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Boa Esperança (Espírito Santo)

Boa Esperança
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Boa Esperança
Bandeira
Brasão de armas de Boa Esperança
Brasão de armas
Hino
Gentílico esperansense
Localização
Localização de Boa Esperança no Espírito Santo
Localização de Boa Esperança no Espírito Santo
Boa Esperança está localizado em: Brasil
Boa Esperança
Localização de Boa Esperança no Brasil
Mapa de Boa Esperança
Coordenadas 18° 32' 24" S 40° 17' 45" O
País Brasil
Unidade federativa Espírito Santo
Municípios limítrofes Nova Venécia,Pinheiros, São Mateus
Distância até a capital 285 km
História
Fundação 3 de maio de 1964
Administração
Prefeito(a) Romualdo Milanez (2009 – 2012)
Características geográficas
Área total 428,626 km²
População total (est. IBGE/2009 [1]) 13,119 hab.
Densidade 33,3 hab./km²
Clima Tropical
Altitude 140 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [2]) 0,694 médio
PIB (IBGE/2005 [3]) R$ 112.967 mil
PIB per capita (IBGE/2005 [3]) R$ 7 975,00

Geografia

Boa Esperança é um município brasileiro do estado do Espírito Santo. Localiza-se a uma latitude 18º32'24" sul e a uma longitude 40º17'45" oeste, estando a uma altitude de 140 metros. Sua população estimada em 2004 era de 14 077 habitantes.

História

O município de Boa Esperança nasceu de uma pequena sesmaria de 72 alqueires de terras, adquiridos do Estado, por Antônio dos Santos Neves com a finalidade de explorar a madeira da região, rica em jacarandá e peroba.


De 1919 a 1920 foi instalada a primeira serraria de madeira em Boa Esperança, cujo maquinário foi transportado através do braço do rio São Mateus. Esse maquinário era tocado a vapor.

No ano de 1921, chegou a Boa Esperança, provavelmente no mês de junho, João Antônio do Livramento, vindo da cidade de Palmares, estado do Sergipe, com a esperança de conseguir uma vida melhor. Chegando a Boa Esperança, que na época era coberta por matas, Antônio dos Santos Neves passou para João Antônio a gerência da serraria. Anos depois, a serraria fechou, devido à desvalorização da madeira. Então, João Antônio passou a gerenciar somente o corte de madeiras em toras, que eram puxadas por bois de canga do interior das matas até a margem do rio do Norte. Quando o rio enchia, as madeiras desciam amarradas ou a reboque, seguidas por canoeiros que faziam-na chegar em São Mateus, onde a madeira de segunda era serrada e as madeiras de primeira seguiam de navio rumo à cidade do Rio de Janeiro. Estando instalado na região e com o cargo de gerente, João Antônio volta para Sergipe, trazendo consigo seus irmãos Daniel e Roseno, cunhados e primos. Seus cunhados, por terem deixado seus familiares em Sergipe, não resistem e retornam ao nordeste.

Em 1922, João Antônio amasia-se com Maria de Souza, que veio de Viana para São Mateus com seu irmão José Horácio de Souza, um marinheiro que resolveu vir para Boa Esperança. João e Maria viveram amasiados durante 18 anos, casando-se no estado civil em São Mateus (na época, Boa Esperança era distrito de São Mateus).

No dia 13 de maio de 1923 nasceu Darcy do Livramento, o primogênito do casal e o primeiro filho de Boa Esperança. Depois de Darcy, nasceram Davi do Livramento, no dia 5 de abril de 1924, Delmira do Livramento, Delzira do Livramento em 13 de maio de 1927 e por último, Delfina do Livramento em 29 de fevereiro de 1929.

Darcy e Davi passaram a ajudar seu pai na extração de madeira. Com seu árduo trabalho, João Antônio e seu irmão Roseno compraram seu pedaço de terra que deram o nome de Fazenda Boa Mira. Anos depois, Roseno vende a parte que lhe pertencia para o seu irmão e volta para o Sergipe. João construiu uma casa na fazenda e passou a residir lá com sua esposa e filhos, onde passou a criar bois. Ele construiu também uma casa de farinha, com moinho tocado à água, que fornecia energia elétrica.

No ano de 1939, Antônio dos Santos Neves comprou um caminhão, facilitando o transporte de madeira, que até então era feito somente por bois de canga e pelo rio do Norte, surgindo então as primeiras estradas, pois antes eram somente carreiras no meio da mata.

No ano de 1940, a família passou por um grande sofrimento. Delmira do Livramento, de quatorze anos, e Delzira do Livramento, doze anos, vieram a falecer vítimas do sarampo, já que na época não havia assistência médica. Na tentativa de salvar as meninas, veio de Nova Venécia um farmacêutico chamado Zenor Pedrosa Rocha, o qual receitou uma injeção, que não surtiu efeito, já que a doença já estava muito avançada.

Os padres vinham de Nova Venécia. Nessa ocasião, o padre Zacarias veio para batizar Delmira e Delzira. Quando chegou na casa de João Antônio, num dia de domingo, Delzira já estava morta dentro do caixão no centro da sala. Então, o padre a benzeu com água benta e batizou Delmira, que veio a falecer numa quinta-feira, cinco dias mais tarde.

Após três meses, o padre Zacarias voltou à residência de João Antônio, onde foi realizada a primeira missa de Boa Esperança. Nessa missa, foi celebrado o casamento religioso de João Antônio do Livramento e Maria de Souza do Livramento, além do casamento do pai adotivo de dona Elpídia e sua mãe, Maria Ribeiro, entre outras pessoas. Além dos casamentos, o padre Zacarias realizou o batizado de Darcy, Davi, Delfina e de outras crianças, e fez também a primeira comunhão de Elpídia e dos recém-batizados. Os sacramentos eram celebrados nas casas, devido à falta de uma igreja. João Antônio não se casou antes porque desejava casar-se e batizar os filhos em sua terra natal, a cidade de Palmares, no Sergipe.

No dia 29 de janeiro de 1945, Darcy do Livramento, com 21 anos e Elpídia Gonçalves, com 17 anos, saíram de casa, pois a família dos dois não aprovava sua união e também por Elpídia ser muito maltratada pelo padrasto. Os dois saíram de casa à noite e foram para um local na época perto do córrego da Água Fria, chamado Mutunzinho, onde permaneceram por três meses. A mãe de Elpídia, após quinze dias, foi visitá-la. Depois desses três meses, o casal veio para a vila de Boa Esperança. Darcy trabalhou na construção da estrada rumo à São Mateus até nas proximidades da propriedade de Dilô Barbosa. Então, Darcy e Elpídia moraram num local chamado Prazo, por três meses. Saindo desse local, mudaram para o córrego da Água Fria, passando a residir numa humilde casa rodeada de mata, onde tiveram três filhos: Maria das Dores (a Dorinha), que nasceu em 15 de junho de 1946 e faleceu cinco meses depois e Josepha, nascida em 26 de outubro de 1947.

Nesse mesmo ano, no dia 27 de dezembro, Darcy e Elpídia foram de cavalo para a cidade de São Mateus, onde foi realizada a cerimônia religiosa do seu casamento na igreja São Benedito. No dia 4 de setembro de 1949, nasce o terceiro filho do casal, Gilberto. Completados sete anos que moravam na Água Fria, no ano de 1951 mudaram novamente para a vila de Boa Esperança.

No dia 29 de outubro de 1952 nasceu o quarto filho do casal, Jordano. Depois seguiram-se o nascimento dos outros filhos: Jorzolina, Josefina, Joseth, João Antônio, Darcy, Rosimari, Rosiane e Elismara.

O município de Boa Esperança foi elevado à categoria de Distrito em 1949, através da Lei nº. 65.265, de 22 de outubro de 1949, sendo criado anos depois, pela Lei nº. 1.912, de 28 de dezembro de 1963, que foi publicada no Diário Oficial em 04 de janeiro de 1964. O município foi desmembrado de São Mateus e instalado no dia 03 de maio de 1964.

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  1. «Estimativas da população para 1º de julho de 2009» (PDF). Estimativas de População. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 14 de agosto de 2009. Consultado em 16 de agosto de 2009 
  2. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  3. 3,0 3,1 «Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 19 de dezembro de 2007. Consultado em 11 de outubro de 2008 

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