina, 1992.

  1. 1,0 1,1 1,2 Ana Cristina Marques (30 de maio de 2016). «Raduan Nassar vence Prémio Camões de 2016». Observador 
  2. Guimarães, Jonatas (2013). «Profusões Barrocas: uma leitura do romance Lavoura arcaica, de Raduan Nassar» (PDF). Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Consultado em 28 de junho de 2020 
  3. "Não há como ficar calado": a íntegra do discurso de Raduan Nassar no Prêmio Camões. Jornal GGN, 17 de fevereiro de 2017.
  4. Raduan Nassar critica governo ao ganhar prêmio; ministro da Cultura rebate. G1, 17 de fevereiro de 2017.
  5. Discurso de Raduan Nassar contra Temer durante prêmio literário irrita ministro da Cultura. Por Camila Moraes. El País, 17 de fevereiro de 2017.

Ligações externas

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Prêmio Jabuti - Autor Revelação - Literatura Adulta

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Prémio Camões
2016
Sucedido por
Manuel Alegre
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