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Jânio Quadros: mudanças entre as edições

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Formado em direito pela [[Universidade de São Paulo]], antes de se tornar político Jânio Quadros deu aulas de [[Português]] no ''Colégio Dante Alighieri''; era tido como excelente professor. Ademais, Jânio Quadros lecionou Direito Processual Penal na Faculdade de Direito da  
Formado em direito pela [[Universidade de São Paulo]], antes de se tornar político Jânio Quadros deu aulas de [[Português]] no ''Colégio Dante Alighieri''; era tido como excelente professor. Ademais, Jânio Quadros lecionou Direito Processual Penal na Faculdade de Direito da  
== Universidade Mackenzie ==.
[Universidade Mackenzie].


Entre [[1948]] e [[1950]] foi vereador em São Paulo, pelo Partido Democrata Cristão. Na sequência exerceu mandatos de deputado estadual ([[1951]]-[[1953|3]]), prefeito de São Paulo (1953-[[1954|4]]), e governador de São Paulo ([[1955]]-[[1959|9]]). No final de [[1958]] havia sido eleito deputado federal pelo estado do [[Paraná]], mas não assumiu o mandato. Ao invés, preparou sua candidatura à presidência pela [[União Democrática Nacional]] (UDN). Utilizou como mote da campanha o "varre, varre vassourinha, varre a corrupção", e também se dizia "homem do tostão contra o milhão". Acabou sendo eleito presidente em outubro de [[1960]], para o mandato de [[1961]] a [[1966]], vencendo ao marechal [[Henrique Lott]]. Porém não conseguiu eleger o candidato a vice-presidente de sua chapa, Milton Campos (naquela época era permitido votar em chapas diferentes para presidente e vice); quem se elegeu para vice-presidente foi [[João Goulart]], do [[Partido Trabalhista Brasileiro]].
Entre [[1948]] e [[1950]] foi vereador em São Paulo, pelo Partido Democrata Cristão. Na sequência exerceu mandatos de deputado estadual ([[1951]]-[[1953|3]]), prefeito de São Paulo (1953-[[1954|4]]), e governador de São Paulo ([[1955]]-[[1959|9]]). No final de [[1958]] havia sido eleito deputado federal pelo estado do [[Paraná]], mas não assumiu o mandato. Ao invés, preparou sua candidatura à presidência pela [[União Democrática Nacional]] (UDN). Utilizou como mote da campanha o "varre, varre vassourinha, varre a corrupção", e também se dizia "homem do tostão contra o milhão". Acabou sendo eleito presidente em outubro de [[1960]], para o mandato de [[1961]] a [[1966]], vencendo ao marechal [[Henrique Lott]]. Porém não conseguiu eleger o candidato a vice-presidente de sua chapa, Milton Campos (naquela época era permitido votar em chapas diferentes para presidente e vice); quem se elegeu para vice-presidente foi [[João Goulart]], do [[Partido Trabalhista Brasileiro]].

Edição das 18h26min de 6 de dezembro de 2004

Jânio da Silva Quadros, político brasileiro (Campo Grande, 25 de Janeiro de 1917São Paulo, 16 de Fevereiro de 1992). Décimo sétimo presidente brasileiro, governando entre 31 de janeiro de 1961 e 25 de agosto de 1961 — data em que pediu a renúncia, alegando que "forças terríveis" o obrigavam a esse ato.

Formado em direito pela Universidade de São Paulo, antes de se tornar político Jânio Quadros deu aulas de Português no Colégio Dante Alighieri; era tido como excelente professor. Ademais, Jânio Quadros lecionou Direito Processual Penal na Faculdade de Direito da [Universidade Mackenzie].

Entre 1948 e 1950 foi vereador em São Paulo, pelo Partido Democrata Cristão. Na sequência exerceu mandatos de deputado estadual (1951-3), prefeito de São Paulo (1953-4), e governador de São Paulo (1955-9). No final de 1958 havia sido eleito deputado federal pelo estado do Paraná, mas não assumiu o mandato. Ao invés, preparou sua candidatura à presidência pela União Democrática Nacional (UDN). Utilizou como mote da campanha o "varre, varre vassourinha, varre a corrupção", e também se dizia "homem do tostão contra o milhão". Acabou sendo eleito presidente em outubro de 1960, para o mandato de 1961 a 1966, vencendo ao marechal Henrique Lott. Porém não conseguiu eleger o candidato a vice-presidente de sua chapa, Milton Campos (naquela época era permitido votar em chapas diferentes para presidente e vice); quem se elegeu para vice-presidente foi João Goulart, do Partido Trabalhista Brasileiro.

Assumiu a presidência (pela primeira vez a posse se realizava em Brasília) no dia 31 de Janeiro de 1961, e logo começou a ter atitudes estranhas. Comunicava-se com ministros e acessores por meio de bilhetes. Entre suas medidas mais estranhas podem ser citadas a proibição do biquíni nos concursos de miss, a proibição das brigas de galo e a tentativa de regulamentar o carteado. Tentando aproximar-se do bloco comunista, Jânio condecorou com a Ordem do Cruzeiro do Sul a Ernesto Che Guevara, o guerrilheiro argentino que tomara parte na revolução cubana e era então ministro daquele país. Claro que essa independência política era mal vista por Washington e pela direita, que tanto apoiara Jânio Quadros na eleição.

Por outro lado as medidas internas de caráter conservador desagradavam à esquerda, bem como a repressão aos movimentos populares no campo e na cidade. Sua política de austeridade, baseada principalmente no congelamento de salários, restrição ao crédito e combate à especulação, desagradava a todos. Jânio ficou assim sem qualquer sustenção.

Carlos Lacerda, governador do estado da Guanabara, mais uma vez se colocava como porta-voz da campanha contra o presidente (como havia feito com relação a Getúlio Vargas). Em um discurso no dia 24 de Agosto de 1961 Lacerda denunciou um suposto plano de Jânio para dar um golpe. No dia 25 de Agosto, curiosamente 7 anos após o suicídio de Vargas, Jânio Quadros anunciou sua renúncia, prontamente aceita pelo Congresso Nacional. Há especulações de que ele esperava que o Congresso não aceitasse sua renúncia (ainda pelo fato de ser o vice-presidente João Goulart de esquerda e estar, naquele momento, em viagem à China) e lhe desse poderes especiais para governar o país, o que constituiria um "auto-golpe".

Jânio Quadros alegou em sua renúncia a pressão de "forças terríveis" que o obrigavam a renunciar, forças que nunca chegou a identificar. Com sua renúncia abriu-se uma crise, pois os ministros militares vetavam o nome de Goulart. Assumiu provisoriamente Ranieri Mazzili, enquanto acontecia a campanha pela legalidade; nesta campanha destacou-se Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul e genro de Goulart. Com a adoção do regime parlamentarista, e consequente redução dos poderes presidenciais, finalmente os militares aceitaram que Goulart assumisse.

No ano seguinte à renúncia Jânio tentou se eleger governador de São Paulo, mas acabou perdendo para Adhemar de Barros. Foi um dos três ex-presidentes a ter direitos políticos cassados com o golpe militar de 1964 — os outros dois eram João Goulart e Juscelino Kubitschek.

Recuperou os direitos políticos com a anistia em 1980, candidatando-se já em 1982 ao governo de São Paulo. Perdeu, mas em 1985 elegeu-se prefeito de São Paulo, derrotando o então novato em política e favorito, Fernando Henrique Cardoso. Seu mandato foi até 1988.

Afastou-se da política a seguir, e faleceu em São Paulo no dia 16 de Fevereiro de 1992.

Publicou as obras Curso prático da língua portuguesa e sua literatura (1966), História do povo brasileiro (1967) Quinze contos (1983, em co-autoria com Afonso Arinos).

Trechos da renúncia de Jânio Quadros à presidência

"Fui vencido pela reação e assim deixo o governo... Baldaram-se os meus esforços por conduzir esta Nação pelo caminho da verdadeira libertação política e econômica... Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando nesse sonho a corrupção, a mentira e a covardia que subordinam os interesses gerais aos apetites e às ambições de grupos e indivíduos, inclusive do exterior. Sinto-me, porém, esmagado. Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou inflamam, até com a desculpa da colabaração."

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Referências

  • SKIDMORE, Thomas. Brasil: de Getúlio Vargas a Castelo Branco. Rio de Janeiro : Paz e Terra, 1992.

de:Jânio Quadros en:Jânio Quadros

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