Miguel I de Bragança (26 de Outubro, 1802 - 14 de Novembro, 1866) foi o segundo filho do rei João VI de Portugal e irmão mais novo do imperador Pedro I do Brasil. Miguel foi rei de Portugal durante o período das Guerras Liberais (1828-1834). Ficou para a história como O Rei-Absoluto, O Absolutista ou O Tradicionalista, devido às convicções ultramontanas que defendeu, ou ainda como O Usurpador, posto que roubou o trono que, por direito, era de sua sobrinha (D. Maria da Glória).
Miguel era um homem de ideais conservadores sem medo de lutar por eles. Ainda em vida de João VI encabeçou duas revoltas contra o pai (a Vilafrancada e a Abrilada), que lhe valeram o exílio. Em 1826, depois da abdicação do irmão, ficou noivo da sua sobrinha e rainha Maria II de Portugal, ao mesmo tempo que foi nomeado regente. No entanto, a 23 de Junho de 1828, Miguel autoproclamou-se rei e anulou a constituição emitida por Pedro I do Brasil. As suas ideias absolutistas desencadearam as Guerras Liberais entre o seu partido e o dos constitucionalistas (liberais) de Maria e Pedro.
Miguel procurou obter, sem sucesso, reconhecimento do seu estatuto real. Em 1831, Pedro I do Brasil abdica para o filho Pedro II e regressa a Portugal para liderar em pessoa a resistência contra os miguelistas. Pedro toma o arquipélago dos Açores, de onde lança um ataque a Portugal. Três anos depois, Miguel é forçado a devolver a coroa a Maria II na Convenção de Évoramonte, de onde segue para o exílio.
Miguel viveu o resto da vida na Alemanha, onde casou e constituiu família. A sua mulher foi a Princesa Adelaide de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg, que lhe deu seis filhas e um filho, Miguel, Duque de Bragança. O actual pretendente ao trono português, Duarte Pio é bisneto de Miguel I.
Ver também
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de:Michael I. (Portugal)en:Miguel of Portugal
Precedido por Maria II |
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Sucedido por Maria II |