Prudente José de Morais e Barros, político brasileiro, terceiro presidente da república (Itu, 4 de outubro de 1841 - Piracicaba, 3 de dezembro de 1902. Primeiro civil a assumir a presidência da república, Prudente de Morais representava a ascensção da oligarquia cafeicultora - da qual era digno representante - ao poder nacional, após um período em que essa oligarquia mantinha-se dominando apenas o legislativo.
Bacharel em direito, já 1866 ingressa na política como deputado. Prudente de Morais fez sua carreira no Partido Republicano Paulista (PRP), ao qual se filiou em 1870. Em 1890, após um como presidente da junta governativa de São Paulo, é eleito senador. Com a fundação do Partido Republicano Federal (PRF), consegue a indicação para a presidência, e vence as eleições presidenciais de 1894, tomando posse no dia 15 de novembro daquele ano.
Durante seu governo tenta agradar aos florianistas, adversários derrotados nas eleições, mas dos quais dependia o governo para manter a estabilidade da jovem república. Apesar de ceder em alguns pontos, Prudente de Morais imprime uma direção ao governo que claramente atende mais aos cafeicultores. No entanto desagradam a estes últimos certas medidas tomadas pelo presidente no sentido de alavancar a industrialização, concedendo financiamentos para a compra de máquinas e elevando as taxas de importação. Parte dos cafeicultores não lucrava nada com a industrialização, e ainda se via obrigada a pagar preços mais caros pelos produtos que importava da Europa.
No início do seu governo consegue pacificar a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul, mas pouco tempo depois enfrentaria um movimento rebelde ainda maior: a Guerra de Canudos, no sertão baiano.
Se afastou do poder entre 10 de novembro de 1896 e 4 de março de 1897, por estar com a saúde debilitada. Assumiu nesse período o vice-presidente Manuel Vitorino Pereira.
As divergências internas no PRF e a Guerra de Canudos desgastam o governo. Mesmo com a vitória das tropas do governo na guerra, os ânimos não se acalmam. Prudente de Morais sofre um atentado a 5 de novembro de 1897; escapa ileso, mas perde seu Ministro da Guerra.
Terminado o mandato, Prudente de Morais retira-se para Piracicaba, onde exerceria a advocacia por alguns anos. Faleceu devido a uma tuberculose em 1902.