O Gaúcho | |||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|
Autor(es) | José de Alencar | ||||||
Idioma | português | ||||||
País | Brasil | ||||||
Gênero | Romance | ||||||
Linha temporal | 1832[1] | ||||||
Editora | B. L. Garnier | ||||||
Formato | 2 Volumes | ||||||
Lançamento | 1870 (1a. edição) | ||||||
Páginas | 246 Vol. I (1a. edição) 269 Vol. II (1a. edição) | ||||||
Cronologia | |||||||
|
O Gaúcho é um dos romances do escritor brasileiro José de Alencar. Foi publicado em 1870.[1]
Enredo
Romance romântico histórico e regionalista. Manuel Canho perdeu cedo seu pai, João Canho, grande domador de cavalos, assassinado por um uruguaio (Barreda). Depois se incompatibilizou com o padrasto, o negociante Loureiro, que foi o causador involuntário da morte do pai e se casou logo em seguida com a viúva (Francisca), com quem teve uma filha (Jacintinha). Manuel tornou-se um homem arredio que prefere a companhia de seus cavalos à dos humanos. Afinal, “se o homem é o rei da criação, o cavalo serve-lhe de trono”. A jovem Catita, filha de Maria dos Prazeres e do Lucas Fernandes, apaixona-se por ele mas só consegue conquistá-lo quando dá prova de seu desvelo pelos animais. O enredo tem por pano de fundo a Revolução Farroupilha (década de 1830), da qual Manuel participa como homem de confiança de seu padrinho, Bento Gonçalves. Félix, que também ama Catita, enciumado, torna-se inimigo mortal de Manuel, chega a bandear-se para o outro lado, dos legalistas (os “caramurus”), e num embate entre os dois rivais, Manuel desfigura o rosto de Félix. Nada define melhor o gaúcho do que o estribilho da cantiga que Manuel entoava ao som da viola: “Livre, ao relento / Pobre, sem luxo / N’asa do vento / Vive o gaúcho.”
O mascate chileno Romero, que, aproveitando uma ausência de Manuel, seduz Catita, impede que o romance tenha o final feliz esperado. No final, em meio à “maior cólera da natureza”, o pampeiro, “o ciclone que surge das regiões plutônicas como o gigante para escalar o céu”, Manuel, montado no cavalo com a arrependida Catita na garupa, lança-se ao precipício, provocando o protesto do crítico literário L. Guimarães Júnior, que no folhetim do Diário do Rio de Janeiro de 22 de janeiro de 1871 escreve: "Não compreendo o motivo por que Manuel Canho, o homem que preferia o cavalo a tudo neste mundo, o invencível atleta dos Pampas [...] como pôde esse homem, esse gaúcho, esse tufão humanizado, atirar-se ao abismo, sustendo na garupa de um animal a amante que lhe foi falsa, e desprezando o resto dos seus parelheiros, dos seus briosos companheiros quadrúpedes que vinham no encalço?".[2]
Adaptação para o cinema
Foi adaptado para o cinema em 1957, com o título Paixão de Gaúcho, dirigido por Walter George Durst .
Referências
Ligações externas
- O Gaúcho, Vol. I, Brasiliana USP
- O Gaúcho, Vol. II, Brasiliana USP