𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

Lô Borges

Lô Borges
Lô Borges em 2008
Informação geral
Nome completo Salomão Borges Filho
Também conhecido(a) como
Nascimento 10 de janeiro de 1952 (72 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Local de nascimento Belo Horizonte, MG
Brasil
Nacionalidade brasileiro
Gênero(s) MPB, jazz, pop, rock progressivo, folk-rock, rock experimental
Ocupação(ões) Cantor e compositor
Instrumento(s) Violão, guitarra
Período em atividade 1972 – atualmente
Afiliação(ões) Beto Guedes, Clube da Esquina, Fernando Brant, Elis Regina,Fernanda Takai, Milton Nascimento, Samuel Rosa, Tom Jobim, The Beatles, 14 Bis
Página oficial loborges.com

Salomão Borges Filho, mais conhecido como Lô Borges (Belo Horizonte, 10 de janeiro de 1952), é um cantor e compositor brasileiro.[1][2]

Foi um dos fundadores do Clube da Esquina, grupo de artistas mineiros que marcou presença na música popular nas décadas de 1970 e 1980. É co-autor, junto com Milton Nascimento, do disco Clube da Esquina, de 1972, que se tornaria um marco na música popular brasileira.[3] Entre suas composições mais famosas destacam-se, entre outras, "Paisagem da Janela", "Para Lennon e McCartney", "Clube da Esquina n.º 2" e "O Trem Azul".[4]

É considerado um dos compositores mais influentes da música brasileira, tendo sido gravado por Tom Jobim, Elis Regina,[5] Milton Nascimento, Flávio Venturini, Beto Guedes, Nenhum de Nós, Ira!, 14 Bis, Skank, Nando Reis, entre outros. A canção "Paisagem da Janela" foi regravada em 1995 por Elba Ramalho e em 2000 por Vanessa Rangel.

É irmão do letrista Márcio Borges.[6]

Biografia

Nos anos 60, se reunia com outros garotos no encontro das ruas Divinópolis e Paraisópolis, no bairro Santa Tereza, para conversar, tocar, cantar, falar dos Beatles, da MPB, do jazz. Na esquina ficava a residência do casal Borges (Maricota e Salomão) e seus 11 filhos (Lô era o sexto).[2][6]

Aos 18 anos, Lô Borges já havia raspado a cabeça para servir no Exército em Belo Horizonte.[5] Foi Milton Nascimento quem o tirou da esquina de Santa Tereza, onde tocava violão sem parar. Os dois já tinham duas parcerias – “Clube da Esquina” e “Para Lennon e McCartney”, gravadas no álbum “Milton”, de 1970 – quando o compositor, 10 anos mais velho, chegou para Lô, então menor de idade, para convida-lo para morar no Rio de Janeiro e dividir um álbum.[1] Após mudanças mensais de apartamento, arrumaram uma casa paradisíaca em Piratininga, Niterói.[7]

A gravadora Odeon reconheceu o poderio de Lô ao ouvir as músicas que ele havia composto – “O trem azul”, “Tudo que você podia ser” e “Um girassol da cor do seu cabelo” entre elas, e não pensou duas vezes em lhe propor uma estreia solo, no mesmo ano.[7] O famoso “Disco do Tênis” foi seu primeiro trabalho solo, chamado desse modo por conta da foto de um par de tênis na capa.[1][8][9] Quando terminou o disco, saiu do Rio e abandonou momentaneamente a carreira.[1] Foi de ônibus para Porto Alegre, onde passou dez dias, e depois de carona em caminhão para Arembepe, na Bahia. Virou hippie, ficou uns meses rodando, até voltar para Belo Horizonte.[1]

Voltou a aparecer somente em 1978, no álbum duplo Clube da Esquina 2, já sem ser o coprotagonista, como no disco de 1972. Em 1979, Lô lançou enfim o segundo álbum solo, A Via Láctea, com músicas como Equatorial (Lô Borges, Beto Guedes e Marcio Borges, 1979) e Vento de maio (Telo Borges e Marcio Borges, 1979).[2]

Nas décadas de 80 e 90 a produção do compositor diminuiu, foram quatro discos ao total. A mudança no ritmo veio quando ele se aproximou dos 50 anos, perto da transição de 1999 para 2000.

Com o sucesso da canção "Dois rios" em 2003, parceria com Samuel Rosa e Nando Reis lançada pelo grupo mineiro Skank, Lô começou a dar novamente as caras no mercado.[10][2]

Em 2016, com Samuel Rosa lançam CD/DVD ao vivo com registro da parceria.[11] Em 2018, Alex Turner, da banda Arctic Monkeys, citou o compositor mineiro em uma lista com músicas que influenciaram o álbum Tranquility Base Hotel & Casino.[12]

Discografia[13]

Álbuns de estúdio

Álbuns ao vivo

Coletâneas

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 «"Queríamos fazer uma obra de arte", diz Lô Borges sobre "Clube da Esquina", lançado há 50 anos». GZH (em português). 25 de maio de 2022. Consultado em 9 de junho de 2022 
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 «Lô Borges chega aos 70 anos com a chama viva». G1 (em português). Consultado em 9 de junho de 2022 
  3. «Opinião: Leonardo Rodrigues - 'Clube da Esquina' é eleito o melhor disco brasileiro; você concorda?». www.uol.com.br (em português). Consultado em 9 de junho de 2022 
  4. «Lô Borges». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Consultado em 3 de fevereiro de 2013 
  5. 5,0 5,1 Minas, Estado de; Minas, Estado de (13 de março de 2022). «Lô Borges conta por que o disco Clube da Esquina se tornou um clássico». Estado de Minas (em português). Consultado em 9 de junho de 2022 
  6. 6,0 6,1 Minas, Estado de; Minas, Estado de (7 de abril de 2022). «Lô Borges e Márcio Borges falam sobre os 50 anos do LP Clube da Esquina». Estado de Minas (em português). Consultado em 9 de junho de 2022 
  7. 7,0 7,1 Minas, Estado de; Minas, Estado de (3 de junho de 2022). «Lô Borges fala de música, vida de solteiro e fim do tesão pelas drogas». Estado de Minas (em português). Consultado em 8 de junho de 2022 
  8. Curvelo, Rakky (13 de janeiro de 2017). «Clássico mineiro, "Disco do Tênis" será tocado na íntegra em show do Lô Borges no SESC Vila Mariana». Tenho Mais Discos Que Amigos! (em português). Consultado em 9 de junho de 2022 
  9. Curvelo, Rakky (18 de janeiro de 2017). «Lô Borges emociona fãs de todas as idades com seu "Disco do Tênis"». Tenho Mais Discos Que Amigos! (em português). Consultado em 9 de junho de 2022 
  10. Ernani, Felipe (29 de janeiro de 2021). «Samuel Rosa detalha composição de "Dois Rios" com Lô Borges». Tenho Mais Discos Que Amigos! (em português). Consultado em 9 de junho de 2022 
  11. Curvelo, Rakky (5 de abril de 2016). «Samuel Rosa e Lô Borges lançam CD/DVD ao vivo com registro da parceria». Tenho Mais Discos Que Amigos! (em português). Consultado em 9 de junho de 2022 
  12. Aiex, Tony (21 de abril de 2018). «Arctic Monkeys se inspirou no brasileiro Lô Borges para compor novo disco». Tenho Mais Discos Que Amigos! (em português). Consultado em 9 de junho de 2022 
  13. «Lô Borges » Músicas» (em português). Consultado em 8 de junho de 2022 
  14. «Lô Borges embala canções de primavera com a pegada do rock para 'acordar quem tem ouvido'». G1 (em português). Consultado em 19 de março de 2021 

Ligações externas

Ícone de esboço Este sobre um(a) compositor(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

talvez você goste