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Deborah Blando

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Deborah Blando
Blando em 2007
Nome completo Deborah Salvatrice Blando
Nascimento 3 de março de 1969 (55 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Sant'Agata di Militello, Sicília, Itália
Residência Ulverston, Cúmbria, Inglaterra
Nacionalidade Predefinição:ITAn
brasileira
Ocupação
Período de atividade 1989–2002
2012–presente
Prêmios Lista completa
Carreira musical
Gênero(s)
Extensão vocal meio-soprano lírico[1]
Instrumento(s)
Gravadora(s)
Página oficial
deborahblando.com

Deborah Salvatrice Blando (Sant'Agata di Militello, 3 de março de 1969) é uma cantora, compositora e multi-instrumentista ítalo-brasileira de ascendência ucraniana.

Blando é poliglota; fala, compõe e canta em português, italiano, espanhol, ucraniano, alemão, inglês e francês. Reconhecida pelo tom suave, mas potente de sua voz, é recordista de vendas das trilhas sonoras de telenovelas, e é também conhecida por suas canções altamente românticas, e mais recentemente pelas pop eletrônicas.

Blando assinou contrato com a Sony Music em 1990, lançando seu primeiro álbum, A Different Story, no mesmo ano. O álbum trouxe sucesso internacional para a cantora, com os singles sendo bem executados nas rádios americanas, europeias e australianas. O sucesso de Blando se estendeu para o Brasil durante toda a década de 90, com o lançamento de diversas canções que ficaram em 1º lugar nas rádios do país e que foram trilhas sonoras de telenovelas. Ela lançou mais dois álbuns durante tal década: Unicamente (1997) e Deborah Blando (1998). Entre seus maiores sucessos, estão "Innocence", "A Maçã", "Unicamente", "Somente o Sol" e "A Luz Que Acende o Olhar", que foi lançada em 2002 para a sua primeira coletânea de mesmo nome. Entre 2003 e 2011, Blando passou por diversos problemas pessoais e de saúde, o que a fez colocar sua carreira em hiato, mas, mesmo assim, lançou mais canções para trilhas sonoras de telenovelas. A cantora lançou seu primeiro álbum em 13 anos, In Your Eyes, em 2013.

Durante sua carreira, Blando participou das trilhas sonoras de mais de vinte telenovelas, além de gravar canções para campanhas da Coca-Cola e filmes da Disney. Até 2002, a cantora havia vendido mais de seis milhões de álbuns.[2][3] Blando é reconhecida como uma das poucas artistas brasileiras a conseguir sucesso internacional.[4]

Biografia

Deborah Salvatrice Blando nasceu em Sant'Agata di Militello, cidade italiana localizada na província de Messina, na região da Sicília. A cantora é filha de um italiano com uma brasileira, e também é neta materna de ucranianos, que apesar de terem imigrado para Santa Catarina, onde nasceu sua mãe, Leoni Harmatiuk, fixaram residência no Paraná, onde a mãe da cantora foi criada. Primogênita, tem dois irmãos, Annalisa e Piercarlo. Deborah chegou ao Brasil com sua família aos cinco anos de idade, pois seu pai, Pietro Carmelo, trabalhava em uma multinacional e havia sido transferido para o Rio de Janeiro, onde conseguiu expansão em sua carreira. Deborah viveu na Capital Fluminense até os nove anos de idade, quando seu pai foi novamente transferido, desta vez para Florianópolis, cidade natal de sua mãe. No ano seguinte, a família voltaria para a Itália, pois seu pai havia recebido uma proposta para voltar ao seu país natal, porém Deborah, sua mãe e seus irmãos pediram para seu pai ficar no país, e então a família decidiu continuar vivendo em Florianópolis.[5]

Vida e Carreira

1981–1989: Primeiros trabalhos

Desde criança, apresentava aptidão musical, tanto que, aos dois anos, participou do Festival de Sanremo, chamado de Zecchino D'Oro, onde venceu como a melhor cantora infantil. Em Florianópolis, era destaque no coral do colégio de freiras no qual estudava. Nas horas vagas, cantava em um clube local, onde se destacava como solista. Em uma de suas apresentações, um executivo catarinense a chamou para gravar seu primeiro long play italiano. Como Deborah foi considerado um nome muito americanizado para cantar canções italianas, a apelidaram de Giovanna, e então, em 1981, aos 12 anos, gravou seu primeiro álbum sob o pseudônimo de Giovanna, intitulado Alegria da Gente e completamente gravado em italiano, se apresentando nos principais programas de televisão da época. Seus pais no entanto, não permitiram que a carreira viesse a atrapalhar seus estudos, e assim parou com a carreira infantil.[6] Em 1986, ao terminar o ensino médio, foi descoberta pelo cantor e compositor Oswaldo Montenegro, que estava visitando Florianópolis em busca de novos talentos musicais.[7] Foi convidada por ele para gravar a trilha sonora da peça teatral Os Menestréis.[8][9][7]

1990–1994: A Different Story

Em 1990, Deborah Blando já era contratada da Sony Music Brasil e conheceu Cyndi Lauper e seu empresário na época, David Wolf. Deborah logo se mudou para Nova York e assinou contrato com a Sony Music Internacional para o lançamento do disco A Different Story, em 1991. O primeiro single "Boy (Why Do You Wanna Make Me Blue)" entrou para a parada dance americana e no comercial da Diet Coke. O álbum foi relançado em edição especial para o Brasil em 1993, incluindo uma nova versão para "Decadence Avec Elegance", de Lobão (trilha da telenovela Deus Nos Acuda),[10] e uma versão de "A Maçã", sucesso de Raul Seixas. O single "Innocence" ficou em #13 nas maiores rádios da Europa, enquanto no Brasil foi número #1 por sucessivas semanas. Em 1995, Deborah foi convidada pela banda espanhola de trip hop B-Tribe para participar do álbum Suave Suave. Foi também convidada pela Coca-Cola para gravar a faixa "O Descobridor dos Sete Mares". O single dessa música vendeu 1 milhão de cópias no Brasil. A versão em inglês da música Innocence, escrita pela própria Deborah aos 18 anos, conquistou fãs em todo o mundo. No Brasil, a canção ficou por 13 semanas no topo das paradas de sucesso, e recebeu uma edição especial na Europa.[11]

1994–1996: Gravações do segundo álbum e Atlantic Records

Após alguns anos focados na divulgação do álbum A Different Story no Brasil, Blando assinou contrato com o selo Lava Records da Atlantic Records para a produção de um segundo álbum em inglês para o mercado americano, com lançamento originalmente previsto entre os anos de 1995 e 1996.[12]

Em paralelo à produção do álbum, Blando também contribuiu com vocais para o álbum Suave Suave do grupo de trip hop B-Tribe, lançado em 1995.[13]

A composição e produção do álbum contou com David Foster,[14] que colaborou com Céline Dion e Whitney Houston na mesma época. Em Nova Iorque, Blando compôs músicas com Carl Sturken e Evan Rogers,[15] que posteriormente trabalharam com Christina Aguilera e Rihanna. As músicas produzidas por Foster chamaram a atenção do colaborador de longa data de Madonna, Patrick Leonard, que também juntou-se ao projeto.[16]

Devido à problemas de saúde na família, Blando retornou ao Brasil e renegociou junto à gravadora, que cedeu as músicas para fossem lançadas no Brasil por outro selo. Parte das músicas gravadas entre 1995 e 1996 foram posteriormente utilizadas no álbum Unicamente, lançado em 1997.

1997–1999: Unicamente e Deborah Blando

Em 1996, Blando assinou contrato com a Virgin Records no Brasil[17] e lançou o álbum Unicamente no ano seguinte. Juntando temáticas espirituais e naturais,[18] o álbum teve a participação de produtores de renome, como Patrick Leonard (de Madonna e Jeff Beck) e David Foster (de Michael Jackson, Natalie Cole e Whitney Houston). A primeira música de trabalho, "Unicamente", é uma homeagem à Iemanjá e explodiu nas paradas como tema principal da telenovela A Indomada da Rede Globo.[19] A segunda música de trabalho, "Gata", fez parte da trilha do seriado Malhação, também na Rede Globo. "Última Estória" foi lançada como a última música de trabalho do álbum. O álbum foi certificado como ouro pela Pro-Música Brasil e vendeu 120 mil cópias até novembro de 1997.[20]

Em 1998, Deborah lançou seu terceiro álbum, que levou seu nome no título, Deborah Blando. Este álbum é o maior sucesso de Deborah na Europa, ganhando disco de ouro em Portugal.[21] O álbum marcou uma nova transformação visual para a cantora, que aderiu à tatuagens de rena e símbolos tribais[22] A primeira música de trabalho foi "Somente o Sol", tema de abertura da novela Corpo Dourado,[23] o que possibilitou boa repercussão nas rádios do país. Uma segunda música de trabalho, "Águias", também foi lançada no mesmo ano. A canção "Próprias Mentiras" foi incluída na trilha sonora de Malhação 1999, como tema da personagem Érica (interpreatada pela atriz Samara Felippo).[24] Em 2000, dois anos após o lançamento do álbum, "Próprias Mentiras" tornou-se um grande sucesso nas rádios devido à sua inclusão na trilha sonora da novela Laços de Família, como tema da personagem Íris (interpretada pela atriz Deborah Secco).[25]

Um quarto álbum, contendo versões em inglês das músicas de Unicamente e Deborah Blando (incluindo faixas gravadas durante seu período na Atlantic Records), também seria lançado, mas o projeto foi engavetado.[26]

2000–2002: Salvatrice e A Luz Que Acende o Olhar

Blando continuou gravando músicas nos Estados Unidos após o lançamento do álbum Deborah Blando, mas enfrentou uma grande crise com sua então gravadora, Virgin Records. Acolhida por um outro selo, Abril Music, retornou ao Brasil e voltou às origens italianas e lançou o álbum Salvatrice, que recebe seu segundo nome, Salvatrice, apenas com regravações italianas recentes, incluindo covers de Rolling Stone e Laura Pausini.[27] Nessa mesma época, foi convidada pela Disney para gravar o tema do filme Atlantis: The Lost Empire.[28]

Em 2002, ela lançou pela Universal Music sua primeira coletânea, A Luz Que Acende o Olhar, contendo todos os seus hits, e como bônus mais cinco faixas inéditas. A faixa-título, lançada como o primeiro e único single da compilação, virou trilha da novela O Beijo do Vampiro, se tornando mais um grande sucesso da artista nas rádios brasileiras.[29] Novamente cotada para fazer uma trilha sonora para a Rede Globo, gravou o tema de abertura da novela Chocolate com Pimenta.[30] Em 2003, foi convidada pelo cantor irlandês Ronan Keating (ex-Boyzone) na faixa "When You Say Nothing At All", um dueto de grande sucesso na Inglaterra.

2003–2011: Conturbações na vida pessoal e pausa na carreira

Blando viveu uma crise pessoal devido à problemas de saúde que a deixaram fora da vida artística por 7 anos. Em 2003, sofreu um agravamento das doenças de síndrome do pânico, depressão, ansiedade e bipolaridade do tipo 2.[31] Suas primeiras crises de pânico aconteceram em 1993, devido ao forte assédio de seus fãs e dos paparazzi. Nesta época recebeu diagnóstico de transtorno de ansiedade e depressão. Posteriormente, as crises de pânico retornaram muito mais fortes em 1997, devido a grande exaustão no trabalho, já que a turnê de Unicamente contou com 180 shows no mundo inteiro. Isto a fez desenvolver síndrome de burnout. Nesta época também recebeu o diagnóstico de síndrome do pânico e bipolaridade.[32] Blando também revelou em entrevistas que não teve uma infância normal, e que desde os 10 anos já fazia shows, e que por isso acabou não priorizando sua vida pessoal.[33] Para lidar com seus problemas psicológicos, passou a fazer tratamento psiquiátrico e começou a tomar ansiolíticos, antidepressivos e lítio, mas sofreu com graves efeitos colaterais, como uma forte insônia e um excesso de fadiga, o que a impedia de agir naturalmente e ter disposição para trabalhar ou socializar-se, o que a levou a um isolamento social. Tentando parar de tomar essas medicações, teve diversas crises de abstinência, o que levou a artista a internar-se em diversas clínicas. Para lidar com os efeitos colaterais dos remédios que tomava, e conseguir relaxar para poder dormir um pouco, começou a fumar cannabis. [34][35]

Em 2004, Blando mudou-se para Los Angeles. Lá, ela converteu-se ao budismo, e passou a viver em um templo, junto com os monges, em uma tentativa radical, desesperada e profunda de buscar apoio espiritual para abandonar de uma vez seus vícios e curar-se de seus problemas psicológicos.[32] No templo, ficou duas semanas chorando e sem conseguir dormir, como efeito colateral de ter abandonado os antidepressivos, lítio e ansiolíticos.[36] Blando conheceu o budismo em 1999, quando também morou temporariamente em Los Angeles, entretanto, na época, não converteu-se, mas conheceu e iniciou a prática da meditação, que a ajudou bastante a lidar principalmente com a ansiedade, entretanto, ainda não havia conseguido deixar de fumar cannabis e tomar suas medicações. Mesmo passando por uma intensa crise pessoal, Blando chegou a gravar um álbum nos Estados Unidos nos anos de 2004 e 2005, intitulado Polares. Neste álbum, Blando fala sobre sua depressão e o lado obscuro da fama. Originalmente previsto para ser lançado entre 2006 e 2007, o álbum acabou por ser cancelado,[37] embora muitas faixas tenham sido distribuídas ilegalmente na internet ao longo dos anos.

Em 2007, Blando entrou em uma nova crise depressiva, e afastou-se da terapia e do budismo, e então retornou ao Brasil em busca de refúgio perto de sua família, em Florianópolis, embora os problemas de saúde mental continuassem.[38] Ao voltar, já estava há três anos sem usar cannabis e havia parado de tomar suas medicações diariamente, porém, recaiu no uso destas substâncias, passando a tomar oito remédios por dia, tendo os efeitos colaterais aumentados, incluindo perda eventual de memória.[36] Nesta época a cantora já estava com 38 anos, e para compensar os efeitos colaterais, viciou-se em cigarro, cocaína e álcool, o que a levou ao agravamento da depressão, ansiedade, bipolaridade e da síndrome do pânico. Em entrevistas revelou que começar a usar essas substâncias foi sua derrocada, e que só começou a usar cocaína misturada com álcool e cigarros para ter mais energia para poder trabalhar, conseguir socializar-se mais, e principalmente se livrar dos efeitos robóticos e a fadiga que os antidepressivos, ansiolíticos e lítio lhe causavam, e que a cannabis lhe ajudava a amenizar a insônia, e assim dormir melhor.[39][40][41] Disposta mais uma vez a curar-se, voltou para o budismo, intensificou suas práticas meditativas, começou a fazer exercícios físicos, e em 2010 internou-se em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos em Florianópolis, para um tratamento intenso contra seus vícios, o que aliado a sessões de psicoterapia e sua prática espiritual, obteve êxito.[38][34][35]

Blando afirmou que a cura de seus transtornos psicológicos vieram através da união da psicanálise lacaniana com o budismo. Em entrevista, disse que "eu troquei a medicação pela meditação. Eu quase morri, mas nasci novamente. E hoje sou uma pessoa muito mais forte."[40] O budismo kadampa e a ioga também a ajudaram a livrar-se do vício no álcool, drogas e remédios.[38][34][35]

2012–2016: Renovação pessoal, turnê acústica e In Your Eyes

No final de 2011, foi anunciado em seu site oficial que revisitaria sua carreira em um show acústico após anos de afastamento. Blando afirmou que seu retorno veio à pedido dos fãs, e que não se preocupava com sucesso, pois só gostaria de retornar a cantar.[33]

Mais intimista, e com o objetivo de passar a limpo sua carreira, voltou à estrada com uma roupagem que incluiu dois violões e um piano. Com o produtor e parceiro Alexandre Green, decidiu com este formato rever seu repertório de sucessos e ainda criar versões de clássicos que vão de Red Hot Chili Peppers e Nirvana a Prince, David Bowie e Guns N' Roses. Depois de muito experimentar o repertório, Deborah misturou em seu caldeirão de influências canções que revelam seu DNA artístico, demonstrando uma maturidade que a destaca entre o pop produzido no país. Apoiada pelo violão de Ricardo Medeiros e o piano e violão de Green, a cantora embarcou nesta maratona de shows com o propósito de mostrar ao público suas canções e interpretações despida de qualquer artifício. Música pura, nua, onde o maior destaque é sua voz e a beleza de um instrumental reduzido e sofisticado.[42]

Em 2012, Deborah gravou duas canções para a trilha sonora da telenovela Guerra dos Sexos, da Rede Globo: "Anjo" e "In Your Eyes".[43][44] No ano seguinte, lançou seu sexto álbum, In Your Eyes. Em 2015, lançou "Jeito Particular".[45]

2017–2019: One Truth e Heart of Gold

Em 2017, Blando anunciou que retornaria com uma nova música de trabalho, "One Truth", descrita como "uma música contra qualquer tipo de preconceito, até mesmo o preconceito das fallhas que vemos no outro."[46] Em 2018, lançou o single "One Truth" e embarcou em uma turnê para a promoção do trabalho.[47] A canção também foi incluída na trilha sonora da novela O Tempo Não Para.[48] No ano seguinte, lançou o EP Heart of Gold, contendo três outras faixas em inglês.

Blando fez seu último show no Brasil no dia 19 de maio, no Sesc Paulista, em São Paulo.[49] Em novembro de 2019, lançou a faixa "We Fly" nas plataformas digitais.[50]

Em 2019, Deborah, que morava em Jurerê Internacional, em Florianópolis[51] anunciou que deixaria o Brasil, em sua conta no Instagram, alegando que não estava satisfeita com o atual mercado musical brasileiro. "Infelizmente aqui quem não é artista é famoso. E quem não canta faz sucesso.", disse ela em sua publicação. Ela também criticou duramente a música brasileira atual, especialmente as letras machistas e grotescas, e a falta de poesia e arte, afirmando que pretendia se mudar para a Inglaterra, em busca de novas formas de fazer arte. Blando reside na Inglaterra desde outubro de 2019, no centro de meditação Manjushri Kadampa.[49][52] Ela mora junto com deus dois cachorros, Shanti e Deva.[53] A artista formou-se como professora de meditação Mahayana, e que vivendo em meio a natureza e às práticas meditativas, encontrou seu caminho espiritual que a conduz a felicidade plena. A cantora não pretende retornar ao Brasil.[53]

2020–presente: Polares

Em abril de 2020, Blando lançou a música "I Will Never Forget You" de maneira independente nas plataformas de streaming, trazendo uma letra influenciada pelas palavras de seu guia espiritual no Manjushri. Em meio à pandemia de 2020, o vídeoclipe foi gravado com ajuda de amigos, à distância, e todos os direitos foram doados para um projeto pacifista.[54]

Em julho de 2020, Blando lançou o álbum Polares, como um presente para seus fãs,[55] 14 anos depois de suas gravações.[56]

Deborah ainda frequenta sessões de psicoterapia para estabilizar suas emoções, e toma lítio para tratar seu transtorno bipolar, que não tem cura. Ela está estudando para formar-se como professora de budismo e ioga, e que residir em um centro de meditação budista em Ulverston, no norte da Inglaterra, era um desejo muito antigo. Em entrevistas revelou: Coincidência ou não, nesse momento de quarentena estou isolada em um lugar que sonhei estar há mais de 20 anos. Cheguei aqui para fazer um curso intensivo, entre 34 pessoas escolhidas no mundo todo. É algo bem profundo, não só intelectualmente, mas também na prática. Meditamos muito.[57]

Vida Pessoal

Solteira e sem filhos por opção, em entrevistas revelou: Já passou a hora de ter filhos, tive vontade, não deu certo, mas tenho meus filhos caninos. Não tem diferença nenhuma para mim. Exerço a maternidade total. Quanto a ter um parceiro? Não é uma coisa muito importante para mim, se rolar acho legal. Nunca me casei e não tenho essa vontade. Estou bem focada na minha vida espiritual e isso me preenche. Se vier alguém, não estou fechada, mas não tenho apego por relacionamento. Ainda bem. Estou feliz assim.[53]

A cantora revelou que sofreu abuso em sua juventude, por parte de um ex-namorado. Ela só conseguiu livrar dele quando voltou a morar com sua mãe, mas que o mesmo continuou perseguindo-a por bastante tempo, descobrindo que ele havia sido abusivo em outros relacionamentos. Revelou também que se arrependeu de não tê-lo denunciado, pois na época não queria expor publicamente sua situação.[58]

Blando conta que, embora faça meditação desde 1999, e só atualmente esteja em total sintonia com a espiritualidade, não fez renúncias mundanas, ainda preocupando-se com sua vaidade, mas que apenas não tem mais apego a nada: Não estou longe dos bens materiais. Gosto de uma boa roupa de cama. Na nossa tradição, a renúncia não é uma coisa externa, é interna. Se renuncia ao sofrimento, ao apego que traz o sofrimento. Temos os prazeres, mas o jeito que a gente lida é diferente. A gente sabe que a felicidade não está naquilo material, mas não deixa de curtir. A renúncia é o estado mental, não tem nada de perder alguma coisa, muito pelo contrário, a gente só ganha.[53]

Discografia

Ver artigo principal: Discografia de Deborah Blando

Álbuns de estúdio

Extended plays

Coletâneas

Trilhas em telenovelas

Ano Canção Novela Emissora
1991 "Boy (Why You Wanna Make Me Blue)" Vamp e Verão 90 Rede Globo
1992 "Innocence" Perigosas Peruas Rede Globo
1993 "Decadence Avec Elegance" Deus Nos Acuda Rede Globo
"A Maçã" O Mapa da Mina Rede Globo
1994 "Merry-Go-Round" Olho no Olho Rede Globo
1997 "Unicamente" A Indomada Rede Globo
"Gata" Malhação Rede Globo
1998 "Somente o Sol (I'm Not In Love)" Corpo Dourado Rede Globo
2000 "Próprias Mentiras" Laços de Família Rede Globo
"Seamisai" Roda da Vida RecordTV
2002 "A Luz Que Acende O Olhar (Cuccioli)" O Beijo do Vampiro Rede Globo
"When You Say Nothing At All (O Amor Fala Por Nós)" - Ronan Keating & Deborah Blando O Beijo do Vampiro Rede Globo
2003 "Chocolate Com Pimenta" Chocolate com Pimenta Rede Globo
2007 "Contrato Assinado" Sete Pecados Rede Globo
"Every Minute (Polares)" Sete Pecados Rede Globo
2012 "Anjo" Guerra dos Sexos Rede Globo
"In Your Eyes" feat. Antonio Eudi Guerra dos Sexos Rede Globo
2018 "One Truth" O Tempo Não Para Rede Globo

Prêmios

Em mais de 25 anos de carreira, a cantora conquistou diversos prêmios musicais. Soma, com seis discos lançados, mais de seis milhões de cópias vendidas[2] e mais de 22 participações em trilhas sonoras para telenovelas e filmes. No ano de 2002, ganhou o troféu de melhor canção do ano com o single "A Luz Que Acende o Olhar" (Cuccioli), tema da telenovela "O Beijo do Vampiro.[59] O sucesso também garantiu a Deborah a primeira posição em todas as rádios do Brasil, sendo a canção mais tocada de toda uma temporada. Em 2003, Deborah ganhou na categoria de melhor cantora de canção popular no primeiro Prêmio TIM de Música.[60]

Referências

  1. [[1]]
  2. 2,0 2,1 Maraísa Bueno (4 de fevereiro de 2013). «Deborah Blando: Via que eu precisava de uma droga para me sentir viva». Revista Contigo!. Consultado em 3 de Março de 2013. Arquivado do original em 11 de fevereiro de 2013 
  3. Alvaro Neder (4 de fevereiro de 2013). «Deborah Blando: Biography». Allmusic. Consultado em 15 de julho de 2017 
  4. [[2]]
  5. [[3]]
  6. Avaliação no Allmusic
  7. 7,0 7,1 [[4]]
  8. «Oswaldo Montenegro feat. Deborah Blando - Os Menestréis». Datab. Consultado em 18 de dezembro de 2010. Arquivado do original em 13 de março de 2016 
  9. «Deborah Blando: Biografia (BHFM)». BH FM 102. 4 de fevereiro de 2013. Consultado em 3 de Março de 2013 
  10. «Memória Globo (Trilha de Deus nos Acuda)». Globo.com. 2012. Consultado em 3 de Março de 2013 
  11. [[5]]
  12. Larkin, Colin (1998). The Virgin Encyclopedia of Dance Music (em English). [S.l.]: Virgin 
  13. Larkin, Colin (1998). The Virgin Encyclopedia of Dance Music (em English). [S.l.]: Virgin 
  14. Inc, Nielsen Business Media (19 de agosto de 1995). Billboard (em English). [S.l.]: Nielsen Business Media, Inc. 
  15. Inc, Nielsen Business Media (28 de setembro de 1996). Billboard (em English). [S.l.]: Nielsen Business Media, Inc. 
  16. Entrevista no Programa Jô Soares, 1997.
  17. «Billboard» (PDF). 16 de outubro de 1996. p. 76 
  18. Bouffis, Paul (1997). «Deborah Blando - sereia em tempo integral». Revista Mergulho. 14: 46 
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  45. [[9]]
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Ligações externas

Predefinição:Deborah Blando Predefinição:Singles de Deborah Blando

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