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Acólito (do grego antigo ἀκόλουϑος - akóloutos) é um assistente ou seguidor que ajuda o celebrante em um serviço religioso ou procissão. Em muitas denominações cristãs, eles auxiliam os ministros ordenados (Bispo, Padre ou Diácono) nas ações litúrgicas, sobretudo na celebração da Santa Missa.
Os Acólitos Instituídos, em circunstâncias específicas podem ser encarregados de expor e repor a Sagrada Eucaristia para a adoração pública dos fiéis, mas não dar a Bênção do Santíssimo.[1]
O Cerimonial dos Bispos traz um rito próprio para a instituição deste ministério e ressalta que: "pode ser conferido a fiéis leigos, homens, não se considerando reservado unicamente aos candidatos ao sacramento da Ordem" (cf. Carta Apostólica Ministeria Quædam, de 15 de agosto de 1972, do Papa Paulo VI e Cærimoniarum Episcoporum - 1984 - Os Sacramentais: Parte VI, Cap. VI).
No Brasil, o Acólito não instituído, especialmente quando jovem, é chamado de coroinha. Contudo não existe em qualquer documento litúrgico a referência a coroinhas mas sim a distinção entre acólitos instituídos e não instituídos.
O Acólito tem sua origem litúrgica nas antigas Ordens Menores (Subdiácono, Ostiário, Leitor, Exorcista e Acólito). Com o Concílio Vaticano II essas ordens menores foram suprimidas, sendo que duas foram mantidas transformadas em ministérios instituídos, não ordenados: leitor e acólito.
O acólito cuida precisamente do missal e da procissão de entrada (cruz), assim, auxiliando o padre ou bispo.
Origem do termo
A palavra acólito vem do verbo acolitar, que significa acompanhar no caminho. Acólito é aquele que na celebração da liturgia segue (ou precede) outras pessoas, para servir e ajudar. Auxilia primeiramente o padre ou bispo, mas também ao diácono, ministro da palavra, ministro da eucaristia e leitores.
Acólito Instituído versus Acólito não instituído
Os acólitos instituídos são aqueles que o bispo de uma diocese instituiu acólitos, pelo que podem ser chamados a realizar o seu serviço em qualquer paróquia, a convite ou pedido do pároco. São autorizados a realizar algumas funções que os acólitos não instituídos não podem, como por exemplo, distribuir a Sagrada Comunhão, enquanto Ministros Extraordinários da Comunhão, ou purificar os vasos sagrados,[2] por exemplo. Só podem ser instituídos homens, sendo mais comum que apenas os Seminaristas recebam este ministério, uma vez que ele descende das antigas Ordens menores.
Os acólitos não instituídos constituem a maioria. São geralmente homens, podendo ser mulheres segundo determinação do Pároco ou a nível superior do Bispo. Desempenham as funções básicas de serviço à Liturgia que se seguem.
Algumas funções
- Ceroferários: Ceroferario ou Ceriferário é o nome atribuído ao acólito, adulto ou criança responsável por segurar a vela que significa a Luz que é Cristo. Os Ceroferários tem portanto a função de acompanhar a cruz processional nas procissões de entrada e saída das Celebrações com os ceriais (Círios)-nome dado às velas utilizadas neste Serviço-,para além de poderem acompanhar o Diácono ou o Sacerdote na Leitura do Evangelho.
- Cruciferário ou Crucífero: Levar a cruz nas procissões.
- Turiferário: é o nome atribuído ao acólito incumbido de manusear o turíbulo durante missas festivas, solenes ou dominicais. Ele é acompanhado de um coroinha que leva a naveta, o Naveteiro.
- Naveculário ou Naveteiro: É o acólito ou seja o naveculário responsável por segurar a naveta cujo objeto serve como um recipiente dos incensos à serem postos no turíbulo.
Este deve estar presente nas seguintes partes da missa:
- - Procissão de entrada
- - Proclamação ao Evangelho
- - Ofertório
- - Consagração
- - Adoração ao Santíssimo Sacramento
- - Procissão de saída
- Evangeliário: Na ausência de um Diácono, levar o Evangeliário (ou Livro dos Evangelhos) na procissão de entrada e de saída (caso haja). Pode ser também o responsável por cuidar dos livros sagrados: Missal, Evangeliário, Lecionário, etc.
- Cerimoniário - Cerimoniário é o ministro responsável pela organização das celebrações litúrgicas, entre elas a missa, na Igreja Católica este não faz parte da ordem dos acólitos. Para tal pode haver um, dois ou mesmo uma equipe de cerimoniários, não devendo ser contudo em número que atrapalhe a celebração. Não existe nenhuma necessidade de o cerimoniário ser ordenado ou seminarista, podendo a função ser exercida por um acólito instituído ou não(substituindo um cerimoniário), desde que tenha conhecimento litúrgico suficiente.
São funções do cerimoniário organizar as procissões sejam elas de entrada de saída, ou ainda procissões externas à Igreja. Também pôr e depor as insígnias episcopais (báculo e mitra), bem como o solidéu. Também segurar a casula e acompanhar o sacerdote celebrante nas incensações do altar, das oblatas, da cruz, círio pascal e imagens, caso não haja diáconos na celebração. É também dever do cerimoniário organizar coroinhas e acólitos e distribuir tarefas. É ainda função do cerimoniário saber marcar o Missal Romano.
O cerimonial dos bispos recomenda que o cerimoniário vista-se com batina e sobrepeliz, podendo contudo vestir alva e cíngulo em alternativa. Para os cerimoniários que são ministros ordenados, usa-se a veste coral (Batina e Sobrepeliz). Por exemplo, para os cerimoniários que possuam o título de Prelado de Honra de Sua Santidade, batina episcopal violácea, para os demais batina preta e faixa.
O Ofício das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice é responsável pelas celebrações pontifícias, tendo um conjunto de cerimoniários. O Mestre de Celebrações Litúrgicas Pontifícias do papa João Paulo II era Dom Piero Marini, atualmente o cargo é ocupado por Mons. Guido Marini.
- Missal: O acólito que apresenta o missal nas horas oportunas para o celebrante da missa.
Vestes
As vestes dos Acólitos são a alva e o cíngulo. Em especial os acólitos instituídos e os cerimoniários poderão usar batina preta e sobrepeliz.[3] Os Acólitos não instituídos mais jovens, comumente chamados de coroinhas, podem ser vistos usando batina vermelha com sobrepeliz.[carece de fontes]
Acólitos famosos
- São Tarcísio de Roma foi acólito na Igreja antiga, sendo martirizado por defender a Sagrada Eucaristia. É padroeiro dos acólitos, coroinhas e ministros extraordinários da sagrada Eucaristia. Sua festa é celebrada no dia 15 de agosto.
- Francisco Marto de Portugal proclamado como beato no dia 13 de Maio de 2000 pelo então santo Papa João Paulo II, sendo posteriormente proclamado como Patrono dos Acólitos Portugueses (no dia 1 de Maio de 2010, em Fátima) na Peregrinação Nacional de Acólitos. Apesar da sua idade, sempre demonstrou a vivência de um jovem cristão, rezando e consagrando-se ao "Jesus escondido".
Referências
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 23 de março de 2015. Arquivado do original em 2 de abril de 2015
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 24 de março de 2015. Arquivado do original em 2 de abril de 2015
- ↑ cf. Cerimonial dos Bispos
Ligações externas
- http://www.acolitos.liturgia.pt Em falta ou vazio
|título=
(ajuda) - http://www.sda-lisboa.com Em falta ou vazio
|título=
(ajuda) - https://web.archive.org/web/20120123232802/http://www.portal.ecclesia.pt/ecclesiaout/liturgia/liturgia_site/default/default.asp acólito do Santo António/Hermenegildo.ao