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Fidel Castro

Fidel Castro em 2003

Fidel Alejandro Castro Ruz (Birán, Holguín, 13 de Agosto de 1926) é o presidente da República de Cuba e uma das personalidades políticas internacionais mais conhecidas, carismáticas e polémicas. Para seus defensores, Castro representa o herói da revolução social e a garantia de repartição equitável da riqueza no país, devido a sua política comunista. Seus adversários, internos e externos, no entanto, consideram-no o líder de regime ditatorial segundo estes, baseado numa política de partido único e numa polícia repressiva de estado, no que diz respeito à liberdade de expressão e à aplicação de penas duras (inclusive a morte) aos anti-revolucionários. É um líder frequentemente contestado internacionalmente principalmente por paises como Estados Unidos e seus aliados.

História

Fidel Castro tem uma longa história revolucionária: tornou-se dirigente de Cuba desde que conquistou os papéis de primeiro-ministro em 16 de Fevereiro de 1959 e de Presidente da República em 3 de Dezembro de 1976, após uma bem sucedida luta de guerrilha contra o exército do presidente de jure de Cuba Fulgêncio Batista. Batista era o líder de facto do Exército cubano e em 1940 aliou-se com o Partida Comunista Cubano para tornar-se presidente do país[1]. Sua ditadura matou três mil cubanos.

Nascido da união de um imigrante da Galiza e de Lina Ruz González, Fidel Castro foi educado em colégios jesuítas, como o Colegio Belén em Havana. Foi um acólito (ajudante do padre na missa). Alto e de porte atlético, foi premiado como o melhor atleta estudantil secundarista cubano em 1944. Em 1945 entrou na Universidade de Havana, formando-se em Direito em 1950.

Após um fracassado ataque a um quartel de Moncada em 26 de julho de 1953, (data que dará o nome ao Movimento Revolucionário 26 de julho e todos os anos é comemorada em Cuba com grandes manifestações populares), foi preso e condenado a 15 anos de prisão. Durante o julgamento, Fidel fez sua auto defesa e defendeu o direito dos povos de lutarem contra a tirania, quando pronunciou as famosas palavras "A história me absolverá". Após sua auto defesa, Fidel foi liberado tendo cumprido dois anos de prisão. Viajou aos EUA para encontrar-se com grupos cubanos exilados naquele país que ajudaram a finaciar a expulsão do ditador Fulgencio Batista do poder. Exilou-se em seguida no México, onde montou e treinou uma guerrilha, retornando clandestinamente a Cuba no iate Granma, com capacidade para 8 pessoas, em que embarcaram 82 homens, entre eles o argentino Ernesto Guevara de la Serna, Che Guevara. O desembarque não foi bem sucedido pois o navio afundou com as armas. Refugiou-se em Serra Maestra, onde reorganizou a guerrilha que acabou derrubando Batista.

Arquivo:Havfidelpart.jpg
Pôster em uma vitrine de Havana

A revolução e a Guerra Fria

Fidel Castro visitou, Após a vitória, os Estados Unidos da América[2].

O governo democrata de Kennedy tentou derrubar Fidel Castro através de uma operação desastrosa, o famoso episódio da Baía dos Porcos, em Abril de 1961; na seqüência destes acontecimentos, e Fidel Castro aliou-se à URSS.

A URSS deu apoio econômico e militar ao novo governo de Castro, comprando a maioria do açúcar cubano. A partir de então, Cuba passou a sofrer um embargo econômico por parte dos EUA. A este respeito dirá Fidel Castro "Nuestro pueblo heroico ha luchado 44 años desde una pequeña isla del Caribe a pocas millas de la más poderosa potencia imperial que ha conocido la humanidad. Con ello ha escrito una página sin precedentes en la historia. Nunca el mundo vio tan desigual lucha." (discurso do 1º de Maio de 2003, em La Habana).

No entanto, como conseqüência do demoronamento da URSS, Cuba acabou tendo que reestruturar seu modelo econômico. A fragilidade de economia comunista, agora sem sua protetora européia e sob um bloqueio criminoso e desumano, mostrava-se através da escassez de produtos na ilha.

Cuba: uma potência em saúde e escolaridade

Todavia, o regime de Fidel foi bem sucedido em uma diversidade de aspectos, como por exemplo na construção de um sistema de saúde de boa qualidade, mesmo para o padrão dos países ricos, e na manutenção de uma cultura nacional rica e exótica. Em reconhecimento a seus esforços, Fidel Castro foi o primeiro chefe de Estado a receber a medalha da "Saúde para todos" da OMS, em 12 de abril de 1988.

Na área da educação lançou em 1961, a Campanha da Alfabetização, que em um ano alfabetizou a 1.124.000 habitantes iletrados da ilha, que na época contava com uma população de 6 milhões de habitantes, desenvolveu diversas universidades, cursos técnicos, formando um série de médicos, esportistas, economistas e artistas de alta qualidade. Atualmente Cuba, no quesito educação, está entre os 30 primeiros países do mundo. Porém, aos cubanos só é permitido ler o que edita o governo. O índice de livros lidos por habitante é inferior ao do México.

Entre as palavras de ordem oficiais que os jovens devem repetir na escola cubana, podemos encontrar as seguintes:

"Pioneiros para o Comunismo, seremos como Che"
"Comandante, Ordem!
ordem sobre esta terra,
nós faremos guerra,
se o imperialismo vier"
"Ódio e Morte para o Imperialismo Norte Americano!" [3]

Em 2000, após mais de 40 anos de castrismo, as taxas oficiais cubanas melhoraram tanto para a alfabetização (98%) como para a mortalidade infantil (0,7%). Segundo as estatísticas da UNESCO, a taxa de instrução de base em Cuba é uma das mais elevadas da América Latina.


Patrimônio

Em 2005, a revista Forbes calculou o patrimônio de Fidel Castro em aproximadamente 550 milhões de dólares. Com essa fortuna acumulada, ele teria alcançado o décimo lugar na categoria "governantes e membros da realeza mais ricos do mundo".[4]

Contudo, estes dados foram prontamente negados por Fidel, considerando esta notícia uma "infâmia".

Na oportunidade, Fidel Castro desafiou: "Se eles provarem que tenho um conta no exterior de US$ 900 milhões, de US$ 1 milhão, de US$ 500 mil, de US$ 100 mil, de US$ 1, eu renuncio a meu cargo e às funções que desempenho"

A respeito da infâmia, disse ainda: "Eu os desafio, os intimo a buscar todos os bancos do mundo. Pergunto por que iria querer dinheiro se vou completar 80 anos, para que quero dinheiro se nunca quis antes?", indagou.

Fidel afirmou que a revista Forbes e outros muitos meios de comunicação por todo o mundo, buscaram de maneira suja e baixa, desprestigiar a revolução, "anular Cuba e pintar Castro como um ladrão", em suas palavras.

Quase toda a população ouvida pela BBC em Cuba duvida das alegações feitas pela Forbes, mas Vladimiro Roca, do grupo anti-revolucionário Todos Unidos, que vive em Miami, disse estar seguro de que tal fortuna existe e que Castro se vale dela para "administrar e se manter no poder".

Fontes: bbcbrasil.com em 16 de maio, 2006 e http://www.granma.cubaweb.cu/ (data não recordada)

É importante ressaltar também que Fidel Castro é filho de latifundiários muito ricos e que abnegou dessa riqueza, entregando-a integralmente ao Estado cubano alegando estar em defesa de uma causa maior.

Ninguém até o momento se interessou ou conseguiu encontrar informações que comprovassem as afirmações da Forbes.

Transferência inédita de poder

Em 1º de Agosto de 2006, Fidel Castro delegou em carácter provisório, por razões de saúde,suas funções de comandante supremo das Forças Armadas, secretário-geral do Partido Comunista de Cuba e de presidente do Conselho de Estado( cargo máximo da República Cubana) ao seu irmão Raúl Castro Ruz, Ministro da Defesa,como prevê a Constituição cubana.

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Ver também

Ligações externas

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Referências

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Precedido por
José Miró Cardona
Primeiro-ministro de Cuba
1959 - 1976
Sucedido por
cargo abolido em 1976
Precedido por
Osvaldo Dorticós Torrado
Presidente de Cuba
1976 - 2006
Sucedido por
Raúl Castro

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