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Selêucia do Tigre

Predefinição:Info/Sítio arqueológico2 Selêucia ou Seleuceia do Tigre (em grego clássico: Σελεύκεια επι τω Τιγρητι; romaniz.: Seleúceia epi to Tigreti; em latim: Seleucia ad Tigridem),[1][2][3] chamada Selique, Selica ou Selicos (em hebraico: Selik(a) ou Selikos) no Talmude hebraico e Saluaquia (Salwaḳia ou Salwaḳya) no Targum aramaico,[4] foi a primeira capital do Império Selêucida, fundada pelo basileu Predefinição:Lknb.

História

Selêucia foi fundada pelo diádoco Seleuco I Nicátor, em 312,[5] ou 307/305 a.C.,[6] dependendo da datação do início de seu reinado, como sede do Império Selêucida. Está situada às margens do rio Tigre, a 32 quilômetros da moderna Bagdá,[7] junto ao lago natural onde o Predefinição:Ilc do Eufrates se juntava ao Tigre. Perto dela estava Ópis. Seu distrito era muito fértil e, no início, a sua malha urbana se assemelhava a uma águia com as asas abertas. Foi erigida usando materiais trazidos da cidade da Babilônia. [8] Logo se consagrou como centro da cultura grega no Oriente Próximo, substituindo a Babilônia como entreposto comercial entre o Oriente e o Ocidente. Por sua posição, também serviu de porto ao comércio fluvial. A população era mista, com muitos gregos e semitas e havia ainda uma expressiva colônia de judeus. Em seu tempo, Plínio, o Velho estimou que a população fosse de 600 mil pessoas.[5] Flávio Josefo alegou que os judeus chegaram nela fugidos da Babilônia dada a enorme pressão dos gentis, e por volta de 41 a.C., mais de 5 mil deles foram mortos pelos locais motivados por seu ódio comum.[4]

Mesmo quando o centro de poder do Império Selêucida mudou à Síria no Predefinição:-séc, ela manteve seu caráter grego.[5] No tempo do basileu Predefinição:Lknb Predefinição:-nwrap, o general Molão da Média se rebelou e a tomou, que se tornou sua capital. Antíoco marchou contra ela, cuja população foi torturada e foi pesadamente taxada, e sua magistratura, nomeada por Políbio como Adeiganas, foi exilada.[8] Em ca. 140 a.C., o Predefinição:Lknb Predefinição:-nwrap tomou a Babilônia. As cidades gregas se recusaram a se submeter ao xá e receberam o selêucida Predefinição:Lknb Predefinição:-nwrap, quando em 130 a.C. tentou restaurar seu poder. Estas cidades foram severamente punidas pelo xá Predefinição:Lknb Predefinição:-nwrap e o prefeito Hímero, que inclusive devastou a cidade da Babilônia, mas Selêucia reteve sua auto-gestão; ao que parece, seu governo consistia numa espécie de senado com 300 membros. Também se manteve como o maior centro comercial do Oriente, tanto que Estrabão alegou ser maior do que Antioquia do Orontes, que em seu tempo, salvo Alexandria, era o maior centro comercial no Oriente.[8] Escavações demonstram que a cidade gradualmente se orientalizou.[5]

Sob os arsácidas, a administração e tropas foram instaladas em Ctesifonte, no lado oposto do rio. Todavia, se tornou sede de facções violentas e disputas dinásticas.[5] Dião Cássio alegou que o general romano Crasso, em sua guerra contra Predefinição:Lknb Predefinição:-nwrap, a alcançado, mas não é certo que isso tenha ocorrido.[9] Seja como for, os seleucenses constantemente apoiaram os poderes ocidentais contra a dominação parta, inclusive encabeçando uma rebelião aberta entre 35 e 42, que terminou com os locais sendo severamente punidos. Sob Predefinição:Lknb Predefinição:Nwrap, foi fundada a cidade de Vologesocerta para rivalizar com Selêucia, ou mais especificamente como dito por Plínio, drenar sua população.[10] No tempo da invasão do imperador Trajano Predefinição:Nwrap, foi tomada pelos generais Erúcio Claro e Júlio Alexandre e parcialmente incendiada. Seria reconstruída ao estilo parta, porém. Na guerra seguinte, agora contra Predefinição:Lknb Predefinição:Nwrap, as tropas de Lúcio Vero Predefinição:Nwrap, lideradas pelo general Caio Avídio Cássio, a destruíram totalmente em 164. A data marca o fim do helenismo na Babilônia.[5][11] Sua população à época era de 300 mil pessoas e foi dito que a praga que se espalhou no Império Romano nos anos seguintes se originou ali.[10] Sétimo Severo Predefinição:Nwrap, na campanha contra Predefinição:Lknb Predefinição:Nwrap, viu as ruínas de Selêucia e Babilônia, enquanto que Juliano Predefinição:Nwrap, na guerra contra o Predefinição:Lknb Predefinição:Nwrap do Império Sassânida, encontrou o território de Selêucia tomado por um pântano cheio de animais selvagens que foram caçados por seus soldados.[11]

Referências

  1. Lagopoulos 2004, p. 220.
  2. Vaux 1870, p. 954.
  3. Floro 1972, p. 238.
  4. 4,0 4,1 Jacobs 1906.
  5. 5,0 5,1 5,2 5,3 5,4 5,5 Drower 2012, p. 971.
  6. Grainger 1997, p. 54.
  7. Editores 1998.
  8. 8,0 8,1 8,2 Vaux 1870, p. 954.
  9. Vaux 1870, p. 954-955.
  10. 10,0 10,1 Meyer 1911.
  11. 11,0 11,1 Vaux 1870, p. 955.

Bibliografia

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  • Drower, Margaret Stephana (2012). Hornblower, Simon; Spawforth, Antony; Eidinow, Esther, ed. Oxford Classical Dictionary. Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia 
  • Floro, Lúcio Aneu (2012). L. Annaei Flori Quae Exstant. Roma: Oficinal Poligráfica 
  • Grainger, John D. (1997). A Seleukid Prosopography and Gazetteer. Leida e Nova Iorque: Brill. ISBN 978-90-04-10799-1 
  • Jacobs, Joseph; Ochser, Schulim (1906). «Seleucia». Enciclopédia Judaica. Nova Iorque: Funk & Wagnalls 
  • Lagopoulos, Alexandros Ph (2004). Η Ιστορία της ελληνικής πόλης. Atenas: Ερμής 
  • Meyer, Eduard (1911). «Seleucia». Enciclopédia Britânica Vol. XXIV. Chicago: Encyclopædia Britannica, Inc. 
  • Vaux, W. S. W. (1870). «Seleuceia or Seleucia». In: Smith, William. Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology Vol. 2. Boston: Little, brown and Company 

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