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Guaratinguetá


Guaratinguetá
Arquivo:Bandeiraguara.jpg
Bandeira Municipal
Brasão de Armas
Fundação da Cidade: 1630
Aniversário da Cidade: 13 de Junho - Dia de Santo Antônio
População: 104.219¹
Área Territorial: 751km²
Altitude: 530m
Clima: Tropical de Altitude
Coordenadas Geográficas: 45º 13’ 40’’ longitude oeste, 22º 49’ 00’’ latitude sul
Distâncias: São Paulo: 176km; Rio de Janeiro: 237km
Limites: Norte: Campos do Jordão, Piquete, Delfim Moreira;
Sul: Cunha, Lagoinha, Aparecida, Potim;
Leste: Pindamonhangaba;
Oeste: Lorena

Guaratinguetá é um município brasileiro do estado de São Paulo, localizada na região do Vale do Paraíba. Conhecida na região pela tradição da comemoração do Carnaval, com desfile de Escolas de Samba e Blocos Canavalescos. Terra do beatificado Frei Galvão, do Presidente da República Rodrigues Alves e do cardiologista Dr Euryclides de Jesus Zerbini.

O nome da cidade derivou-se das palavras em tupi: gûyra (garça), tinga (branca) e etá (muitos), resultando em Gûyrating'etá (reunião de garças brancas).

História

Desde os primeiros tempos, Guaratinguetá era conhecida pelos índios da região pela abundância de garças, que viviam as margens do Rio Paraíba. Por lá passaram os primeiros homens brancos, no final do Século XVI, em Bandeiras portuguesas atrás de riquezas escondidas além da Serra da Mantiqueira, nas terras que conhecidas hoje como Minas Gerais.

Em 1628 inicia-se o povoamento da região, com a doação das terras a Jacques Felix e seus filhos, sendo elevado a Povoado em 13 de Junho de 1630 com a construção de uma capela de pua-a-pique e coberta de sapê dedicada a Santo Antônio, fato registrado no primeiro Livro-Tombo da Matriz de Santo Antônio.

Em 13 de Fevereiro de 1651, por intervenção do Capitão Domingos Leme, é elevada a Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá, devido à abertura da estrada principal. Por tradição, também é erguido o pelourinho. Durante o Século XVIII torna-se o principal ponto de abastecimento dos exploradores dos veios de ouro de Minas Gerais, vivendo do comércio à beira da estrada. Durante esse período, os viajantes estrangeiros que por lá passaram deixaram valorosos documentos a respeito de Guaratinguetá, tanto em livros quanto em pinturas. As poucas e estreitas ruas são preenchidas pelo povo nos domingos e feriados para os cultos religiosos.

Entra na narrativa religiosa, quando em 1717, nas escuras águas do Rio Paraíba três pescadores encontram a imagem enegrecida de Nossa Senhora da Conceição, recebendo o título de Aparecida e de padroeira do Brasil. Em 1739 nasce Frei Antônio de Sant’Ana Galvão, primeiro brasileiro beatificado pelo Vaticano. Celebra-se, em 1745, a missa no Morro dos Coqueiros, a primeira com a benção da Capela de Nossa Senhora Aparecida. Firma-se a Irmandade de São Benedito junto a Capela de São Gonçalo, em 1757, iniciando a segunda maior Festa em Louvor a um Santo na cidade. Diogo Antônio de Feijó, futuro padre e Regente do Império de Dom Pedro II, estudou em Guaratinguetá com o licenciado Manoel Gonçalves Franco entre os anos de 1795 e 1798.

No Século XIX, Guaratinguetá atinge o apogeu do período cafeeiro, ao mesmo tempo em que sofria com o declínio dos engenhos de açúcar. Durante a “Trilha da Independência”, D. Pedro I pernoita na cidade, em 18 de Agosto de 1822. Impulsionada pelo desenvolvimento econômico, político e social promovido pela evolução cafeeira, a Vila eleva-se a categoria de Cidade em 1844, e de Comarca em 1852. O café vira moeda forte, alterando o cotidiano da cidade. Aumenta-se a mão-de-obra nos campos, ampliam-se as construções na cidade e os filhos dos fazendeiros são levados a estudarem na Corte ou na Europa. O comércio de mercadorias vindas em lombo de burro do porto de Parati expande-se.

Nasce em 7 de Julho de 1848 Francisco de Paula Rodrigues Alves, futuro Conselheiro do Império, Deputado, Presidente da Província de São Paulo e por duas vezes Presidente da República. É inaugurado o jornalO Mosaico”, o primeiro do Vale do Paraíba, em 1858. Em 1868 e em 1884 a Família Imperial esteve em Guaratinguetá. Em 1869 a Irmandade do Senhor dos Passos oferece uma Santa Casa para a cidade. O desenvolvimento vem a cavalo (de ferro) em 1877 com a construção da Estrada de Ferro que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. Com a abolição da escravatura, abre-se espaço para os imigrantes que vêm para substituir a mão-de-obra escrava. O final do Século XIX é marcado pela inauguração do Teatro Carlos Gomes, da Ponte Metálica, do Banco Popular, do Mercado Municipal, da Caixa d’Água, da rede de esgoto urbana e pela instalação do primeiro Grupo Escolar na cidade, no prédio Dr. Flamínio Lessa.

O Século XX é recebido com o esgotamento das terras e o declínio da produção de café. Para encarar a queda abrem-se novos focos econômicos: agropecuária extensiva, industrialização e a volta ao comércio. Há o acolhimento para o ensino com a instalação da Escola de Especialista de Aeronáutica, do campus da UNESP com a Faculdade de Engenharia, da Faculdade de Engenharia (FATEC) e do SENAC. O turismo também é ferramenta para o desenvolvimento, com o aumento da devoção a Frei Galvão, a visitação à Gruta de Nossa Senhora de Lourdes e peregrinação às Igrejas e Mosteiros locais. Atrelado a isso, há também o turismo rural e do meio ambiente, suficientemente enriquecido com a beleza das matas e das áreas rurais, adornados pela Serra do Mar e da Mantiqueira. E dentro do perímetro urbano, ainda há a presença das casas coloniais com sua beleza arquitetônica do século passado.

Feriados Municipais

Hino à Terra das Garças

O Hino do Município é de autoria (letra e música) de José da Silva Lacaz e Geraldo Monteiro dos Santos.

Do albor da nobre pátria, tu vens, Guaratinguetá, reduto de Itapacaré, de Félix e de Leme também, pioneiros do torrão secular. Garças – a singrar tuas águas. Estrelas – a luzir em teu céu, Terra estremecida, o valor dos viris filhos teus sagrará teu brasão imortal.
Canções derramando ao luar o estro ardente dos teus menestréis, lira, que, a horas mortas, tange eterna no meu coração.
Revoar de garças brancas reluz, nas claras manhãs, em bandos, batidas de sol, tecendo, sobre a aldeia nascente, o lema que a eternizará. Torres, elos de paz e fé, ungidas pela Colina Santa; versos, nas tardes de ouro, celebrai, em lampejos e sons, o esplendor de Guaratinguetá, ungidas pela Colina Santa; versos, nas tardes de ouro, celebrai, em lampejos e sons, o esplendor de Guaratinguetá.
Não mais Vale do Paraíba, escrínio verde, jóia igual terá, berço de ousada gente que em silêncio constrói (incessante) teu porvir.
Dobrai refrão da glória, por ti, Guaratinguetá. Presença de Rodrigues Alves, de Frei de Sant´Ana Galvão, pró-homens, o teu norte e fanal. Fastos – a marcar tua História, Cidade – vale em flor sob o azul, Terra estremecida, o valor dos viris filhos teus sagrará teu brasão imortal.
Guará, fonte de todo amor – amor que não fenecerá jamais, solo abençoado, onde um dia virei repousar.

Notas

¹ Homens: 50.895; Mulheres: 53.324; Urbana: 99.162; Rural: 5.057 (Fonte: Censo 2000 - IBGE)

Páginas externas

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