Arquivo:Canhoteiro.jpg | ||
Informações pessoais | ||
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Nome completo | José Ribamar de Oliveira | |
Data de nasc. | 24 de setembro de 1932[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] | |
Local de nasc. | Coroatá (MA), Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Falecido em | 16 de agosto de 1974 (41 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] | |
Local da morte | São Paulo, SP, Brasil | |
Altura | 1,68 m | |
Apelido | Canhoteiro | |
Informações profissionais | ||
Posição | ponta-esquerda | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1949–1954 1954–1963 |
América-CE São Paulo |
200 (79) 415 (103) |
Seleção nacional | ||
1956–1959 | Brasil | 15 (6) |
José Ribamar de Oliveira, mais conhecido como Canhoteiro (Coroatá, 24 de setembro de 1932 — São Paulo,16 de agosto de 1974), foi um futebolista brasileiro.
Pelé costuma dizer que o tinha como um de seus dois maiores ídolos, ao lado de Zizinho.[1]
Canhoteiro media 1,68 metro e era um ponta esquerda extremamente habilidoso. Era veloz, e seu drible costumava entortar os adversários. Talvez seu único ponto fraco em campo fosse a marcação. É um dos maiores ídolos do São Paulo de todos os tempos e foi também um dos primeiros jogadores de futebol a ter fã-clube organizado.
Carreira
O maranhense Canhoteiro iniciou sua carreira profissional atuando pelo América de Fortaleza em 1949, chegando pouco depois à seleção cearense.[2] Foi para o São Paulo em abril de 1954, onde se projetou para o futebol, comprado por cem mil cruzeiros. Sua estréia foi contra o Corinthians, time do zagueiro Idário, que foi talvez quem mais sofreu com seus dribles.[2] Canhoteiro chegou para substituir Teixeirinha e foi campeão do Torneio Jarrito, no México em 1955, da Pequena Taça do Mundo, na Venezuela, e Paulista, em 1957, ao lado de Zizinho. Esteve três vezes na seleção brasileira: no Sul-Americano Extra de Lima, na Taça Oswaldo Cruz e na excursão preparatória para a Copa do Mundo de 1958.
Ele disputou 415 partidas pelo Tricolor paulista e marcou 103 gols. Tomou parte no jogo de inauguração do Morumbi em 1960, contra o Sporting de Lisboa. Sofreu uma séria contusão em um lance casual com o jogador Homero, do Corinthians. Após a contusão seu futebol não era mais o mesmo. Foi vendido ao futebol mexicano em 1963 para jogar no Nacional e no Toluca. Ficou lá por três anos e voltou para o Brasil, já fora de suas melhores condições físicas,[2] para encerrar a carreira no Nacional, de São Paulo, e no Saad, de São Caetano do Sul. Depois de aposentado do futebol, foi funcionário do Banespa onde servia cafezinho, sempre sorrindo.[3]
Seleção brasileira
Pela seleção brasileira Canhoteiro participou de dezesseis partidas, marcando apenas um gol, justamente na sua estréia contra o Paraguai no Pacaembu, em 17 de novembro de 1955. Supostamente devido ao seu estilo de vida boêmio também por um medo estrondoso de avião, não foi convocado para a Copa do Mundo de 1958 as vésperas do embarque para a Suécia. Para o seu lugar foi chamado Zagallo. Canhoteiro até então era titular absoluto da seleção que disputaria a Copa. Depois disso, ele nunca mais foi convocado para defender a seleção brasileira.
Canhoteiro foi cortado (e não convocado) às vésperas do embarque para a Suécia, perdendo a posição para seus até então reservas Pepe e Zagalo, que haviam sido convocados juntamente com ele. Canhoteiro foi convocado e jogou outras vezes, como contra a Inglaterra, em 13 de maio de 1959, quando o Brasil venceu por 2 a 0, com gols de Julinho Botelho e Henrique Frade. Garrincha não pôde jogar e em seu lugar entrou Julinho (Júlio Botelho), que recebeu uma das mais ruidosas vaias da história do Maracanã, que minutos depois se curvava a Julinho, aplaudindo-o por sua magnífica exibição, aberta por dribles e fintas desconcertantes em ingleses, por um gol, aos sete minutos e, depois de entortar seus marcadores, aos 12 minutos dar o passe para Henrique fazer o segundo. O Brasil jogou com Gilmar, Djalma Santos, Belini, Orlando e Nilton Santos; Dino Sani e Didi; Julinho, Henrique, Pelé e Canhoteiro. Técnico Vicente Feola.
Homenagens
- A canção "Futebol", de Chico Buarque, homenageia Canhoteiro e diversos outros futebolistas.
- Em 2003, o cantor Zeca Baleiro também homenageou o jogador, através de uma música, intitulada "Canhoteiro". "Descobri que o jogador Canhoteiro era meu xará, José Ribamar e, além disso, um símbolo, pois era maranhense, revelado no Ceará e que foi para São Paulo fazer carreira. É uma homenagem ao futebol malandro, de várzea, que está em extinção", explica o autor. A música está presente no álbum Raimundo Fagner & Zeca Baleiro.[4]
- O complexo esportivo que abriga o Estádio do Castelão, Ginásio Castelinho, entre outras praças de esportes de São Luís, tem o nome do jogador.[5]
- Seus lances receberam homenagem no Esporte Fantástico da TV Record.[6]
Títulos
- São Paulo
- Campeonato Paulista: 1957
- Taça dos Campeões Estaduais de São Paulo e do Rio de Janeiro: 1958
- Pequena Taça do Mundo: 1955
Referências
- ↑ Pompeu, op. cit., p. 135.
- ↑ 2,0 2,1 2,2 "Adeus, Canhoteiro", Placar número 231, 23/8/1974, Editora Abril, pág. 30
- ↑ Canhoteiro - O Homem que driblou a glória, de Renato Pompeu. 168 páginas. Editora Ediouro.
- ↑ cliquemusic.uol.com.br/ Fagner & Zeca Baleiro: parceria em clima boêmio
- ↑ http://www.esporte.gov.br/index.php/fique-por-dentro/67-lista-fique-por-dentro/49812-complexo-esportivo-no-maranhao-recebe-equipamentos-de-basquete-e-tera-parque-aquatico-reformado
- ↑ «Relembre o talento de Canhoteiro, que fez sucesso nas décadas de 1950 e 1960 - Esportes - R7 Esporte Fantástico». esportes.r7.com. Consultado em 12 de abril de 2017
Bibliografia
- POMPEU, Renato. Canhoteiro. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 2003. ISBN 85-00-01422-9
Predefinição:Seleção Brasileira de Futebol de 1956Predefinição:Seleção Brasileira de Futebol de 1957