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José de Alencar: mudanças entre as edições

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=Características=


== Quanto ao espaço geográfico ==
* o sertão do Nordeste - [[O Sertanejo]]
* o litoral cearense - [[Iracema]]
* o pampa gaúcho - [[O Gaúcho]]
* a zona rural - [[Til]](interior paulista), [[O Tronco do Ipê]] (zona da mata fluminense)
*a cidade, a sociedade burguesa do [[Segundo Reinado]] - [[Diva]], [[Lucíola]], [[Senhora]] e os demais romances urbanos.
== Quanto à evolução histórica ==
* o período pré-cabralino - [[Ubirajara]].
*a fase de formação da nacionalidade - [[Iracema]] e [[O Guarani]].
* a ocupação do território, a colônização e o sentimento nativista - [[As Minas de Prata]] (o bandairantismo) e [[A Guerra dos Mascates]](rebelião colônial).
* o presente, a vida urbana de seu tempo, a burguesia fluminense do século XIX - os romances urbanos [[Diva]], [[Lucíola]], [[Senhora]] e outros.


=Obras=
=Obras=

Edição das 13h59min de 29 de março de 2007

Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja José de Alencar (desambiguação).

Predefinição:Info biografia

José Martiniano de Alencar (Messejana, 1 de maio de 1829Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1877) foi um jornalista, político, orador, romancista, crítico, cronista, polemista e teatrólogo brasileiro. Filho de um influente senador, José de Alencar formou-se em Direito, iniciando-se na atividade literária através dos jornais Correio Mercantil e Diário do Rio de Janeiro. Foi casado com Ana Cochrane. Era irmão do diplomata Leonel Martiniano de Alencar, barão de Alencar.

Vida

José de Alencar.

Nascido em Messejana, bairro da capital cearense, a família transfere-se para a capital do Império e José de Alencar, então com onze anos, foi matriculado no Colégio de Instrução Elementar. Em 1844, matriculou-se nos cursos preparatórios à Faculdade de Direito de São Paulo, começando o curso em 1846. Fundou, nessa época, a revista Ensaios Literários, onde publicou o artigo Questões de estilo. Formou-se em Direito, em 1850, e, em 1854, estreou como folhetinista no Correio Mercantil. Em 1856, sob o pseudônimo de Ig, criticou o poema A Confederação dos Tamoios, de Gonçalves de Magalhães. Ainda no mesmo ano, publicou sob a forma de folhetim seu primeiro romance, Cinco Minutos, no ano seguinte publica, no mesmo formato, A Viuvinha. Mas é com O Guarani (1857) que alcançará notoriedade. Nesse romance José de Alencar criou uma mitologia nacional compatível com os romances europeus do período, que traziam freqüentemente temas relacionados à cavalaria e aos tempos medievais: uma vez que o Brasil não possuía cavaleiros nem feudos, Alencar soube adaptar magistralmente o tema, sugerindo uma evocação ao passado indígena (imaginado) com igual brilho e diversidade. O herói Peri, no entanto, possui características bastante inesperadas para um índio, como a obediência quase irrestrita ao homem branco e o comportamento cavalheiresco.

José de Alencar foi mais longe nos romances que completam a trilogia indigenista: Iracema (1865) e Ubirajara (1874). O primeiro é uma epopéia sobre a origem do Ceará, tendo como personagem principal a índia Iracema, a "virgem dos lábios de mel" e "cabelos tão escuros como a asa da graúna". O segundo livro tem por personagem Ubirajara, valente guerreiro indígena que durante a história cresce em direção à maturidade.

Em 1859, tornou-se Chefe da Secretaria do Ministério da Justiça, sendo depois consultor do mesmo. Em 1860 José de Alencar havia ingressado na política, como deputado. Em 1868, tornou-se Ministro da Justiça e, em 1869, candidatou-se ao Senado. Em 1877 viria a ocupar um ministério no governo do Imperador Dom Pedro II. Em 1872 se tornou pai de Mário de Alencar.

Tuberculoso, viajou para a Europa em 1877 para tentar um tratamento, que não deu certo. Faleceu no Rio de Janeiro no mesmo ano.

Produziu também romances urbanos (Senhora, 1875), regionalistas (O Gaúcho, 1870; O Sertanejo, 1875) e históricos (A Guerra dos Mascates, 1873), além de peças para o teatro. Característica de sua obra é o nacionalismo, tanto nos temas quanto nas inovações no uso da língua. Em um momento de consolidação da Independência, Alencar representou um dos mais sinceros esforços patrióticos em povoar o Brasil com conhecimento e cultura próprios, em construir novos caminhos para a literatura no país. Em sua homenagem foi erigida uma estátua no Rio de Janeiro.



Obras

Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: José de Alencar

Romances

Teatro

  • O crédito, 1857
  • Verso e reverso, 1857
  • Demônio familiar, 1857
  • As asas de um anjo, 1858
  • Mãe, 1860
  • A expiação, 1867
  • O jesuíta, 1875
  • A prostituta virgem ,1877
  • Cetabu-Cetabu-Cetabu,1882

Crônica

  • Ao correr da pena, 1874

Autobiografia

  • Como e por que sou romancista, 1873

Crítica e polêmica

  • Cartas sobre a confederação dos tamoios, 1856
  • Ao imperador:cartas políticas de Erasmo e Novas cartas políticas de Erasmo, 1865
  • Ao povo:cartas políticas de Erasmo, 1866
  • O sistema representativo, 1866

Lorbeerkranz.pngAcademia Brasileira de Letras

Predefinição:Portal-academia Grande expoente da literatura brasileira do século XIX, Alencar entretanto não alcançou a fundação do Silogeu Brasileiro. Coube-lhe, entretanto, a homenagem de ser Patrono da Cadeira 23 da Academia, onde veio depois a ter assento talentos como Jorge Amado.

Nas discussões que antecederam a fundação da Academia, seu nome foi defendido por Machado de Assis para ser o primeiro Patrono, ou seja, nominar a Cadeira Um. Mas não poderia haver hierarquia nessa escolha, e resultou que um quase desconhecido autor veio a ser-lhe o patrono efetivo. Sobre esta escolha, registrou Afrânio Peixoto:

"Novidade de nossa Academia foi, em falta de antecedentes, criarem-nos, espiritualmente, nos patronos. Machado de Assis, o primeiro da companhia, por vários títulos, quis dar a José de Alencar a primazia que tem, e deve ter, na literatura nacional. A justiça não guiou a vários dos seus companheiros. Luís Murat, por sentimento exclusivamente, entendeu honrar um amigo morto, infeliz poeta, menos poeta que infeliz, Adelino Fontoura."
  1. RedirecionamentoPredefinição:fim


Precedido por
ABL - cadeira 23
Patrono
Sucedido por
Machado de Assis - Fundador
  1. REDIRECIONAMENTO Predefinição:Fim
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