Luís Melo | |
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Luís Melo em outubro de 2010. | |
Nome completo | Luís Alberto Melo |
Nascimento | 13 de novembro de 1957 (66 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Curitiba, PR |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | ator e professor de interpretação |
Período de atividade | 1969–presente |
Principais trabalhos | Predefinição:Collapsible list |
Prêmios | Lista |
Luís Alberto Melo (Curitiba, 13 de novembro de 1957)[1][2] é um ator e encenador brasileiro. Atuou por muitos anos sob a batuta do exigente encenador Antunes Filho, tendo sido protagonista de vários espetáculos marcantes. Entre eles Vereda da Salvação, Gilgamesh e a peça Trono de Sangue, adaptação da obra Macbeth de Shakespeare, em 1992, considerado por muitos a melhor interpretação de Macbeth no teatro brasileiro.
Biografia
Ator formado pelo Curso Permanente da Fundação Teatro Guaíra em 1969, trabalhou em Curitiba como ator e professor de teatro até 1985, tendo tido a oportunidade de ser dirigido por alguns dos mais importantes diretores do teatro paranaense. Ainda em Curitiba, foi dirigido por Emílio de Biasi e Ademar Guerra, no Teatro de Comédia do Paraná. Em 1985, foi para São Paulo, onde se tornou, durante dez anos, o primeiro ator do importante Grupo Macunaíma, dirigido por Antunes Filho.
Foi muito criticado por Antunes Filho quando ingressou na TV, atuando, em 1995, na novela Cara e Coroa (Antônio Calmon), da Rede Globo, como o romântico e sofrido professor Rubinho, apaixonado pela protagonista da história, Fernanda, personagem da atriz Christiane Torloni.[3] Esse personagem fez muito sucesso e lhe trouxe popularidade, tanto que o par acabou por repetir a parceria bem-sucedida também nos palcos, em Salomé (Oscar Wilde), direção de José Possi Neto (1997), trabalho pelo qual Luís foi indicado para o Prêmio Cultura Inglesa como melhor ator de 1997.
Sua estréia marcante em Cara e Coroa também lhe garantiu o prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), como melhor ator em TV, e o Prêmio Contigo de revelação masculina do ano.
Logo depois, encenou o monólogo Sonata Kreutzer (Leon Tolstoi), direção de Eduardo Wotzik, recebendo por ele os prêmios Mambembe, APCA e indicação para o prêmio Shell de 1996 como melhor ator de teatro.
Em cinema, atuou em Terra Estrangeira (Walter Salles/Daniela Thomas) (1995), Jenipapo (Monique Gardenberg) (1995), Bar Babel (Roberto Prado/Rodrigo Barros Del Rei) (1996), Doces Poderes (Lúcia Murat) (1996), e Por Trás Do Pano (Luís Villaça) (1999). Participou também das novelas O Amor Está no Ar (Alcides Nogueira) (1997) e Pecado Capital (Glória Perez).
Durante sua trajetória nas telenovelas, o ator sempre se destacou em papéis de antagonista principal.[4] Em novelas e minisséries como O Amor Está no Ar, Pecado Capital, A Padroeira, A Casa das Sete Mulheres, América e JK, destacou-se por representar vilões aclamados pela crítica.
Integrou o elenco das minisséries Hilda Furacão (do romance de Roberto Drummond), direção de Wolf Maia e O Auto da Compadecida (Ariano Suassuna). Em 1999, excursionou com o espetáculo Nijinsky - Divino Bufão, estreando como produtor, com direção de Rossela Terranova e Cláudia Schapira, considerado um dos cinco melhores espetáculos do ano pelo Jornal do Brasil, e indicado para o prêmio Shell de melhor ator.
Em 2000, participou da minissérie A Invenção do Brasil, direção de Guel Arraes e da novela O Cravo e a Rosa, direção de Walter Avancini como o prepotente Nicanor Batista. Em 2001, fundou, juntamente com Nena Inoue e Fernando Marés, o ACT – Ateliê de Criação Teatral, espaço voltado à formação e experimentação nas artes cênicas em sua cidade natal, Curitiba.
Em 2002, participou da novela A Padroeira, direção de Walter Avancini, e do espetáculo Cãocoisa e a Coisa Homem, direção de Aderbal Freire Filho, primeira montagem do ACT – Ateliê de Criação Teatral, ganhando o Prêmio Governador do Estado - Troféu Gralha Azul como melhor ator. Em 2003, participou da minissérie A Casa das Sete Mulheres, direção de Jayme Monjardim, recebendo o premio Qualidade Brasil/SP, como melhor ator de teledramaturgia, e do filme Olga, de Jayme Monjardin. Em 2004, iniciou, juntamente com Marcio Abreu, o Grupo de Estudos sobre Tchekhov, que originou o espetáculo Daqui a 200 Anos (2005). Em 2006 entrou em Cobras & Lagartos, interpretando o delicado Orã. Em 2010, vive Creonte no teatro, na peça RockAntygona, baseada na clássica tragédia grega de Sófocles.
Em 2012, co-antagonizou a novela Amor Eterno Amor como o duvidoso Dimas. No ano seguinte, entra para o elenco da telenovela Amor à Vida, como o honesto administrador Atílio, e vive um homem solitário em uma metrópole futurista devastada por escassez e poluição, no espetáculo Ausência, da companhia franco-brasileira Dos à Deux, sob direção de André Curti e Artur Ribeiro, em turnê pelo país.
Luís estava escalado para interpretar João Batista (Batista), o marido da atriz Vera Holtz na novela Nos Tempos do Imperador, mas devido a questões relativas a pandemia, foi substituído pelo ator Ernani Moraes. [5]
Filmografia
Televisão
Ano | Trabalho/Obra | Papel | Notas |
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1985 | Catavento | Gororoba | |
1995 | Cara & Coroa | Rubens Del Rey Villar (Rubinho) | |
1996 | Vira Lata | Presidiário | Participação |
1997 | O Amor Está no Ar | Alberto Amaral Leite | |
1998 | Pecado Capital | Ricardo Freitas | |
Hilda Furacão | Padre Ciro | ||
1999 | Você Decide | Xavier | Episódio: "Assim é se lhe parece" |
Rosaldo | Episódio: "Forró Bandido" | ||
Suave Veneno | Ramalho | ||
2000 | O Auto da Compadecida | Diabo | |
Brava Gente | Sérgio | Episódio: "O Condomínio" | |
O Cravo e a Rosa | Nicanor Batista / Manuel | ||
A Invenção do Brasil | Vasco de Athaíde | ||
A Muralha | Manuel | ||
2001 | A Padroeira | Santiago Aragão / Padre Molina | |
2003 | A Casa das Sete Mulheres | Bento Manuel | |
2004 | Um Só Coração | Cândido Portinari | |
2005 | América | Ramiro Hernandez (Coiote) | |
2006 | Cobras & Lagartos | Orã Munhoz / Conchita Muñoz | |
JK | Coronel Licurgo | ||
2007 | Eterna Magia | Dr. Rafael Pelizari | |
2008 | Faça Sua História | Delegado Nicanor | |
Casos e Acasos | Linhares | Episódio: "O Beijo, a Foto e o Empréstimo" | |
2009 | Cinquentinha | Joaquim Coutinho | |
2010 | A Princesa e o Vagabundo | Conde Graco de Lafayette | |
A Vida Alheia | Delano Silva | Episódio: "A Vítima" | |
Na Forma da Lei | João Carlos Viegas | ||
2011 | Morde & Assopra | Oséas Guedes | |
2012 | Amor Eterno Amor | Dimas Sobral | |
2013 | Amor à Vida | Atílio Pimenta Camargo / Alfredo Gentil | |
2015 | Além do Tempo | Massimo Pasqualino | |
2016 | Sol Nascente | Kazuo Tanaka[6] | |
2017–18 | Sob Pressão | José Luiz Almeida | Participações |
2017 | O Outro Lado do Paraíso | Gustavo Nogueira |
Cinema
Ano | Título | Papel |
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1991 | Desterro | — |
1995 | Útero | — |
1995 | Jenipapo | Cristo- |
1996 | Bar Babel | Babel |
Doces Poderes | Araponga | |
1999 | Por Trás do Pano | Sérgio |
2000 | O Auto da Compadecida | Diabo |
Separações | Convidado da estreia | |
2001 | Caramuru - A Invenção do Brasil | Dom Vasco de Athayde |
2004 | Olga | Léo Benário |
2005 | Gaijin - Ama-me como Sou | Ramon Salina Bravo Salinas |
Cafundó | Monsenhor João Soares | |
2008 | Encarnação do Demônio | Seu Américo |
2010 | Chico Xavier | João Cândido |
2019 | O Olho e a Faca | Dutra |
Teatro
- Macunaíma (Mário de Andrade)
- A Hora e a Vez De Augusto Matraga (Guimarães Rosa)
- Xica da Silva, (Luis Alberto de Abreu)
- Paraíso Zona Norte (Nélson Rodrigues)
- Nova Velha História (do mito Chapeuzinho Vermelho)
- Trono de Sangue / Macbeth (William Shakespeare)
- Vereda da Salvação (Jorge de Andrade)
- Gilgamesh (baseado no poema épico sumério)
- Sonata Kreutzer (baseado em conto de Tolstoi)
- Salomé (Oscar Wilde)
- Nijinski - Divino Bufão (baseado nos diários do genial bailarino e coreógrafo russo)
- Cão Coisa e a Coisa Homem
- Daqui a 200 Anos
- O Que Eu Gostaria de Dizer
- RockAntygona (baseado na tragédia grega de Sófocles)
- Ausência (atualmente em cartaz)
Prêmios e indicações
Ano | Prêmio | Categoria | Trabalho | Resultado |
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1989 | Prêmio Shell | Melhor Ator | Paraíso Zona Norte |
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1992 | Troféu Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) | Melhor Ator | Trono de Sangue |
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Prêmio Mambembe | Melhor ator | Predefinição:Ven | ||
Prêmio Shell | Melhor ator | Predefinição:Ven | ||
1995 | Prêmio Mambembe | Melhor Ator | Sonata Kreutzer |
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Troféu Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) | Melhor ator em teatro | Predefinição:Ven | ||
Prêmio Molière | Melhor ator | Predefinição:Ven | ||
1996 | Prêmio Shell | Melhor ator | Indicado | |
Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro | Melhor ator coadjuvante | Indicado | ||
Troféu Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) | Melhor ator revelação | Predefinição:Ven | ||
Prêmio Contigo! de TV | Melhor ator revelação | Predefinição:Ven | ||
1997 | Prêmio Cultura Inglesa | Melhor ator | Indicado | |
1999 | Prêmio Shell | Melhor ator | Nijinsky - Divino Bufão |
Indicado |
Festival Internacional de Cinema de Cuiabá | Melhor ator | Predefinição:Ven | ||
2000 | Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro[7] | Melhor ator | Predefinição:Ven | |
2002 | Prêmio Governador do Estado de São Paulo | Melhor ator | Cão Coisa e a Coisa homem |
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2004 | Prêmio Arte Qualidade Brasil - SP | Melhor ator em TV | Predefinição:Ven | |
Prêmio Arte Qualidade Brasil - RJ | Melhor ator em TV | Indicado | ||
Prêmio Contigo! de TV | Melhor ator coadjuvante | Indicado | ||
2005 | Prêmio Arte Qualidade Brasil | Melhor ator coadjuvante | Indicado | |
Troféu Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) | Melhor ator em teatro | Daqui a 200 Anos |
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2006 | Prêmio Arte Qualidade Brasil | Melhor ator coadjuvante | Indicado | |
2008 | Prêmio de Melhor Ator | Melhor Ator | Predefinição:Ven | |
2010 | Prêmio Arte Qualidade Brasil | Melhor ator coadjuvante em minissérie | Predefinição:Ven | |
2013 | Prêmio Extra de Televisão | Melhor ator coadjuvante | Indicado |
Referências
- ↑ [1] - itaúcultural.com.br (visitado em 27-9-2021).
- ↑ Perfil de Luís Melo - "caras.uol" (visitado em 30-8-2013).
- ↑ Cara & Coroa - Memória Globo (visitado em 27-6-2010).
- ↑ Luis Melo comemora novo vilão, desta vez ao lado de Cassia Kiss Magro (visitado em 06-06-2012).
- ↑ Patrícia Kogut (21 de fevereiro de 2021). «Luis Melo é substituído em 'Nos tempos do imperador'. Saiba o motivo». O Globo. Consultado em 22 de julho de 2021
- ↑ «Luis Melo interpretará um japonês dono de empresa de pescados na novela 'Sol Nascente'». Gshow.com. Consultado em 29 de julho de 2016
- ↑ «5° Prêmio Guarani :: Premiados de 1999» (em português). Consultado em 9 de julho de 2021
Ligações externas
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