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Desde muito jovem que Duarte acompanhou o seu pai nos assuntos do reino, sendo portanto um herdeiro preparado para reinar (em [[1412]] foi formalmente associado à governação pelo pai, tornando-se seu braço direito). Ao contrário de João I, era um monarca preocupado em gerar consenso e ao longo do seu curto reinado, convocou as [[cortes (política)|Cortes]] cerca de cinco vezes, para discutir assuntos de estado. Duarte deu continuidade à política de incentivo à exploração marítima e de conquistas em África. Durante o seu reinado, o seu irmão [[Infante D. Henrique|Henrique]] fundou a escola de navegação de Sagres e [[Gil Eanes]] cruzou o [[Cabo Bojador]]. | Desde muito jovem que Duarte acompanhou o seu pai nos assuntos do reino, sendo portanto um herdeiro preparado para reinar (em [[1412]] foi formalmente associado à governação pelo pai, tornando-se seu braço direito). Ao contrário de João I, era um monarca preocupado em gerar consenso e ao longo do seu curto reinado, convocou as [[cortes (política)|Cortes]] cerca de cinco vezes, para discutir assuntos de estado. Duarte deu continuidade à política de incentivo à exploração marítima e de conquistas em África. Durante o seu reinado, o seu irmão [[Infante D. Henrique|Henrique]] fundou a [[escola de navegação de Sagres]] e [[Gil Eanes]] cruzou o [[Cabo Bojador]]. | ||
Em [[1437]], os seus irmãos Henrique e [[Infante Santo|Fernando]] convenceram-no a lançar um ataque a Marrocos, de forma a consolidar a presença portuguesa no norte de África, que se pretendia uma base para a exploração do [[Oceano Atlântico]]. A ideia não foi consensual: [[Pedro, Duque de Coimbra]] e [[João, Infante de Portugal]] estavam contra a iniciativa de atacar directamente o rei de Marrocos. A campanha foi bem sucedida e a cidade de [[Tânger]] conquistada, mas a custo de grandes perdas em batalha. O próprio príncipe Fernando foi capturado e morreu em cativeiro, por recusar-se a ser libertado em troca da devolução de Tânger, o que lhe valeu o cognome de "Infante Santo". O próprio Duarte morreu pouco tempo depois de [[peste negra|peste]]. | Em [[1437]], os seus irmãos Henrique e [[Infante Santo|Fernando]] convenceram-no a lançar um ataque a Marrocos, de forma a consolidar a presença portuguesa no norte de África, que se pretendia uma base para a exploração do [[Oceano Atlântico]]. A ideia não foi consensual: [[Pedro, Duque de Coimbra]] e [[João, Infante de Portugal]] estavam contra a iniciativa de atacar directamente o rei de Marrocos. A campanha foi bem sucedida e a cidade de [[Tânger]] conquistada, mas a custo de grandes perdas em batalha. O próprio príncipe Fernando foi capturado e morreu em cativeiro, por recusar-se a ser libertado em troca da devolução de Tânger, o que lhe valeu o cognome de "Infante Santo". O próprio Duarte morreu pouco tempo depois de [[peste negra|peste]]. |
Edição das 14h22min de 27 de janeiro de 2006
D. Duarte I (Viseu, 31 de Outubro de 1391 — Tomar, 13 de Setembro de 1438), décimo-primeiro Rei de Portugal, filho de João I de Portugal e de Filipa de Lencastre. Duarte sucedeu a seu pai em 1433. Foi cognominado O Eloquente pelo verbo usado nas obras que escreveu; alternativamente, é também chamado O Rei-Filósofo.
Desde muito jovem que Duarte acompanhou o seu pai nos assuntos do reino, sendo portanto um herdeiro preparado para reinar (em 1412 foi formalmente associado à governação pelo pai, tornando-se seu braço direito). Ao contrário de João I, era um monarca preocupado em gerar consenso e ao longo do seu curto reinado, convocou as Cortes cerca de cinco vezes, para discutir assuntos de estado. Duarte deu continuidade à política de incentivo à exploração marítima e de conquistas em África. Durante o seu reinado, o seu irmão Henrique fundou a escola de navegação de Sagres e Gil Eanes cruzou o Cabo Bojador.
Em 1437, os seus irmãos Henrique e Fernando convenceram-no a lançar um ataque a Marrocos, de forma a consolidar a presença portuguesa no norte de África, que se pretendia uma base para a exploração do Oceano Atlântico. A ideia não foi consensual: Pedro, Duque de Coimbra e João, Infante de Portugal estavam contra a iniciativa de atacar directamente o rei de Marrocos. A campanha foi bem sucedida e a cidade de Tânger conquistada, mas a custo de grandes perdas em batalha. O próprio príncipe Fernando foi capturado e morreu em cativeiro, por recusar-se a ser libertado em troca da devolução de Tânger, o que lhe valeu o cognome de "Infante Santo". O próprio Duarte morreu pouco tempo depois de peste.
Fora da esfera política, Duarte foi um homem interessado em cultura e conhecimento. Escreveu vários livros de poemas e sobre caça, bem como o tratado político O Leal Conselheiro. Estava a preparar uma revisão do código civil português quando a doença o vitimou.
Descendência
- Por sua mulher, a princesa Leonor de Aragão (1402-1455)
- João de Portugal (1429)
- Filipa de Portugal (1430-1439)
- Afonso V, Rei de Portugal (1432-1481)
- Maria de Portugal (1432)
- Fernando de Portugal, Duque de Viseu (1433-1470), pai de Manuel I, Rei de Portugal
- Leonor de Portugal, imperatriz da Alemanha (1434-1467), casada com Frederico III do Sacro Império
- Duarte de Portugal (1435)
- Catarina de Portugal (1436-1463)
- Joana, princesa de Portugal (1439-1475), casada com o rei Henrique IV de Castela
- Filhos havidos de Joana Manoel de Vilhena:
Ver também
- RedirecionamentoPredefinição:fim
bg:Дуарте (Португалия) ca:Eduard I de Portugal de:Eduard I. (Portugal) en:Edward of Portugal es:Eduardo I de Portugal fr:Édouard Ier de Portugal pl:Edward I Avis
Precedido por João I |
{{{título}}} 1433 - 1438 |
Sucedido por Afonso V |