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Em [[1139]], depois de uma estrondosa vitória na [[batalha de Ourique]] contra um forte contingente mouro, Afonso Henriques autoproclama-se Rei de Portugal, com o apoio das suas tropas. Segundo a tradição, a independência foi confirmada mais tarde, nas míticas cortes de | Em [[1139]], depois de uma estrondosa vitória na [[batalha de Ourique]] contra um forte contingente mouro, Afonso Henriques autoproclama-se Rei de Portugal, com o apoio das suas tropas. Segundo a tradição, a independência foi confirmada mais tarde, nas míticas [[cortes de Lamego]], quando recebeu do arcebispo de [[Braga]] a coroa de Portugal, se bem que estudos recentes questionem a reunião destas [[cortes (política)|cortes]]. O reconhecimento de [[Castela]] chegou em [[1143]] e deve-se ao desejo de [[Afonso VII de Castela]] em ser Imperador (e como tal, necessitar de reis como vassalos). Desde então, Afonso I procurou consolidar a independência por si declarada. Fez importantes doações à Igreja e fundou diversos [[convento]]s. Procurou também conquistar terreno a Sul, povoado então por [[Mouros]] e conquistou [[Santarém (Portugal)|Santarém]] em [[1146]] e [[Lisboa]] em [[1147]]. Em [[1179]] o [[Papa Alexandre III]], através da [[bula]] ''[[Manifestis Probatum]]'', reconhece Portugal como país independente e vassalo da Igreja. | ||
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O seu túmulo encontra-se | O seu túmulo encontra-se no [[Mosteiro de Santa Cruz]], em [[Coimbra]], ao lado do túmulo do filho [[D. Sancho I]]. | ||
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Edição das 05h08min de 9 de abril de 2005
D. Afonso Henriques ou D. Afonso I (25 de Julho de 1109 - 6 de Dezembro de 1185) foi o primeiro rei de Portugal. Em virtude das suas múltiplas conquistas, que ao longo de mais de quarenta anos mais que duplicaram o território que o seu pai lhe havia legado, foi cognominado de O Conquistador; também é conhecido como O Fundador e O Grande. Os muçulmanos, em sinal de respeito, chamaram-lhe Ibn-Arrik («filho de Henrique», tradução literal do genitivo Henriques) ou El-Bortukali («o Português»).
Afonso era filho de Henrique de Borgonha, Conde de Portugal e da infanta Teresa de Leão. Terá nascido em Coimbra e foi, possivelmente, criado em Guimarães onde viveu até 1128. Tomou, em 1120, uma posição política oposta à da mãe (que apoiava o partido dos Travas), sob a direcção do arcebispo de Braga. Este forçado a emigrar leva consigo o infante que em 1122 se arma cavaleiro, em Tui. Restabelecida a paz, voltam ao condado. Entretanto novos incidentes provocam a invasão do Condado Portucalense por Afonso VII de Castela, que, em 1127, cerca Guimarães onde se encontrava Afonso Henriques. Sendo-lhe prometida a lealdade deste, Afonso VII desiste de conquistar a cidade. Mas alguns meses depois, em 1128, as tropas de Teresa de Leão defrontam-se com as de Afonso Henriques tendo estas saído vitoriosas – o que consagrou a sua autoridade no território portucalense, levando-o a assumir o governo do condado. Consciente da importância das forças que ameaçavam o seu poder este concentrou os seus esforços em dois planos: Negociações junto da Santa Sé com um duplo objectivo: alcançar a plena autonomia da Igreja portuguesa e o reconhecimento do Reino.
Em 1139, depois de uma estrondosa vitória na batalha de Ourique contra um forte contingente mouro, Afonso Henriques autoproclama-se Rei de Portugal, com o apoio das suas tropas. Segundo a tradição, a independência foi confirmada mais tarde, nas míticas cortes de Lamego, quando recebeu do arcebispo de Braga a coroa de Portugal, se bem que estudos recentes questionem a reunião destas cortes. O reconhecimento de Castela chegou em 1143 e deve-se ao desejo de Afonso VII de Castela em ser Imperador (e como tal, necessitar de reis como vassalos). Desde então, Afonso I procurou consolidar a independência por si declarada. Fez importantes doações à Igreja e fundou diversos conventos. Procurou também conquistar terreno a Sul, povoado então por Mouros e conquistou Santarém em 1146 e Lisboa em 1147. Em 1179 o Papa Alexandre III, através da bula Manifestis Probatum, reconhece Portugal como país independente e vassalo da Igreja.
Os passos mais importantes do seu reinado foram:
- Fundação do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra em 1131
- Pacificação interna do reino e alargamento do território através de conquistas aos Mouros – o limite sul estabelecido para o Condado Portucalense – e assim Leiria em 1135; Santarém em 1146; Lisboa, Almada e Palmela em 1147; Alcácer em 1160 e quase todo o Alentejo (que posteriormente foi de novo recuperado pelos Mouros).
O seu túmulo encontra-se no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, ao lado do túmulo do filho D. Sancho I.
Descendência
- Pela sua mulher, Mafalda de Sabóia (1125-1157)
- Henrique (1147)
- Mafalda (1148)
- Urraca, infanta de Portugal (1151-1188), casou com o rei Fernando II de Leão
- Sancho I de Portugal (1154-1212)
- Teresa, infanta de Portugal (1157-1218), casou com Filipe I, Conde da Flandres e depois com Eudes III, Duque da Borgonha
- Filhos naturais
- Urraca Afonso, senhora de Aveiro
- Fernando Afonso, condestável do reino
- Afonso, Mestre da Ordem de São João de Rodes
- RedirecionamentoPredefinição:fim
Ver Também
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