O Acordo de Alvor, assinado entre o governo português e os a principais movimentos de libertação de Angola, (MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola,[1] FNLA – Frente Nacional de Libertação de Angola e UNITA – União Nacional para a Independência Total de Angola), em Janeiro de 1975, em Alvor, no Algarve, estabeleceu os parâmetros para a partilha do poder, ou seja foi estabelecido com o propósito de limitar o poder entre os três movimentos acima já mencionados após a obtenção da independência de Angola, tida como necessária pelos dirigentes do novo regime português.[2]
Em entrevista à Agência Lusa, o dirigente socialista, António de Almeida Santos, que a 15 de Janeiro de 1975 era ministro da Coordenação Inter-Territorial e integrava a delegação portuguesa que assinou o acordo, refere que, assim que viu o documento, soube que "aquilo não resultaria".[3]
De facto, pouco tempo depois do acordo ter sido assinado, os três movimentos envolveram-se em uma luta armado pelo controlo do país e, em especial, da sua capital, Luanda, no que ficou conhecido como a Guerra civil de Angola.[4]
Referências
- ↑ Mensagem de Agostinho Neto ao povo angolano, 1975
- ↑ Embaixada de Angola em Etiópia: Acordo de Alvor[ligação inativa]
- ↑ AngoNotícias: Acordo de Alvor foi apenas um pedaco do papel 14 de janeiro 2005
- ↑ «Pinheiro de Azevedo: Traição ao Acordo do Alvor». Consultado em 20 de abril de 2011. Arquivado do original em 7 de outubro de 2013