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Ao contrário do que se diz, não foi D. Nuno Álvares Pereira quem deu nome a Sousel, pois um século antes, no Foral Medieval de Estremoz (1258), D. Afonso III faz referência aos Reguengos de Sousel. | |||
A vila e seu termo foi comenda da Ordem de Avis e consta que os primeiros povoadores de Sousel, por volta do séc. XIII, foram fidalgos em virtude de doações reais de grandes extensões de terrenos. A simples ocupação do território vago após a Reconquista Cristã, foi razão suficiente para muitas doações reais a nobres e fidalgos e, principalmente, a ordens religiosas e/ou militares. | |||
D. Nuno Álvares Pereira entra na história de Sousel durante a crise dinástica de 1383-85. Como comandante do exército nacional, a vitória na Batalha dos Atoleiros, marca o início do seu sucesso militar. O Mestre de Avis sobre ao trono como D. João I e os bens da Ordem da Avis são integrados na Coroa. D. João I agracia D. Nuno com diversos privilégios e doações, entre as quais Sousel (1408). | |||
A Casa de Bragança passa a ser donatária de Sousel, em 1422, através de uma importante doação feita por D. Nuno. Esses bens viriam ampliar o já imenso património da Casa de Bragança, nessa altura, propriedade de D. Fernando, 2.º Duque de Bragança, neto de D. Nuno Álvares Pereira. A Casa de Bragança tornou-se assim na Casa mais rica de Portugal, com dezoito alcaidarias, entre as quais, Sousel. | |||
Com a Reforma dos Forais, sabe-se que Sousel teve Carta de Foral, publicada em 13 de Fevereiro de 1515. Na primeira metade do século XVIII, o município era governado por um juiz de fora, três vereadores, um escrivão de câmara, um procurador do Concelho, um juiz dos órfãos com o seu escrivão e dois tabeliães do judicial e notas. O termo de Sousel era abundante em pão, azeite, frutas, caça e gados. Tinha algum vinho e muitos montados e colmeias. Integrava a paróquia dedicada a São João Baptista que tinha como ermidas anexas: São Pedro, São Lourenço, São Miguel e São Bartolomeu da Serra. | |||
Em 1842, o Concelho de Sousel era constituído pelas freguesias de Sousel, São João da Ribeira, Cano e Casa Branca e tinha, na totalidade, 1051 fogos. O Concelho de Sousel foi extinto duas vezes: primeiro, com a Grande Reforma Administrativa Municipal de 1855, e, depois, através da Reforma Administrativa de 26 de Setembro de 1895. | |||
O Município foi definitivamente restaurado a 13 de Janeiro de 1898, englobando as freguesias de Cano, Casa Branca e Sousel. | |||
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Edição das 14h23min de 31 de maio de 2013
Sousel | |
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Gentílico | Souselense |
Área | 278,94 km² |
População | 5 074 hab. (2011) |
Densidade populacional | 18,2 hab./km² |
N.º de freguesias | 4 |
Presidente da câmara municipal |
Armando Jorge Mendonça Varela (PSD) |
Fundação do município (ou foral) |
1527 |
Região (NUTS II) | Alentejo |
Sub-região (NUTS III) | Alentejo Central |
Distrito | Portalegre |
Província | Alto Alentejo |
Orago | Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora D'Orada |
Feriado municipal | Segunda-feira após o Domingo de Páscoa |
Sítio oficial | www.cm-sousel.pt |
Município de Portugal |
Sousel é uma vila portuguesa situada no Distrito de Portalegre, região Alentejo e sub-região do Alentejo Central, com cerca de 1 900 habitantes.
É sede de um município com 278,94 km² de área e 5 074 habitantes (2011), subdividido em 4 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Avis e Fronteira, a leste e sul por Estremoz, a sudoeste por Arraiolos e a oeste por Mora. Predefinição:População-variação
As freguesias de Sousel são as seguintes:
Ao contrário do que se diz, não foi D. Nuno Álvares Pereira quem deu nome a Sousel, pois um século antes, no Foral Medieval de Estremoz (1258), D. Afonso III faz referência aos Reguengos de Sousel. A vila e seu termo foi comenda da Ordem de Avis e consta que os primeiros povoadores de Sousel, por volta do séc. XIII, foram fidalgos em virtude de doações reais de grandes extensões de terrenos. A simples ocupação do território vago após a Reconquista Cristã, foi razão suficiente para muitas doações reais a nobres e fidalgos e, principalmente, a ordens religiosas e/ou militares.
D. Nuno Álvares Pereira entra na história de Sousel durante a crise dinástica de 1383-85. Como comandante do exército nacional, a vitória na Batalha dos Atoleiros, marca o início do seu sucesso militar. O Mestre de Avis sobre ao trono como D. João I e os bens da Ordem da Avis são integrados na Coroa. D. João I agracia D. Nuno com diversos privilégios e doações, entre as quais Sousel (1408).
A Casa de Bragança passa a ser donatária de Sousel, em 1422, através de uma importante doação feita por D. Nuno. Esses bens viriam ampliar o já imenso património da Casa de Bragança, nessa altura, propriedade de D. Fernando, 2.º Duque de Bragança, neto de D. Nuno Álvares Pereira. A Casa de Bragança tornou-se assim na Casa mais rica de Portugal, com dezoito alcaidarias, entre as quais, Sousel. Com a Reforma dos Forais, sabe-se que Sousel teve Carta de Foral, publicada em 13 de Fevereiro de 1515. Na primeira metade do século XVIII, o município era governado por um juiz de fora, três vereadores, um escrivão de câmara, um procurador do Concelho, um juiz dos órfãos com o seu escrivão e dois tabeliães do judicial e notas. O termo de Sousel era abundante em pão, azeite, frutas, caça e gados. Tinha algum vinho e muitos montados e colmeias. Integrava a paróquia dedicada a São João Baptista que tinha como ermidas anexas: São Pedro, São Lourenço, São Miguel e São Bartolomeu da Serra.
Em 1842, o Concelho de Sousel era constituído pelas freguesias de Sousel, São João da Ribeira, Cano e Casa Branca e tinha, na totalidade, 1051 fogos. O Concelho de Sousel foi extinto duas vezes: primeiro, com a Grande Reforma Administrativa Municipal de 1855, e, depois, através da Reforma Administrativa de 26 de Setembro de 1895. O Município foi definitivamente restaurado a 13 de Janeiro de 1898, englobando as freguesias de Cano, Casa Branca e Sousel.