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World Wide Web

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O histórico logo de WWW, feito por Robert Cailliau

A World Wide Web (em inglês: WWW, A Web)[1][2][3][4] designa um sistema de documentos em hipermídia (ou hipermédia) que são interligados e executados na Internet.

Os documentos podem estar na forma de vídeos, sons, hipertextos e imagens. Para consultar a informação, pode-se usar um programa de computador chamado navegador (como Internet Explorer, Google Chrome, Mozilla Firefox, Microsoft Edge, Opera, etc.), para descarregar informações (chamadas "documentos" ou "páginas") de servidores web (ou "sítios") e mostrá-los na tela do usuário (ecrã do utilizador). O usuário (utilizador) pode então seguir as hiperligações na página para outros documentos ou mesmo enviar informações de volta para o servidor para interagir com ele. O ato de seguir hiperligações é, comumente, chamado "navegar" ou "surfar" na Web.

História

Ver artigo principal: História da World Wide Web
O primeiro servidor web, um NeXTcube usado por Berners-Lee no CERN.

As ideias por trás da Web podem ser identificadas ainda em 1980, no CERN- Organização Europeia para a Investigação Nuclear (Suíça),[5] quando Tim Berners-Lee[6] construiu o ENQUIRE. Ainda que diferente da Web atual (2007), o projeto continha algumas das mesmas ideias primordiais, e também algumas ideias da Web semântica. Seu intento original do sistema foi tornar mais fácil o compartilhamento de documentos de pesquisas entre os colegas.

Em 1989, Tim Berners-Lee escreveu uma proposta de gerenciamento de informação,[7] que referenciava o ENQUIRE e descrevia um sistema de informação mais elaborado. Com a ajuda de Robert Cailliau, ele publicou uma proposta[8] mais formal para a World Wide Web no final de 1990.

Um computador NeXTcube foi usado por Berners-Lee como primeiro servidor web e também para escrever o primeiro navegador, o WorldWideWeb, em 1990. No final do mesmo ano, Berners-Lee já havia construído todas as ferramentas necessárias para o sistema:[9] o navegador, o servidor e as primeiras páginas web,[10] que descreviam o próprio projeto. Em 6 de agosto de 1991, ele postou um resumo[11] no grupo de notícias alt.hypertext. Essa data marca a estreia da web como um serviço publicado na Internet.

O conceito crucial do hipertexto originou-se em projetos da década de 1960, como o projeto Xanadu e o NLS. A ideia revolucionária de Tim foi unir o hipertexto e a Internet. Em seu livro Weaving The Web,[12] ele explica que sugeriu repetidamente o casamento das tecnologias para membros de ambas as comunidades de desenvolvedores. Como ninguém implementou sua ideia, ele decidiu implementar o projeto por conta própria. No processo, ele desenvolveu um sistema de identificação global e único de recursos, o Uniform Resource Identifier (URI).

Sistemas anteriores se diferenciavam da Web em alguns aspectos. Na Web, uma hiperligação é unidirecional, enquanto que trabalhos anteriores somente tratavam de ligações bidirecionais. Isso tornou possível criar uma hiperligação sem qualquer ação do autor do documento sendo ligado, reduzindo significativamente a dificuldade em implementar um servidor Web e um navegador. Por outro lado, o sistema unidirecional é responsável pelo que atualmente (2007) chama-se hiperligação quebrada, isto é, uma hiperligação que aponta para uma página não disponível devido à evolução contínua dos recursos da Internet com o tempo.

Diferente de sistemas anteriores como o HyperCard, a World Wide Web não era software proprietário, tornando possível a criação de outros sistemas e extensões sem a preocupação de licenciamento. Em 30 de abril de 1993, a CERN anunciou[13] que a World Wide Web seria livre para todos, sem custo. Nos dois meses após o anúncio de que o gopher já não era mais livre, produziu-se uma mudança para a web. Um antigo navegador popular era o ViolaWWW, que era baseado no HyperCard.

Considera-se que a grande virada (viragem) da WWW começou com a introdução do navegador Mosaic em 1993, um navegador gráfico desenvolvido por um time de desenvolvedores universitários da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign. Antes de seu lançamento, os gráficos não eram frequentemente misturados com texto em páginas web. A World Wide Web Consortium foi fundada em Outubro de 1994, após Tim Berners-Lee sair do instituto CERN.

Funcionamento

Representação gráfica da WWW em torno da Wikipédia

Visualizar uma página ou outro recurso disponibilizado normalmente inicia ou ao digitar uma URL no navegador ou seguindo (acessando) uma hiperligação. Primeiramente, a parte da URL referente ao servidor de rede é separada e transformada em um endereço IP, por um banco de dados da Internet chamado Domain Name System (DNS). O navegador estabelece, então, uma conexão TCP-IP com o servidor web localizado no endereço IP retornado.

O próximo passo é o navegador enviar uma requisição HTTPPredefinição:Nota de rodapé ao servidor para obter o recurso indicado pela parte restante da URL (retirando-se a parte do servidor). No caso de uma página web típica, o texto em HTML é recebido e interpretado pelo navegador, que realiza então requisições adicionais para figuras, arquivos de formatação, arquivos de script e outros recursos que fazem parte da página.

O navegador, então, renderiza (reconstitui) a página na tela do usuário (utilizador), assim como descrita pelos arquivos que a compõe.

Padrões

A funcionalidade da web é baseada em três padrões:

  • URL, um sistema que especifica como cada página de informação recebe um "endereço" único onde pode ser encontrada. Esse padrão é definido em RFC 1738 (URL, em dezembro de 1994) e RFC 3986 (URL, em janeiro de 2005).
  • HTTP, um protocolo que especifica como o navegador e servidor web comunicam entre si. Esse padrão é definido em RFC 1945 (HTTP/1.0, maio de 1996), RFC 2616 (HTTP/1.1, junho de 1999) e RFC 2617 (autenticação HTTP).
  • HTML, uma linguagem de marcação para codificar a informação de modo que possa ser exibida em uma grande quantidade de dispositivos. Esse padrão é definido em HTML 1,[14] RFC 1866 (HTML 2.0), HTML 3.2,[15] HTML 4.01,[16] HTML 5 e XHTML.[17]

Evolução do código

Predefinição:Mbox

Web é todo o conteúdo que o usuário final pode acessar na rede. Sendo que, a web já passou por transformações evolutivas - evolução do código e dentre elas existem a: web 1.0, web 2.0 e web 3.0.

Web 1.0

A web 1.0 é considerada como estática, sendo que seus conteúdos não podem ser alterados pelos usuários (utilizadores) finais. Todo o conteúdo da página é somente leitura, por isso o termo estático. Na web 1.0, não existia a interatividade do usuário com a página, onde somente o webmaster ou o programador pode realizar alterações ou atualizações da página.

Web 2.0

A web 2.0 é o que usamos atualmente (2011), destaca-se por ser dinâmica, ao contrário da web 1.0 que é estática. Referindo-se à web 2.0, dinâmico indica a interatividade e participação do usuário final com a estrutura e conteúdo da página. Nela, o usuário final pode postar comentários, enviar imagens, compartilhar arquivos e fazer milhares de outras coisas que a web 1.0 não permitia. Outra grande mudança entre a web 1.0 e a web 2.0 foi que o usuário diminuiu a taxa de carregamento (download) e aumentou a de envio (upload), o que indica que o usuário está interagindo mais com a web e trocando mais informações por compartilhamento.

A web 2 é chamada de participativa ou colaborativa.[18]

Web 3.0

A web 3.0 é uma evolução da 2.0, pois tem o intuito de mudar as formas de pesquisas para facilitar a vida do usuário da web 2.0, a fim de que possa suprir as necessidades de hoje que são consideradas extravasamento de dados, ou seja, o usuário está postando muitos dados aleatoriamente e isso dificulta a localização. A web 3.0 também vem incrementar a interatividade entre homem e máquina, melhorando as linguagens de programação para que o homem e a máquina falem a mesma língua. Como exemplo, podemos utilizar o Google que inovou seu site com uma nova forma de pesquisa interativa: o usuário pode encontrar informações sobre o arquivo que ele adicionou na barra de pesquisa do site do Google. Essa é uma das formas que podemos apresentar a web 3.0 que ainda é só um conceito que está chegando a sua fase final e entrando em aplicação.

A Web 3 é chamada de semântica ou marketing.[18]

Webwriting

Pode-se pensar que webwriting é apenas uma técnica para escrever conteúdos digitais, mas o conceito é bem mais amplo, diretamente relacionado ao mundo WWW. São englobadas no conceito de webwriting todas as técnicas que facilitam a interpretação de um conteúdo em ambientes digitais.

A reprodução de uma foto, um texto mais sintetizado e mais objetivo, as cores a serem usadas nas páginas web, o posicionamento dos links e os formatos de navegação são algumas das preocupações trabalhadas dentro do webwriting.

Tecnologias relacionadas

Navegador

Ver artigo principal: Navegador (informática)

O navegador é um programa de computador usado para visualizar recursos da WWW, como páginas web, imagens e vídeos. Com ele também é possível por comunicar-se com o servidor web a fim de receber ou enviar informações. O primeiro navegador desenvolvido no CERN foi o WorldWideWeb, pelo próprio Tim Berners-Lee, para plataforma NeXTSTEP em 1990. Mas, mais adiante, surgiram outros navegadores, como o Viola, da Pei Wei (1992). Marc Andreessen, da NCSA lançou um navegador chamado "Mosaic para X" em 1993 que causou um tremendo aumento na popularidade da web entre usuários novos. Andreesen fundou a Mosaic Communication Corporation (hoje Netscape Communications). Características adicionais como conteúdo dinâmico, música e animação podem ser encontrados em navegadores modernos. Frequentemente, as capacidades técnicas de navegadores e servidores avançam muito mais rápido que os padrões conseguem se ajustar, por isso não é incomum que essas características não funcionem propriamente em todos os computadores.

A necessidade de encontrar exatamente a informação desejada surgiu com a WWW: desta constatação, vieram os primeiros motores de busca.

Plataforma Java

Ver artigo principal: Plataforma Java

Um avanço significativo da web foi a plataforma Java, desenvolvida pela Sun Microsystems. Ela permite que páginas web incrustem pequenos programas (chamados applets) diretamente dentro da informação enviada que será rodada no computador do usuário. Esses applets são executados na própria máquina cliente, fornecendo uma experiência mais rica para o usuário. Essa tecnologia nunca ganhou a popularidade que a Sun esperava, por uma variedade de razões, incluindo falta de integração com outros conteúdos e o fato de que a JVM (máquina virtual necessária para a execução do conteúdo) ter que ser instalada antes do uso. Atualmente (2007), o Adobe Flash realiza várias das funções originalmente visadas aos applets Java, como apresentação de vídeo, animação e interfaces gráficas ricas.

JavaScript

Ver artigo principal: JavaScript

O JavaScript é uma linguagem de computador interpretada desenvolvida originalmente para uso em páginas web, cuja versão padronizada é ECMAScript. Ainda que seu nome seja similar ao da linguagem Java, o JavaScript foi desenvolvido pela Netscape e não possui semelhanças com o Java. Em conjunto com a tecnologia de Document Object Model, o JavaScript tornou-se um método bastante poderoso de manipulação de páginas web.

AJAX

Ver artigo principal: AJAX (programação)

Em sua forma mais simples, todas as informações opcionais e ações em uma página web com JavaScript são carregadas do servidor web ao navegador quando a página é carregada. O AJAX é uma tecnologia baseada em JavaScript que fornece um método no qual pequenas partes de uma página web podem ser atualizados sem a necessidade de atualização de toda a página. O AJAX é visto como um importante aspecto do que se chama web 2.0.

Plataforma Flash

Ver artigo principal: Adobe Flash
O datacenter CERN em 2010 abrigando alguns servidores WWW

Adobe Flash (antes: Macromedia Flash), ou simplesmente Flash, é um software primariamente de gráfico vetorial - apesar de suportar imagens bitmap e vídeos - utilizado geralmente para a criação de animações interativas que funcionam embutidas num navegador web. O produto era desenvolvido e comercializado pela Macromedia, empresa especializada em desenvolver programas que auxiliam o processo de criação de páginas web que posteriormente foi adquirida pela Adobe, em 2005.

O Flash atualmente (2016) está em processo de obsolescência, em favor de tecnologias abertas como a versão 5 do HTML.[19]

CGI

Ver artigo principal: CGI

Consiste em uma tecnologia que permite que programas interpretados ou compilados gerem páginas web dinâmicas, permitindo a um navegador passar parâmetros para o servidor web para, então, receber o resultado do processamento. É uma especificação independente de linguagem de programação.

Aspecto profissional

O surgimento da web representou uma nova fronteira profissional para diversos setores. À época do seu "estouro" comercial, jornalistas, publicitários, designers, escritores, redatores, fotógrafos, além é claro de programadores, e webmasters e demais especialistas afluíram ao mercado, criando e desenvolvendo empresas com os mais variados objetivos.

Com o tempo o capital de risco, utilizado para fundar e fazer operar as primeiras empresas, afastou-se, levando-as à falência. Foi a chamada "bolha".

Atualmente o cenário mostra-se diverso, com investidores cautelosos, grandes corporações investindo com bastante cuidado e uma imensa legião de profissionais freelancers atendendo a seus clientes diretamente.

Ver também

Wikilivros
O Wikilivros tem um livro chamado Curso de programação web
Wikilivros
O wikilivro Internet tem uma página intitulada Web
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre World Wide Web

Predefinição:Notas

Referências

  1. «Rede mundial de computadores completa 25 anos». AdNews. Consultado em 6 de abril de 2017. Arquivado do original em 7 de abril de 2017 
  2. Carvalho, Guilherme Paiva de (1 de agosto de 2006). «Uma reflexão sobre a rede mundial de computadores». Sociedade e Estado. 21 (2): 549–554. ISSN 0102-6992. doi:10.1590/S0102-69922006000200010 
  3. «Sinônimos de Rede mundial de computadores». Sinônimos [ligação inativa]
  4. «A Rede mundial de computadores». www.vetorial.net. Consultado em 6 de abril de 2017 
  5. «World Wide Web: Inventada no CERN». Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (Grupo Outreach). Consultado em 10 de julho de 2016 
  6. «'Nothing Is Perfect': Tim Berners-Lee on 25 Years of the Web» (em English). Spiegel Online. Março de 2014. Consultado em 10 de julho de 2016 
  7. Berners-Lee, Tim (1989). «Information Management: A Proposal» (em English). World Wide Web Consortium. Consultado em 10 de julho de 2016 
  8. Berners-Lee, Tim; Cailliau, Robert (1989). «WorldWideWeb: Proposal for a HyperText Project» (em English). World Wide Web Consortium. Consultado em 10 de julho de 2016 
  9. Berners-Lee, Tim. «The WorldWideWeb browser» (em English). World Wide Web Consortium. Consultado em 10 de julho de 2016. The differences between this and the first edition (Christmas 1990)... 
  10. «World Wide Web» (em English). World Wide Web Consortium. Novembro de 1992. Consultado em 10 de julho de 2016 
  11. «WorldWideWeb: Summary» (em English). Agosto de 1991. Consultado em 10 de julho de 2016 
  12. Berners-Lee, Tim; Fischetti, Mark (1999). «Weaving the Web» (em English). Consultado em 10 de julho de 2016 
  13. Tim Berners-Lee. «Ten Years Public Domain for the Original Web Software» (em English). CERN. Consultado em 6 de abril de 2007. Arquivado do original em 16 de outubro de 2005 
  14. Berners-Lee, Tim; Connolly, Daniel (1993). «Hypertext Markup Language: A Representation of Textual Information and MetaInformation for Retrieval and Interchange» (em English). Consultado em 10 de julho de 2016 
  15. «HTML 3.2 Reference Specification» (em English). World Wide Web Consortium. Janeiro de 1997. Consultado em 10 de julho de 2016 
  16. «HTML 4.01 Specification» (em English). World Wide Web Consortium. Dezembro de 1999. Consultado em 10 de julho de 2016 
  17. «HTML 5.1» (em English). World Wide Web Consortium. Consultado em 10 de julho de 2016 
  18. 18,0 18,1 Gruyer, Vincent (2009). «Définition WEB 1.0, Web 2.0 et Web 3.0» (em français). Consultado em 10 de julho de 2016 
  19. Williams, Owen (1 de setembro de 2015). «Adobe Flash is finally dead». The Next Web (em English) 

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