Alexandre de Moura (Portugal) fidalgo, cavaleiro de São Bento, militar português, político.
Líder do exército português que colaborou com a destruição da então França Equinocial (atual estado brasileiro do Maranhão), durante o período colonial brasileiro.
Biografia
Em 1598 chegou a capitania de Pernambuco, para participar na etapa final da conquista da Parahyba em 1599.
Em março de 1602, recebeu a capitania-mor, de uma armada da carreira da Índia, devido ao serviços prestados nas armadas do então Brasil Colônia (1500 - 1815).[1] Neste mesmo ano foi nomeado governador e capitão-mor da Capitania de Pernambuco (1603 - 1615).[2]
Ás vésperas da tomada de São Luís levantou o Forte de São Francisco (ou Forte do Sardinha), na baía de São Marcos (atual Ponta d'Areia) em frente ao Forte São Luís (em francês: Forte Saint Louis). Ponto central da conquista da França Equinocial pelos portugueses.[1]
Entre 1603 e 1615, foi lugar-tenente governador da capitania e teve um papel preponderante na ocupação do Nordeste e do Norte do Brasil. Em 4 de novembro de 1615, venceu os franceses no Maranhão, aprisionou o líder La Ravardière e,[1][2] renomeou o Forte São Luís para Forte São Filipe; recuperando o domínio das terras do extremo-norte da Colônia para a então Coroa portuguesa.[1]
Após expulsão dos franceses, o general Alexandre de Moura organizou a Conquista do Maranhão, nomeando: capitão-mor o denodado Jerônimo de Albuquerque; ouvidor e auditor-geral Luís de Madureira; sargento-mor Baltazar Álvares Pestana; capitão do mar Salvador de Melo; capitão das entradas Bento Maciel Parente; comandante dos fortes de São Felipe, de São Francisco e de São José de Itaparí, respectivamente os capitães Ambrósio Soares, Álvaro da Câmara e Antônio de Albuquerque, e; capitão das zonas de Cumã e Caeté Martins Soares Moreno.[3]
Em 1616, regressando à Europa levando documentos relativos a conquista do Maranhão (colonização da costa leste-oeste do Brasil). recebeu a condecoração (hábito) de São Bento, por serviços prestados na armada da Colônia.[1]
Em 1615, Gaspar de Sousa, o governador-geral da Colônia, o nomeia fidalgo da casa Real e Cavaleiro do hábito de São Bento de Aviz.[4]
Em Portugal, serviu na Armada, sabendo-se que ainda estava vivo em 1620. E o capitão-mor do Ceará Martim Soares Moreno, na sua carta Relato do Ceará, diz que Alexandre de Moura tinha um grande conhecimento das terras do Ceará.
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 Corrêa, Helidacy Maria Muniz (2011). Para aumento da conquista e bom governo dos moradores - o papel da câmara de São Luís no território do Maranhão (1615 - 1668) (PDF). [S.l.]: Universidade Federal Fluminense
- ↑ 2,0 2,1 «Alexandre de Moura». Base BRASILHIS. O BRASIL NA MONARQUIA HISPÂNICA (1580-1640). Consultado em 26 de agosto de 2022
- ↑ de Viveiros, Jerônimo (1954). História do comércio do Maranhão, 1612-1895 (PDF). [S.l.]: Associação Comercial do Maranhão. Resumo divulgativo – Google Livros
- ↑ LIMA, ANDRÉ DA SILVA (2006). ALIANÇAS, RECRUTAMENTOS E ESCRAVIDÃO INDÍGENA (DO MARANHÃO AO CABO DO NORTE, 1615-1647) (PDF). Centro de Filosofia e Ciências Humanas. [S.l.]: Universidade Federal do Pará
Ligações externas
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Precedido por Manuel Mascarenhas Homem, capitão-mor de Pernambuco |
Lugar-tenente Governador de Pernambuco 1603 — 1615 |
Sucedido por Vasco de Sousa Pacheco |