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São Paulo Futebol Clube

São Paulo Futebol Clube
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Emblema do São Paulo Futebol Clube

Dados do time
Nome completo São Paulo Futebol Clube
Apelidos Tricolor, O Mais Gay, Bambi
Fundado 16 de Dezembro de 1935
Estádio Cícero Pompeu de Toledo
Presidente Marcelo Portugal Gouvêa
Técnico Émerson Leão
Divisão Primeira

São Paulo Futebol Clube

Associação esportiva brasileira. Fundado em 1935, é um dos principais clubes esportivos do país, tendo grande tradição no futebol, boxe, atletismo, vôlei, ginástica artística, saltos ornamentais, entre outros. O time de futebol é um dos mais bem-sucedidos do Brasil, com vários títulos nacionais e internacionais. Segundo pesquisa realizada pelo jornal esportivo Lance!, em 2002, o time possuía a terceira maior torcida do País, atrás somente de Flamengo e Corinthians.


História

Fundação

O Bambi do Morumbi, como conhecemos hoje, nasceu em 1935, mas a paixão de um grupo de paulistanos pelo esporte vem de antes. Mais precisamente do último ano do século XIX, em 1900, quando foi fundado o Clube Atlético Paulistano.

O Paulistano era o "bicho-papão" do início do século. Jogar contra o time de Friedenreich era um orgulho, e o time ia freqüentemente ao interior atendendo a convites. Também foi a primeira equipe a fazer uma excursão à Europa, em 1925. Contudo, o clube não aceitava que seus jogadores se profissionalizassem, e resolveu acabar com o departamento de futebol para não abandonar a Liga amadora à qual pertencia.

Anos 1930

E o que fazer com a paixão dos sócios aficionados por futebol? O mesmo problema tinha acabado com o futebol da Associação Atlética das Palmeiras (clube alvinegro que só tem o mesmo nome dos rivais do tricolor, o Palmeiras). E em 1930, nasceu o São Paulo da Floresta, com jogadores e as cores vermelha e branca vindos do Paulistano (cracaços como Araken, Friedenreich e Waldemar de Brito), e com o branco e o negro cedido pelo A.A. Palmeiras. Da união, também veio o nome: São Paulo da Floresta. O primeiro presidente do São Paulo da Floresta foi eleito pelos sócios: o dr. Edgard de Souza.

No mesmo ano, um vice-campeonato já dava sinais da glória destinada ao clube. E na temporada seguinte, chegaria o primeiro troféu, com Nestor (Joãozinho); Clodô e Barthô; Milton, Bino e Sasse; Luizinho, Siriri (Armandinho), Fried, Araken e Junqueirinha, e Rubens Salles de técnico. E em 1933, o São Paulo da Floresta bateria o Santos por 5 x 1 na primeira partida de futebol profissional do Brasil.

Só que devido a uma pendência financeira pela compra de uma sede na rua Conselheiro Crispiniano - um palacete chamado de Trocadero - o São Paulo da Floresta se complicou com dívidas e viu-se obrigado a procurar uma fusão com o Clube de Regatas Tietê, que determinou que não se usassem cores, uniformes e vários outros símbolos do São Paulo da Floresta. E no dia da extinção oficial do clube - 14 de Maio de 1935 - o amor de alguns sócios pela entidade manteve-a viva criando o nosso São Paulo de hoje. Em 4 de Junho daquele ano, nascia o Clube Atlético São Paulo, que em 16 de Dezembro, passaria a ser o São Paulo Futebol Clube.

Manoel do Carmo Meca foi o primeiro presidente e os outros fundadores do Mais Querido foram: Cid Mattos Viana, Francisco Pereira Carneiro, Eólo Campos, Manoel Arruda Nascimento, Izidoro Narvais Caro, Francisco Ribeiro Carril, Porphírio da Paz, Eduardo Oliveira Pirajá, Frederico A G. Menzen, Francisco Bastos, Sebastião Gouvêa, Dorival Gomes dos Santos, Deocleciano Dantas de Freitas e Carlos A. Azevedo Salles Jr.

Todas as dificuldades não conseguiam acabar com o São Paulo, mas o renascimento de 1935 foi mais difícil. Os grandes craques tinham saído e o primeiro time foi formado com atletas vindos de outras cidades, como King e Segoa. Logo na partida que marcaria a primeira entrada em campo do clube, mais dificuldades. Uma festa oficial (era aniversário da capital) proibia manifestações públicas, mas Porphyrio da Paz - responsável pelo hino do São Paulo - foi à luta e conseguiu uma autorização do secretário Cantídio Campos, para que o time pudesse enfrentar a Portuguesa Santista.

E como o hino de Porphyrio já dizia, "Tu és forte, tu és grande". Para atender a vocação vencedora do time, uma nova fusão trouxe para o Tricolor os jogadores de uma outra dissidência do Paulistano - o Estudante Paulista. E com um time à altura, só não venceu seu primeiro título paulista, em 1938, porque o juiz deu um gol de mão do atacante Carlito, e o Corinthians chegou ao empate e ao título. Mesmo assim, o clube só crescia, não apenas melhorando o futebol, mas também estimulando a prática esportiva em esportes variados. Eram os alicerces de um futuro vencedor.

Anos 1940

A década de 1940 foi particularmente brilhante para o Tricolor. A pouca idade da associação não era suficiente para saciar a fome de glórias. E em 1942, chega do Rio de Janeiro um craque consagrado - Leônidas da Silva, o "Diamante Negro", e um dos maiores jogadores brasileiros de todos os tempos. Já bastava, mas não parou por aí. O Tricolor passou a ser um show de estrelas, com as chegadas de gigantes como Sastre, Bauer, Noronha, Rui, Teixeirinha, Luizinho e Zezé Procópio.

Os adversários tentaram, mas naquela década, já não tinha para mais ninguém. Foram cinco títulos em dez anos, com direito a dois bicampeonatos: 1943 (numa deliciosa conquista que interrompeu a dobradinha Palestra Itália-Corinthians), 1945, 1946, 1948 e 1949. Em 1945, a taça chegou com uma única derrota e no ano seguinte, o Tricolor comemorou o campeonato invicto!

Anos 1980

Nos anos 1980, o São Paulo conquistaria um número impressionante de títulos, como nunca tinha feito, tanto no âmbito estadual quanto nacional. Logo em 1980, um Paulista iniciaria uma longa lista de troféus. Na zaga, talvez a melhor dupla de zaga de um time brasileiro em todos os tempos: Oscar e Darío Pereyra. Com técnica refinada e uma raça apaixonante, os dois atravessaram anos vencendo atacantes adversários. No ano seguinte, o São Paulo repetiria a dose ganhando mais um bicampeonato.

Em 1984, Cilinho prepararia uma safra de craques que faria época no clube. Depois de enfrentar a impaciência de alguns, o inteligente treinador revelaria ao mundo os "Menudos do Morumbi", uma equipe jovem, rápida e inteligente que ganharia o apelido de um grupo musical de adolescentes da época. Nomes? Nada menos que Silas, Muller e Sidney.

No mesmo ano, o Paulista já ficaria no Morumbi, com um time velocíssimo, talentoso e inteligente. O ataque tinha Careca, centroavante mortal que iria à Copa do Mundo de 1986, e o meio-campo tinha Falcão, recém-chegado da Itália, já considerado o "Rei de Roma".

As conquistas não paravam. Os "Menudos" amadureceram, e em 1986, o técnico Pepe lideraria o time para a conquista do segundo Campeonato Brasileiro, em cima do Guarani. Na final, um jogo eletrizante, que foi decidido nos pênaltis, depois que Careca marcou um golaço nos descontos da prorrogação, empatando o jogo. Aquele gol rendeu a Careca também o título de artilheiro do torneio. Mais um ano, mais um título. 1987 seria o "adeus" de Dom Darío Pereyra da zaga Tricolor, e também a última taça levantada pelos "Menudos". A "Década Tricolor" ainda reservava mais um Paulistão, o de 1989.

Anos 1990

Após um período de tantas vitórias, todos apostavam numa fase descendente do São Paulo. E o time deu mesmo essa impressão. Em 1990, o time não engrenou. E para pôr ordem na casa, o time chamou o técnico Telê Santana, que ainda carregava a fama de "perdedor". O casamento entre São Paulo e Telê seria a união de maior sucesso na história do clube.

Telê chegou ao Morumbi em 1990, a tempo de levar o time à final do Brasileiro, vencida pelo Corinthians. Mas não foi nada. No ano seguinte, a vingança seria contra o mesmo Corinthians, só que no Campeonato Paulista. Um verdadeiro azar para os adversários, pois Telê lapidou seu time para arrasar nas finais.

Em 1991, O São Paulo já tinha a cara de Telê. O velho mestre soube como fazer o talento de Raí explodir, e não havia equipe brasileira que pudesse parar aquele time inteligente, leal e que pressionava o adversário durante 90 minutos. Depois de três finais de Brasileiro consecutivas, o São Paulo conquistaria seu terceiro título em cima do Bragantino de Carlos Alberto Parreira. Poucos acreditariam no que estava se armando.

Campeão Brasileiro, o São Paulo de Telê, Zetti e Raí começou a Libertadores como quem não quer nada, mas foi evoluindo durante a competição. No primeiro jogo da final, em Buenos Aires, o Newell's Old Boys venceu por 1 x 0, mas a torcida sabia que nada poderia segurar o time. No jogo de volta, uma cena inédita: horas antes do jogo, o Morumbi já não tinha lugar para mais ninguém, mas a torcida continuava chegando. As vias de acesso ao estádio ficaram entupidas. E empurrado por um estádio apinhado, finalmente o título da Libertadores, nos pênaltis!

O sonho do Mundial Interclubes em Tóquio finalmente chegara. O adversário era o Barcelona de Johann Cruyff - considerado o melhor Barcelona de todos os tempos - com cracaços como Koeman, Stoichkov e Laudrup. O Barcelona sai na frente, mas com dois gols de Raí, o mundo se curvava à obra de arte do time de Telê Santana. O São Paulo era o melhor time do mundo. "Se você tem de ser atropelado, é melhor que seja por uma Ferrari", disse Cruyff, após a partida, sobre a superioridade tricolor. Na volta, o São Paulo fez mais uma vítima, na final do Paulista: o Palmeiras, que amargava uma fila de 16 anos.

Raí ficou no São Paulo somente o suficiente para vencer mais uma Libertadores, contra o Universidad Católica. Deixou o clube para conquistar a França, mas foi substituído com outros craques. Telê remontou o São Paulo sem Raí para manter o título Mundial em Tóquio, pela segunda vez consecutiva. O adversário era o Milan de Fabio Capello (que tinha sido o único clube italiano a se sagrar campeão invicto na história). Numa partida eletrizante, o São Paulo esteve duas vezes em vantagem, com gols de Palhinha e Toninho Cerezo, mas Massaro e Papin pareciam estar decididos a estragar a festa. Quando o juiz já consultava o relógio, Muller fez valer a sua marca de predestinado e marcou um gol que jogou um balde d'água no Milan. São Paulo bicampeão Mundial!

Telê Santana ficou cinco anos no São Paulo. Neste período, venceu todas as competições possíveis de serem vencidas por um clube paulista (exceto a Copa do Brasil): Campeonato Paulista e Brasileiro, Libertadores, Copa Conmebol, Supercopa da Libertadores, Recopa da Libertadores, além do Torneio Ramón de Carranza e Teresa Herrera. Jamais um outro clube brasileiro tinha vencido tanto.

Dados

Endereço: Pça. Roberto Gomes Pedrosa, 1, São Paulo (SP), CEP 05653-000
Telefone: 55 11 3749-8000
Patrocinadores: LG, Habibis
Fornecedor: Topper
Torcidas Organizadas: Independente e Dragões da Real

Uniformes

O uniforme titular tem a camisa branca, com 2 faixas horizontais logo abaixo do peito, sendo uma faixa preta e a outra vermelha. O escudo do time fica localizado no centro das faixas. O calção e as meias são igualmente brancas. O uniforme reserva tem a camisa listrada com as três cores do time, com o escudo do time localizado no lado esquerdo do peito. O calção e as meias são pretas.

Títulos


Títulos Não Oficiais

1955 Pequena Taça do Mundo (VEN)
1960 Torneio de Guadalajara (MEX)
1963 Pequena Taça do Mundo (VEN)
1964 Torneio de Firenze (ITA)
1969 Torneio Colombino de Huelva (ESP)
1976 II Copa São Paulo
1976 Taça Nunes Freire (MA)
1982 Torneio de Verão (EUA)
1989 Torneio de Guadalajara (MEX)
1990 Torneio da Amizade (CHL)
1990 Torneio de León (MEX)
1992 Torneio Tereza Herrera (ESP)
1992 Troféu Ramón de Carranza (ESP)
1992 Troféu Ciudad de Barcelona (ESP)
1993 Torneio Ciudad de Santiago (CHL)
1993 Torneio Santiago de Compostela (ESP)
1993 Troféu Jalisco (MEX)
1993 Taça Los Angeles City (EUA)
1995 I Copa dos Campeões Mundiais
1996 II Copa dos Campeões Mundiais
1996 Copa dos Campeões da Conmebol

Estádio do Morumbi

Arquivo:Est morumbi.jpg
Estádio do Morumbi (vista aérea)

Nos primeiros anos de sua existência, o São Paulo utilizou o estádio da Floresta. Daí ser empregado o nome de São Paulo da Floresta quando se falava do clube que existiu de 1930 até 1934.

Em 1935, o clube ficou sem estádio. Em 1940 passou a usar o Pacaembu.

Em 1944, o São Paulo comprou o Canindé que passou a ser o seu estádio. Mas o Canindé era muito pequeno para a grandeza do time e então surgiram as idéias e projetos para a construção de um estádio monumental.

O sonho de construir um grande estádio começou a se tornar realidade. A idéia inicial era a área onde atualmente encontra-se o Parque do Ibirapuera, na época uma região alagada, mas o então vereador Jânio Quadros impediu que o clube recebesse a área da prefeitura. O local escolhido foi uma área no Jardim Leonor, região do Morumbi, praticamente desabitado, que estava em processo de loteamento imobiliário.

Em Dezembro de 1951, a prefeitura doou uma parte do terreno (90 mil m2) e a outra parte (68 mil m2) foi comprada pelo São Paulo.

Em 1952, o presidente do clube, Cícero Pompeu de Toledo, procurou Laudo Natel, diretor do Bradesco, propondo-lhe que assumisse o clube administrativamente.

No dia 15 de Agosto de 1952, monsenhor Bastos abençoou os terrenos e foi lançada a campanha Pró-Construção do Morumbi. Foi eleita uma comissão constituída pelo presidente Cícero Pompeu de Toledo e pelos seguintes nomes: Piragibe Nogueira (vice-presidente); Luís Cássio dos Santos (secretário); Amador Aguiar (tesoureiro); Altino de Castro Lima, Carlos Alberto Gomes Cardim, Luís Campos Aranha, Manoel Raymundo Paes de Almeida, Osvaldo Artur Bratke, Roberto Gomes Pedrosa, Roberto Barros Lima, Marcos Gasparian, Paulo Machado de Carvalho e Pedro França Filho Pinto.

Esses seriam os homens que fariam virar realidade o sonho de construir o maior estádio particular do mundo. Iniciava-se então, uma nova fase na vida do São Paulo Futebol Clube.

Parte do dinheiro da venda do Canindé (vendido à Portuguesa de Desportos em 1956) foi revertido em material de construção. Toda a receita do clube também foi investida na construção do estádio, ficando o time num segundo plano. As obras para a construção do novo estádio começaram em 1953.

O grande sonho do Tricolor estava sendo construido. O projeto do estádio do Morumbi teve a criação do arquiteto Vilanova Artigas, um dos introdutores do modernismo na arquitetura brasileira.

Alguns números do gigantismo do Morumbi são impressionantes: para o desenvolvimento do projeto foram necessárias 370 pranchas de papel vegetal; cinco meses foram consumidos nas terraplanagens e escavações, com o movimento de 340 mil metros cúbicos de terra; um córrego foi canalizado; o volume de concreto utilizado é equivalente a construção de 83 edifícios de dez andares; os 280 mil sacos de cimento usados, se colocados lado a lado, cobririam a distância de São Paulo ao Rio de Janeiro; 50 mil toneladas de ferro, que daria para circundar a Terra duas vezes e meia.

Num determinado momento, uma troca foi proposta pela prefeitura que ficaria com o Morumbi e o São Paulo, com o Pacaembu. Mas Laudo Natel, apoiado por toda a diretoria, prosseguiu a batalha, após a morte de Cícero Pompeu de Toledo.

Tanto esforço para construir o maior estádio particular do mundo, merecia uma grande festa de inauguração.

A partida que inaugurou o estádio aconteceu no dia 2 de outubro de 1960. O São Paulo venceu o Sporting Lisboa, de Portugal, por 1x0. O árbitro da partida inaugural foi Olten Aires de Abreu. O primeiro gol do Morumbi foi marcado por Peixinho (Arnaldo Poffo Garcia), aos 12 minutos de jogo, diante de 56.448 pessoas que lotavam o estádio ainda inacabado, pois o objetivo era abrigar 120 mil pessoas, com renda de Cr$7.868.400,00, recorde em amistosos na época.

O São Paulo jogou com: Poy; Ademar, Gildésio e Riberto; Fernando Sátiro e Vítor; Peixinho, Jonas (Paulo), Gino, Gonçalo (Cláudio) e Canhoteiro; Téc. Flávio Costa. O Sporting de Lisboa formou com: Aníbal; Lino e Hilário; Mendes, Morato e Júlio; Hugo, Faustino, Figueiredo (Fernando), Diego (Geo) e Seminário; Téc.Alfredo Gonzalez.

A inauguração total do Morumbi ocorreu no dia 25 de Janeiro de 1970. A partida de comemoração foi entre São Paulo e Porto, de Portugal, e terminou empatada em 1x1. Vieira Nunes abriu o placar para a equipe portuguesa, aos 32 minutos de jogo. Miruca empatou para o São Paulo aos 35 minutos do primeiro tempo. O árbitro da partida foi José Favilli Neto. O público era de aproximadamente 100 mil pessoas.

O jogo teve a presença do presidente da República, o general Emílio Garrastazu Médici, e do governador paulista, Abreu Sodré. Era o auge da ditadura militar.

O São Paulo jogou com: Picasso; Édson, Jurandir, Roberto Dias e Tenente; Lourival e Gérson; Miruca (José Roberto), Toninho, Téia (Babá) e Paraná (Claudinho); Téc. Zezé Moreira. O Porto formou com: Vaz; Acácio, Valdemar, Vieira Nunes e Sucena; Pavão e Rolando; Gomes, Chico (Seninho), Pinto (Ronaldo) e Nóbrega.

Após esta inauguração o Morumbi passou a ser chamado de "o maior estádio particular do mundo". O nome oficial é Estádio Cícero Pompeu de Toledo, em homenagem ao ex-jogador, dirigente e presidente do clube.

Ao todo são 102.904 metros quadrados de área construída, sendo que a área reservada aos espectadores é de 62.450 metros quadrados.

O campo do Morumbi mede 108 metros de comprimento por 72 metros de largura. O estádio possui 15 cabines para rádio e TV; 81 pontos de vendas para bebidas e lanches; 105 guichês para venda de ingressos; 51 banheiros; centro médico com 5 ambulâncias de plantão.

É um dos poucos estádios do Brasil que possui um setor exclusivo para deficientes físicos. A área tem 470 metros quadrados, espaço para 92 cadeiras de rodas e 108 lugares destinados a portadores de outros tipos de deficiência. Os acompanhantes dos deficientes físicos também têm um local específico dentro do estádio, ao lado do setor especial.

Desde abril de 1999, o Morumbi possui um novo sistema de iluminação. Os antigos painéis com luminárias concentradas foram substituídos por uma iluminação horizontalizada nos dois lados do estádio. As quatro caixas de concreto foram trocadas por duas estruturas metálicas especiais, com 80 metros de extensão cada uma, acompanhando a curvatura do Morumbi.

Grandes Ídolos

José Poy
Apelido: Poy
Jogos disputados pelo SPFC: 565
Ano de entrada no clube: 01/07/49
Data de saída: 30/04/62
Gols sofridos no SPFC: 723
Data de nascimento: 16/04/26, em Rosário, Argentina
Títulos conquistados no SPFC: Campeão Paulista de 53 e 57
Outros clubes em que atuou: Rosário Central, da Argentina.

Foi um goleiro tão seguro que teve seu nome cotado para a seleção brasileira da Copa de 54, mesmo sendo argentino. A imprensa pressionou, os dirigentes chegaram a consulta-lo sobre a eventual naturalização, mas a idéia acabou não dando certo. Foi técnico do time diversas vezes de 63 a 83, tendo sido campeão paulista em 75, vice-nacional em 71 e 73, vice da Libertadores em 74 e vice paulista em 82.

Valdir Perez Arruda
Apelido: Valdir Perez
Jogos disputados pelo SPFC: 597
Ano de entrada no clube: 28/08/73
Data de saída: 31/07/84
Gols sofridos no SPFC: 514
Data de nascimento: 02/01/51, em Garça, SP.
Títulos conquistados no SPFC: Campeão Paulista de 75, 80 e 81 e Campeão Brasileiro em 77.
Outros clubes em que atuou: Ponte Preta e Corinthians. Integrou a Seleção nas Copas de 74, 78 e 82.

Seu grande concorrente nos anos 70 e início de 80 era Leão, do Palmeiras. Além de jogar bem, este último sabia se promover melhor. Mas Valdir era mais goleiro. Foi titular da Seleção Brasileira na Copa de 1982, integrando a equipe que, mesmo não tendo sido campeã, foi considerada a melhor do mundo, a exemplo do que ocorrera com a Hungria na Copa de 54 e a Holanda na de 74, além do Brasil de 50. Foi ainda um grande defensor de pênaltis.


Armelino Donizetti Quagliatto
Apelido: Zetti
Jogos disputados pelo SPFC: 428
Ano de entrada no clube: 18/05/90
Data de saída: 31/12/96
Gols sofridos no SPFC: 509
Data de nascimento: 10/01/65, em Porto Feliz, SP.
Títulos conquistados no SPFC: Campeão Paulista de 91 e 92, campeão Brasileiro de 91, campeão da Libertadores de 92 e 93, campeão Mundial Interclubes de 92 e 93, campeão da Supercopa e da Recopa Sul-Americana de 94, campeão da Copa dos Clubes Brasileiros Campeões Mundiais de 95 e 96.

Outros clubes em que atuou: Guarani, Toledo, Londrina, Palmeiras, Santos e Fluminense. Integrou a Seleção Brasileira campeã Mundial na Copa de 94. Quando veio do Palmeiras, em 90, era um goleiro comum. Quase ninguém previa que ele iria se consagrar no SPFC, como acabou ocorrendo.


Nílton de Sordi
Apelido: De Sordi
Jogos disputados pelo SPFC: 501
Data de entrada no clube: 01/01/52
Data de Saída: 16/07/65
Gols Marcados no SPFC: nenhum
Nascimento: 14/02/31 em Piracicaba, SP
Títulos conquistados no SPFC: campeão paulista de 53 e 57
Outros clubes que atuou: XV de Piracicaba Integrou o Brasil campeão mundial de 58.

Era um jogador fora-de-série em termos de regularidade. Jogava sempre bem e sua noção de cobertura era inigualável. Apesar da pouca estatura, cabeceava muito bem. Por isso chegou a jogar de zagueiro-central no São Paul9o e também na Seleção Brasileira.

Mauro Ramos de Oliveira
Apelido: Mauro
Jogos disputados pelo SPFC: 444
Data de entrada no clube: 01/02/48
Data de Saída: 11/03/60
Gols Marcados no SPFC: nenhum
Nascimento: 30/08/30, em Poços de Caldas, MG
Títulos conquistados no SPFC: campeão paulista de 48, 49, 53 e 57
Outros clubes que atuou: Esportiva Sanjoanense (antes do SPFC) e Santos, para o qual teve o passe vendido pelo São Paulo.

Foi campeão sulamericano em 49 e mundial em 58 e 62 pela Seleção Brasileira. Foi o zagueiro mais clássico da história do futebol brasileiro. Parecia pedir licença a bola para chuta-la e, sempre que chutava, o fazia com classe, sem sobressaltos e com muita eficiência. Os adversários o apelidaram de Martha Rocha (miss Brasil muito famosa na época) devido a esse estilo que de certo modo fazia contraponto à brutalidade do futebol. Era também um grande cabeceador, além de líder dentro do campo. Foi capitão do SPFC e da Seleção Brasileira.

Hidcraldo Luiz Bellini
Apelido: Bellini
Jogos disputados pelo SPFC: 204
Data de entrada no clube: 10/03/62
Data de Saída: 31/05/68
Gols Marcados no SPFC: 1
Nascimento: 21/06/30, em Itapira, SP
Títulos conquistados no SPFC: nenhum
Outros clubes que atuou: Esportiva Sãojoanense de 49 a 51 e Vasco da Gama de 52 a 61

Consagrou-se como capitão da Seleção Brasileira na copa do Mundo de 58, primeira vencida pelo nosso país. Sua foto levantando a Taça Jules Rimet com as duas mãos sobre a cabeça é uma das marcas do futebol brasileiro. Tinha um estilo raçudo, voluntarioso diferente do estilo clássico de Mauro, a quem veio substituir no São Paulo. Atuou no Tricolor numa época ruim de títulos, visto que o clube se voltava para a construção do Estádio do Morumbi. Mesmo assim tornou-se um jogador importante na história do São Paulo. Foi um dos primeiros jogadores a usar a imagem publicitariamente.


Jurandir de Freitas
Apelido: Jurandir
Jogos disputados pelo SPFC: 395
Data de entrada no clube: 15/02/62
Data de Saída: 31/07/72
Gols Marcados no SPFC: nenhum
Nascimento: 12/11/40, em Marília, SP
Títulos conquistados no SPFC: campeão paulista em 70 e 71
Outros clubes que atuou: Corinthians e São Bento, ambos de Marília (antes do SPFC) e Comercial de Campo Grande, após receber passe livre do São Paulo.

Foi campeão mundial em 62 pela seleção Brasileira. Era um jogador grande e ágil. Tinha uma elasticidade parecida com a dos grandalhões do basquete norte-americano. Marcou época no SPFC tanto como quarto-zagueiro (formando dupla com Bellini) e como zagueiro-central (ao lado de Roberto Dias). Em Seleção Brasileira atuou nessas duas posições. Gostava de dar entrevistas provocando adversários, o que o fazia bastante procurado pelos repórteres. Orgulhava-se por jamais ter faltado ou chegado atrasado a um treino.

Roberto Dias Branco
Apelido: Roberto Dias
Jogos disputados pelo SPFC: 450
Ano de entrada no clube: 01/06/61
Data de saída: 26/09/73
Gols marcados no SPFC: 69
Data de nascimento: 07/01/43, em São Paulo, SP.
Títulos conquistados no SPFC: Campeão Paulista de 70 e 71. Neste ano sofreu um infarto. E só voltou a jogar no final de 72.
Outros clubes em que atuou: Jalisco, do México, após receber passe livre.

Jogou na Seleção Olímpica em 1960, em Roma, formando o meio de campo com Gérson. Integrou diversas vezes a Seleção Brasileira. Foi o grande craque do São Paulo dos anos 60, década em que o time não conquistou nenhum campeonato paulista porque concentrava seus esforços na construção do Morumbi. Mas os torcedores iam a campo só para vê-lo, tamanha a intimidade que tinha com a bola. Colocava-a onde queria nas faltas perto da área. Dava chapéus inclusive em Pelé. Teve um infarto aos 28 anos, o que atrapalhou muito sua carreira.

José Oscar Bernardi
Apelido: Oscar
Jogos disputados pelo SPFC: 292
Data de entrada no clube: 02/07/80
Data de Saída: 11/09/87
Gols Marcados no SPFC: 14
Nascimento: 20/06/54, em Monte Sião, MG
Títulos conquistados no SPFC: campeão paulista em 80, 81, 85 e 87 e campeão brasileiro em 86
Outros clubes que atuou: Ponte Preta, Cosmos de Nova York (antes do SPFC) e Nissan do Japão, após receber passe livre do São Paulo.

Era um bécão, desses que tanto podiam desfazer ataque adversário com uma jogada clássica ou com um chutão para qualquer lugar ("para o mato", como se dizia na gíria do futebol). Formou com Dario Pereyra uma dupla "intransponível", que ajudou a garantir ao São Paulo quatro campeonatos paulistas e um brasileiro em sete anos. Foi capitão do SPFC e da Seleção Brasileira. Fazia a torcida vibrar quando avançava para tentar gols de cabeça.

Alfonso Dario Pereyra Bueno
Apelido: Dario Pereyra
Jogos disputados pelo SPFC: 402
Ano de entrada no clube: 07/12/77
Data de saída: 20/10/88
Gols marcados no SPFC: 39
Data de nascimento: 20/10/56, em Montevidéu, Uruguai.
Títulos conquistados no SPFC: Campeão Paulista de 80, 81, 85 e 87 e Campeão Brasileiro de 77 e 86.
Outros clubes em que atuou: Nacional de Montevidéu (antes do SPFC) e, após receber passe livre, Palmeiras e Osaka do Japão.

Era craque na bola e na raça, característica comum no jogador uruguaio. Chegou como volante e demorou a se firmar, o que acabou ocorrendo perto de um ano depois, quando foi deslocado para a quarta-zaga. Após ter ganho confiança, voltou a atuar algumas vezes como volante e o fez com maestria. Suas arrancadas em direção ao ataque eram de tirar a respiração dos torcedores. Tinha uma velocidade incrível e um chute muito forte. Além de grande defensor e armador, fez muitos gols pelo SPFC.

Ver também

Referências externas

en:São Paulo Futebol Clube de:São Paulo FC

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