Clube da Esquina | |||||||
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Milton Nascimento - Clube da Esquina.jpg | |||||||
Álbum de estúdio de Milton Nascimento e Lô Borges | |||||||
Lançamento | Março 1972 | ||||||
Gravação | 1971-1972 | ||||||
Gênero(s) | Rock Progressivo Rock Psicodélico MPB Art rock Música tradicional | ||||||
Duração | 64:22 | ||||||
Gravadora(s) | EMI | ||||||
Produção | Milton Miranda e Lindolfo Gaya | ||||||
Cronologia de Milton Nascimento | |||||||
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Cronologia de Lô Borges | |||||||
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Cronologia de Clube da Esquina | |||||||
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Clube da Esquina é um álbum de estúdio produto da reunião de músicos brasileiros conhecidos como Clube da Esquina, liderado pelos cantores e compositores Milton Nascimento e Lô Borges, a quem o álbum foi creditado. Desta forma, torna-se o quinto álbum de estúdio de Milton Nascimento e o primeiro de Lô Borges, que em seguida seguiria a carreira solo com trabalhos próprios. O disco foi lançado, no Brasil, em LP em 1972 pela EMI-Odeon.
Clube da Esquina chamou a atenção pelas composições engajadas e a miscelânea de sons. A capa traz a foto de dois meninos, Cacau e Tonho, fotografados em uma estradinha de terra nas proximidades de Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro, próximo de onde moravam os pais adotivos de Milton Nascimento.[1][2]
Legado e recepção crítica
Predefinição:Críticas profissionais O LP foi eleito em uma lista da versão brasileira da revista Rolling Stone como o 7º melhor disco brasileiro de todos os tempos.[3]
Em setembro de 2012, foi eleito pelo público da rádio Eldorado FM, do portal Estadão.com e do Caderno C2+Música (estes dois últimos pertencentes ao jornal O Estado de S. Paulo) como o segundo melhor disco brasileiro da história.[4]
Em 2022, o disco foi eleito como o Melhor Disco Brasileiro de Todos os Tempos, pelo podcast Discoteca Básica, que ouviu 162 especialistas.[5][6][7]
Em resenhas profissionais, Clube da Esquina segue tido como um dos álbuns mais marcantes da carreira de Milton Nascimento e Lô Borges, assim como da própria MPB.[8]
Curiosamente, na época do lançamento a crítica especializada, segundo relato de Márcio Borges, não avaliou o álbum de forma positiva: "Naturalmente, os críticos foram horríveis. Ficavam querendo comparar Bituca (Milton) com Caetano e Chico Buarque, não entendiam nada daquele ecumenismo inter-racial, internacional, interplanetário, proposto pelas dissonâncias atemporais de Bituca. Desprezavam os achados de Chopin e o zelo beatlemaníaco do menino Lô." [9]
Em 2017, o rapper Djonga usou a capa de Clube da Esquina como referência para a capa de seu álbum de estreia, chamado Heresia.
Em 2018, foi lançado o livro Milton Nascimento e Lô Borges – Clube da Esquina, de Paulo Thiago de Mello contando os bastidores e o contexto histórico do álbum.[10]
Capa
Por anos, a crença popular era de que os garotos da capa do álbum eram Milton Nascimento e Lô Borges. Mas, na verdade, eram Antônio Carlos Rosa de Oliveira — o Cacau —, e José Antônio Rimes — o Tonho. A dupla passou quatro décadas sem saber que estava numa das capas de disco mais icônicas do país.[11][12]
Foi por meio do jornal Estado de Minas que os dois souberam da foto. A reportagem falava sobre os 40 anos do álbum e os encontrou para recriar a capa com Cacau e Tonho, já adultos. Desde então, eles pedem na Justiça R$ 500 mil por danos morais e uso indevido da imagem. O autor da foto icônica, o pernambucano Cafi, morreu no início de 2019.[11][12]
Faixas
Predefinição:Lista de faixas Predefinição:Lista de faixas Predefinição:Lista de faixas Predefinição:Lista de faixas
Ficha Técnica
Músicos
- Milton Nascimento - vocais nas faixas 1, 2, 4, 5, 6, 7, 9, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 20 e 21), backing vocals nas faixas 10, 11, 12 e 19, violão nas faixas 2, 4, 7, 11, 13, 14, 15, 17, 18 e 21 e piano nas faixas 2, 5 e 16
- Lô Borges - vocais nas faixas 3, 6, 8, 10, 11, 12 e 19, backing vocals nas faixas 8, 17, 19 e 20, violão nas faixas 1 e 10, guitarra elétrica nas faixas 3, 5, 9, 11 e 19, percussão nas faixas 13 e 15 e piano nas faixas 8 e 12
- Beto Guedes - vocais nas faixas 4, 15 e 20, backing vocals nas faixas 3, 8, 10, 12 e 19, baixo elétrico nas faixas 1, 3, 9, 12 e 15, guitarra elétrica nas faixas 7, 17, 19 e 20, violão de 12 cordas na faixa 5 e percussão nas faixas 6, 9, 13 e 18
- Tavito - violão de 12 cordas na faixa 1, guitarra elétrica nas faixas 6, 8, 12, 18 e 20, violão nas faixas 7 e 9, percussão na faixa 14 e backing vocals na faixa 9
- Wagner Tiso - backing vocals na faixa 10, órgão nas faixas 1, 2, 3, 7, 8, 11, 13, 14, 17, 18, 19 e 21, piano acústico nas faixas 6, 7, 9, 13, 14, 20 e 21 e piano elétrico na faixa 17
- Toninho Horta - backing vocals nas faixas 8 e 10, violão na faixa 6, guitarra elétrica nas faixas 1, 3 e 21, baixo elétrico nas faixas 5, 7, 19 e 20 e percussão nas faixas 2, 4, 15, 17 e 18
- Raul de Souza - Trombone
- Robertinho Silva - bateria nas faixas 3, 10, 13, 14 e 20 e percussão nas faixas 2, 6, 7, 9, 17, 18 e 21
- Luiz Alves - baixo duplo nas faixas 2, 5 e 7, baixo elétrico nas faixas 6, 11, 13, 14, 17, 18 e 21, e percussão nas faixas 1, 6, 7 e 9
- Nelson Angelo - guitarra elétrica nas faixas 4, 8, 11, 12 e 15, percussão 7, 9, 13 e 18, e piano na faixa 17
- Rubinho - bateria nas faixas 4, 5, 12, 15, 19 e 21, e percussão na faixa 1
- Alaíde Costa - vocal na faixa 13
- Paulo Moura - condução de orquestra nas faixas 5, 8 e 16
- Eumir Deodato - arranjo das faixas 8, 11 e 16
- Gonzaguinha - backing vocals na faixa 10
Produção de Estúdio
- Paulo Moura - condução
- Jorge Teixeira, Nivaldo Duarte e Zilmar de Araújo - engenharia de gravação
- Cafi - fotografia e layout
- Lindolfo Gaya - direção musical
- Eumir Deodato, Wagner Tiso - orquestração
- Juvena Pereira - fotografia
- Milton Miranda - Direção de Produção
- Milton Nascimento - supervisão musical
Referências
- ↑ [ http://impresso.em.com.br/app/noticia/cadernos/cultura/2012/03/19/interna_cultura,28930/para-quem-nao-me-conhece-eu-sou-brasileiro.shtml[ligação inativa]. EM localiza Tonho e Cacau, a dupla que estampou a capa do Clube da Esquina há 40 anos]
- ↑ História por trás do disco 'Clube da Esquina', descoberta pelo EM, repercute na internet
- ↑ "Os 100 maiores discos da Música Brasileira" - Rolling Stone Brasil, outubro de 2007, edição nº 13, página 109
- ↑ Bomfim, Emanuel (7 de setembro de 2012). «'Ventura' é eleito o melhor disco brasileiro de todos os tempos». Combate Rock. Grupo Estado. Consultado em 28 de janeiro de 2016
- ↑ «Opinião: Leonardo Rodrigues - 'Clube da Esquina' é eleito o melhor disco brasileiro; você concorda?». www.uol.com.br (em português). Consultado em 28 de maio de 2022
- ↑ Paiva, Vitor (23 de maio de 2022). «Milton Nascimento: 'Clube da Esquina' é eleito melhor disco brasileiro de todos os tempos». Hypeness (em English). Consultado em 28 de maio de 2022
- ↑ Ernani, Felipe (10 de maio de 2022). «"Clube da Esquina" é eleito o melhor disco brasileiro de todos os tempos». Tenho Mais Discos Que Amigos! (em português). Consultado em 28 de maio de 2022
- ↑ Allmusic
- ↑ BORGES, Márcio (1996). OS SONHOS NÃO ENVELHECEM: Histórias do Clube da Esquina. Rio de Janeiro: Geração Editorial. 231 páginas
- ↑ «A história do Clube da Esquina». Renato Prelorentzou (em português)
- ↑ 11,0 11,1 Gomes, Karol (14 de fevereiro de 2020). «Milton Nascimento é processado por 'meninos da capa' do 'Clube da Esquina'». Hypeness (em English). Consultado em 28 de maio de 2022
- ↑ 12,0 12,1 «Meninos da capa de 'Clube da Esquina' processam Milton, Lô e EMI por imagem». Folha de S.Paulo (em português). 13 de fevereiro de 2020. Consultado em 28 de maio de 2022
Ligações Externas
- Clube da Esquina no Sítio Discogs.
- Clube da Esquina no Sítio do Immub.