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Serpins

Portugal Portugal Serpins 
  Freguesia  
Estação de Serpins
Estação de Serpins
Símbolos
Bandeira de Serpins
Bandeira
Brasão de armas de Serpins
Brasão de armas
Gentílico Serpinense
Localização
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Localização de Serpins em Portugal
Coordenadas 40° 09' 24" N 8° 12' 28" O
Região Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Região
Município Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Concelho
Administração
Tipo Junta de freguesia
Presidente João Pereira (PS)
Características geográficas
Área total 36,12 km²
População total (2011) 1 802 hab.
Densidade 49,9 hab./km²
Código postal 3200 Serpins
Outras informações
Orago Nossa Senhora do Socorro
Sítio http://www.junta-serpins.pt/
Cabril do Ceira

Serpins é uma vila e freguesia portuguesa do concelho da Lousã, com 36,12 km² de área[1] e 1 802 habitantes (2011).[2] A sua densidade populacional é de 49,9 hab/km².

Foi vila e sede de concelho entre 1514 e 1836. Era constituído apenas pela freguesia da sede e tinha, em 1801, 1 712 habitantes.

Igreja Matriz

População

População da freguesia de Serpins [3]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 747 1 990 1 868 2 016 2 286 2 041 2 096 2 204 2 213 2 032 1 758 1 784 1 489 1 712 1 802

História

Origens

Situada nas margens do rio Ceira, a cerca de 9 quilómetros da vila da Lousã, a freguesia de Serpins é um dos mais antigos aglomerados populacionais do concelho. Embora no início da nacionalidade a paróquia de Santa Maria de Serpins integrasse o Mosteiro de Lorvão, o povoamento desta freguesia parece ser bastante anterior a essa data, conforme testemunha a Ponte Velha, provavelmente remontando à época luso-romana.

Serpins Medieval

Já em documentos datados de 943, surgem referências a Serpins: uma "villa" rústica [mencionada no] território do Castelo de Arouce, e pertencendo metade dela a Zoleiman Abaiub e a outra metade, muito possivelmente, aos antepassados do conde Gonçalo Monis. O topónimo 'Rua da Vila', situada no lugar do Outeiro, e o seu respetivo conjunto habitacional ainda de feição medieval atestam, nesse sentido, a antiguidade do povoado.

Serpins foi, posteriormente, vila e sede de concelho, extinto com a Reforma liberal de 1836. A 27 de Fevereiro de 1514, teve foral Manuelino, existindo ainda na freguesia o Pelourinho — monumento nacional — que, apesar de reconstruído há algumas décadas, mostra ainda o escudo nacional típico do século XVI, já algo danificado. 2014 foi um ano comemorativo para Serpins, já que se celebraram os 500 anos de foral da localidade.

Serpins Contemporânea

São também conhecidas as lutas do povo de Serpins, travadas em meados do século, para reaver o usufruto dos baldios locais. A determinada altura, a Câmara Municipal da Lousã decidiu apoderar-se dos baldios existentes na freguesia, os quais foram entregues a proprietários, pretendendo-se, assim, a sua reflorestação (com pinheiros). «O povo dos lugares de Serpins reagiu logo desde o início do processo. É que, se desde sempre a utilização dos baldios tinha constituído uma parte indispensável da sua economia camponesa (para lenha, estrume e pastagem do gado), ainda por cima, recentemente, a morte da videira e do castanheiro tinham debilitado profundamente as condições económicas da freguesia de Serpins, (…). A lenha escasseava, o seu preço subia constantemente, (…)» (Monteiro, 1985:194). Um decreto governamental impôs regras para utilização de tais matas, o que revoltou ainda mais o povo local. Entretanto, os conflitos locais agudizavam-se cada vez mais, chegando a ser notícia em toda a imprensa nacional.

O povo desrespeitava as leis impostas, o que levou a Câmara da Lousã a solicitar auxílio ao Exército Português, mais concretamente ao quartel de Coimbra, o Exército compareceu no dia seguinte à chamada. Os militares tentaram num primeiro momento repor a ordem. «A tropa procurou obstar a que o povo permanecesse na serra e roçasse o mato. Não foi possível. O povo ocupando a vanguarda, o elemento feminino opôs-se tenazmente clamando: “Isto é nosso! Isto é nosso!”. Os militares procuravam desfazer os feixes de mato, mas as mulheres redobravam de clamores» (Monteiro, 1985:198).

Um reforço militar foi efectivado, vieram mais tropas de Coimbra, Aveiro e de Leiria, mas o povo continuou a desobedecer, continuaram a ir cortar mato e apanhar lenha. O desfecho desta resistência do povo local foi que as tropas destacadas na Lousã acabaram por retirar por se temer um confronto grave e directo.

Numa carta escrita na altura ao Ministro das Obras Públicas era citado: «É tal a importância que para a freguesia tem a referida Serra, que, privá-la dos seus proventos, traria para muitos dos seus habitantes, que vivem exclusivamente do rendimento das terras, verdadeira miséria, pois seriam forçados a abandoná-las por não as poderem cultivar convenientemente pela falta de adubos» (Monteiro, 1985: 214).

As povoações locais, com a cooperação da Junta da Paróquia, telegrafaram ao Presidente do Conselho de Ministros a expor: «Desta Serra tirou o povo sempre importantes proventos, cuja falta agravará profundamente a já tão difícil situação económica desta freguesia, fazendo mesmo emigrar muitos dos seus habitantes, que serão obrigados a abandonar as suas terras» (Monteiro, 1985:214).

Anos mais tarde os terrenos baldios foram recuperados, estando atualmente sob a tutela da própria Junta de Freguesia de Serpins.

Mas, de toda a cronologia serpinense, o acontecimento que marcou definitivamente a vida da freguesia foi, indubitavelmente, o surgimento do caminho de ferro. O Ramal da Lousã, projectado inicialmente para servir concelhos vizinhos, chegou a Serpins numa segunda fase, o que proporcionou que algumas indústrias se desenvolvessem na freguesia.

Exemplo disso foi a Fábrica de Papel do Boque, que entrou em decadência nos anos 80/90 do século XX e onde funcionou a primeira máquina de produção de papel contínua em Portugal e que a 15 de outubro de 2017 foi parcialmente destruída pelas chamas. Mais recentemente, foi aqui instalada uma reconhecida fábrica de material eléctrico, que emprega, ao todo, cerca de 260 trabalhadores.

Património Natural

Nos dias de hoje, Serpins tem boas condições turísticas e recebe todos os anos centenas de visitantes. A Praia Fluvial de Nossa Senhora da Graça, um Parque de Campismo, o açude e os poços do Boque ou a Garganta do Cabril (correntemente chamada de Cabril do Ceira), onde é possível observar a continuação do traçado perspetivado para o Ramal da Lousã e um túnel ferroviário, são algumas das atrações naturais.

Património Secular

A Igreja Paroquial de Serpins é dedicada a Nossa Senhora do Socorro, padroeira da freguesia, e apresenta um aspecto majestoso graças a uma remodelação ocorrida na segunda metade do século XVIII. Está situada na margem esquerda do rio Ceira, como que isolada da população, que se encontra, na sua grande maioria, na margem direita. A fachada é simples, de terminação triangular, com um janelão superior sobrepujado por um pequeno nicho, e com um portal onde está a figura de Cristo majestoso, sentado num trono. Segundo os dizeres populares, está enterrada debaixo desta igreja uma serpente, que dá nome à vila.

Destaque também para as duas pontes — a Ponte Velha, do século XIV, e a Ponte Nova, do século XVII, como são conhecidas.

A Ponte Velha é formada pelos restos dos pilares da ponte medieval, ainda conservados, e que podem, eventualmente, remontar ao período luso-romano. Os antigos pilares foram aproveitados para a construção de uma das pontes do ramal da Lousã (a ponte do Boque) que, curiosamente, é uma das únicas pontes ferroviárias em curva da Europa, projetada pelo francês Gustave Eiffel.

Por seu turno, a Ponte Nova, a jusante da anterior mas atravessando igualmente o rio Ceira, tem três amplos arcos e 75 metros de comprimento. Foi construída em 1661, conforme uma inscrição ainda legível, havendo também referência a 1674, possivelmente de carácter religioso.

Há ainda três capelas: a de Nossa Senhora da Graça, de Nossa Senhora da Saúde e de S. Pedro.

Evolução daPopulação (1864 / 2011)

Grupos Etários (2001 e 2011) Grupos Etários (2001 e 2011)

Topónimos

Alcaide, Alveite Pequeno, Amiais, Avessada, Barroco, Boavista, Braçal, Breja, Cabril, Casal de São Miguel, Catassilva, Chã, Codessais, Cova do Ouro, Covas, Fonte Fria, Forcado (metade), Golpilhares (metade), Ladroeira, Levegadas, Lomba, Lomba de Alveite, Lomba do Moinho, Maria Mendes, Matas, Moinho Velho, Moinhos, Olho Marinho (metade), Pereiro, Póvoa, Pico, Quatro Águas, Redoiça, Relvas, Ribeira Cimeira, Ribeira do Conde, Ribeira dos Casais, Ribeira Fundeira, Santo Aleixo, Santo Ovídio, Silvares, Soutelo, Terra da Gaga, Valada, Valeiro, Vale Carvalhos, Vale da Ursa, Vale Figueiras.

Serpins:

Almas, Bairro da Estação, Campos, Chã de Campos, Casal de Santo António, Feira dos Bois, Gândara, Outeiro, Passal, Rascoas, Rodas, Serovela, Soutelã, Tapado, Tojal, Velha, Vale de Madeiros, Vale Raiz, Vila, (Vila) Cova do Barro.

Pontos de Interesse

Referências

  1. Instituto Geográfico Português (2013). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2013». Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013. Direção-Geral do Território. Consultado em 28 de novembro de 2013. Arquivado do original (XLS-ZIP) em 9 de dezembro de 2013 
  2. INE (2012). «Quadros de apuramento por freguesia» (XLS-ZIP). Censos 2011 (resultados definitivos). Tabelas anexas à publicação oficial; informação no separador "Q101_CENTRO". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 27 de julho de 2013 
  3. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
Localização no Concelho da Lousã

Ligações externas


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