𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

Capitalismo: mudanças entre as edições

Sem resumo de edição
imported>Cícero
(reversão BLOQUEAR IP 84.231.242.141)
Linha 1: Linha 1:
'''Capitalismo''' é definido como um sistema econômico ou sócio-econômico baseado na [[propriedade privada]] dos [[meios de produção]], no [[lucro]], nas decisões quanto ao investimento de capital feitas pela [[iniciativa privada]], e com a produção, distribuição e preços dos [[bem|bens]], serviços e mão-de-obra afetados pelas forças da [[lei da oferta e da procura|oferta e da procura]].


Embora muitas pessoas vejam os [[países desenvolvidos]] ocidentais como sendo capitalistas, algumas dessas economias deveriam ser mais especificamente chamadas de "economias mistas", porque têm meios de produção operados pelo [[Estado]] e [[intervencionismo]] significante do governo.
== Etimologia ==
A palavra ''capital'' vem do latim ''capitalis'', que vem do proto-indo-europeu ''kaput'', que quer dizer "cabeça", em referência às cabeças de gado, como era medida a riqueza nos tempos antigos. A conexão léxica entre o comércio de gado e a economia pode ser vista em nomes de várias moedas e palavras que dizem respeito ao dinheiro: '''(--favor preencher com exemplos--)'''
O primeiro uso da palavra ''Kapitalist'' foi em 1848 no [[Manifesto Comunista]] de Marx e Engels; porém, a palavra ''Kapitalismus'', que é "capitalismo" em alemão, não foi usada. O primeiro uso da palavra ''capitalismo'' é dedicado ao romancista [[Thackeray]], em 1854, com a qual quis dizer "posse de grande quantidades de capital", e não referir-se a um sistema de produção.
Em 1867, [[Proudhon]] usou o termo ''capitalista'' para referir-se a possuidores de capital, e Marx e Engels referiam-se à "forma de produção baseada em capital" (''"kapitalistische Produktionsform"'') e, no ''Das Kapital'', ''"Kapitalist"'' (um possuidor privado de capital). Nenhum deles, porém, usou os termos em alusão ao significado atual das palavras. A primeira pessoa que assim o fez, porém, de uma forma impactante foi [[Werner Sombart]] em seu ''Capitalismo Moderno'', de 1902. [[Max Weber]], um amigo próximo e colega de Sombart, usou o termo em sua obra ''[[A ética protestante e o espírito do capitalismo|A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo]]'', de 1904.
== História do Capitalismo ==
{{parcial}}
O  capitalismo teve seu início nas regiões que circundavam o [[Mar Mediterrâneo]] na antiguidade. Suas características aparecem desde a idade clássica (do século VI ao IV a.c) com a transferência do centro da vida econômica social e política das fazendas para as cidades gregas.
A primeira cidade a desenvolver as instituições capitalistas modernas (lucro, prejuízo, salário, bancos, seguros, divisão do trabalho e produção em massa) foi a cidade de [[Atenas]] durante os séculos V e IV a.c.
Embora a característica essencial do capitalismo, a propriedade privada, sempre esteve presente em algum grau desde que a humanidade passou a ser sedentária. 
Com o declinio e queda do [[Império Romano]] a economia de mercado deixou de existir até ser parcialmente reavivada na alta idade média e plenamente reavivada durante a [[Revolução Industrial]].
O [[Feudalismo]] passava por uma grave crise decorrente da catástrofe demográfica causada pela [[Peste negra]] que dizimou 35% da população européia e pela fome que assolava o povo. Já com o comércio reativado pelas [[Cruzadas]] (do século XI ao XII), a Europa passou por um relativo desenvolvimento urbano e comercial e, conseqüentemente, as relações de produção capitalistas aumentaram. Na [[Idade Moderna]], os reis expandem seu poderio econômico e político através do mercantilismo e do absolutismo, doutrinas anti-capitalistas. Dentre os defensores deste temos os filósofos Jean Bodin("os reis tinham o direito de impor leis aos súditos sem o consentimento deles"), Jacques Bossuet ("o rei está no trono por vontade de Deus") e [[Maquiavel|Niccòlo Machiavelli]] ("a unidade política é fundamental para a grandeza de uma nação"). Com o [[Absolutismo]] e com o [[Mercantilismo]], o Estado continuava a controlar a economia e a buscar colônias para adquirir metais(metalismo) através da exploração. Isso para garantir o enriquecimento da metrópole.
Foram somente com as revoluções liberaís da [[Idade Moderna]] que o capitalismo se estabeleceu como sistema econômico predominante, pela primeira vez na história, nos países da Europa Ocidental. Algumas dessas revoluções foram a [[Revolução Inglesa]] (1640-60, Hill 1940) e a [[Revolução Francesa]] (1789-99, Soboul 1965), que construíram o ''arcabouço institucional'' de suporte ao desenvolvimento capitalista. Assim começou a era do capitalismo moderno.
A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, causada pelo implantação do capitalismo, inicia-se um processo ininterrupto de produção coletiva em massa, geração de lucro e acúmulo de capital. As sociedades vão superando os tradicionais critérios da aristocracia (principalmente a do privilégio de nascimento). Surgem as primeiras teorias econômicas modernas: a [[Economia Política]] e a ideologia que lhe corresponde, o [[liberalismo]]. Na Inglaterra, o escocês [[Adam Smith]], um dos fundadores da primeira e adepto do segundo, publica a obra ''Uma Investigação sobre Naturezas e Causas da Riqueza das Nações'' (1776), em que assenta a teoria do valor-trabalho e defende a livre-iniciativa e a não-interferência do Estado na economia.
== Teoria capitalista ==
Algumas pessoas enfatizam a propriedade privada de capital como sendo a essência do capitalismo, ou enfatizam a importância de um mercado livre como mecanismo para o movimento e acumulação de capital. Outros medem o capitalismo através da análise das classes sociais, incluindo aí a estrutura de estratificação em classes da sociedade e as relações entre mão-de-obra e classe capitalista. Outros ainda observam o crescimento de um sistema global de mercado.
[[Hayek]], ao descrever o capitalismo, aponta para o caráter auto-organizador das economias que não têm planejamento centralizado pelo governo. Muitos, como por exemplo [[Adam Smith]], apontam para o que se acredita ser o valor dos indivíduos que buscam seus interesses próprios, que se opõe ao trabalho altruístico de servir o "bem comum". [[Karl Polanyi]], figura importante no campo da antropologia econômica, defendeu que Smith, em sua época, estava descrevendo um período de organização da produção conjuntamente com o do comércio. Para Polanyi, o capitalismo é diferente do antigo mercantilismo por causa da comoditificação da terra, da mão-de-obra e da moeda e chegou à sua forma madura como resultado dos problemas que surgiram quando sistemas de produção industrial necessitaram de investimentos a longo prazo e envolveram riscos correspondentes em um âmbito de comércio internacional. Falando em termos históricos, a necessidade mais opressora desse novo sistema era o fornecimento assegurado de elementos à indústria - terra, maqunários e mão-de-obra - e essas necessidades é que culminaram com a mencionada comoditificação, não por um processo de atividade auto-organizadora, mas como resultado de uma intervenção do Estado deliberada e frequentemente forçada.
Muitas dessas teorias chamam a atenção para as diversas práticas econômicas que se tornaram institucionalizadas na Europa entre os séculos XVI e XIX, especialmente envolvendo o direito dos indivíduos e grupos de agir como "pessoas legais" (ou corporações) na compra e venda de bens, terra, mão-de-obra e moeda, em um mercado livre, apoiados por um Estado para o reforço dos direitos da propriedade privada, de forma totalmente diferente ao antigo sistema feudal de proteção e obrigações.
Devido à vagueza do termo, emergiram debates e controvérsias quanto ao capitalismo. Em particular, há uma disputa entre o capitalismo ser um sistema real ou ideal, isto é, se ele já foi mesmo implementado em economias particulares ou se ainda não e, neste último caso, a que grau o capitalismo existe nessas economias. Sob um ponto de vista histórico, há uma discussão se o capitalismo é específico a uma época ou região geográfica particular ou se é um sistema universalmente válido, que pode existir através do tempo e do espaço. Alguns interpretam o capitalismo como um sistema puramente econômico; outros, porém, admitem que ele é um complexo de instituições políticas, sociais e culturais.
=={{Ver também}}==
*[[Johan Norberg]]
*[[Adam Smith]]
*[[David Ricardo]]
*[[John Maynard Keynes]]
*[[Globalização]]
*[[Antiglobalização]]
*[[Racionismo]]
[[categoria:economia]] [[categoria:ideologias]]
{{Link FA|he}}
[[ar:رأسمالية]]
[[bg:Капитализъм]]
[[ca:Capitalisme]]
[[cs:Kapitalismus]]
[[da:Kapitalisme]]
[[de:Kapitalismus]]
[[en:Capitalism]]
[[eo:Kapitalismo]]
[[es:Capitalismo]]
[[et:Kapitalism]]
[[fa:سرمایه‌داری]]
[[fi:Kapitalismi]]
[[fr:Capitalisme]]
[[gl:Capitalismo]]
[[he:קפיטליזם]]
[[hu:Kapitalizmus]]
[[id:Kapitalisme]]
[[it:Capitalismo]]
[[ja:資本主義]]
[[ko:자본주의]]
[[ln:Kapitalismɛ]]
[[lt:Kapitalizmas]]
[[mk:Капитализам]]
[[nl:Kapitalisme]]
[[nn:Kapitalisme]]
[[no:Kapitalisme]]
[[pl:Kapitalizm]]
[[ru:Капитализм]]
[[sk:Kapitalizmus]]
[[sl:Kapitalizem]]
[[sv:Kapitalism]]
[[th:ทุนนิยม]]
[[tr:Kapitalizm]]
[[vi:Chủ nghĩa tư bản]]
[[zh:资本主义]]

Edição das 15h46min de 22 de fevereiro de 2006

Capitalismo é definido como um sistema econômico ou sócio-econômico baseado na propriedade privada dos meios de produção, no lucro, nas decisões quanto ao investimento de capital feitas pela iniciativa privada, e com a produção, distribuição e preços dos bens, serviços e mão-de-obra afetados pelas forças da oferta e da procura.

Embora muitas pessoas vejam os países desenvolvidos ocidentais como sendo capitalistas, algumas dessas economias deveriam ser mais especificamente chamadas de "economias mistas", porque têm meios de produção operados pelo Estado e intervencionismo significante do governo.

Etimologia

A palavra capital vem do latim capitalis, que vem do proto-indo-europeu kaput, que quer dizer "cabeça", em referência às cabeças de gado, como era medida a riqueza nos tempos antigos. A conexão léxica entre o comércio de gado e a economia pode ser vista em nomes de várias moedas e palavras que dizem respeito ao dinheiro: (--favor preencher com exemplos--)

O primeiro uso da palavra Kapitalist foi em 1848 no Manifesto Comunista de Marx e Engels; porém, a palavra Kapitalismus, que é "capitalismo" em alemão, não foi usada. O primeiro uso da palavra capitalismo é dedicado ao romancista Thackeray, em 1854, com a qual quis dizer "posse de grande quantidades de capital", e não referir-se a um sistema de produção.

Em 1867, Proudhon usou o termo capitalista para referir-se a possuidores de capital, e Marx e Engels referiam-se à "forma de produção baseada em capital" ("kapitalistische Produktionsform") e, no Das Kapital, "Kapitalist" (um possuidor privado de capital). Nenhum deles, porém, usou os termos em alusão ao significado atual das palavras. A primeira pessoa que assim o fez, porém, de uma forma impactante foi Werner Sombart em seu Capitalismo Moderno, de 1902. Max Weber, um amigo próximo e colega de Sombart, usou o termo em sua obra A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, de 1904.

História do Capitalismo

O capitalismo teve seu início nas regiões que circundavam o Mar Mediterrâneo na antiguidade. Suas características aparecem desde a idade clássica (do século VI ao IV a.c) com a transferência do centro da vida econômica social e política das fazendas para as cidades gregas.

A primeira cidade a desenvolver as instituições capitalistas modernas (lucro, prejuízo, salário, bancos, seguros, divisão do trabalho e produção em massa) foi a cidade de Atenas durante os séculos V e IV a.c.

Embora a característica essencial do capitalismo, a propriedade privada, sempre esteve presente em algum grau desde que a humanidade passou a ser sedentária.

Com o declinio e queda do Império Romano a economia de mercado deixou de existir até ser parcialmente reavivada na alta idade média e plenamente reavivada durante a Revolução Industrial.

O Feudalismo passava por uma grave crise decorrente da catástrofe demográfica causada pela Peste negra que dizimou 35% da população européia e pela fome que assolava o povo. Já com o comércio reativado pelas Cruzadas (do século XI ao XII), a Europa passou por um relativo desenvolvimento urbano e comercial e, conseqüentemente, as relações de produção capitalistas aumentaram. Na Idade Moderna, os reis expandem seu poderio econômico e político através do mercantilismo e do absolutismo, doutrinas anti-capitalistas. Dentre os defensores deste temos os filósofos Jean Bodin("os reis tinham o direito de impor leis aos súditos sem o consentimento deles"), Jacques Bossuet ("o rei está no trono por vontade de Deus") e Niccòlo Machiavelli ("a unidade política é fundamental para a grandeza de uma nação"). Com o Absolutismo e com o Mercantilismo, o Estado continuava a controlar a economia e a buscar colônias para adquirir metais(metalismo) através da exploração. Isso para garantir o enriquecimento da metrópole.

Foram somente com as revoluções liberaís da Idade Moderna que o capitalismo se estabeleceu como sistema econômico predominante, pela primeira vez na história, nos países da Europa Ocidental. Algumas dessas revoluções foram a Revolução Inglesa (1640-60, Hill 1940) e a Revolução Francesa (1789-99, Soboul 1965), que construíram o arcabouço institucional de suporte ao desenvolvimento capitalista. Assim começou a era do capitalismo moderno.

A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, causada pelo implantação do capitalismo, inicia-se um processo ininterrupto de produção coletiva em massa, geração de lucro e acúmulo de capital. As sociedades vão superando os tradicionais critérios da aristocracia (principalmente a do privilégio de nascimento). Surgem as primeiras teorias econômicas modernas: a Economia Política e a ideologia que lhe corresponde, o liberalismo. Na Inglaterra, o escocês Adam Smith, um dos fundadores da primeira e adepto do segundo, publica a obra Uma Investigação sobre Naturezas e Causas da Riqueza das Nações (1776), em que assenta a teoria do valor-trabalho e defende a livre-iniciativa e a não-interferência do Estado na economia.

Teoria capitalista

Algumas pessoas enfatizam a propriedade privada de capital como sendo a essência do capitalismo, ou enfatizam a importância de um mercado livre como mecanismo para o movimento e acumulação de capital. Outros medem o capitalismo através da análise das classes sociais, incluindo aí a estrutura de estratificação em classes da sociedade e as relações entre mão-de-obra e classe capitalista. Outros ainda observam o crescimento de um sistema global de mercado.

Hayek, ao descrever o capitalismo, aponta para o caráter auto-organizador das economias que não têm planejamento centralizado pelo governo. Muitos, como por exemplo Adam Smith, apontam para o que se acredita ser o valor dos indivíduos que buscam seus interesses próprios, que se opõe ao trabalho altruístico de servir o "bem comum". Karl Polanyi, figura importante no campo da antropologia econômica, defendeu que Smith, em sua época, estava descrevendo um período de organização da produção conjuntamente com o do comércio. Para Polanyi, o capitalismo é diferente do antigo mercantilismo por causa da comoditificação da terra, da mão-de-obra e da moeda e chegou à sua forma madura como resultado dos problemas que surgiram quando sistemas de produção industrial necessitaram de investimentos a longo prazo e envolveram riscos correspondentes em um âmbito de comércio internacional. Falando em termos históricos, a necessidade mais opressora desse novo sistema era o fornecimento assegurado de elementos à indústria - terra, maqunários e mão-de-obra - e essas necessidades é que culminaram com a mencionada comoditificação, não por um processo de atividade auto-organizadora, mas como resultado de uma intervenção do Estado deliberada e frequentemente forçada.

Muitas dessas teorias chamam a atenção para as diversas práticas econômicas que se tornaram institucionalizadas na Europa entre os séculos XVI e XIX, especialmente envolvendo o direito dos indivíduos e grupos de agir como "pessoas legais" (ou corporações) na compra e venda de bens, terra, mão-de-obra e moeda, em um mercado livre, apoiados por um Estado para o reforço dos direitos da propriedade privada, de forma totalmente diferente ao antigo sistema feudal de proteção e obrigações.

Devido à vagueza do termo, emergiram debates e controvérsias quanto ao capitalismo. Em particular, há uma disputa entre o capitalismo ser um sistema real ou ideal, isto é, se ele já foi mesmo implementado em economias particulares ou se ainda não e, neste último caso, a que grau o capitalismo existe nessas economias. Sob um ponto de vista histórico, há uma discussão se o capitalismo é específico a uma época ou região geográfica particular ou se é um sistema universalmente válido, que pode existir através do tempo e do espaço. Alguns interpretam o capitalismo como um sistema puramente econômico; outros, porém, admitem que ele é um complexo de instituições políticas, sociais e culturais.

Ver também

Predefinição:Link FA

ar:رأسمالية bg:Капитализъм ca:Capitalisme cs:Kapitalismus da:Kapitalisme de:Kapitalismus en:Capitalism eo:Kapitalismo es:Capitalismo et:Kapitalism fa:سرمایه‌داری fi:Kapitalismi fr:Capitalisme gl:Capitalismo he:קפיטליזם hu:Kapitalizmus id:Kapitalisme it:Capitalismo ja:資本主義 ko:자본주의 ln:Kapitalismɛ lt:Kapitalizmas mk:Капитализам nl:Kapitalisme nn:Kapitalisme no:Kapitalisme pl:Kapitalizm ru:Капитализм sk:Kapitalizmus sl:Kapitalizem sv:Kapitalism th:ทุนนิยม tr:Kapitalizm vi:Chủ nghĩa tư bản zh:资本主义

talvez você goste