Edessa (em Predefinição:Língua com nome) é o nome histórico da cidade refundada no antigo local por Seleuco I Nicátor que atualmente se chama Şanlıurfa, situada no norte da Mesopotâmia, no Sudeste da Anatólia, Turquia.
Mitologia
De acordo com Bar Hebreu, Urhai (Edessa) foi a menor das cento e oitenta cidades fundadas na época do patriarca bíblico Enoque.[1] As três cidades fundadas, após o Dilúvio, por Nimrod, Erech, Ácade e Calach são identificadas por Bar Hebreu com, respectivamente, Urhai (Edessa), Nísibis e Selêucia.[2]
História
Pouco se sabe sobre a história antiga de Edessa. Na segunda metade do Predefinição:-séc, enquanto a Império Selêucida se desintegrava em guerras com os partas, Edessa se tornou a capital da dinastia Abgar, que fundou o Reino de Osroena. Este reinado foi estabelecido por tribos nabateias ou árabes do norte da Arábia Antiga, e durou por quase quatro séculos, sob 28 regentes, os quais às vezes se autodenominavam "reis" em sua cunhagem.
Edessa estava no começo sob o protetorado dos partas, e posteriormente dos armênios próximos ao rio Tigre, e então no tempo de Pompeia, sob os romanos. Após sua captura e saque por Trajano, os romanos chegaram a ocupar Edessa de 116 a 118, embora sua afinidade com os partas tenha levado Lúcio Vero a pilhar a cidade no fim do século II. De 212 até 214 o reino tornou-se uma província romana. Caracala foi assassinado em Edessa em 217.
Reconstruída pelo imperador romano Predefinição:Lknb, foi então batizada de Justinópolis (Evágrio, Hist. Eccl., IV, viii), Edessa foi tomada em 609 pelos persas, e logo retomada por Heráclio, mas perdeu para o exército muçulmano sob o Califado Ortodoxo durante a conquista muçulmana da Síria em 638. Os bizantinos tentavam frequentemente retomar Edessa, especialmente sob Predefinição:Lknb, que obteve dos habitantes o Mandílio, pano sagrado onde acredita-se estar impresso o rosto do Cristo, que foi solenemente transferido para Constantinopla em 16 de agosto de 944. Esta foi a última grande aquisição do reinado de Romano I.
Em 1031, Edessa foi entregue aos bizantinos pelo seu governador árabe. Acabou sendo retomada pelos árabes, e então sucessivamente pelos gregos, armênios, turcos, cruzados (que estabeleceram ali o Condado de Edessa e mantiveram a cidade até 1144) quando foi novamente tomada pelo turco Zengui, sendo que nesta ocasião a maior parte de seus habitantes foi massacrada, juntamente com o arcebispo latino. Estes eventos chegaram até nós graças ao historiador armênio Mateus de Edessa. A partir do século XII, a cidade pertenceu sucessivamente aos sultões de Alepo, aos mongóis, aos mamelucos, e de 1517 a 1918 ao Império Otomano.
Ver também
Referências
- ↑ Bar Hebreu, Cronografia, Os Patriarcas. De Adão a Moisés. A primeira série de gerações, que começou com os Patricarcas, 5 [em linha]
- ↑ Bar Hebreu, Cronografia, Os Patriarcas. De Adão a Moisés. A primeira série de gerações, que começou com os Patriarcas, 8
Bibliografia
- BAUER, Walter. Orthodoxy and Heresy in Earliest Christianity, 1934, (in English 1971): Capítulo 1 "Edessa" (On-line text) (em inglês)
- VON GUTSCHMIDT, A. Untersuchungen über die Geschichte des Könligliches Osroëne, in séries Mémoires de l'Académie impériale des Sciences de S. Petersbourg, série 7, vol. 35.1 (St. Petersburg, 1887) (em alemão)
- SEGAL, J. B. Edessa: The Blessed City (Oxford and New York: University Press, 1970) (em inglês)
- SCHULZ, Mathias. Wegweiser ins Paradies. Der Spiegel 2372006, pp. 158–170. (em alemão)
Ligações externas
- «Imagens antigas e modernas de Urfa (antiga Edessa)» (em Türkçe)
- «Richard Stillwell, ed. Princeton Encyclopedia of Classical Sites, 1976:» (em English). "Antíoco perto do Callirhoe, mais tarde Justinópolis (Edessa; Urfa) Turkey"
- «Andre Palmer, in e-journal Trombeta dourada: Jornal de Bizâncio» (em English)
- «Crônica de Edessa» (em English)