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Érico IX da Suécia

Predefinição:Info/Nobre Érico IX, conhecido como Erik den helige (em sueco: Erik den helige, Erik Jedvardsson, Sankt Erik; m. Uppsala, 18 de maio de 1160), também chamado de "o Santo", "o Legislador", "Érico Jedvardsson" ou "Santo Érico", foi o Rei da Suécia de 1156 até sua morte em 1160.[1][2][3][4][5]

Não existem relatos históricos contemporâneos sobre Érico que tenham sobrevivido ao tempo. Numa carta de Canuto I da Suécia (reinado 1167–ca 1196), Érico é mencionado como "rei dos Suíones". As únicas informações conhecidas são provenientes de lendas posteriores — como a Lenda de Érico — que tinham o objetivo de legitimá-lo como santo, como é o caso do texto do manuscrito Registrum Upsalense (1344).[6][7]

É o fundador da Casa de Érico. Suas obras consolidaram e propagaram a fé cristã na Escandinávia. É considerado o padroeiro de Estocolmo e o santo padroeiro da Suécia.[8] Sua festa é dia 18 de maio.

Reinado

Nasceu na Gotalândia Ocidental, filho de um nobre chamado Jedvard (sabemos isto por que o irmão de Érico, Joar Jedvardsson, tinha o nome paterno no sobrenome) do qual não se sabe nada. Em 1150, foi eleito rei pelos suecos de Uplândia, ao mesmo tempo que na Suécia reinava Predefinição:Lknb. Depois do assassinato de Suérquero em 1156, Érico foi soberano de toda a Suécia, mesmo que alguns historiadores medievais o considerem um usurpador.

Provavelmente o seu direito de ocupar o trono virá do seu casamento com Cristina Bjørnsdatter, uma nobre dinamarquesa e neta do rei Ingo I da Suécia.

As obras conhecidas durante seu reinado têm um carácter religioso. Terminou a construção e consagrou a Igreja de Velha Upsália. Contando com o apoio do conselho do bispo Henrique de Upsália, Érico organizou a Primeira Cruzada da Finlândia em 1155, a fim de cristianizar os finlandeses pagãos. Esta guerra acabaria com a vitória de Érico e constituiria um começo para o grande domínio sueco na Finlândia, que duraria até o século XIX.

Morreu assassinado em 1160, no dia da Ascensão do Senhor, junto da Igreja de Velha Upsália, quando saía da missa. Foi abordado por vários homens, derrubado de seu cavalo e decapitado.[9] Os suspeitos eram gente ligada à Casa de Suérquero, que pretendia controlar novamente o governo da Suécia. A lenda de Santo Érico, um manuscrito medieval que narra a vida do monarca, culpa o príncipe dinamarquês Magno Henriksen, pretendente ao trono sueco. Magno tinha obtido o apoio de algum setor da nobreza sueca, que decidiu depor Érico, provavelmente por causa da sua impopular política de pagar dízimo à Igreja.

Foi sepultado na catedral de Velha Upsália. Em 1167, seus restos mortais foram guardados como relíquias e em 1273 foram levados para a nova Catedral de Uppsala, sede do novo arcebispado.

O seu túmulo foi aberto em abril de 2014 para investigação sobre as circunstâncias da sua morte.[9]

Canonização

Pouco depois da sua morte em 1160, o assassinato de Érico foi considerado um martírio pelo seu filho Canuto e seu seguidores e começou a ser venerado como um santo local da província de Uplândia, culto que depois foi propagado por todo o país e seria reconhecido em toda Escandinávia. Sua festa foi estabelecida em 18 de maio, o dia de aniversário da sua morte, quando se realizavam procissões até a catedral.

O papa Alexandre III se negou a reconhecer a santidade de Érico em 1172 e, na verdade, a Igreja Católica nunca o canonizaria, mas seu culto foi tolerado.

Entre os milagres que se atribui a Érico, encontra-se a lenda de um manancial que surgia no lugar onde seu sangue foi derramado. Nesse manancial, existiu uma fonte na época medieval chamada de fonte de São Érico que na atualidade deve corresponder a Slottkälla, nas imediações da Catedral de Uppsala.

As relíquias de São Érico, levadas à atual Catedral de Uppsala, consistem de ossos humanos. Também existem vários pinturas na catedral que fazem menção a Érico e ao bispo Henrique.

É considerado o santo patrono de Estocolmo e o escudo de armas da cidade contém a efígie do rei.

Referências

  1. Miranda, Ulrika Junker; Anne Hallberg (2007). «Erik den helige». Bonniers uppslagsbok (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag. p. 231. 1143 páginas. ISBN 91-0-011462-6 
  2. «Erik IX "den helige" Jedvardsson» (em sueco). Historiska personer i Sverige och Norden. Consultado em 17 de março de 2016. Arquivado do original em 9 de setembro de 2016 
  3. «Erik den helige» (em sueco). Dicionário Biográfico Sueco (Svenskt biografiskt lexikon). Consultado em 17 de março de 2016 
  4. «Erik den helige». Norstedts uppslagsbok (em sueco). Estocolmo: Norstedts. 2007–2008. p. 319. 1488 páginas. ISBN 9789113017136 
  5. Melin, Jan; Johansson, Alf; Hedenborg, Susanna (2006). «Äldre medeltiden». Sveriges historia. Koncentrerad uppslagsbok, fakta, årtal, kartor, tabeller (em sueco). Estocolmo: Prisma. p. 56. 511 páginas. ISBN 9789151846668 
  6. Herman Bengtsson; Christian Lovén. «Spår av den längre Erikslegenden» (PDF) (em sueco). Fornvännen - Journal of Swedish Antiquarian research. Consultado em 17 de março de 2016 
  7. Christer Öhman. «Erik den helige» (PDF) (em svenska). Källor ochkällkritik. Consultado em 8 de fevereiro de 2017  hair space character character in |publicado= at position 7 (ajuda)
  8. Ernby, Birgitta; Martin Gellerstam; Sven-Göran Malmgren; Per Axelsson; Thomas Fehrm (2001). «Erik den helige». Norstedts första svenska ordbok (em sueco). Estocolmo: Norstedts ordbok. p. 146. 793 páginas. ISBN 91-7227-186-8 
  9. 9,0 9,1 Atlas Obscura. «The gruesome legend of sweding king might actually be true». Consultado em 20 de março de 2016 

Ligações externas

Predefinição:Monarcas da Suécia

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