A Casa das Sete Mulheres | |
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Seven Women (EN)[1] Siete Mujeres (ES)[2] | |
A Casa das Sete Mulheres.jpg | |
Informação geral | |
Formato | minissérie |
Gênero | Drama histórico |
Duração | 50 minutos |
Criador(es) | Maria Adelaide Amaral Walther Negrão |
Baseado em | A Casa das Sete Mulheres, de Letícia Wierzchowski |
País de origem | Brasil |
Idioma original | predefinição:pt-br |
Produção | |
Diretor(es) | Jayme Monjardim |
Câmera | Multicâmera |
Roteirista(s) | Lucio Manfredi Vincent Villari |
Elenco | Predefinição:ExpEsc |
Tema de abertura | "A Saga dos Pampas", Marcus Viana e Transfônica Orkestra |
Exibição | |
Emissora original | TV Globo |
Formato de exibição | 480i (SDTV) |
Transmissão original | 7 de janeiro – 8 de abril de 2003 |
Temporadas | 1 |
Episódios | 51 |
A Casa das Sete Mulheres é uma minissérie brasileira produzida e exibida pela TV Globo entre 7 de janeiro e 8 de abril de 2003, em 51 capítulos.[3] Baseada no livro de mesmo título da escritora Letícia Wierzchowski, foi adaptada por Maria Adelaide Amaral e Walther Negrão, com a colaboração de Lucio Manfredi e Vincent Villari; sob direção de Teresa Lampreia e Marcos Schechtman e direção geral e de núcleo de Jayme Monjardim.[4]
Camila Morgado, Mariana Ximenes, Eliane Giardini, Daniela Escobar, Nívea Maria, Samara Felippo e Bete Mendes interpretam as sete mulheres, que se veem reclusas e alvo de ataques em meio a Revolução Farroupilha. Conta com Thiago Lacerda, Giovanna Antonelli, Thiago Fragoso, Werner Schünemann, Luís Melo, Marcello Novaes, Heitor Martinez e Rodrigo Faro nos demais papéis centrais.
Enredo
No sul do Brasil de 1835, ocorre a Revolução Farroupilha. É nesse cenário que a trama se desenvolve contemplando as perspectivas e vidas de sete mulheres da família do líder dos farrapos, Bento Gonçalves (Werner Schunemann). Dona Caetana (Eliane Giardini) é a esposa de Bento Gonçalves. É uma mulher corajosa e inteligente, que passa a sofrer com os assédios e a obsessão de Bento Manuel (Luís Melo), que jurou conquistá-la, recorrendo as forças ocultas de Teiniaguá (Juliana Paes) para isso. A tensão e o relacionamento desse triângulo amoroso em muitos momentos definem o rumo da guerra no país. Dona Ana Joaquina (Bete Mendes) e Dona María (Nívea Maria) são as irmãs de Bento Gonçalves. Dona Ana Joaquina é bondosa e é quem acolhe Bento Gonçalves e sua família na Estância. Já Dona María é rude, e fará suas três filhas sofrerem muito por conta de sua rigidez.
As filhas de Dona Maria são Manuela (Camila Morgado), Rosário (Mariana Ximenes) e Mariana (Samara Felippo), que junto com a filha mais velha de Dona Caetana e Bento Gonçalves, Perpétua (Daniela Escobar), formam um quarteto de amigas inseparáveis. Rosário se apaixonará por Estevão (Thiago Fragoso), um soldado das tropas inimigas de seu tio Bento Gonçalves, despertando ciúmes no seu prometido, Afonso Corte Real (Murilo Rosa). Nem com a morte de Estevão, Rosário deixará de amá-lo. Mariana (Samara Felippo), a filha caçula de Dona Maria, se apaixonará pelo índio João Gutiérrez (Heitor Martinez), tendo sua mãe como sua maior rival, pois essa fará de tudo para impedir que sua filha fique junto de João, por considerá-lo inferior. A filha de Dona Caetana e Bento Gonçalves, Perpétua (Daniela Escobar) se apaixonará por Inácio (Marcello Novaes), um homem casado com uma mulher enferma, Teresa (Sabrina Greve) que esta a beira da morte. Perpétua terá o desafio de vencer o remorso para ser feliz.
Já Manuela, a filha mais velha de Dona Maria, se apaixonará por Giuseppe Garibaldi (Thiago Lacerda), um guerreiro revolucionário que luta contra a Tirania no mundo e é um dos principais aliados de Bento Gonçalves. Garibaldi pede a mão de Manuela em casamento, mas o pedido lhe é negado pela família da moça que estava prometida a Joaquim, filho de Bento Gonçalves. Convencido pela família de Manuela que isto era o melhor para ela, Garibaldi parte sozinho. Vendo que sem Garibaldi seus dias são todos tristes e sem sentido, Manuela embarca em uma viagem rumo a Laguna para reencontrar seu grande amor, fazendo muito mais que uma simples viagem, mas uma jornada de auto-descoberta, amadurecendo e se tornando uma mulher independente. Infelizmente a essa altura Garibaldi já havia encontrado conforto e o amor nos braços de outra mulher, Anita (Giovanna Antonelli), que é o oposto de Manuela, uma mulher revolucionária e guerreira, como ele. Manuela terá que lidar com a desilusão e a rejeição por toda uma vida.
As vidas de Manuela, Caetana, Rosário, Mariana, María, Perpétua e Ana Joaquina se entrelaçam na dor e no tempo que vivem. Cada uma dessas sete mulheres conheceu e viveu o amor e a dor de maneiras e formas distintas, possuindo em comum o fato de compartilharem da mesma fé e da mesma esperança de dias melhores e felizes a todos.[5]
Diferenças entre a minissérie e o romance
- Na adaptação do romance de Letícia Wierzchowski para a televisão, os autores e a emissora tomaram algumas liberdades que, no entender de estudiosos da cultura gaúcha, foram excessivas, tais como:
- No romance, enfatiza-se o caráter conservador na educação das filhas dos estancieiros gaúchos no século XIX, assim como a pobreza e rotina de seu cotidiano (especialmente na situação de confinamento em que se encontravam). Relacionamentos amorosos eram tratados com recato. Na minissérie, o comportamento das personagens femininas pouco se diferencia do comportamento das mulheres nas novelas ambientadas no Rio de Janeiro do século XXI.
- O isolamento das sete mulheres é enfatizado no romance e é essencial para o desenvolvimento dramático e psicológico das personagens. Visitas eram esporádicas; os acontecimentos externos permaneciam distantes; só ficavam conhecidos por meio de cartas e mensageiros. Na minissérie, para manter o interesse do público, a casa é palco de frequentes encontros e festas, e as personagens se envolvem diretamente em episódios da revolução.
- O relacionamento de Manuela e Garibaldi foi descaracterizado. No romance, ambos rompem porque Manuela, uma personagem real, não teve coragem de deixar a casa e acompanhá-lo. Sofreu o resto da vida por isso: nunca se casou e teve uma vida solitária, sendo apontada nas ruas de Pelotas, onde foi morar, como a noiva de Garibaldi. Além disso, no romance, Anita é apenas citada, mas não aparece. Da mesma forma, na minissérie, após o rompimento ter sido mostrado tal como no romance, Manuela, ao saber do novo relacionamento de Garibaldi, vai a seu encontro, enfrenta Anita e se envolve nos combates da Revolução Farroupilha. Sem transição, torna-se uma personagem forte e decidida. Toma a decisão que Garibaldi esperava dela, e no romance não teve coragem de tomar. Esta mudança não passou despercebida dos espectadores da minissérie, que, em centenas de cartas e mensagens eletrônicas, pediam aos autores que no final Garibaldi e Manuela ficassem juntos.
- A personagem Maria Gonçalves, no romance, se mostra como uma mulher gentil e meiga, que ama o marido; na minissérie, é uma mulher amarga, dura, implacável e desagradável com as três filhas e com o filho Antônio (cuja existência é ignorada na minissérie).
- No romance, Manuela tem cerca de 15 anos; na minissérie, Manuela aparenta ter, no mínimo, 22 anos. A ordem de nascimento no romance também foi alterada na minissérie: o mais velho é Antônio (o qual não aparece na minissérie), Rosário, Mariana e Manuela; na minissérie, Manuela é mais velha que Rosário, que é mais velha que Mariana. Da mesma forma, Caetano possui 15 anos no romance, enquanto na minissérie sua idade é 19 anos.
- A minissérie cometeu também um deslize geográfico: a ação se passa na região de Camaquã e Cristal, no Rio Grande do Sul, entre a serra do sudeste e a costa da Lagoa dos Patos, uma planície com poucas elevações que se estende do sul de Porto Alegre até o extremo meridional do Uruguai. No entanto, aparecem seguidas cenas tomadas no Cânion Fortaleza, situado na serra gaúcha, em Cambará do Sul.
Elenco
Participações especiais
Ator/Atriz | Personagem |
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Sabrina Greve | Teresa de Oliveira Guimarães |
Irene Ravache | Madalena Aguilar |
Norma Geraldy | Manuela (idosa no último capítulo) |
Pedro Malta | Marco Antônio Garcia Gonçalves da Silva (criança) |
Lucas Rocha | Leão Garcia Gonçalves da Silva (criança) |
Beatriz Browne | Angélica Garcia Gonçalves da Silva (criança) |
Milena Toscano | Clara Soares |
Jandir Ferrari | Padilha |
Ítala Nandi | Francisca |
Tonico Pereira | Padre Roberto |
Gláucio Gomes | Vicente da Fontoura |
Othon Bastos | Domingos Crescêncio de Carvalho |
Roberto Pirillo | General Menna Barreto |
Nelson Diniz | Barão de Caxias |
Stepan Nercessian | Francisco Sabino |
Ariclê Perez | Madre Cecília [6] |
Christiana Guinle | Irmã Damiana |
Camilo Bevilacqua | Mello Manso |
José Dumont | Comandante do Forte |
Camila Amado | Tia Ângela |
Blota Filho | Marcos Alves |
Lafayette Galvão | Padre Vilar |
Sérgio Viotti | Padre Cordeiro |
João Velho | Leon |
Roberto Bomtempo | Manuel Aguiar |
André Mattos | Pedro Boticário |
Douglas Simon | Teixeira Nunes |
Marcos Barreto | Paulo |
Arieta Corrêa | Bárbara |
Lafayette Galvão | Padre |
Christiane Tricerri | Quitéria |
Tarciana Saad | Anahy |
Cinira Camargo | China |
Cláudio Gabriel | Caramuru |
Adriano Garib | Caramuru |
Ilya São Paulo | Caramuru |
João Carlos Barroso | Caramuru |
Chico Expedito | Caramuru |
Vicente Barcellos | Caramuru |
Ricardo Herriot | John Griggs |
Renato Medina | Carniglia |
Juliano Righetto | Lorenzo |
Riddan Pires | Domingos de Almeida |
Créo Kellab | Marcelino |
Pepi Figueroa | Vinícius |
Alexandre Lemos | Marco Antônio |
Oscar Simch | David Canabarro |
Fábio Dias | Bilbao |
Juliana Thomaz | China |
Ricardo Pavão | Comerciante |
Exibição
Reprises
Foi reapresentada pela TV Globo em duas ocasiões para cobrir o buraco do horário político em Brasília e em residências com antena parabólica e TV a cabo: de 15 de agosto a 22 de setembro de 2006 e entre 21 de agosto e 4 de outubro de 2012.[7][8]
Foi reprisada pelo Viva entre 18 de maio e 27 de julho de 2010, sendo substituída por Memorial de Maria Moura[9]
Foi novamente reprisada pelo Viva entre 26 de junho e 5 de setembro de 2013 substituindo Anos Rebeldes e sendo substituída pela minissérie Mad Maria.[10]
Foi reexibida pela terceira vez no Viva de 3 de janeiro a 14 de março de 2022, inaugurado a nova faixa de minisséries do canal às 20h30, sendo substituída por Presença de Anita.[11] No entanto, com a inversão de horário com a telenovela mexicana Marimar, que estreou no mesmo dia, a sua sucessora passou a ser exibida às 19h30.[12]
Outras mídias
Foi disponibilizada na íntegra na plataforma de streaming Globoplay em 29 de agosto de 2022.[13]
Trilha sonora
Oficial
Capa: Thiago Lacerda
A Casa das Sete Mulheres | |||||
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Trilha sonora de vários artistas | |||||
Lançamento | 2003 | ||||
Formato(s) | CD | ||||
Gravadora(s) | Som Livre | ||||
Cronologia de vários artistas | |||||
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- Mercedita (Merceditas) - Gal Costa
- Passione - Zizi Possi
- La Media Vuelta - Rodrigo Faro
- Tristesse - Milton Nascimento e Maria Rita Mariano
- Cavalo Baio - Sagrado Coração da Terra
- Sete Vidas - Adriana Mezzadri
- Piel de Lava - Paula Santoro
- Prenda Minha - Flávio Venturini
- Fênix - Jorge Vercillo
- Il Dio Dei Buoni - Agnaldo Rayol
- Te Tengo Miedo - Adriana Mezzadri
- Uma Voz no Vento - Leila Pinheiro
- Vidas, Amores e Guerras - Marcus Viana
- A Saga dos Pampas - Marcus Viana & Transfônica Orkestra
Complementar
- Sinfonia Platina
- Na Vastidão dos Pampas
- Por Honra e Glória
- Cavalgando Pela Liberdade
- Sete Vidas
- Do Amor e da Guerra
- Minuano
- Cavalo Baio
- Prenda Minha
- Rio Grande
- A Retirada
- Uma Voz no Vento
- Tema da Batalha
- Il Dio Dei Buoni
- Cristais
- Do Amor e da Guerra II
- Prenda Minha II
- Vidas, Amores e Guerras
Prêmios
Prêmio Contigo (2004):
- Melhor Atriz Revelação - Camila Morgado
- Melhor Diretor - Jayme Monjardim
- Melhor Maquiagem - Kiko Alves
- Melhor Par Romântico - Mariana Ximenes e Thiago Fragoso
Troféu Imprensa (2004):
- Melhor Programa
APCA (2004):
- Melhor Atriz - Nívea Maria
Prêmio Conta Mais (2004):
- Melhor Atriz Revelação - Camila Morgado
Troféu Leão de Ouro (atual "Troféu Leão Lobo") (2004):
- Melhor Diretor - Jayme Monjardim
- Melhor Ator - Luís Mello
- Ator Revelação - Werner Schunemann
- Melhor Atriz - Daniela Escobar
- Melhor Ator - Tarcísio Filho
- Melhor Diretor- Jayme Monjardim
Prêmio Qualidade Brasil (2004):
- Prêmio Especial - Minissérie
- Rio de Janeiro
- Melhor Atriz - Eliane Giardini
- Melhor Ator Revelação - Werner Schünemann
- Melhor Atriz Revelação - Camila Morgado
- Melhor Diretor - Jayme Monjardim
- São Paulo
- Melhor Ator - Luís Mello
- Melhor Atriz - Nívea Maria
- Melhor Ator Revelação - Werner Schünemann
- Melhor Diretor - Jayme Monjardim
Prêmio INTE (2004) (internacional):
- Série do Ano
- Ator do Ano - Thiago Lacerda
- Diretor do Ano - Jayme Monjardim
Referências
- ↑ «Seven Women». Globo Internacional. Consultado em 16 de abril de 2015
- ↑ «Siete Mujeres». Globo Internacional. Consultado em 18 de abril de 2015
- ↑ «A Casa das Sete Mulheres». Memória Globo. Globo.com. Consultado em 14 de março de 2018
- ↑ Memória Globo. «A Casa das Sete Mulheres». Consultado em 20 de janeiro de 2014
- ↑ [1]
- ↑ «A Casa das Sete Mulheres - Ficha Técnica». Memória Globo. Consultado em 9 de fevereiro de 2015
- ↑ Carlos Ramos (12 de agosto de 2006). «Horário eleitoral tira do ar atrações da Globo». O Fuxico. Consultado em 8 de fevereiro de 2015
- ↑ João Paulo Dell Santo (22 de agosto de 2012). «Globo exibe "Os Simpsons" e "A Casa das Sete Mulheres" durante o Horário Político». RD1. Consultado em 8 de fevereiro de 2015
- ↑ «Globo lança canal a cabo com reprise de novela e séries». Bol. 6 de maio de 2010. Consultado em 10 de junho de 2016
- ↑ «"A Casa das Sete Mulheres" volta no canal Viva, no lugar da minissérie "Amazônia"». Zero Hora. 25 de junho de 2013. Consultado em 8 de fevereiro de 2015
- ↑ «Viva define estreia da minissérie A Casa das Sete Mulheres». TV Pop. Consultado em 19 de dezembro de 2021
- ↑ «Viva encarna SBT e muda horário de novela mexicana antes da estreia». TV Pop. Consultado em 11 de março de 2022
- ↑ «Confira as estreias de agosto do Globoplay». Globo Imprensa. 2 de agosto de 2022. Consultado em 2 de agosto de 2022
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