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Imprensa: mudanças entre as edições

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O primeiro jornal em papel, ''Notícias Diversas'', foi publicado como um panfleto manuscrito a partir de [[713]] d.C., em Kaiyuan, em [[Pequim]], na [[China]]. [[Kaiyuan]] era o nome dado ao ano em que o jornal foi publicado. Em 1041, também na China, foi inventado o tipo móvel. O alfabeto chinês, entretanto, por ser ideográfico e não fonético, utiliza um número de caracteres muito maior que o [[alfabeto latino]] europeu.
O primeiro jornal em papel, ''Notícias Diversas'', foi publicado como um panfleto manuscrito a partir de [[713]] d.C., em Kaiyuan, em [[Pequim]], na [[China]]. [[Kaiyuan]] era o nome dado ao ano em que o jornal foi publicado. Em 1041, também na China, foi inventado o tipo móvel. O alfabeto chinês, entretanto, por ser ideográfico e não fonético, utiliza um número de caracteres muito maior que o [[alfabeto latino]] europeu.


Em [[1440]], Gutenberg desenvolve a tecnologia da prensa móvel, utilizando os tipos móveis: caracteres avulsos gravados em blocos de madeira ou chumbo, que ram rearrumados numa tábua para formar palavras e frases do texto.
Em [[1440]], Gutenberg desenvolve a tecnologia da prensa móvel, utilizando os tipos móveis: caracteres avulsos gravados em blocos de madeira ou chumbo, que eram rearrumados numa tábua para formar palavras e frases do texto.


Na Baixa [[Idade Média]], as folhas escritas com notícias comerciais e econômicas eram muito comuns nas ruidosas ruas das cidades burguesas. Em [[Veneza]], as folhas eram vendidas pelo preço de uma ''gazeta'', moeda local, de onde surgiu o nome de muitos jornais publicados na [[Idade Moderna]] e na [[Idade Contemporânea]].
Na Baixa [[Idade Média]], as folhas escritas com notícias comerciais e econômicas eram muito comuns nas ruidosas ruas das cidades burguesas. Em [[Veneza]], as folhas eram vendidas pelo preço de uma ''gazeta'', moeda local, de onde surgiu o nome de muitos jornais publicados na [[Idade Moderna]] e na [[Idade Contemporânea]].

Edição das 21h04min de 14 de julho de 2005

Designação coletiva dos veículos de comunicação que exercem o Jornalismo e outras funções de comunicação informativa - em contraste com a comunicação puramente propagandística ou de entretenimento.

O termo imprensa deriva da prensa móvel, processo gráfico criado por Johannes Guttenberg no século XVI e que, a partir do século XVIII, foi usado para imprimir jornais, então os únicos veículos jornalísticos existentes. De meados do século XX em diante, os jornais passaram a ser também radiodifundidos e teledifundidos (radiojornal e telejornal) e, com o advento da World Wide Web, vieram também os jornais online, ou ciberjornais, ou webjornais. O termo "imprensa", contudo, foi mantido.

Comparar e diferenciar com Mídia.

História da Imprensa

Já foi dito que, se o termo "Jornalismo" é relativamente moderno, a sua história é muito antiga e se confunde, inevitavelmente, com a da imprensa, desde quando Johannes Guttenberg aperfeiçoou a técnica de reprodução de textos por meio do uso dos tipos móveis.

Primórdios

Desde milênios antes, publicações tinham sido criadas e distribuídas regularmente pelos governos. O primeiro jornal regular de que se tem notícia foi a Acta Diurna, que o imperador Augusto mandava colocar no Fórum Romano no século I de nossa era. A publicação, gravada em tábuas de pedra, havia sido fundada em 59 a.C. por ordem de Júlio César, trazendo a listagem de eventos ordenados pelo ditador. Na Roma Antiga e no Império Romano, a Acta Diurna era afixada nos espaços públicos, e trazia fatos diversos, notícias militares, obituários, crônicas esportivas, entre outros assuntos.

O primeiro jornal em papel, Notícias Diversas, foi publicado como um panfleto manuscrito a partir de 713 d.C., em Kaiyuan, em Pequim, na China. Kaiyuan era o nome dado ao ano em que o jornal foi publicado. Em 1041, também na China, foi inventado o tipo móvel. O alfabeto chinês, entretanto, por ser ideográfico e não fonético, utiliza um número de caracteres muito maior que o alfabeto latino europeu.

Em 1440, Gutenberg desenvolve a tecnologia da prensa móvel, utilizando os tipos móveis: caracteres avulsos gravados em blocos de madeira ou chumbo, que eram rearrumados numa tábua para formar palavras e frases do texto.

Na Baixa Idade Média, as folhas escritas com notícias comerciais e econômicas eram muito comuns nas ruidosas ruas das cidades burguesas. Em Veneza, as folhas eram vendidas pelo preço de uma gazeta, moeda local, de onde surgiu o nome de muitos jornais publicados na Idade Moderna e na Idade Contemporânea.

A Imprensa Burguesa Pré-Industrial

A primeira publicação periódica regular (semanal), o Nieuwe Tijdinghen, aparece em 1605, na Antuérpia. Os primeiros periódicos em alemão são fundados em 1609: o Relation e o Avisa Relation oder Zeitung. Em 1615, surge o Frankfurter Journal, primeiro periódico jornalístico, também semanal e em alemão.

Em 1622, um pacto entre 12 oficinas de impressão inglesas, holandesas e alemãs determinou intercâmbio sistemático de notícias entre elas. No mesmo ano, Nathaniel Butler fundou em Londres o primeiro hebdomadário: Le Weekly News. Foi seguido na França por La Gazette, de Théophraste Renaudot cujo primeiro número foi publicado em 30 de maio de 1631. A partir de 1638, o Weekly News foi o primeiro jornal a publicar noticiário internacional.

O primeiro jornal em português foi fundado em 1641, em Portugal: era A Gazeta, de Lisboa.

A primeira revista, em estilo almanaque, foi o Journal des Savants (Diário dos Sábios), fundado na França.

No Novo Mundo, o primeiro jornal apareceu nas colônias britânicas da América do Norte (futuros Estados Unidos), publicado em Boston: o Publick Occurrences, Both Forreign and Domestick. Em 1729, nasceu o Pennsylvania Gazette, de Benjamin Franklin, primeiro jornal a se manter com renda publicitária. No mesmo ano eram fundados a Gaceta de Guatemala e Las Primicias de la Cultura de Quito, primeiros jornais latino-americanos. O primeiro jornal diário da América foi a Gaceta de Lima, circulando diariamente a partir de 1743.

A Imprensa Capitalista da Revolução Industrial

Nos séculos XVIII e XIX, os líderes políticos tomaram consciência do grande poder que os jornais poderiam ter para influenciar a população e proliferaram os jornais de facções e partidos políticos. O The Times, de Londres, começa a circular em 1785.

Jornalismo como Negócio

No século XIX, os empresários descobriram o potencial comercial do jornalismo e surgiram as primeiras publicações parecidas com os diários atuais. Nos Estados Unidos, Joseph Pulitzer e William Randolph Hearst criaram grandes jornais destinados à venda em massa. Em 1833, foi fundado o New York Sun, primeiro jornal “popular”, vendido a um centavo de dólar.

O Brasil demora a conhecer a imprensa, por causa da censura e da proibição de tipografias na colônia, impostas pela Coroa Portuguesa. Somente em 1808 é que surgem, quase simultaneamente, os dois primeiros jornais brasileiros: o Correio Braziliense, editado e impresso em Londres pelo exilado Hipólito da Costa; e o Diário do Rio de Janeiro, publicação oficial editada pela Real Oficina instalada no Rio de Janeiro com a transferência da Corte portuguesa.

Surgiram, ainda no século XIX, empresas dedicadas à coleta de informações sobre a atualidade que eram vendidas aos jornais. Estas empesas foram conhecidas como agências de notícias ou agências de imprensa. A primeira delas foi fundada em 22 de outobro de 1835 pelo francês Charles-Louis Havas: a Agence des Feuilles Politiques, Correspondance Générale, que viria a se tornar a atual Agence France-Presse.

Em 1848, jornais de Nova York se juntam para formar a agência Associated Press, durante a guerra dos EUA contra o México. O principal motivo da associação, na época, era contenção de custos entre os periódicos.

Em 1851, o alemão Julius Reuter funda a agência Reuters. No mesmo ano, é fundado The New York Times, o principal jornal de Nova York e até hoje um dos mais importantes nos EUA e no mundo.

A United Press International é criada em 1892. A agência Transocean é fundada em 1915 para cobrir a I Guerra Mundial na Europa. Em 1949, três agências alemãs se unem para formar a Deutsche Presse-Agentur (DPA).

Novas Tecnologias de Comunicação

O início da Guerra de Secessão dos EUA, em 1861, é um marco para a imprensa, pelas inovações técnicas e novas condições de trabalho. Repórteres e fotógrafos recebem credenciais para cobrir o conflito. De lá, desenvolvem o lead para assegurar que a parte principal da notícia chegará à redação pelo telégrafo. Os jornais inventam as manchetes, títulos em letras grandes na primeira página, para destacar as novidades da guerra.

O primeiro jornal a enviar correspondentes para dois lados de uma guerra foi o The Guardian, de Manchester, na Guerra Franco-Prussiana, em 1871.

Em 1844, a invenção do telégrafo por Samuel Morse revoluciona a transmissão de informações, e permite o envio de notícias a longas distâncias. Mas o telégrafo só ganharia um aumento exponencial da sua capacidade a partir da instalação dos cabos submarinos, na segunda metade do século XIX, que unem os continentes. O primeiro despacho transatlântico por telégrafo, por exemplo, foi enviado pela AP em 1858. A comunicação por telégrafo liga o Brasil à Europa a partir de 1874; começam a chegar ao país despachos de agências internacionais.

Também aparecem novidades nas técnicas de impressão. A primeira rotativa começa a funcionar em 1847, nos EUA. No ano seguinte, o Times de Londres cria rotativa que imprime 10 mil exemplares por hora. O linotipo foi inventado em 1889.

A fotografia começou a ser usada na imprensa diária em 1880. A Alemanha foi o primeiro país a produzir revistas ilustradas graficamente com fotografias.

Em 1919, surge o New York Daily News, primeiro jornal em formato tablóide.

A primeira transmissão de rádio transatlântica foi feita em 1903, por Marconi. As primeiras emissoras de rádio, sugidas na década de 1920, tomaram grande parte do protagonismo dos jornais no acompanhamento passo-a-passo dos fatos da atualidade. Ao mesmo tempo, apareceram os cinejormais, filmetes de atualidades cinematográficas. O primeiro deles, o Fox Movietone News, surgiu em 1927, com o uso do som no cinema.

As primeiras transmissões de televisão foram feitas nos Estados Unidos nos anos 1930, e já nos anos 1950 a televisão competia com o rádio pela possibilidade de transmitir informação instantaneamente, com o adicional sedutor da imagem. O videotape foi inventado em 1951, mas só começou a ser usado em larga escala a partir dos anos 1970.

Jornalismo na Mídia de Alcance Global

O final do século XX assistiu a uma revolução nas tecnologias de comunicação e informação, levando à formação de uma mídia como instituição (privada) de alcance global, tanto para o jornalismo quanto para o entretenimento (cultura e diversões).

Em 1962, entrou no ar o Telsat I, primeiro satélite de telecomunicações específico para a mídia. Sete anos depois, realizou-se a transmissão da chegada da missão Apolo II, dos EUA, à Lua.

A revista Life deixou de ser publicada em 1972.

Em 1980, começam as transmissões da rede CNN, que em pouco mais de 10 anos tornar-se-ia a referência em jornalismo televisivo internacional.

Os canais internacionais de TV por assinatura, TV a cabo e a Internet comercial só chegaram ao Brasil em 1992. 2001.setembro.11 – Transmissão ao vivo do maior atentado terrorista da História

Desde a segunda metade do século XX, várias empresas editorais publicam jornais semanais que se assemelham a revistas, tratando de conteúdo generalista ou temático.


Veja também

da:Avis de:Zeitung en:Press eo:Ĵurnalo es:Prensa fr:Presse écrite he:עיתון id:Koran it:Quotidiano ja:新聞 nl:Krant nn:Avis no:Avis sv:Tidning wa:Gazete zh:報紙

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