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República Romana: mudanças entre as edições

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[[Felipe V]] da [[Macedônia]], aliado a Cartago na [[Segunda guerra púnica|Segunda Guerra Púnica]], apoiou [[Antíaco III]],rei da [[Síria]], contra [[Ptolomeu Epifânio]], protegido de Roma. O [[cônsul]] [[Tito Quíncio Flamínio]] o derrotou na [[batalha de Cinocéfalo]] em [[197 a.C.]]. A Macedônia tornou-se protetorado romano. Mais tarde, seu filho, [[Perseu da Macedônia|Perseu]], reiniciou a luta contra os romanos ([[Guerras macedônicas|revolta dos macedônios]]). Foi derrotado por [[Paulo Emílio Pidna]] ([[168 a.C.]]). Roma transformou a região em uma [[Província romana|província romana]].  
[[Felipe V]] da [[Macedônia]], aliado a Cartago na [[Segunda guerra púnica|Segunda Guerra Púnica]], apoiou [[Antíaco III]],rei da [[Síria]], contra [[Ptolomeu Epifânio]], protegido de Roma. O [[cônsul]] [[Tito Quíncio Flamínio]] o derrotou na [[batalha de Cinocéfalo]] em [[197 a.C.]]. A Macedônia tornou-se protetorado romano. Mais tarde, seu filho, [[Perseu da Macedônia|Perseu]], reiniciou a luta contra os romanos ([[Guerras macedônicas|revolta dos macedônios]]). Foi derrotado por [[Paulo Emílio Pidna]] ([[168 a.C.]]). Roma transformou a região em uma [[Província romana|província romana]].  


[[Imagem:Asia minor roman power.jpg|thumb|O Crescimento do poder político de Roma na [[Ásia Menor]].]]
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O rei da [[Bitínia]] submeteu-se a Roma. O monarca [[selêucida]] da Síria, [[Antíoco III]], foi vencido em [[189 a.C.]] na [[Magnésia]], ao sudoeste da [[Ásia Menor]].
O rei da [[Bitínia]] submeteu-se a Roma. O monarca [[selêucida]] da Síria, [[Antíoco III]], foi vencido em [[189 a.C.]] na [[Magnésia]], ao sudoeste da [[Ásia Menor]].
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A partir do final do [[século II a.C.]], Roma já era o império mais poderoso do mundo, que se estendia por 4 mil km, da Espanha até a Asia menor, e dominava uma população estimada em 30 milhões de pessoas.
A partir do final do [[século II a.C.]], Roma já era o império mais poderoso do mundo, que se estendia por 4 mil km, da Espanha até a Asia menor, e dominava uma população estimada em 30 milhões de pessoas.
[[Imagem:Vercingetorix caesar.jpg|thumb|300px|[[Vercingétorix]], chefe dos gauleses, se rende à Júlio César.]]


Com a conquista da [[Gália Transalpina]], efetivada por [[Júlio César]] ([[52 a.C.]]), a Roma republicana transformou-se no maior império que já tinha existido até então, sua população foi estimada em 55 milhões, ou quase de 25% da população mundial.
Com a conquista da [[Gália Transalpina]], efetivada por [[Júlio César]] ([[52 a.C.]]), a Roma republicana transformou-se no maior império que já tinha existido até então, sua população foi estimada em 55 milhões, ou quase de 25% da população mundial.

Edição das 01h59min de 28 de dezembro de 2006

Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja República Romana (desambiguação).
Republica Romanorum
República da Roma
Lema:
Senatus Populusque Romanus (SPQR)
(Latim: "O Senado e o Povo de Roma")
LocationRomanRepublic.png
Língua(s) Latim
Capital Roma
Forma de Governo Res Publica
Chefe de Estado Cônsul
Estabelecimento 509 a.C.
Término 2 de Setembro de 31 a.C. (batalha de Áccio)
Primeiro(s) cônsul(es) Lúcio Júnio Bruto, Lúcio Tarquínio Colatino (509 a.C.-508 a.C.)
Último cônsul(es) Marco António, Lúciuo Escribónio Libão, Emílio Lépidus Paulo (34 a.C.-33 a.C.)
Antecessor Reino de Roma
Sucessor Império Romano


A República Romana (do latim respublica, 'bem comum') é o termo utilizado por convenção para definir o Estado romano e suas províncias desde o fim do Reino de Roma em 509 a.C. ao estabelecimento do Império Romano em 27 a.C..



Conquistas territoriais

Durante o período republicano, Roma transformou-se de simples cidade-estado em um grande império, voltando-se inicialmente para a conquista da Itália e mais tarde para todo o mundo da orla do Mar Mediterrâneo.

Como a expansão romana provocou profundas transformações na vida econômica, social e política de Roma, dividiremos esse período em duas fases: a primeira, que se estende até o século III a.C., identificada com a conquista da Itália; e a segunda, que corresponde à formação do poderoso império mediterrâneo.

Conquista da Itália

Durante a Realeza, Roma havia imposto o seu domínio no Lácio, conquistando Alba Longa e estendendo o seu território até a foz do Tibre.

No início do século V a.C., o objetivo fundamental da aristocracia romana era manter sua hegemonia na região do Lácio, o que preocupava as cidades etruscas.

Depois da queda da supremacia dos etruscos, na Itália em fins da Realeza/início da República, as cidades latinas formaram uma liga contra Roma para fazer frente a suas pretensões expansionistas. Denominou-se Liga Latina. Em 493 a.C., na batalha do Lago Regillus, Roma celebrou tratado de paz com a Liga (que se chamou Foedus Cassianum), ficando ambas as partes em situação de igualdade. A pouco e pouco, no entanto, foi-se afirmando a supremacia de Roma até que esta, em 338 a.C. desrespeitou o tratado e derrotou e dissolveu a Liga Latina. O território de algumas das cidades que a integravam foi incorporado a Roma, que organizou sob a forma de tribos rurais; já com outras foram firmados tratados (foedera), pelos quais, embora essas cidades mantivessem sua autonomia administrativa, não tinham elas o direito de declarar guerra ou fazer paz (ius belli et pacis). Outras cidades mais próximas também foram sendo incorporadas e organizadas em forma de tribos. Daí que, além das quatro tribos urbanas criadas por Sérvio Túlio no final da Realeza (Suburana, Esquilina, Palatina e Colina), surgiram várias tribos rurais (31, ao final do século III a.C.). O número final de 35 não mais se alterou, e as incorporações posteriores ao final do século III foram para uma das 35 tribos já existentes.

Os volscos, montanheses do Sul do Lácio, foram derrotados por Gaio Márcio, apelidado Coriolano por ter tomado Coriolos, capital dos vencidos. Coriolano, mais tarde condenado ao exílio, refugiou-se entre os volscos e sitiou Roma. Não atacou a cidade porque sua mãe, em prantos, suplicou-lhe para desistir do intento. Disse Coriolano: "Oh mãe, salvas a pátria, mas perdes teu filho".

A Guerra contra os écuos foi ganha por Cincinato. Em 395 a.C., os romanos, sob o comando de Camilo, venceram a cidade etrusca de Veios, numa luta iniciada pelo controle da foz do Rio Tibre. Após essa vitória, seguiu-se uma derrota, por volta de 390 a.C., imposta pelos gauleses em expedições de saque às regiões do Sul da Etrúria. Mas em 340 a.C., Roma recuperou-se e submeteu os povos mais próximos.

De 327 a 290 a.C., Roma guerreou três vezes contra os Samnitas pelo domínio da fértil região da Campânia. Na terceira guerra, os romanos enfrentaram e venceram uma coligação de samnitas, galos, etruscos e latinos. A maior parte dos samnitas acabou se aliando aos romanos.

Posteriormente, Roma controlou o Norte da Etrúria, cujos domínios compreendiam a Itália central e parte da Itália setentrional. Quando a supremacia romana se estendeu ao Sul da Itália, algumas cidades gregas, como Nápoles, aliaram-se a Roma, enquanto outras, como Tarento, declararam-lhe guerra.

Charge retratando a chegada de Pirro e suas tropas à Itália.
A Rota de Pirro.

Para conquistar essa região, os romanos atacaram a rica cidade de Tarento, próspera na indústria e no comércio. Os tarentinos pediram ajuda de Pirro, rei do Épiro (atual Albânia). Esse chegou a Itália com um poderoso exército (23.000 soldados) e 20 elefantes de combate. Apesar de ter derrotado duas vezes os romanos (em Heracléia e Ásculo), Pirro sofreu pesadas baixas, perdendo quase todo o exército, e teria exclamado: "Uma vitória mais como esta e fico sem soldados". Daí provém a expressão: Vitória de Pirro (para designar uma batalha em que o vencedor sai quase tão esgotado quanto o vencido).

Mais tarde, os romanos reorganizam suas forças e liquidam o exército de Pirro em Benevento. Em 272 a.C., o Sul da Itália, incluindo Tarento, rendeu-se. Assim, toda a península Apenina (ou Itálica), exceto o vale do rio Pó, passou para o domínio romano.

Ao conquistarem uma região italiana, pelo menos um terço do território ocupado era apropriado pelo Estado, transformado em ager publicus (terras públicas) e depois distribuído aos cidadãos romanos, para várias finalidades: instalação de colônias, distribuição de lotes individuais ou ocupação pela aristocracia, que tinha os meios disponíveis para seu aproveitamento.

Graças ao enorme potencial humano e ao vasto império que dominava, Roma havia se convertido numa enorme potência mundial. Sua influência viu-se fortalecida com a fundação de colônias estratégicas na Itália ligadas por uma rede de estradas. Estas colônias eram formadas só por cidadãos romanos ou por latinos; os primeiros faziam parte do Estado Romano, enquanto os demais eram seus aliados, independentes, porém com privilégios.

Expansão externa

A expansão fora do território teve início com as Guerras Púnicas (porque os romanos chamavam os cartagineses pelo nome de puni, isto é, fenícios), contra Cartago, cidade-estado fenícia localizada no Norte da África, que por volta do século III a.C. dominava o comércio do Mediterrâneo. Os ricos comerciantes cartagineses possuiam diversas colônias na Sicília, Sardenha, Córsega, Espanha e em toda costa setentrional da África.

Os conflitos entre Roma e Cartago iniciaram-se a partir da expansão romana pela Itália meridional. O motivo da guerra foi o choque entre o expansionismo romano e o cartaginês. Quando Roma anexou os portos italianos do Sul e os interesses de Nápoles e Tarento (colônias gregas rivais de Cartago) tornaram-se interesses romanos, a guerra passou a ser inevitável. Era quase certo que Roma, como líder dos gregos ocidentais, iria intervir na luta secular entre sicilianos e cartagineses.

A maior parte da Ilha da Sicília era habitada por cartagineses, em luta constante com as colônias gregas ali existentes. Os romanos intervieram e uma de suas legiões, com o apoio de Siracusa, ocupou a cidade de Messina. Os cartagineses declararam guerra a Roma.

As forças das duas potências eram bastante equilibradas, pois o poderio de ambas era sustentado por uma comunidade de cidadãos e um poderoso exército, fortalecido por aliados em caso de guerra.

Nas três Guerras Púnicas (264 a 146 a.C.), os romanos venceram os cartagineses. Dominaram a Sicília, a Córsega e a Sardenha, além da Espanha, que foi totalmente submetida ao Império Romano após a total submissão dos celtiberos, habitantes da península ibérica, em 133 a.C. Portugal foi dominado em 140 a.C., quando os lusitanos, liderados pelo pastor Viriato (que foi morto à traição), foram vencidos pelas tropas romanas. Parte do Norte da África também foi subjugado pelos Romanos, a partir da queda e destruição de Cartago, em 146 a.C. Todo o mediterrâneo ocidental passou para o domínio romano.

Ao mesmo tempo que estava envolvida com as guerras púnicas, Roma voltou sua atenção para o Mediterrâneo oriental, onde o império formado por Alexandre Magno havia se desagregado.

Felipe V da Macedônia, aliado a Cartago na Segunda Guerra Púnica, apoiou Antíaco III,rei da Síria, contra Ptolomeu Epifânio, protegido de Roma. O cônsul Tito Quíncio Flamínio o derrotou na batalha de Cinocéfalo em 197 a.C.. A Macedônia tornou-se protetorado romano. Mais tarde, seu filho, Perseu, reiniciou a luta contra os romanos (revolta dos macedônios). Foi derrotado por Paulo Emílio Pidna (168 a.C.). Roma transformou a região em uma província romana.

O Crescimento do poder político de Roma na Ásia Menor.

O rei da Bitínia submeteu-se a Roma. O monarca selêucida da Síria, Antíoco III, foi vencido em 189 a.C. na Magnésia, ao sudoeste da Ásia Menor.

Os romanos conquistaram a Grécia em 146 a.C. Os gregos revoltaram-se contra o domínio romano. O cônsul Lúcio Múmio os derrotou e incendiou Corinto. A Grécia tornou-se província romana em 129 a.C. com o nome de Acaia. Seguiu-se o estabelecimento de um protetorado romano no Egito. Em seguida, no ano de 133 a.C., Roma obteve como herança, após a morte do rei Átalo, de Pérgamo, a cobiçada província da Ásia. No mesmo ano, Numância, cidade do curso superior do Douro, foi conquistada por Cipião Emiliano. Os numantinos foram reduzidos à fome e o suicídio coletivo.

A partir do final do século II a.C., Roma já era o império mais poderoso do mundo, que se estendia por 4 mil km, da Espanha até a Asia menor, e dominava uma população estimada em 30 milhões de pessoas.

Arquivo:Vercingetorix caesar.jpg
Vercingétorix, chefe dos gauleses, se rende à Júlio César.

Com a conquista da Gália Transalpina, efetivada por Júlio César (52 a.C.), a Roma republicana transformou-se no maior império que já tinha existido até então, sua população foi estimada em 55 milhões, ou quase de 25% da população mundial.

Durante longos anos estas conquistas foram tratadas só como fonte de valiosos butins. Os governos provinciais romanos não eram exatores (fiscalistas), em outras palavras - depois da campanha da Macedônia -, a riqueza vinda das províncias conquistadas (junto com os lucros da exploração estatal das minas) permitiu suprimir totalmente os impostos diretos aos habitantes da Italia.

Segundo o historiador Keith Hopkins, a população dominada por Roma aumentou de 4 milhões em 225 a.C. para 60 milhões após a queda da republica.

A crise da República romana

A crise romana tem início quando o Senado romano passa a ter seu poder desafiado pelo poderio militar de alguns generais. A partir de 227 a.C., Roma passa a ter províncias, sendo as primeiras delas Córsega, Sardenha e Sicília.

Além disso, o aumento do território e da duração temporal das guerras de conquista obriga o Senado romano a criar o pro-rogatio, que era a prorrogação do tempo do mandato do pró-cônsul ou do pró-pretor provincial, que era o funcionário da administração central incumbido de governar a nova província. Com isso, a influência e o poder se concentram nas mãos de alguns generais, o que lhes permite desafiar a tradicional classe senatorial.

Um dos melhores exemplos deste tipo de processo foi o general Mário, que mesmo sendo rejeitado pelo Senado para comandar a expedição ao norte da África com o intuito de solucionar a guerra contra Jugurta, foi enviado com o aval que a decisão popular lhe deu. Isso ilustra um exemplo de como os generais poderiam aliciar militantes a seu favor, mesmo quando Senado decide contra si. Neste período floresce um dos mais importantes filósofos e políticos de todas a História de Roma: Marco Túlio Cícero. Cícero foi um dos grandes defensores da República e escreveu tanto tratados políticos quanto filosóficos.

Primeiro triunvirato

O general Pompeu.

Em 60 a.C., os três mais poderosos generais de Roma, Júlio César (o favorito da plebe), Pompeu (que triunfara na Espanha) e Crasso (o homem mais rico de Roma), firmaram um acordo tácito denominado triunvirato (governo de três pessoas), para dividir o governo. A palavra triunvirato originou-se a partir de dois radicais do latim: trium- (três) e vir (homem). Assim, o nome é bem conveniente ao que realmente representou o triunvirato.

Com a ajuda de Crasso e Pompeu, César elegeu-se cônsul e tornou-se encarregado da execução das medidas propostas pelos três. Distribuiu terras da Campânia para os soldados de Pompeu; apoiou os partidários de Crasso na expulsão de Cícero, senador inimigo de Crasso e contrário às reformas político-sociais em Roma. Também fez com que as soluções administrativas adotadas por Pompeu em suas conquistas no Oriente fossem confirmadas pela Assembléia Popular.

Crasso é morto no Oriente quando tenta se expandir, logo após ter ganhado a guerra contra os Espártacos. César e Pompeu passam a disputar o poder único até que César decide invadir a cidade de Roma com seu exército após ter tido sua candidatura ao consulado barrada pelo Senado. A invasão de Roma pelas tropas cesarianas obrigam o Senado a dar-lhe o título de ditador por dez anos. Logo em seguida, Pompeu é morto no Egito e sua cabeça é enviada a César pelo faraó.

A ditadura de Júlio César

Caio Júlio César.

Júlio César, finalmente instaurado no poder exclusivamente, reforma o Senado, aumentando o número de senadores que são de sua orientação política. Além disso, aumenta o número de magistraturas, assenta seus veteranos de guerra em colônias que são fundadas por ele próprio.

O Senado, agora todo a seu favor, o elege pontífice máximo, áugure e pai da pátria. Além disso, para obter o apoio popular, César dá parte do espólio das novas conquistas para serem divididas entre os plebeus.

No entanto, o grupo opositor de César o assassina durante sessão do Senado, nas próprias escadarias do edifício. Logo após o assassinato, o Senado extingue a ditadura do grupo de magistraturas romanas. Marco Antônio, um dos aliados de César agita manifestações populares durante seu funeral, o que assusta os opositores de César.

Com isso, mesmo com a morte de César, o Senado é obrigado a ratificar as medidas implementadas pelo ditador e Marco Antônio se torna um dos mais influentes senadores, dado o seu poder junto ao povo, tendo o Senado que aprovar todas as medidas propostas por Marco Antônio.

Segundo triunvirato

O segundo triunvirato consiste num acordo menos tácito do que o primeiro, já que os três generais dividem oficialmente o território romano, cada qual com a parte sob sua jurisdição. O segundo triunvirato foi composto por Marco Antônio, Augusto (ou Otávio) e Lépido.

Quando César morreu, deixou um testamento no qual promete a distribuição de terras à plebe e aos veteranos de guerra. Além disso, no testamento continha o seu sucessor, seu sobrinho Caius Otavianus (ou Caio Otaviano). Como o Senado havia permitido a César utilizar o nome Imperator antes de seu próprio nome e sendo este título hereditário, Otaviano vai a Roma reivindicar sua herança com o nome de Imperator Caesar Caius Otavianus. O jovem Otávio organiza legiões e entra para o Senado como pretor.

No Senado, Otávio se une a Marco Antônio e a Lépido (o então Pontífice Máximo) a fim de vingar a morte do dia, caçando todos os conspiradores da morte de César, tais como Bruto e Pompeu Crasso. Todas as guerras empreendidas por Otávio são muito bem narradas por Suetônio em sua obra Vida dos doze Césares. O território romano é dividido entre os três senadores, mas a parte correspondente a Lépido é logo anexada por Otávio.

A Marco Antônio competia a parte oriental da República , bem como as províncias do Oriente Médio. No entanto, Marco Antônio redige, no Egito, para onde se mudou, um testamento no qual deixaria as províncias a seus filhos com Cleópatra quando morresse.

Este testamento é usado por Otávio para acusá-lo perante o Senado de ter sido manipulado por Cleópatra a deixar parte do território nas mãos do império egípcio. O Senado, por sua vez, dá carta verde a Otávio para perseguir Marco Antônio, que se suicida juntamente com Cleópatra, em 30 a.C. Desta forma, Otávio se consolida sozinho no poder e transforma o Egito em mais uma província romana.

O governo de Otávio

Otávio Augusto.

Em 37 a.C., Otávio recebe o título de Augusto e o de Pontífice Máximo em 12 a.C. Otávio declara o fim das guerras civis e devolve o poder ao Senado. No entanto, Augusto recebe o título de princeps, ou seja, de primeiro cidadão da Cidade.

Mesmo depois de ter vários poderes recusados por Augusto, tais como o de ditador e o de cônsul vitalício, o Senado concede a Augusto o poder de imperium vitalício. Este último cedia a Augusto o controle sobre todas as tropas (legiões) existentes na República, elevando Augusto ao posto de imperador, apesar de as instituições romanas continuarem existindo.

Desta forma, Augusto se torna o todo-poderoso do Império, mas o Senado figura como depositário deste poder, já que por ele foi concedido e é renovado todos os anos.

Com o poder todo concentrado em suas mãos, Augusto dá início a um novo período da História de Roma conhecido como Império Romano, em 27 a.C. Augusto se mantém imperador de Roma até 14 d.C.

Roma durante a república.
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