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Luiz Inácio Lula da Silva

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva.jpg
Duração do Mandato: 1º de janeiro de 2003—pres.
Predecessor: Fernando Henrique Cardoso
Sucessor:
Data de Nascimento: 27 de outubro de 1945
Local de Nascimento: Vargem Grande (agora Caetés),
Garanhuns, Pernambuco
Primeira-Dama: Marisa Letícia Lula da Silva
Profissão: Torneiro mecânico
Partido Político: Partido dos Trabalhadores
Vice-Presidente: José Alencar

Luiz Inácio Lula da Silva é um político brasileiro (nascido em Caetés, então Vargem Grande, à época distrito de Garanhuns, interior de Pernambuco, a 27 de outubro de 1945). Assumiu a Presidência da República Federativa do Brasil em 2003 com a maior votação da história do país (52,4 milhões de votos), quebrando recordes de votação de todos os ex-presidentes brasileiros. Ele só perde, no mundo, para o general indonésio Susilo Yudhoyono (69,27 milhões de votos), George W. Bush (58,4 milhões de votos) , John Kerry (54,8 milhões de votos), os três em eleições realizadas em 2004, e o ex-presidente estado-unidense Ronald Reagan, que teve, em 1984, 54,4 milhões de votos. Mas ultrapassou a votação do presidente Bill Clinton, que teve 47,4 milhões de votos.

Foi candidato a presidente em 1989 (derrotado por Fernando Collor de Mello), em 1994 (derrotado por Fernando Henrique Cardoso) e em 1998 (novamente derrotado por Fernando Henrique Cardoso), tendo por fim ganho as eleições de 2002 (o segundo colocado foi José Serra).

Lula é co-fundador, presidente de honra e filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), um dos mais importantes partidos brasileiros.

Infância

Aos 7 anos de idade a família de Lula realizou uma viagem comum para muitos nordestinos do Brasil: em condições precárias, dirigiu-se para o estado de São Paulo, na esperança de oportunidades melhores de vida.Neste momento Lula ja teria abandonado a escola sem concluir o primeiro grau por motivos de trabalho,para ajudar no sustento da familia e passaram a residir em Guarujá, cidade do litoral do estado.

Luís Inácio da Silva foi alfabetizado no Grupo Escolar Marcílio Dias. Em 1956 passou a morar em São Paulo. Com 12 anos Lula foi empregado em uma tinturaria, tendo depois exercido as profissões de engraxate e auxiliar de escritório.

Operário e sindicalista

Arquivo:Brasil.LulaDaSilva.02.jpg
Lula conversa com crianças moçambicanas. Um dos seus objetivos é aproximar o Brasil aos outros países de língua portuguesa.

Seguindo para a indústria, Lula consegue uma vaga no curso de torneiro mecânico no SENAI, organização brasileira de ensinos de interesse industrial, formando-se como metalúrgico. Alguns anos depois, mudou-se para São Bernardo do Campo, onde sindicalizou-se no Sindicato dos Metalurgicos 1968, por influência do irmão José Ferreira de Melo, apelidado de Frei Chico, que lhe presenteou o seu primeiro livro intitulado: O Que é a Constituição.

Em 1969 Lula foi eleito para a diretoria do sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo. Em 1975 foi eleito presidente do mesmo sindicato. Reeleito em 1978, foi uma das lideranças sindicais que retomaram a prática de greves públicas de larga escala, que haviam cessado de ocorrer desde o endurecimento repressivo da ditadura militar nos 10 anos anteriores. Durante o movimento grevista, a idéia de fundar um partido representante dos trabalhadores foi amadurecendo, e, em 1980 foi fundado o Partido dos Trabalhadores, (PT).

Política

Visando participar de pleitos eleitorais, alterou judicialmente seu nome de Luís Inácio da Silva para Luís Inácio Lula da Silva (a legislação vigente proibia o uso de apelidos pelos candidatos).

Em 1982, Lula participou das eleições para o governo de São Paulo e perdeu. Em 1984, participou, ao lado de Ulysses Guimarães, da campanha Diretas Já, que clamava por eleições presidenciais diretas após anos de ditadura militar e presidentes nomeados. A campanha não teve sucesso e as eleições presidenciais de 1984 foram feitas pelo Colégio Eleitoral. Em 1986, foi eleito deputado federal com recorde de votos tendo uma atuação discreta.


São Paulo - Presidente Lula, acompanhado do ministro Luiz Dulci, na celebração dos 15 anos do Foro de São Paulo. (Foto Ricardo Stuckert/ABr)

Em 1989, realizaram-se as eleições diretas. Lula se candidatou a presidente, liderando todas as pesquisas até semanas antes da eleição. O pleito acabou sendo vencido por Fernando Collor de Mello, candidato conservador do PRN, que recebeu entusiástico apoio de considerável parte da população que se sentia intimidada ante a perspectiva de ex-sindicalista tido como radical e abertamente alinhado com as teses de esquerda chegar à Presidência.

A mídia progressista e a oposição afirmam que o resultado da eleição de 1989 teria sido decisivamente manipulada por setores da mídia conservadora. É fato que Collor empenhou-se numa campanha de difamação de Lula, apresentando no seu horário eleitoral gratuito o depoimento de uma antiga namorada de Lula, com a qual este tinha uma filha, em que esta namorada o acusava de ter-lhe proposto um aborto e de ser "racista". Alguns ainda afirmaram que, além deste fato objetivo, teriam havido manipulações subreptícias de alguns dos principais órgãos dos mídia brasileiros, que cobririam as eleições de forma a favorecer a candidatura de Collor. A pedra de toque dessas alegações diz respeito à edição de um resumo do último debate televisivo entre os dois candidatos que foi levado ao ar pelo mais assistido telejornal do país em horário nobre a poucos dias da eleição -portanto, num momento crítico da corrida eleitoral- que concedia mais tempo à Fernado Collor que a Lula.Falou-se também na época em interrupção deliberada do serviço de ônibus urbano em áreas de baixa renda, dificultando a movimentação de eleitores até às seções eleitorais, assim como do seqüestro do empresário Abílio Diniz,às vésperas da eleição, por um grupo de supostos terroristas estrangeiros, em que fez-se questão de mostrar na televisão o mesmo empresário, libertado de seu cativeiro, portando uma camisa com o emblema do PT, que teria sido-lhe colocada pelos mesmos sequestradores.

Em 1991, o presidente Collor, oriundo de uma tradicional família alagoana de políticos e empresários do setor de comunicações, foi denunciado por corrupção ativa e passiva por suas ligações com o empresário e caixa da campanha de Collor, Paulo César Farias. O escândalo decorrente dessas acusações provocou ampla mobilização social no que ficou conhecido como Movimento Cara Pintada. Em seu ápice a série de protestos pacíficos reuniu mais de cinqüenta milhões de cidadãos, jamais visto no mundo em tamanha proporção, exigindo o impeachment do presidente. O movimento foi vitorioso tamanha a pressão social exercida sobre as bases parlamentares.

Em 1994, Luis Inácio Lula da Silva volta a candidatar-se à presidência e é novamente derrotado, dessa vez pelo canditado do PSDB, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso - posteriormente apelidado pela imprensa de FHC. À época senador pelo Estado de S.Paulo, Cardoso tinha um histórico familiar (como filho do general comunista Leonidas Cardoso, que foi um dos mentores da campanha pela criação da Petrobrás durante o segundo governo Vargas) e político ligado à Esquerda, tendo sido aposentado compulsoriamente como professor da USP durante a ditadura militar, e era já então um intelectual de renome internacional.

A frente do Ministério da Fazenda no governo de Itamar Franco, FHC foi um dos mentores do Plano Real, que teve sucesso em sobrepujar a inflação e estabilizar a moeda brasileira. Em 1998 Fernando Henrique se tornou o primeiro presidente brasileiro a se reeleger, derrotando Lula no primeiro turno.Lula, sabendo-se derrotado de antemão, realizou uma campanha discreta, que no entanto o ajudou a consolidar sua posição hegemônica dentro do seu partido e dentro da Esquerda brasileira, o que foi expresso pelo fato do vice-presidente da sua chapa ter sido Leonel Brizola.

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Presidente Lula da Silva e Marisa Letícia acenam para população no desfile pela Esplanada Foto:Victor Soares/ABr.

A desvalorização do real em 1999, os recorrentes ataques especulativos à moeda brasileira, a crise da dívida externa no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso fortaleceram a posição eleitoral de Lula nos quatro anos após 1998. Em 27 de outubro de 2002, Lula foi eleito presidente do Brasil, derrotando o candidato apoiado por Fernando Henrique Cardoso, José Serra do PSDB. No seu discurso de posse, Lula afirmou: "(sic) E eu, que durante tantas vezes fui acusado de não ter um diploma superior, ganho o meu primeiro diploma, o diploma de presidente da República do meu país." A declaração foi uma resposta contra os inúmeros ataques que sofreu em virtude de sua baixa educação formal, que muitos consideram incompatível com o cargo mais importante da República. Muitos opositores dizem que tal afirmativa é inverídica, pois Lula já tinha o certificado de torneiro mecânico emitido pelo SENAI, bem como um diploma similar como deputado federal. As causas deste desabafo foram os ataques sofridos na campanha que desmereciam sua educação.

Abdicando dos erros (principalmente o radicalismo verbal) cometidos em campanhas passadas, Lula escolheu para seu vice o senador conservador mineiro e empresário têxtil José de Alencar e opta em 2002 por um discurso conciliador, prometendo a continuidade do programa econômico do governo passado e reconhecendo a dívida externa do país, o que conquista finalmente a confiança de uma parte da classe média e empresários. É sob o perfil de “Lulinha paz-e-amor” que Luis Inácio da Silva finalmente ascende à presidência. O governo Lula tem se caracterizado por suas políticas fiscal e monetária conservadoras, em continuidade às do governo Fernando Henrique Cardoso, fato este que impediu a realização de uma política de gastos sociais importantes, e desgastou, desde muito cedo, a sua base de apoio própria nas classes populares. Conseguiu, no entanto, durante seus primeiros dois anos, apoio parlamentar suficiente para a implementação de parte de seus projetos. Em 2005 uma grave crise política emerge a partir de denúncias dirigidas contra o deputado Roberto Jefferson,líder do PTB, partido da base aliada, acusado de participar e promover um esquema de venda de facilidades em repartições públicas. Diante destas acusações, e sentindo-se traído pelo governo, Roberto Jefferson reage denunciando um alegado sistema de distribuição de dinheiro a partidos políticos, através do qual o poder Executivo procurava obter o apoio do Congresso na aprovação de diversas leis. Atualmente, três CPIs investigam as denúncias que derrubaram vários políticos e membros do governo e de partidos aliados, não conseguindo, no entanto, atingir diretamente o próprio presidente.

Ver artigo principal Escândalo do mensalão.

Cronologia sumária

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 at:1945             text:Nasce em Caetés (Pernambuco)
 at:1952             text:A família muda-se para Guarujá, SP
 at:1956 shift:(25,-6)            text:A família muda-se para São Paulo, SP
 at:1957             text:Começa a trabalhar numa tinturaria
 at:1968             text:Primeiros contatos com o sindicalismo em São Bernardo do Campo
 at:1975             text:É eleito presidente do sindicato dos metalúrgicos
 at:1978             text:Reeleito
 at:1980             text:É um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores
 at:1989             text:Candidatura presidencial. Perde
 at:1994             text:Candidatura presidencial. Perde novamente
 at:1998             text:Candidatura presidencial. Perde pela terceira vez
 at:2002             text:É eleito Presidente da República
 from:2002 till:2006 text:Presidente
 at:2006             text:Fim do mandato como Presidente
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Biografias

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Livro

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