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Galiza (nomeada às vezes no Brasil Galícia; em castelhano Galicia; em galego concórdia Galicia ou Galiza; e em galego reintegrado Galiza) é uma comunidade autónoma do norte de Espanha, sobre Portugal, com estatuto de nacionalidade histórica. Localiza-se no noroeste da Península Ibérica, é limitada a oeste e norte pelo Oceano Atlântico, a leste pelas comunidades de Astúrias e de Castela e Leão e a sul com o país luso.
Geografia
- Galiza divide-se em quatro províncias:
- A capital é Santiago de Compostela, na província da Corunha.
- As províncias subdividem-se em comarcas:
- E as comarcas subdividem-se em Concelhos:
- Cidades principais e população aproximada: Vigo (292.059), A Corunha (240.000), Ourense (109.000), Santiago de Compostela (93.000), Lugo (89.000), Ferrol (80.000) e Pontevedra (76.000). Área: 29.575 km². População aproximada: 2.730.000 milhões. Densidade de população: 92,8 habitantes/km².
História
Até ao século XIX, a Galiza estava dividida em sete províncias: Mondonhedo, Lugo, Ourense, Tui, Santiago, Corunha e Betanços. Desde essa época, as províncias foram reduzidas a apenas quatro.
Órgãos de governo próprios: Junta da Galiza ou Xunta de Galicia e o Parlamento Galego.
Nacionalidade galega
A consideração da Galiza como "nacionalidade histórica" está contemplada na Constituição Espanhola e no seu Estatuto de autonomia. Este reconhecimento na constituição tem a sua referência legal na criação do "Conselho da Galiza" durante a II República Espanhola, de tipo federativo, em que o povo galego se pronunciou e conseguiu o direito ao governo autónomo. O povo galego é considerado "nacionalidade histórica" de pleno direito por ter realizado esse plebiscito, ou demonstração pública do «sentir» colectivo.
Actualmente os dois partidos que acordaram um governo de coligação (bipartito PSdG-BNG) consideram urgente realizar um novo Estatuto de autonomia e ambos defendem a consideração da Galiza como "nação", tal como expuseram publicamente no chamado «debate da investidura», em que foi eleito presidente Emilio Perez Touriño (PSdG). Anxo Quintana (BNG) será o vice-presidente no governo de coligação.
O número actual de deputados no parlamento galego é o seguinte:
- Partido Popular de Galicia (PP-G): 37 deputados
- Partido Socialista de Galicia (PSdG): 25 deputados
- Bloco Nacionalista Galego (BNG): 13 deputados
O número de votos das forças políticas com representação parlamentar nas últimas eleições (19-Julho-2005) foi:
PPdeG:756.202
PSdeG: 555.246
BNG: 311.839
O Hino Galego
A comunidade galega tem o seu hino próprio, com letra de um poema de Eduardo Pondal e com música composta por Pascual Veiga. Os Pinos (em galego reintegrado)
"Que dim os rumorosos
na costa verdescente,
ao raio transparente
do prácido luar?
Que dim as altas copas
de oscuro arume arpado
c'o seu bem compassado
monótono fungar?
Do teu verdor cinguido
e de benignos astros,
confím dos verdes castros
e valeroso chám,
nom dês a esquecemento
da injúria o rude encono;
desperta do teu sono,
Fogar de Breogám.
Os bons e generosos
a nossa voz entendem,
e com arroubo atendem
o nosso rouco som,
mais só os inhorantes,
e féridos e duros,
imbéciles e escuros,
nom nos entendem, nom.
Os tempos som chegados
dos bardos das idades,
que as vossas vaguedades
cumprido fim terám;
pois, donde quer, gigante
a nossa voz pregoa
a redençóm da boa
Naçóm de Breogám.
(PONDAL: Queixumes dos pinos)
Os Pinos (em galego concórdia)
"Que din os rumorosos
na costa verdecente,
ao raio transparente
do prácido luar?
Que din as altas copas
de escuro arume arpado
co seu ben compasado
monótono fungar?
Do teu verdor cinguido
e de benignos astros,
confín dos verdes castros
e valeroso chan,
non deas a esquecemento
da inxuria o rudo encono;
esperta do teu sono,
Fogar de Breogán.
Os bos e xenerosos
a nosa voz entenden,
e con arroubo atenden
o noso rouco son,
mais só os iñorantes,
e féridos e duros,
imbéciles e escuros,
non os entenden, non.
Os tempos son chegados
dos bardos das idades,
que as vosas vaguedades
cumprido fin terán;
pois, donde quer, gigante
a nosa voz pregoa
a redenzón da boa
Nazón de Breogán.
(PONDAL: Queixumes dos pinos)
Produto de uma cultura própia e das circunstáncias culturais e sociais que forom conformando ao longo da história uma identidade singular: o povo galego.
O hino galego aparece como o símbolo acústico mais solemne e trascendental da Galiza como comunidade política. O motivo central é um apelo à Galiza para que acorde do sonho no que está dormida e emprenda o caminho cara a liberdade.
O texto na sua versão completa apela também aos própios galegos para lembrar-lhes que são filhos dos celtas (gauleses e bretões) peregrinos que desde a Gália (França) ou desde as Ilhas Britânicas levam fazendo desde há séculos o Caminho de Santiago cara Galiza e que porém devem ser fortes até conseguirem a liberdade. No poema original, Queixumes dos Pinos, as estrofes seguintes falam do irmanamento galego-português.
O nome da Galiza não figura em nenhuma parte do poema, como é muito frequente em Pondal, sendo cambiado por Fogar de Breogão (Breogão é o heroi nacional dos galegos) Eduardo Pondal prega no seu poema que Galiza acorde do seu sonho, que não esqueça nunca as injúrias às que foi sometida baixo o domínio castelhano e que escute a voz dos pinheiros rumorosos, que não é mais que o própio povo galego.
Normalmente o Hino Galego é interpretado por bandas marciais de gaitas de foles como símbolo de força, autoridade e solemnidade.
Símbolos da Galiza: http://institucions.info/Instituciones/autonomia/simbolos/paginas/intro.html
Ver também
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